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Luíza Barreto – Medicina 2021.2 - A sífilis é uma doença que ainda não foi erradicada no Brasil, mesmo tendo um esquema tratamento e prevenção fácil. É uma infecção sexualmente transmissível de caráter sistêmico e tratada com medicamento de baixo custo. - É uma doença de notificação compulsória. A OMS estima em 2 milhões o número de gestantes infectadas pela sífilis anualmente no mundo. Agente etiológico: Treponema pallidum (bactéria gram negativa do grupo das espiroquetas). Transmissão: • Sexual • Vertical: Risco de transmissão transplacentária (a espiroqueta consegue passar pela placenta) para o feto, causando a chamada sífilis congênita. A contaminação do concepto é maior com o avançar da idade gestacional. → Se a mulher pegar a infecção no terceiro trimestre, a chance de contaminação do bebê é maior. - Tanto na mulher quanto no homem, a apresentação clínica é igual. FORMAS CLÍNICAS: Sífilis primária: • Úlcera única indolor (cancro duro) no local da inoculação; • Surge em média 3 semanas após a infecção; • Regridem espontaneamente após 30-90 dias do surgimento. Sífilis secundária: Quando a paciente teve a sífilis primária, não tratou, e desenvolve essa forma clínica depois de um tempo (tem uma cronologia) • Sintomas sistêmicos: Febre, mal-estar, linfadenomegalia generalizada e cefaleia • Lesões de pele e mucosa difusas, com variáveis apresentações, destacando-se o condiloma plano e as lesões palmo-plantares • Pode ocorrer alopecia e madarose • Regridem espontaneamente em 2 a 6 semanas, mesmo sem tratamento - Sempre que encontrar uma paciente com essas lesões nas palmas e/ou nas plantas dos pés, como uma pápula que depois vira uma pústula, isso é muito condizente com sífilis secundária Sífilis latente: É o paciente que tem infecção diagnosticada pelo exame de sangue, mas é assintomática. Se divide em: • Sífilis latente recente: Período assintomático, no primeiro ano após a infecção (do período da primeira lesão até 1 ano depois) • Sífilis latente tardia: Período assintomático após 1 ano da infecção (A OMS considera após 2 anos, mas o ministério da saúde considera após 1 ano, e na prática segue o ministério da saúde) Sífilis terciária: É quando a paciente não trata, e depois de alguns anos tem acometimento do sistema nervoso e cardiovascular (OMS: 2 anos). OBS: Gestante com diagnóstico confirmado em que não é possível inferir a duração da infecção é classificada como sífilis latente tardia. FORMAS CLÍNICAS DE SÍFILIS CONGÊNITA: Recente: Manifestações até 2 anos de idade • Rash maculopapular: Descamação cutânea • Rinite sifilítica (a principal suspeita em caso de secreção bem importante no nariz de um bebê pequeno) / lesões em mucosa oral • Hepatomegalia • Pseudoparalisia de Parrot (Alteração em que os ossos da perna começam a encurvar) Tardia: Manifestações clínicas após 2 anos de idade • Dentes de Hutchinson • Surdez / nariz em sela • Tíbia em lâmina de sabre (tíbia mais curva) • Manifestações neurológicas (como epilepsia, movimentos involuntários, etc) - Em relação à cronologia, vai dividir entre a sífilis adquirida recente e tardia. A sífilis adquirida recente é até 1ano do contágio, e nela tem a sífilis primária, sífilis secundária e a sífilis latente recente. - Na sífilis primária é quando tem o cancro, na secundária é quando geralmente tem as lesões cutâneo-mucosas e linfadenopatia, e depois tem a forma latente recente até 1 ano de idade. Luíza Barreto – Medicina 2021.2 - Já a sífilis adquirida tardia é quando tem mais de 1 ano de evolução, e pode se dividir entre a forma latente tardia e a sífilis terciária. A latente tardia é quando o paciente não tem sintoma nenhum, e geralmente o diagnóstico é feito por um exame de sangue ao acaso, e a sífilis terciária é quando tem as alterações neurológicas, cardiovasculares e cutâneo- mucosas (geralmente não tem uma cronologia