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19
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI – UNIASSELVI
ALFABETIZAÇÃO
BRUNA BARBOSA
ALFABETIZAÇÃO
Lages
2016
BRUNA BARBOSA
	ALFABETIZAÇÃO
Trabalho de Pós Graduação apresentado como requisito para obtenção do titulo de Especialização em Educação Infantil Anos Iniciais, no Centro Universitário Leonardo da Vinci- 	UNIASSELVI.
Orientadora: Prof°: Claudete Oliveira de Sousa
Lages 
2016
ALFABETIZAÇÃO
BRUNA BARBOSA
Este trabalho de Pós Graduação foi julgado adequado para obtenção do título de Especialização em Educação Infantil Anos Iniciais, e aprovado pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci.
Prof°. Claudete Oliveira de Sousa – Orientadora
Lages, 12 de junho de 2016.
RESUMO
Atualmente, no Brasil encontramos uma questão de extrema importância ao se tratar da
precariedade da alfabetização, pois nota-se que muitas pessoas já escolarizadas são
consideradas analfabetas funcionais, ou seja, não são capazes de compreenderem o que leem.
Portanto, através da realidade presente nas escolas é fundamental que os professores
compreendam o que é alfabetização e o que é letramento para poderem desenvolver melhor a
sua prática pedagógica, visando uma alfabetização significativa. Logo, o presente texto é
resultado de uma pesquisa bibliográfica sobre alfabetização e que teve por objetivo expressar
os significados do processo de alfabetização e do processo de letramento, mostrando a
especificidade de cada um e a importância da conciliação entre ambos, além de propor uma
reflexão entre teoria e prática educacional de se alfabetizar letrando. Os resultados obtidos na
pesquisa mostram que a especificidade da alfabetização é, em si, o ensino do código
alfabético e ortográfico enquanto a especificidade do letramento é o uso social deste código.
Porém, mesmo sendo processos distintos, precisam ser conciliados para que as práticas nas
classes de alfabetização tenham qualidade, na qual os alunos sejam capazes de compreender o
mundo que os rodeia e percebam que a alfabetização é uma forma de melhor se expressar e interagir em sociedade. Concluindo assim, que é possível atingir a qualidade da educação nas
classes de alfabetização, com práticas educacionais que utilizem diferentes metodologias, que
proporcionem tanto o desenvolvimento da alfabetização quanto o desenvolvimento do
letramento de cada sujeito, no qual ele possa contribuir para a transformação social.
Palavras-chave: Alfabetização. Letramento. Práticas Pedagógicas.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................06
2 A ORIGEM DA ALFABETIZAÇÃO................................................................................07
2.1 Alfabetização e letramento..................................................................................................09
2.2 Métodos de Alfabetização...................................................................................................13
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................18
REFERÊNCIAS......................................................................................................................19
	
1 INTRODUÇÃO
	Sabe-se que uma das maiores riquezas de um país é a educação do seu povo e que uma boa educação começa nas séries iniciais com uma alfabetização de qualidade. Porém, processo de alfabetização inicial na maioria das escolas brasileiras muitas vezes tem tido como resultado o insucesso e uma defasagem muito grande, prejudicando a aprendizagem dos alunos que saem das séries iniciais do ensino fundamental. 
	A realidade é que as escolas brasileiras, de modo geral, formam alunos que mal conseguem ler e escrever, que não sabem ao menos interpretar e produzir pequenos textos. Assim, tem-se constatado uma triste realidade: que as escolas brasileiras de ensino fundamental nas séries iniciais, de modo geral têm contribuído para a formação de analfabetos funcionais. Que não são poucos, e para comprovar isto, existem inúmeras pesquisas educacionais. E mesmo com tal constatação, pouco se tem feito para mudar os índices do analfabetismo funcional brasileiro. As taxas de analfabetismo funcional apresentam um índice muito alto em todos os estados brasileiros. A maior porcentagem de analfabetos funcionais encontra-se na região Nordeste. Porém, o Sul e o Sudeste também apresentam taxas significativas. 
	A hipótese com que os pesquisadores trabalharam é que ainda que o trabalho eficiente de alfabetização das séries iniciais do ensino fundamental não seja a única solução para o analfabetismo funcional, ajudará e muito a minorar o problema já descrito. Para que isto aconteça, é necessária a tomada de várias decisões, que passam pelo compromisso com a qualidade, com o conhecimento das necessidades dos alunos e a escolha de um método de alfabetização que melhor se adapte a elas. Na aprendizagem inicial as práticas utilizadas são, muitas vezes, baseadas na junção de silabas simples, memorização de sons decifração e copia. Tais maneiras fazem com que a criança se torne um espectador passivo ou receptor mecânico, pois não participa do processo de construção do conhecimento. 
