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ESTUDO DIRIGIDO ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO - RAQUEL BRUM STURZA

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Faculdade Única de Ipatinga 
Curso de Pedagogia 
Alfabetização e letramento 
Tutora: Ruth Rodrigues Souza 
Discente: Raquel Brum Sturza 
Métodos de alfabetização/letramento 
 
 Na história da alfabetização, os debates sobre os métodos utilizados têm sido um dos 
pontos mais polêmicos ao longo do tempo. As escolhas de métodos para alfabetização, ora são 
consideradas como a solução para resolver a questão do fracasso da alfabetização, em outros 
momentos nega-se a necessidade de métodos, gerando a desvalorização de práticas bem-
sucedidas que se basearam na tradição do uso dos métodos. 
A prática docente está interligada à metodologia usada, pois o trabalho do docente 
organiza-se em função desse método. Muito se vem discutindo sobre qual método de ensino da 
leitura e da escrita é mais eficaz no processo de alfabetização. Em relação aos métodos, Mortatti 
(2000) colabora nos mostrando que a alfabetização é um procedimento que envolve a intenção, 
a sistematização e a escolarização e não há como procedê-la sem um método; este deve abranger 
também os objetivos e os conteúdos fundamentais ao desenvolvimento da prática de alfabetizar. 
Os métodos utilizados para a alfabetização são: sintéticos e analíticos. 
O método sintético, considerado o mais antigo, existe há cerca de 2000 anos, passou 
pela Antiguidade, chegando à Idade Média, momento em que foi adotado também em alguns 
países Europeus. De acordo com Almeida (2008, p. 4234), os métodos sintéticos "seguem a 
marcha que vai das partes para o todo, ou seja, primeiro a criança internaliza as unidades 
menores (fonemas), para depois gradativamente chegar às unidades maiores". Inicialmente se 
aprende o processo de codificação e decodificação para, posteriormente, numa etapa, 
considerada mais avançada, compreender a leitura e a escrita. A aprendizagem pelos métodos 
sintéticos conduz à decodificação ou decifração. O método sintético se divide em três processos: 
alfabético, fônico e silábico. Segundo Frade (2005) há três métodos sintéticos que se 
sobressaem: o método da soletração ou alfabético, que dá ênfase aos nomes das letras; o da 
silabação, que partem das sílabas e os fônicos, que iniciam das unidades menores, isto é, dos 
sons que correspondem à pauta sonora. 
Já os métodos chamados analíticos partem do todo para as partes e buscam romper 
completamente com os conceitos da decifração. Os métodos analíticos mais conhecidos são: 
global, sentenciação e palavração, o emprego deles defende-se o trabalho com sentido. Dessa 
maneira, esses métodos estão preocupados com a compreensão, entendem que a linguagem 
escrita deve ser ensinada à criança de acordo com sua percepção global da língua. A palavra, a 
frase e o texto são as unidades de análise. Conforme Frade (2005, p. 32), há alguns pontos 
comuns entre os defensores dos métodos analíticos, que são: A linguagem funciona como um 
todo; Existe um princípio de sincretismo no pensamento infantil: primeiro percebe-se o todo 
para depois se observar as partes; Os métodos de alfabetização devem priorizar a compreensão; 
No ato da leitura, o leitor se utiliza de estratégias globais de reconhecimento; O aprendizado da 
escrita não pode ser feito por fragmentos de palavras, mas por seu significado, que é muito 
importante para o aprendiz; A escola tem que acompanhar os interesses, a linguagem e o 
universo infantil e, portanto, as palavras percebidas globalmente também devem ser familiares 
e ter valor afetivo para a criança. (FRADE, 2005). 
 
Referências: 
ALMEIDA, M. A. P. Anais do II Congresso Nacional de Educação. In: Métodos 
alfabetizadores: reflexões acerca da prática pedagógica de uma professora de 1ª série do 
ensino fundamental. Anais [.]. Curitiba : Educere, 2008. p. 13. Disponível em: 
https://bit.ly/3v4zoRk. Acesso em: 10 fev. 2021. 
FRADE, I. C. A. D. S. Métodos e didáticas de alfabetização: História, características e modos 
de fazer de professores. Belo Horizonte: Centro de alfabetização, leitura e escrita, 2005. 
Ministério da Educação. 
FRADE, I. C. A. D. S.; DALBEN, Â. I. L. D. F. [. ].; COSTA, T. M. L. [. ]. Cultura escrita, 
alfabetização e letramento. Belo Horizonte: UFMG - Faculdade de educação, 2011. 
MORTATTI, M. R. L. Os sentidos da alfabetização (São Paulo: 1876-1994). São Paulo: 
UNESP, 2000.

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