específica, pode acontecer em 4, 5, 10 anos). RASTREAMENTO NA GRAVIDEZ: - Tem as alterações ultrassonográficas: Surgem após 20 semanas de gestação (geralmente) e os achados podem ser hepatomegalia, placentomegalia, polidramnia, anemia e hidropsia fetal. Obs: Polidramnia é um distúrbio do líquido amniótico, quando tem um aumento do líquido. Oligodramnia é o líquido reduzido. Obs: Hidropsia fetal é quando tem alteração em pelo menos dois compartimentos do bebê. Por exemplo, é aquele bebê que tem edema subcutâneo + líquido em dois compartimentos, como ascite, derrame pleural, derrame pericárdico. É aquele bebê que tem edema e pode ser identificado em qualquer USG, mas principalmente na USG morfológica. COMPLICAÇÕES DA SÍFILIS CONGÊNITA: • Crescimento intrauterino restrito → Bebê com peso abaixo do percentil 3 na USG • Óbito fetal • Óbito neonatal • Hidropsia fetal não imune → Porque a imune vai ter outras causas como por exemplo a eritroblastose fetal • Parto prematuro • Anomalias congênitas RASTREAMENTO MATERNO: - É padrão para o pré-natal de baixo e de alto risco. Deve pedir o VDRL na primeira consulta e no início do terceiro trimestre. - Se por um acaso, além do pré-natal, essa mulher for admitida no hospital para aborto, parto, se tiver alguma exposição sexual de risco ou violência sexual, tem que fazer o teste rápido para sífilis (o mesmo que tem no posto de saúde). O teste rápido vai ser feito no posto de saúde e na emergência, o VDRL só com exame de sangue. - Os testes treponêmicos da sífilis são o FTA-Abs, Elisa e teste rápido → São os primeiros a ficarem positivos e ficam positivos pela vida inteira. São qualitativos. - Os testes não treponêmicos são quantitativos, e são o VDRL, PRP e USR (o que mais usa é o VDRL, os outros dois só precisa saber que existe). Ele serve para monitorizar a resposta ao tratamento. - Os exames diretos são o exame em campo escuro e a pesquisa direta em lâmina, mas que são pouco utilizados na prática. - Considera VDRL sugestivo de infecção quando está maior que 1:4. Abaixo disso, pode ser aquela paciente que teve sífilis, tratou, e ficou com essa cicatriz sorológica (mas com um tempo vai sumindo). Acima de 1:4 é difícil que seja cicatriz sorológica. Esse título vai ser referente a diluição, quanto mais você dilui e continua vendo o treponema, significa que tem mais. - O fenômeno prozona é quando tem aquele paciente com sintomas de sífilis, mas o VDRL deu negativo. Acontece quando tem tanto treponema, que não ocorre a ligação do antígeno com o anticorpo, fazendo com que o resultado dê negativo (mesmo o paciente tendo sífilis). O VDRL é um exame que identifica o anticorpo anti-cardiolipina que se liga ao treponema, e quando tem muitos treponemas, não tem a essa ligação com o anticorpo, aí tem que pedir um VDRL diluído (quando aumenta a diluição, é melhor para identificar os treponemas), Luíza Barreto – Medicina 2021.2 - O segundo teste pode ser treponêmico ou não treponêmico dependendo do primeiro que foi realizado. Lembrando que o teste treponêmico é aquele que identifica especificamente o treponema pallidum, enquanto o não treponêmico não identifica especificamente o treponema, e sim o anticorpo, de modo que pode dar falso positivo. - Se o teste rápido dá positivo e o VDRL dá reagente, provavelmente é uma sífilis não tratada ou com tratamento muito recente. Nesse caso tem que perguntar pra paciente e saber se ela já foi tratada ou não, e se for caso não tratado, faz o tratamento (se for já tratado, reavalia de novo depois). - Se o teste rápido for não reagente e o VDRL não reagente, não é sífilis ou está em uma janela imunológica, devendo repetir de novo no terceiro trimestre da gestação. - Seo teste rápido der reagente e o VDRL der não reagente, tem duas opções (lembrando o teste rápido fica positivo pro resto da vida). Então pode ser uma sífilis precoce (não deu tempo o VDRL positivar