	Para Ferreiro (1996) a leitura e escrita são sistemas construídos paulatinamente. As primeiras escritas feitas pelos educandos no início da aprendizagem devem ser consideradas como produções de grande valor, porque de alguma forma os seus esforços foram colocados nos papéis para representar algo.
2 A ORIGEM DA ALFABETIZAÇÃO
	Estudando a origem da alfabetização é possível constatar que devido às necessidades da comunicação do dia a dia da humanidade é que surgiu a escrita e a leitura, e que ao inventar a escrita, o homem também fez surgir a necessidade de que ela continuasse a ser usada e passada para as novas gerações. Devido a essa necessidade surgiu à alfabetização, ou seja, processo inicial de transmissão de leitura e escrita. Com relação à necessidade do surgimento da escrita para o dia a dia da humanidade, Cagliari (1998, p. 14) confirma que: 
De acordo com os fatos comprovados historicamente, a escrita surgiu do sistema de contagem feito com marcas em cajados ou ossos, e usados provavelmente para contar o gado, numa época em que o homem já possuía rebanhos e domesticava os animais. Esses registros passaram a ser usados nas trocas e vendas, representando a quantidade de animais ou de produtos negociados. Para isso, além dos números, era preciso inventar os símbolos para os produtos e para os proprietários. 
	Com o passar dos tempos em função da necessidade que a escrita e a leitura passasse de geração em geração e que realmente se entenda o que está escrito surgiram às regras da alfabetização. Em relação a essa necessidade, Cagliari (1998 p. 15) afirma que: “O longo do processo de invenção da escrita também incluiu a invenção de regras de alfabetização, ou seja, as regras que permitem ao leitor decifrar o que está escrito e saber como o sistema de escrita funciona para usá-lo apropriadamente”. Essa necessidade de passar o conhecimento da leitura e da escrita de geração a geração, cada vez mais está ganhando importância, porém é muito recente essa conscientização em relação ao processo inicial de transmissão da leitura e escrita, principalmente como forma de evitar o número de insucesso na formação final de alunos. Ferreiro (2001) afirma que, “é recente a tomada de consciência sobre a importância da alfabetização inicial como a única solução real para o problema de alfabetização remediativa (de adolescentes e adultos)”. No tempo em que surgiu a escrita, pouca importância se dava ao processo de alfabetização, até porque a necessidade de domínio da mesma era menor. Aprendia-se e ensinava-se apenas o básico para se comunicar através da leitura e da escrita, tendo como forma de ensino um modelo mecânico. 
	Isto acontecia por que 
Nessa época de escrita primitiva, ser alfabetizado significava saber ler o queaqueles símbolos significavam e ser capaz de escrevê-los, repedindo um modelo mais ou menos padronizado, mesmo porque o que se escrevia era apenas um tipo de documento ou texto (CAGLIARI, 1998, p. 14). 
Na antiguidade não existiam vários métodos e formas de se alfabetizar uma pessoa. Havia apenas um modelo padronizado e mecânico de cópia e leitura. Com relação à forma em que as pessoas eram alfabetizadas nesse tempo Cagliari (1998, p. 15) afirma que, 
Na antiguidade, os alunos alfabetizavam-se aprendendo a ler algo já escrito e depois copiado. Começavam com palavras e depois passavam para textos famosos, que eram estudados exaustivamente. Finalmente, passavam a escrever seus próprios textos. O trabalho de leitura e cópia era o segredo da alfabetização. 
	Muito mais tarde o ensino da leitura e da escrita, ou seja, o processo de alfabetização chegou ao Brasil, tendo inicio com os jesuítas, dos quais ensinavam a ler e a escrever, Paiva (2003, p. 43) confirma que, “desde que chegaram ao Brasil, os jesuítas estabeleceram escolas e começaram a ensinar a ler, a escrever, e a contar e cantar”. Mas, o Brasil com o passar dos tempos não alfabetizava muito diferente da forma adotada na antiguidade, e infelizmente ainda no país acontece de professores ensinarem de forma padronizada e mecânica, contribuindo para uma grande defasagem na formação de crianças que saem das séries inicias do ensino fundamental. A partir dos relatos de Ramos (1953, p. 102) pode-se confirmar a forma mecânica em que era e ainda ás vezes é realizado o ensino desse processo de aquisição da leitura e escrita. Escreveu ele: 
Enfim consegui familiarizar-me com as letras quase todas. Aí me exibiram outras vinte e cinco, diferentes da primeira e com os mesmos nomes delas. Atordoamento, preguiça, desespero, vontade de acabar-me. Veio terceiro alfabeto, veio quarto, e a confusão se estabeleceu, um horror de quiproquós. Quatro sinais com uma só denominação. Se me habituasse às maiúsculas, deixando as minúsculas para mais tarde, talvez não me embrutecesse. Jogaram-me simultaneamente maldades grandes e pequenas, impressas e manuscritas.
