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Sabrina Reis 1 Distrofias Distrofia miotônica: Dificuldade de relaxar a contração muscular. Pode ser vista a partir dos 5 anos de idade. Atrofia dos músculos temporais e masseter. Também afeta os músculos da língua e faringe, levando a dificuldade de articular as palavras, voz nasal e dificuldade de deglutição. Dificuldade respiratória pode ocorrer. Os meninos podem apresentar perda de cabelo na testa. Os músculos do tronco superior e os distais dos membros são afetados primeiro. A função manual pode ficar bastante prejudicada por causa do comprometimento da musculatura intrínseca. Pode ter manifestações cardíacas como arritimia. Não tem cura. Distrofia Fascioescapuloumeral Sintomas aparecem na adolescência. Inicialmente a doença causa prejuízo da musculatura facial. Dificuldade para assobiar, beber com canudo, manter os olhos fechados enquanto dorme e dificuldade para articular as palavras. Em seguida afeta a musculaturas da cintura escapular e pélvica, levando a alamento da escapula e dificuldade em elevar os braços. Hiperlordose devido a fraqueza dos abdominais. Pé caído durante a marcha devido a fraqueza dos pré tibiais. Distrofia muscular de Becker: o gene que produz Distrofina, que é importante para o funcionamento da membrana da célula muscular funciona parcialmente Sintomas aparecem entre 11 e 21 anos Fraqueza dos músculos proximais. Atraso na aquisição da marcha. Marcha nas pontas dos pés e com oscilação lateral do tronco. Hiperlordose lombar. Falsa hipertrofia da panturrilha – morte de células musculares que são substituídas por fibrose e tecido adiposo. Quedas frequentes. Dificuldade com escadas. Contraturas ao longo do tempo. Musculatura respiratória e cardíaca são afetas. Fisioterapia Musculoesquética I Distrofia de Duchenne Sabrina Reis 2 Distrofia de Duchenne: Perda/falta de Distrofina, que é uma proteína da membrana celular, e leva a morte de células musculares gerando fraqueza, atrofia, fibrose e contratura. Fraqueza e contraturas progressivas, perda funcionais e expectativa de vida reduzida. Diagnostico entre 3 a 5 anos Falsa hipertrofia da panturrilha – morte de células musculares que são substituídas por fibrose e tecido adiposo. A fraqueza progressiva leva a perda da marcha por volta dos 10 anos Escoliose. Insuficiência ventilatoria progressiva. Infecções frequentes. Miocardiopatia e transtornos de ritmo. Incurável. Distrofia de Duchenne A falta de distrofina provoca microfuros na membrana celular que aumenta a passagem de cálcio para dentro da célula, em seguida ocorre uma infiltração de tecido fibroso e gorduroso que afeta principalmente os músculos da panturrilha mas também pode afetar deltoide e quadríceps. As contrações excêntricas tem maior potencial para causar danos, pois a tensão que elas geram são cerca de 2x maior que a das contrações isométricas e concêntricas e deixa o músculo mais suscetível a hiperextensão do sarcômero que provoca microlessões. Em um músculo normal essas microlessões são reparadas, mas na distrofia de Durchenne a capacidade de reparo é prejudicada pela instabilidade da membrana e a célula acaba morrendo. Por ser herança recessiva ligado ao cromossomo x praticamente só meninos são afetados, já que para meninas seria necessário ter os dois x afetados e muito raramente homens com essa distrofia tem filhos. Sintomas: Queda com maior frequência, dificuldade para subir escada e correr. Manobra de Gower: 1 2 3 4 5 6 Sabrina Reis 3 Intervenção fisioteraputica Educação e suporte para o paciente e família. Complicações postergados Exercícios de alongamentos para amenizar as contraturas. Aeróbicos submáximos. Fortalecimentos (exercícios máximos e excêntricos não são recomendados). Respiratórios para desacelerar a perda de capacidade vital. Natação e recreação. Independência prolongada. Indicação de equipamentos assistidos. Objetivos SMART Exemplo: levantar em 5s em 2 semanas Sabrina Reis 4 Disfunção da marcha Fraqueza de extensores do quadril: Instabilidade da pelve Hiperlordose para reposicionar o VFRS Com isso o tensor da fascia lata e flexores de quadril vão desenvolver contratura. Fraqueza de extensores do joelho: Andar na ponta dos pés. Com isso faz ocorre uma contratura do tríceps sural. Ortese para deixar o pé em neuro não resolveria o problema, já que iria causar uma sobrecarga nos extensores de joelho. Contraturas mais comuns: Flexores de quadril Tensor da fascia lata Abdutores do quadril Flexores plantares Flexores do joelho – por permanecerem mais tempo sentados Adução e rotação interna dos ombros Flexão dos cotovelos Alongamentos devem ser feitos diariamente em ambiente domiciliar, e uso de orteses noturnas ou para crianças em cadeira de rodas. Sinais de perda iminente da marcha: Quedas mais frequentes. Não sobre escadas Não levanta mais do chão sozinho. Não anda por mais de uma hora diária ou requer suporte externo. Medir “lag” de extensão de quadril e joelho, e se a soma for maior que 90 é um indicativo. Marcha pode ser continuada (marcha terapêutica, não-funcional) por até 2 anos. Para isso orteses leves podem ser usadas, mas pra isso a criança devera passar por cirurgias para as contraturas. Alguns fatores devem ser levados em consideração: grau de motivação, obesidade, habilidade cognitiva. Atrasa progressão de contraturas, requer varias cirurgias, envolve muitos custos, não muda curso da doença mas pode aumentar longevidade. Fase de transição da cadeira: A maioria dos pacientes morrem com complicações respiratórias Escoliose Impacto na função cardíaca e respiratória Normalmente a cirurgia é feita quando a curva >20 graus e <30 Cuidados no final da vida: Exercícios manutenção da capacidade vital Tosse assistida Ventilação noturna Ventilação diurna Traqueostomia
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