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Liquor
Introdução:
O nome técnico para o liquor é líquido cerebrospinal. É um fluido aquoso que oferece proteção mecânica ao SNC, formando um verdadeiro coxim líquido entre este e o estojo ósseo. 
Contém anticorpos e leucócitos, auxiliando na defesa contra agentes e microrganismos externos. Promove a remoção de diferentes metabólitos dos ventrículos para o sangue. 
Ocupa as cavidades ventriculares do encéfalo e o espaço subaracnóideo. Sua renovação completa se da a cada 8 horas. 
Ventrículos:
Ventrículos laterais: são pares (direito e esquerdo), se localizam no telencéfalo e correspondem a uma cavidade completamente fechada e preenchida por liquor. Os ventrículos laterais se comunicam com o terceiro ventrículo pelo forame interventricular. 
Apresentam uma parte central, que se localiza no lobo parietal, e três cornos que correspondem aos três polos dos hemisférios. As partes que se projetam nos lobos frontal, occipital e temporal são, respectivamente, os cornos anterior, posterior e inferior. O ponto de confluência dos 3 cornos é denominado átrio.
Terceiro ventrículo: se localiza no diencéfalo e tem comunicação com os ventrículos laterais por meio do forame intervertebral e com o quarto ventrículo pelo aqueduto cerebral. Há uma região que não é preenchida por liquor, que corresponde a união dos dois tálamos, a aderência intertalâmica. 
Ele apresenta recessos (projeções): supra-óptico (relacionado com o quiasma óptico), do infundíbulo (relacionado ao infundíbulo da hipófise), pineal (relacionado a glândula pineal) e suprapineal (dobra da tela corioidea que forma o teto do III ventrículo).
Quarto ventrículo: se localiza posteriormente à ponte e o bulbo, que formam seu assoalho, e anteriormente ao cerebelo, que corresponde ao seu teto. Apresenta recessos que se comunicam com o espaço subaracnóideo, os recessos laterais (direito e esquerdo), e a abertura mediana que é o fim do ventrículo.
Cisternas:
O líquor vai se localizar no espaço subaracnóideo, entre a pia-máter e as trabéculas da aracnoide-máter. Há ampla comunicação entre o espaço subaracnóideo do encéfalo e da medula. 
Há regiões do encéfalo que são preenchidas só por pia-máter pois a aracnoide-mater não consegue penetrar, sendo assim o espaço subaracnóideo é variável, formando cisternas nas áreas mais dilatadas em que a pia-máter e a aracnoide-máter não estão tão próximas.
 
As cisternas de maior importância clínica são a lombar e a magna pois são as que se realiza punção do líquor. 
A cisterna lombar se localiza abaixo do cone medular e vai até o fundo de saco da dura-máter espinal, compreendendo entre L2 e S2. Nessa cisterna está a cauda equina, o filamento terminal e grande quantidade de líquido cerebrospinal (liquor). É o local de menor risco de lesões nervosas. 
A cisterna magna (cerebelomedular) tem como limite anterior o bulbo e a abertura mediano do quarto ventrículo, superiormente o cerebelo e posteriormente a dura-máter do osso occipital. É a primeira cisterna que recebe o liquor que sai dos ventrículos, mas apresente um agravante para a punção que é a presença da artéria cerebelar póstero-inferior e seus ramos.
Produção, distribuição e drenagem:
Cerca de 60% do líquor é produzido pelos plexos corioides, estruturas enoveladas formadas por dobras da pia-máter, vasos sanguíneos e células ependimárias modificadas. O primeiro plexo corioideo foi formado no teto do terceiro ventrículo após penetrar na fissura transversa do cérebro, depois se difundiu para os ventrículos laterais pelo forame interventricular e se estabeleceu no corpo e cornos occipital e temporal. 
O plexo corioideo do quarto ventrículo não tem relação direta com o dos outros ventrículos.
Os outros 40% do líquor são produzidos pelo epitélio ependimário que não tem relação com o plexo corioideo. 
O início da circulação do líquor se dá nos ventrículos laterais, segue pelos forames interventriculares para o terceiro ventrículo, passa pelo aqueduto do mesencéfalo em direção ao quarto ventrículo e de lá ocupa o espaço subaracnóideo após atravessar os recessos laterais e a abertura mediana. 
 
A absorção do líquor se dá pelas granulações aracnoideas que se projetam no interior dos seio da dura-máter, o seio sagital superior. 
A dura-máter no encéfalo apresenta duas lâminas (dois folhetos) que quando separadas em algumas regiões formam os seios da dura-máter, revestidos por endotélio, e que funcionam como veias. 
Cada granulação aracnoidea tem o revestimento de endotélio do seio. 
Também há granulações aracnoideas nas raízes dos nervos, nos forames intervertebrais, que vão absorvendo um pouco do líquor ao longo do seu trajeto na medula espinal. 
Nas granulações aracnoideas o líquido cerebrospinal está separado do sangue apenas pelo endotélio do seio e uma fina camada da aracnoide-máter.

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