	Através desses relatos citados acima é possível observar que a forma em que foi realizada a alfabetização foi prejudicial, pois o que foi ensinado se deu de uma forma mecânica e tradicional, que infelizmente ainda persiste em muitos lugares do Brasil. A mudança deste paradigma é um trabalho bastante árduo.
2.1 Alfabetização e Letramento
	O termo Alfabetização, segundo Soares (2007), etimologicamente, significa: levar à
aquisição do alfabeto, ou seja, ensinar a ler e a escrever. Assim, a especificidade da
Alfabetização é a aquisição do código alfabético e ortográfico, através do desenvolvimento
das habilidades de leitura e de escrita. Na história do Brasil, a alfabetização ganha força, principalmente, após a Proclamação da República, com a institucionalização da escola e com o intuito de tornar as novas gerações aptas à nova ordem política e social. A escolarização, mais especificamente a alfabetização, se tornou instrumento de aquisição de conhecimento, de progresso e modernização do país. (MORTATTI, 2006) 	
	Com o passar do tempo muito se desenvolveu no campo da alfabetização, surgiram conceitos, teorias, metodologias etc. Porém, mesmo com toda evolução, o Brasil e outros
países não desenvolvidos, ainda enfrentam um problema de muita relevância: a qualidade da
educação básica, especialmente, a dos anos iniciais do ensino fundamental. São evidências
dessa baixa qualidade os índices de fracasso, reprovação e evasão escolar, que nunca
deixaram de se perpetuar nestas sociedades. Este problema tão concreto, historicamente, já foi muito abordado. Artigos acadêmicos tentaram indicar possíveis causas desta baixa qualidade, colocando a “culpa”, às vezes, no método utilizado, no aluno que apresenta muitas dificuldades, na má formação do professor, nas condições sociais desfavoráveis ou, ainda, em outras causas diversas.
	Enfim, foram muitas as tentativas de superação, embora, nenhuma apresentasse grande êxito. (MORTATTI, 2006) Com certeza, esses estudos foram de muita valia, pois todos os fatores citados caracterizam a qualidade da educação, logo, a escola não somente influência a sociedade, mas também é por ela influenciada, ou seja, este conjunto de possíveis causas que estão dentro e no entorno da escola, realmente, afetam o ensino-aprendizagem Há algumas décadas, a principal causa que apontava para a baixa qualidade da
alfabetização era o ensino fundamentado na Pedagogia Tradicional.
	Atualmente, entre outros fatores que envolvem um bom ensino-aprendizagem, as
principais causas estão ligadas à perda da especificidade da alfabetização, devido à
compreensão equivocada de novas perspectivas teóricas e suas metodologias, que foram
surgindo em contraposição ao tradicional, e a grande abrangência quase tem dado ao termo
alfabetização.
	Concordando, com Magda Soares, em seu artigo Letramento e Alfabetização: as
muitas facetas (2003), a expansão do significado de alfabetização em direção ao conceito de letramento, levou à perda de sua especificidade. 
[...] no Brasil a discussão do letramento surge sempre enraizada no conceito de
alfabetização, o que tem levado apesar da diferenciação sempre proposta na
produção acadêmica, a uma inadequada e inconveniente fusão dos dois processos,
com prevalência do conceito de letramento, [...] o que tem conduzido a certo apagamento da alfabetização que, talvez com algum exagero, denomino desinvenção da alfabetização [...]. (SOARES, 2003, p.8) Essa fusão dos dois processos, que leva à chamada “desinvenção da alfabetização”, aliada à interpretação equivocada das novas perspectivas teóricas acarretou na prática a negação de qualquer atividade que visasse à aquisição do sistema alfabético e ortográfico, como o ensino das relações entre letras e sons, o desenvolvimento da consciência fonológica e o reconhecimento das partes menores das palavras, como as sílabas, pois eram vistos como tradicionais. 