ainda), devendo tratar, ou pode ser uma sífilis curada com uma cicatriz sorológica (tem que perguntar pra ela se ela e o parceiro fizeram o tratamento adequado. Se sim, é cicatriz sorológica e não precisa tratar de novo). - Se o teste rápido deu negativo e o VDRL deu positivo, deve considerar como falso positivo, lembrando que o VDRL é um teste não treponêmico que pode positivar em outros casos como trombose, lúpus, etc. Mas o ministério da saúde fala que no caso de uma gestante, se um teste der positivo, já tem que tratar (mesmo sabendo que a chance de falso positivo é muito grande). → Só se a paciente disser que já tratou de forma adequada, aí não precisa tratar de novo. Mas se ela diz que nunca tratou e um dos exames deu positivo, a recomendação é de fazer o tratamento. - O tratamento vai depender do diagnóstico, lembrando que cada ampola tem 2,4 milhões de unidades, devendo aplicar 1,2 milhões UI em cada nádega. - Se for latente tardia, latente com duração ignorada ou terciária, tem que usar 3 doses, uma em cada semana. - Se a paciente tomar só duas doses, considera como que não tratou. Só considera o tratamento se foi completo com as 3 doses. - Se for um caso de neurossífilis diagnosticada pelo líquor, precisa usar penicilina cristalina IV porque atravessa a barreira hematoencefálica. ATENÇÃO: Reiniciar tratamento em caso de interrupção do tratamento ou em caso de intervalo maior do que 14 dias entre as doses. Obs: Os parceiros/parceiras sexuais de gestantes com sífilis podem estar infectados, devendo realizar busca ativa para rastreio e tratamento adequado. Reação de Jarish-Herxheimer: • É quando a paciente toma a primeira dose de penicilina benzatina e isso leva a lesões cutâneas com eritema, dor e prurido e pode ter sintomas sistêmicos como febre, mialgia e artralgia. • Tem uma duração de 12 a 24 horas e regride espontaneamente. • Não se trata de um quadro alérgico, não sendo, portanto, descontinuado o tratamento, devendo ser prescrito apenas sintomático. • O que acontece é que quando faz a medicação, ela lesiona as espiroquetas e faz uma reação inflamatória no corpo da paciente, e isso que causa a dor, eritema e prurido no corpo inteiro. → Aguarda 12 a 24 horas (monitorizando a paciente) para ver se melhora, se não melhorar nesse tempo, aí considera um quadro alérgico. Luíza Barreto – Medicina 2021.2 - Em caso de alergia aos betalactâmicos, tem que fazer dessensibilização à penicilina, porque a medicação é tão importante que não vai direto pra segunda opção. Deve ser feito sob supervisão médica. - Depois desse processo, deve aplicar a penicilina benzatina em dose terapêutica. - Não precisa gravar, mas é útil para a prática. A dose deve ir aumentando no número de doses até que seja dado uma dose acumulada boa, de forma que a paciente suporte a dose de penicilina que vai ser utilizada para ela. Obs: É feito via oral. - Se for um adulto, considera tratado, mas no caso de uma gestante, considera que não foi tratada e pode abrir protocolo para o RN com penicilina cristalina, depois do nascimento, para prevenção de sífilis tardia no bebê. SEGUIMENTO PÓS-TRATAMENTO: • O VDRL deve ser realizado mensalmente até o termo do bebê, e após o parto faz seguimento trimestral até 12 meses (faz VDRL de 3 em 3 meses pra ver se tem queda) • Orientar uso de preservativos • Oferecer testagem para HIV e hepatites virais • Se lesões em genitália ou mamas, contraindicado parto normal e amamentação, respectivamente CRITÉRIOS PARA TRATAMENTO ADEQUADO: • Administração de penicilina benzatina correta • Início do tratamento até 30 dias antes do parto → Não precisa terminar 30 dias antes, mas precisa iniciar antes de 30 dias do parto • Documentação de queda do título do teste não treponêmico (VDRL): o Resultado não reagente o Sífilis recente: Queda de duas diluições em 6 meses o Sífilis tardia: Queda de duas diluições em 12 meses Obs: Queda do VDRL – duas