	Passou-se a acreditar que o aluno aprenderia o sistema simplesmente pelo contato com a cultura letrada, como se ele pudesse aprender sozinho o código, sem ensino explícito e sistemático. Atualmente, se reconhece a importância de se usar algumas práticas da escola tradicional, que são entendidas como as facetas da alfabetização segundo Soares, assim como-os equívocos de compreensão do construtivismo foram percebidos e ajustados e muitos aspectos da escola nova tidos como essenciais. Com tudo isso, não se pode negar uma prática ou outra, só por ela estar fundamentada em uma ou em outra concepção, mas, sim, avaliar quais são as suas contribuições e se convêm serem utilizadas para um processo de alfabetização significativa. Dermeval Saviani, em seu livro Escola e Democracia (2008), apresenta que aspectos da escola tradicional são importantes para a educação. Com a teoria da curvatura da vara, ele mostra que para a educação ter mais qualidade, a “vara” deve permanecer reta, e não curvada para a teoria nova, nem para a teoria tradicional, mas sim, alinhada. E ainda argumenta que uma pedagogia comprometida com a qualidade educacional e voltada para a transformação social, deve incorporar aspectos positivos e relevantes da pedagogia tradicional e da pedagogia nova, de modo que o ponto de partida seja a prática social sincrética e o de chegada uma prática social transformada.
	Assim, se faz necessário resgatar a significação verdadeira da alfabetização e delinear corretamente o conceito de letramento, de forma que eles não se fundam e nem se confundam, apesar de, como já foi dito, necessitarem acontecer de maneira inter-relacionada. Com uma prática educativa que faça uma aliança entre alfabetização e letramento, sem perder a especificidade de cada um dos processos, sempre fazendo relação entre conteúdo e prática e
que, fundamentalmente, tenha por objetivo a melhor formação do aluno.
	Visando a compreensão do que é letramento e alfabetização, estudos apontam
discussões históricas que mostram como sedesenvolveu o processo de alfabetização no Brasil
desde há muito tempo. É a partir da necessidade de alfabetizar “as grandes massas iletradas” que o Estado-Nação passa a preocupar-se com a preparação de profissionais para atuar na área
educacional.
	De acordo com Saviani (2009, p. 143), a necessidade da formação docente surge desde Comenius, no século XVII. Ele ainda apresenta a primeira escola voltada a formação docente em 1684, por São João Batista de La Salle, em Reims. Contudo, a ideia de institucionalizar escolas próprias para a formação do professor, surge da sistematização das ideias liberais em expandir o ensino a todas as camadas sociais no século XIX. Essas prioridades, no entanto sofrem grandes influências e acabam por preconizar-se devido às dificuldades encontradas na relação escola-cidadão. O fracasso que surge na alfabetização desde esse período nos atinge até a atualidade exigindo uma atenção especial e soluções para um ensino de qualidade. Portanto é preciso compreender que alfabetização e letramento são práticas distintas, porém, indissociáveis, interdependentes e simultâneas. No entanto, a falta de compreensão destes termos gera grande confusão em seu uso teórico e prático, levando à perda da especificidade destas. (SOARES, 2003) 
	Ao refletir sobre essas concepções e em anuência com Soares (2003) encontramos
uma grande problemática, que acaba refletindo na qualidade da educação brasileira. Muitos
profissionais da educação acabam por mesclar e confundir o significado destes dois conceitos,
ampliando o conceito de alfabetização, sobrepondo o de letramento, como se letramento
tivesse o mesmo sentido de alfabetização e, assim, não desempenhando um bom trabalho.
Deste modo, letramento de acordo com Soares, 2003, a palavra letramento é de uso ainda recente e significa o processo de relação das pessoas com a cultura escrita. Assim, não é correto dizer que uma pessoa é iletrada, pois todas as pessoas estão em contato com o mundo escrito. Mas, se reconhece que existem diferentes níveis de letramento, que podem variar conforme a realidade cultural. Este termo ganha espaço a partir da constatação de uma problemática na educação, pois através de pesquisas, avaliações e análises realizadas, chegou- se à conclusão de que nem sempre o ato de ler e escrever garante que o indivíduo compreenda o que lê e o que escreve. 
	Entretanto, se reconhece que muito mais que isso, é realizar uma leitura crítica da realidade, respondendo satisfatoriamente as demandas sociais. Para exemplificar essa situação no país, destaca-se Salla, 2011, que traz o resultado da prova de leitura do PISA de 2009, no qual metade dos avaliados obteve a máxima nota de proficiência.
	Fica claro que o problema destacado neste resultado não é apenas o da alfabetização,
no que diz respeito ao ler e escrever, mas a questão aparece quando se exige interpretação e
raciocínio, ou seja, há uma ausência de letramento na alfabetização das pessoas.
Deve-se cuidar para não privilegiar um ou outro processo (alfabetização/letramento) e
entender que eles são processos diferentes, mas, indissociáveis e simultâneos.
	Assim, como descreve Soares (2003, p.11): Entretanto, o que lamentavelmente parece estar ocorrendo atualmente é que a percepção que se começa a ter, de que, se as crianças estão sendo, de certa forma, letradas na escola, não estão sendo alfabetizadas, parece estar conduzindo à solução de um retorno à alfabetização como processo autônomo, independente do letramento e anterior a ele. Analisando dialeticamente a evolução humana, fica explícito que o homem antes mesmo de aprender a escrita, apreende o mundo a sua volta e faz a leitura crítica desse imenso mundo material. Por isso, é incorreto dizer que uma pessoa é iletrada, mesmo que ela ainda não seja alfabetizada, pois ela desde o princípio da vida reflete sobre as coisas. O letramento está intimamente ligado às práticas sociais, exigindo do indivíduo, uma visão do contexto social em que vive. Isso faz da alfabetização uma prática centrada mais na individualidade década um e do letramento uma prática mais ampla e social.
	Nesse sentido, destacamos o papel do professor dentro desse processo. Este
profissional deve acreditar e promover a construção de pensamento crítico em si próprio e em
seus alunos. Assim, o letramento se torna uma forma de entender a si e aos outros, desenvolvendo a capacidade de questionar com fundamento e discernimento, intervindo no mundo e combatendo situações de opressão. (FREIRE, 1996) Uma aliança entre Alfabetização e Letramento Defendida a especificidade de cada conceito, tem-se agora o objetivo de mostrar que se pode chegar à qualidade, conciliando ambos os procedimentos e produzindo uma prática reflexiva de aliança entre os dois processos. Partindo das reflexões de Brandão (2004), sobre a metodologia freiriana de se alfabetizar, é possível compreender a importância da indissociabilidade e simultaneidade destes dois processos. Em seu método de alfabetização, ele propõe que se parta daquilo que é concreto e real para o sujeito, tornando a aprendizagem significativa, mas utilizando também os mecanismos de alfabetização.
	Ele ainda coloca em sua obra Pedagogia da Autonomia (1996), que o sujeito quanto
mais amplia sua visão de mundo, mais se liberta da opressão, ou seja, o sujeito letrado que já
possui seus conhecimentos prévios, com um determinado ponto de vista, quando alfabetizado,
pode modificar seus pensamentos, ampliando-os de forma que passa a refletir criticamente
sobre a prática social. Freire acreditava ser fundamental que as pessoas compreendam o seu lugar no mundo e sua função social nele. O professor, portanto, tem um papel muito importante a realizar, para que esse pensamento crítico se desenvolva em seus alunos. Para
Freire (1996, p.14) “[...] percebe-se assim, a importância do papel do educador, o mérito da paz com que viva a certeza de que faz parte de sua tarefa docente não apenas ensinar os conteúdos, mas também ensinar a pensar certo”. 
	É fundamental que o educador esclarecido de uma realidade de opressão, não torne o
processo de ensino bancário e improdutivo, mas uma educação que desvende o mundo
material e liberte as pessoas da opressão, como defende Freire (1970). Para isso, as práticas alfabetização e letramento são necessárias, cada uma com suas especificidades, como
explicita Tfouni (1995): “Enquanto a alfabetização se ocupa da aquisição da escrita por um indivíduo, ou grupo de indivíduos, o letramento focaliza os aspectos sócio históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade.” (TFOUNI, 1995 apud MORAES, 2005, p.4). 
	Logo, o letramento vai além do ler e escrever, ele tem sua função social, enquanto a
alfabetização encarrega-se em preparar o indivíduo para a leitura e um desenvolvimento
maior do letramento do sujeito. Nessa perspectiva, alfabetização e letramento se completam e
enriquecem o desenvolvimento do aluno.
	Alfabetizar letrando é uma prática necessária nos dias atuais, para que se possa atingir a educação de qualidade e produzir um ensino, em que os educandos não sejam apenas uma caixa de depósito de conhecimentos, mas que venham a ser seres pensantes e transformadores da sociedade.
2.2 Métodos de Alfabetização
	Em nosso país, a história da alfabetização tem sua face mais visível na história dos
métodos de alfabetização, em torno dos quais, especialmente desde o final do século
XIX, vêm-se gerando tensas disputas relacionadas com “antigas” e “novas”
explicações para um mesmo problema: a dificuldade de nossas crianças em aprender a ler e escrever, especialmente na escola pública.
	Os métodos usados pelas cartilhas no final do século XIX trouxeram grande base para a alfabetização em nosso país. O Método Sintético foi o primeiro método utilizado no Brasil, a ênfase no ensino da escrita estava por começar a ensinar as palavras da parte para o todo, ou seja, da formação de sílabas, para formação de palavras e por fim a formação de frases e contextos. A marcha sintética se baseava nos conhecimentos das letrasconhecido também como o método da soletração, e do conhecimento dos sons das letras - o método fônico. Nesse sentido, a partir dos conhecimentos das letras, formavam-se as sílabas, palavras, frases e então, pequenos textos. O método sintético faz a ligação entre o som e a grafia, se aprende letra por letra, sílaba e palavras, o aluno aprendia que, com a junção de consoantes e vogais, ele poderia construir as bases para sua alfabetização e entraria no mundo letrado. 