diluições (Ex: 1:64 → 1:16) CRITÉRIOS PARA RETRATAMENTO: • Ausência de redução da titulação em duas diluições em 6 meses (sífilis recente) e 12 meses (sífilis tardia) • Aumento da titulação em duas diluições (Ex: 1:16 → 1:64) • Persistência ou recorrência de sinais e sintomas clínicos Obs: Se a paciente apresentar critério para retratamento e não houver suspeita de reinfecção, deve-se realizar investigação para neurossífilis → É aquele caso que a paciente jura que fez o tratamento certo e não teve relação sexual depois disso, então precisa pensar em neurossífilis. - Neurossífilis é aquele caso de sífilis que fica com VDRL positivo, em titulação baixa, mesmo na paciente que já tratou. • Vírus RNA (HIV-1 e HIV-2) • Risco de transmissão vertical < 2% se intervenções adequadas / 15-45% sem adequado planejamento e seguimento • Complicações: o Infecções oportunistas maternas o Restrição do crescimento intrauterino o Prematuridade o Óbito perinatal DIAGNÓSTICO: - Faz o teste rápido ou laboratorial no primeiro trimestre e no terceiro trimestre, e quando vai dar entrada no hospital pro parto também faz o teste rápido, porque ela pode pegar HIV a qualquer momento. Se tiver história de risco ou violência sexual, repete o teste. - Se algum desses testes vier positivo, tem que repetir o teste com outro método para confirmar. - Se confirmou o resultado com dois exames diferentes, solicita carga viral e contagem de CD4, além de rastrear para infecções oportunistas. → Vão guiar o tratamento e dizer se está sendo efetivo ou não. Luíza Barreto – Medicina 2021.2 - Gestante HIV + vai para o pré-natal de alto risco, mas se tiver muito imunossupressa ou com infecções, vai pra um serviço especializado que normalmente é com infectologista e obstetra. - Deve solicitar carga viral para a paciente na primeira consulta de pré-natal, logo depois do diagnóstico, ou então paciente que já tinha o diagnóstico prévio de HIV, para ver como está a situação da viremia no sangue dela. - Depois de iniciar a TARV, em 2 a 4 semanas pede carga viral novamente para ver resposta ao tratamento. - A partir de 34 semanas pede pra todas as pacientes para indicar qual a via de parto que o bebê vai nascer (pode ser parto normal, mas depende dessa carga viral para definir). Faz depois de 34 semanas pelo risco de ter alguma mudança nisso e depois das 34 semanas ter uma carga viral maior. - Os linfócitos CD4 pede na primeira consulta de pré-natal e pelo menos a cada 3 meses durante a gravidez, lembrando que o HIV destrói o CD4. - Se a paciente tem carga viral indetectável e já está em uso de TARV, só precisa fazer na 1 consulta e depois com 34 semanas. - Pode fazer a genotipagem antes do início do tratamento para guiar qual tipo de medicamento aquele genótipo da paciente responde, mas isso é pouco acessível na prática, só em serviços especializados de infectologia (mas pelo ministério da saúde é indicado para todo mundo). - Sobre as mudanças que vão acontecer em relação ao pré- natal normal, no primeiro trimestre vai acrescentar TGO, TGP, bilirrubina, Ur, Cr e Anti-HAV. - Esses pedidos são mais pelo uso do antirretroviral do que pelo HIV em si, porque pode fazer lesão hepática e renal. - Sumário de urina e urocultura tem que ficar muito atenta e pedir em todos os trimestres porque essa paciente faz muita infecção oportunista. - Outra diferença no pré-natal dessa paciente é que deve solicitar o PPD na primeira consulta. O PPD é o teste que faz no antebraço da paciente que mostra a reação e a probabilidade da paciente ter uma infecção por tuberculose ativa. - No caso dapaciente HIV+, se for assintomática e tiver um PPD maior que 5mm, tem que investigar para tuberculose ativa. Se fez toda a investigação e descartou TB ativa, mas tá com CD4 muito baixo, faz profilaxia na gravidez com isoniazida e piridoxina para que ela não faça infecção ativa, por ser uma infecção oportunista muito