	O método sintético teve algumas derivações e também ficou conhecido como método
silábico, método da soletração e método fônico. Como o próprio nome já diz o método fônico
se refere aos sons que as letras produzem, é a combinação de consoantes e vogais para formar sílabas, palavras e para a construção de texto. O método silábico ou silabação consiste na
aprendizagem primeiro das sílabas e depois na formação das palavras. Também enfatiza a questão da soletração. Segundo Mortatti (2006, p.5): 
Para o ensino da leitura, utilizava-se, nessa época, métodos de marcha sintética (da “parte” para o “todo”): da soletração (alfabético), partindo do nome das letras; fônico (partindo dos sons correspondentes às letras); e da silabação (emissão de sons), partindo da sílabas. Dever-se-ia, assim, iniciar o ensino da leitura com a apresentação das letras e seus nomes (método da soletração/ alfabético), ou de sons (método fônico), ou das famílias silábicas (método da silabação), sempre de acordo com certa ordem crescente da dificuldade. Página da cartilha da Infância, de Thomaz Galhardo (141. ed., 1939). Fonte: BCPP – AHSM. In: MORTATTI, 2000, p. 228.
O segundo método difundido no Brasil para o ensino da linguagem escrita foi o
Analítico, que propunha o contrário do sintético - a decomposição das palavras. Esse método
tornou-se no final do século XIX, um caminho bastante trilhado nas escolas públicas,
conhecido também como método da palavração, ou Método João de Deus.
Esse por sua vez trazia uma proposta diferente, ao invés de começar da parte para o
todo, ele partia do todo para a parte, ou seja, a decomposição dos textos, para frases, para
palavras, sílabas e por fim as letras. O método analítico não se diferenciava muito da primeira proposta do método sintético, ele foi conhecido como método da palavração, cujas palavras eram divididas e, assim, estudadas. Afirma Mortatti (2006, p.7):
De acordo com o método analítico, o ensino da leitura deveria ser iniciado pelo “todo”, para depois se proceder à análise de suas partes construtivas. No entanto, diferentes se foram tornando os modos de processuação do método, dependendo do que seus defensores consideravam o “todo”: a palavra, ou a sentença, ou a “historieta”. 
	Assim, podemos considerar que as primeiras cartilhas introduzidas no Brasil foram
produzidas em Portugal, essas cartilhas eram consideradas uma grande revolução para a
aprendizagem, ela trazia consigo o método de João de Deus. De acordo com Mortatti (2000, p.49):
A recorrência discursiva da ideia de revolução nos métodos de ensino da leitura representada pela Cartilha Maternal remete às concretizações rotineiras, para a época, em relação a esse ensino, sobretudo àquelas centradas na marcha sintética – soletração e silabação- que, a despeito das novas ideias, continuavam a ser adotadas nas escolas de primeiras letras do país. Capa da Cartilha Maternal, de João de Deus (edição de 1990). Fonte: CRPHE. In: MORTATTI, 2000, p. 226. 
	Com o passar do tempo esse método ficou conhecido como uma forma mecânica de
aprender a ler e escrever, ou seja, um método mecanizado e repetitivo, pelo qual foi bastante
criticado, pois acabava cansando a aprendizagem das crianças e era totalmente fora do
contexto das mesmas. 
	Nesse sentido, para resolver o problema dos conflitos gerados pelos métodos sintéticos e analíticos, houve a necessidade de se juntar os dois métodos criando aquilo que se chamou de Método Misto. Segundo Mortatti (2006, p.8): Os defensores do método analítico continuaram a utilizá-lo e a propagandear sua eficácia. No entanto, buscando conciliar os dois tipos básicos de métodos de ensino da leitura e escrita (sintéticos e analíticos), em várias tematizações e concretizações das décadas seguintes, passaram-se a utilizar: métodos mistos ou ecléticos (analítico- sintético), considerados mais rápidos e eficientes.
	Com o passar dos anos, os métodos de alfabetização foram sendo considerados
tradicionais e começaram a ser questionados, principalmente na década de 1980, com a
chegada do construtivismo no Brasil, no qual essa teoria dizia que os métodos mecanizavam a
alfabetização. Segundo Mortatti (2000, p.268): 
O construtivismo, enquanto teoria para a alfabetização é assumido oficialmente pelo Estado de São Paulo. Com base na teoria construtivista são oferecidos inúmeros cursos de capacitação aos docentes da rede estadual. Textos são impressos e distribuídos. Livros, veiculando a teoria construtivista, bem como suas diferentes apropriações, chegam a todas as escolas e delegacias de ensino.
	
	Nesse contexto, Smolka afirma que (2008, p.17):
Em 1980, começou a ser divulgado no Brasil o trabalho pioneiro de Emília Ferreiro sobre os processos de aquisição da linguagem escrita em crianças de pré-escolas argentinas e mexicanas, levantando e difundindo fundadas suspeitas com relação aos métodos de alfabetização.
	O estudo construtivista sobre os processos de alfabetização elaborados por Emília
Ferreiro, baseados nos pressupostos teóricos de Jean Piaget considerava os métodos de
alfabetização tradicionais, trazendo conflitos em relação ao ensino e à alfabetização. A ênfase
da teoria construtivista na prática centra o processo de aprendizado no educando e não no
educador, o professor faz sua mediação na aprendizagem dos alunos, mas estes estão
subordinados ao desenvolvimento dos processos cognitivos de cada criança. Afirma Ferreiro (2001, p.29): 
Tradicionalmente, as discussões sobre a prática alfabetizadora têm se centrado na polêmica sobre os métodos utilizados: métodos sintéticos, fonético versus método global etc. Nenhuma dessas discussões levou em conta o que agora conhecemos: as concepções das crianças sobre o sistema de escrita. Daí a necessidade imperiosa de recolocar a discussão sobre novas bases. Se aceitarmos que a criança não é uma tábula rasa onde se inscrevem as letras e as palavras segundo determinado método; se aceitarmos que o “fácil” e o “difícil” não podem ser definidos a partir da perspectiva do adulto, mas de quem aprende; se aceitarmos que qualquer informação deve ser assimilada (e, portanto transformada) para ser operante, então deveríamos também aceitar que os métodos (como consequência de passos ordenados para chegar a
um fim) não oferecem mais do que sugestões, incitações, quando não práticas rituais ou conjunto de proibições. Método não pode criar conhecimento.
	Nesse contexto, na década de 80 do século XX, época em que o construtivismo é
aceito como norte para as práticas de alfabetização, algumas questões
foram levantadas com relação aos conteúdos e ao papel do professor e do aluno na
aprendizagem da escrita. Com a crítica ao uso das cartilhas, e entendendo a alfabetização como processo que leva em consideração o ponto de vista do aluno, surge uma nova discussão no meio educacional, que é a aprovação continuada. Segundo Soares (2003, p. 1):
“Essa concepção de certa maneira está associada ao construtivismo. Não estou
afirmando que seja errada, mas a maneira como ela se difundiu no sistema é que
pode ser uma das causas da perda de especificidade do processo de alfabetização”. 
	A mudança conceitual que veio dos anos 80 fez com que o processo de construção da
escrita pela criança passasse a ser feito pela sua interação com o objeto de
conhecimento. Interagindo com a escrita, a criança vai construindo o seu
conhecimento, vai construindo hipóteses a respeito da escrita e, com isso, vai
aprendendo a ler e a escrever numa descoberta progressiva.
	Sabemos que só um método pode não garantir a alfabetização das crianças, mas nãotem como alfabetizar sem método. Assim, segundo as análises de Mortatti (2006), a teoria
construtivista ao negar o método como componente essencial das práticas de alfabetização,
acabou gerando equívocos com relação às práticas alfabetizadoras, pois não mostrou como se
alfabetiza em termos de atividades. Afirma Mortatti (2000, p.287), “afinal, construtivismo não é método, nem proposta didática, mas uma teoria sobre aquisição do conhecimento”.
	Segundo Soares (2003, p.17), antes “havia um método, mas não uma teoria. Hoje
acontece o contrário: todos têm uma bela teoria construtivista da alfabetização, mas não têm
método. Se antigamente havia método sem teoria, hoje temos uma teoria sem método”.
	Nesse sentido, o estudo sobre os métodos de Alfabetização está também ligado à
história do fracasso escolar em nosso país. [...] Não estou dizendo que o fracasso de agora seja novidade, pois sempre tivemos fracassos em alfabetização. Antes, a criança repetia a mesma série por até quatro vezes e havia o problema da evasão. Agora, e talvez isso seja mais grave, a criança chega à 4ª série analfabeta. E por que talvez isso seja mais grave? Porque, quando a criança repetia o ano – pois tínhamos métodos que não estavam fundamentados em teorias psicológicas, psicolinguísticas nem linguísticas – ela não aprendia. Então ela
repetia, mas, pelo menos, ficava claro para ela que havia o “não sei” [...]. (SOARES, 2003, p.19).
	Como fazer para que a alfabetização seja prática contínua e realizada com sucesso, e
que as crianças possam realmente aprender, adquirir conhecimento em sua prática escolar?