grave na gravidez. - O PPD quando dá positivo, geralmente é tuberculose, mas quando dá negativo não exclui a possibilidade de ser e ele não conseguir identificar. - Paciente com HIV tem um esquema de vacinação diferente, e se tiver um CD4 maior que 200 pode fazer as vacinas. Faz pneumococo em 2 doses, que normalmente não faz na gestante; hepatite A faz 2 doses nas que tem anti-HAV negativo; faz 4 doses de hepatite B com dose dobrada; H. influenzae se a paciente tiver menos de 19 anos; e meningocócica conjugada. Lembrando que essas vacinas não são dispensadas em qualquer local, devendo ser encaminhada para algum lugar de referência com um relatório. Luíza Barreto – Medicina 2021.2 TRATAMENTO: - O ideal é fazer a genotipagem para ver a melhor combinação de drogas, mas se não tiver como, trata do mesmo jeito. - Na paciente que nunca usou TARV, se ela iniciou o tratamento antes de 13 semanas, se conseguir fazer genotipagem normalmente ele é sensível a tenofovir + lamivudina + efavirez. Se não tiver genotipagem, trata com tenofovir + lamivudina + atarzanavir/ritonavir, porque o atarzanavir/ritonavir já é mais amplo e pega uma gama maior, e como não tem genotipagem tem que fazer uma medicação mais pesada para conter a viremia dela. - Se ela nunca usou TARV e começou o tratamento depois de 13 semanas, usa tenofovir + lamivudina + dolutegravir. Obs: O dolutegravir está associado a defeitos de fechamento do tubo neural até 8 semanas, por isso só usa depois de 13. - Na paciente que já fazia uso de TARV, se a carga viral estiver baixa, pode manter o esquema que ela já estava usando, tomando cuidado só com o dolutegravir que deve ser trocado se ela tiver com menos de 8 semanas, e depois retorna pro dolutegravir. PARTO: - Para definir o parto, precisa saber a carga viral e a disponibilidade da zidovudina. - Se a paciente tem carga viral indetectável, pode ter parto vaginal sem precisar da zidovudina. Se for uma carga viral com menos de 1000 cópias, pode fazer o parto vaginal, mas usa a zidovudina. Se tiver mais de 1000 cópias, tem que ser uma cesárea eletiva com o bebê empelicado, com 38 semanas, e tem que fazer AZT para a paciente. - O AZT é uma medicação feita via EV 4h antes do parto, com um ataque de 1h + 3h de AZT para fazer o parto e depois que clampear o cordão suspende a medicação, para fazer a profilaxia durante o parto, porque no momento do parto é o momento que mais tem contato do sangue da mãe com o sangue do bebê. - Parto empelicado é aquele que o bebê sai dentro da bolsa, e 38 semanas de IG porque não tem necessidade de manter esse bebê por mais tempo. - Como não sabe a hora que o bebê vai nascer, começa com o AZT quando entra em trabalho de parto. - Se for cesárea, começa pelo menos 3h antes, mas preferencialmente começa 4h antes, para ter 1h de ataque e 3h de medicação, mantendo até clampear o cordão. - A OMS recomenda clampeamento tardio do cordão, mas na prática segue o ministério da saúde e faz o clampeamento imediatamente. - Sempre que possível o parto deve ser empelicado (mais difícil se for parto normal). - Taxa de transmissão aumenta após 4h de bolsa rota: Se a mulher já está em trabalho de parto avançado ou ruptura de membranas prolongada, o benefício da cesariana é perdido e deve-se considerar parto vaginal. → Se é uma paciente que a bolsa rompeu há mais 4 horas e ainda não nasceu, tanto faz se o parto for normal ou cesárea, pois o risco estabiliza depois de 4h e é o mesmo. Luíza Barreto – Medicina 2021.2 - Quem inibe a prolactina é a dopamina, e a cabergolina é um agonista da dopamina, que vai inibir a prolactina e inibir a lactação da paciente. - Essa paciente tem direito a receber fórmula láctea até os 6 meses do bebê. - A contracepção da paciente pode ser feita com qualquer método. - As únicas contraindicações ao aleitamento referentes à mãe é HIV+ e HTLV+.
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