Tem como trabalhar essa prática educativa, juntando a teoria e bons métodos, para se obter
melhores resultados? Segundo Soares (2003, p.20): 
Entretanto, voltar para ao que já foi superado não significa que estamos avançando. Avançamos quando acumulamos o que aprendemos com o passado, juntando a ele as novidades que o presente traz. Estamos no momento crítico desse avanço. As pessoas estão insatisfeitas com o construtivismo, as denúncias já estão sendo feitas e começam a surgir iniciativas no sentido de corrigir essa situação. Estamos na fase de
reinvenção da alfabetização.
	Nesse sentido, “embora ela (a alfabetização) esteja precisando ser reinventada e seja
preciso recuperar sua especificidade, não podemos voltar ao que já foi superado. A mudança
não deve ser um retrocesso, mas um avanço”. (SOARES, 2003, p.21).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Reconhecendo que a educação brasileira passa por uma problemática, a falta
de qualidade da alfabetização, necessita-se que surjam novos olhares e práticas
transformadoras. Logo, a educação das séries iniciais, que coincide com o período de início
da alfabetização, é o alicerce de toda estrutura da educação que se desenvolverá depois,
necessita de uma atenção especial. Os professores alfabetizadores precisam estar habilitados,
serem competentes criativos e cientes de sua responsabilidade de formação dos sujeitos como
intelectuais e cidadãos comprometidos com a transformação social.
	É essencial, também, que haja discussões sobre o tema alfabetização e letramento nos cursos de formação de docentes e nos cursos ou reuniões de formação continuada, de modo que gerem reflexões sobre o tema e a prática docente, buscando soluções para problemas específicos da alfabetização e procurando desenvolver os profissionais e as instituições de ensino para que a educação tenha cada vez mais qualidade.
	Sem dúvidas, a contribuição de Freire é considerada um exemplo no contexto da
alfabetização. Visto que ele foi um grande pensador e até hoje influência a educação. Ele,
com sua filosofia existencialista, com traços da fenomenologia nos mostra
que é possível fazer uma conexão do mundo da escrita com o mundo real, levando ao
desenvolvimento através da relação entre o próprio eu e o mundo. De maneira, que a
alfabetização e a educação em geral, promovam a desmistificação da realidade, que nos livre
das vendas e opressões, tornando os sujeitos cada vez mais críticos e transformadores da
sociedade, numa sociedade melhor e mais justa para todas as pessoas.				Por fim, acredita-se que é possível, sim, atingira qualidade na educação das classes de alfabetização, com práticas educacionais que utilizem diferentes metodologias, que
proporcionem tanto o desenvolvimento da alfabetização quanto o desenvolvimento do
letramento de cada sujeito, através do qual ele possa ser autor de sua vida e de
transformações. Sempre haverá essa discussão sobre os métodos de alfabetização, o que funciona, o que é ultrapassado, o que é moderno ou mais fácil de ser usado. Mas, independente do que sejam empregados, todos os profissionais devem ter consciência da sua responsabilidade sobre o ato de alfabetizar e desempenhar da melhor forma a alfabetização, pois o alicerce de todo o saber, quando os alunos encontram uma boa estruturada, terão grandes progressos em suas vidas escolares, tendo facilidades para se adaptarem e entenderem todo o processo pedagógico.
REFERÊNCIAS
BRANDÃO, Z, BAETA, A & ROCHA, A.D.C. Evasão e Repetência no Brasil: a escola em questão. Rio de Janeiro, Achiamé, 1983.
CAGLIARI, L.C. Alfabetizando sem o bá-bé-bi-bó-bu. São Paulo: Scipione, 1998. 
CAGLIARI, Luis Carlos. A respeito de alguns fatos do ensino e da aprendizagem pelas crianças na alfabetização. In: ROJO, Roxane (Org.). Alfabetização e letramento: perspectivas lingüísticas. Campinas, SP: Mercado das letras.
FERREIRO, Emilia. Reflexões sobre a alfabetização. 24. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
FREIRE,P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1970.
MORTATTI, M.R.L. História dos métodos de alfabetização no
brasil. Conferência proferida durante o Seminário "Alfabetização e letramento em
debate", 2006.
PAIVA, Vanilda P. (1973). Educação Popular e Educação de Adultos: contribuição à história da educação brasileira. São Paulo: Loyola.
RAMOS, Lílian M. P. de Carvalho. (2001). Educação das classes populares: o que mudou nas últimas décadas. In: Teias: Revista da Faculdade de Educação/UERJ, n.3, junho.
SMOLKA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita. 8. ed. São Paulo:
Cortez, 2008.
SOARES, Magda. Letramento e alfabetização: as muitas facetas. In: Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro: Ed. Autores Associados, 2004.
TFOUNI, Leda Verdiani. Letramento e alfabetização. São Paulo: Cortez, 2004.