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PORTFÓLIO - TEORIA ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÂO

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4
FUNDAÇÃO ALAGOANA DE PESQUISA, EDUCAÇÃO E CULTURA – FAPEC - FACULDADE DE TECNOLOGIA DE ALAGOAS - FAT. LOGÍSTICANOMES DOS ALUNOS
TEORIA ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÂO
Cidade - UF
 Ano
NOME DOS ALUNOS
TEORIA ESTRUTURALISTA DA ADMINISTRAÇÃO
Trabalho em grupo, apresentado como requisito para obtenção de nota parcial à disciplina de Introdução a Economia da Faculdade de Tecnologia de Alagoas – FAT, da turma do 1º período, turno noturno do curso Tecnólogo em Logística,
Orientador: Profº.(a) 
				 
				
Cidade - UF
Ano
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
2. ORIGENS E ORGANIZAÇÕES	5
2.1. A influência do estruturalismo nas Ciências Sociais e sua repercussão no estudo das Organizações. Os autores estruturalistas concentram-se no estudo das Organizações Sociais	5
2.1.2. A Sociedades de Oganizações	6
2.2. As Organizações	9
2.2.1. O Homem Organizacional	10
3. ANÁLISE DAS ORGANIZAÇÕES	12
3.1. Abordagem Múltipla: Organização Formal e Informal	13
3.1.2. Abordagem Múltipla: Recompensas Materiais e Sociais	13
3.1.3. Abordagem Múltipla: Os diferentes enfoques da Organização	14
3.1.4. Abordagem Múltipla: Os Níveis da Organização	15
3.1.5. Abordagem Múltipla: A Diversidade de Organizações	15
3.1.6. Abordagem Múltipla: Análise Inter organizacional	16
3.2. Reengenharia	16
3.3. Apreciação Crítica	17
CONCLUSÃO	18
REFERÊNCIAS	19
3
INTRODUÇÃO
No término da década do ano de 1950, a Teoria Estruturalista apareceu, como um desdobramento dos autores direcionado para a Teoria da Burocracia que se esforçou na tentativa de agregar as teses postuladas pela Teoria Clássica e pela Teoria das Relações Humanas. Os autores estruturalistas buscaram, sobretudo, inter-relacionar as organizações com o seu âmbito externo, que é a sociedade maior, quer dizer, a sociedade de organizações, particularizada pela interdependência entre as organizações.
Consoante na ótica de Chiavenato (2003), esta teoria configura-se por sua múltipla abordagem, englobando em sua avaliação a organização formal e informal, recompensas materiais e sociais e entre outros, reconhecem os desacordos organizacionais, revelados como inelutável. Em síntese, os estruturalistas fazem uma avaliação comparativa entre as organizações, exibindo tipologias, como, a de Etzione (1980), na qual ele embasa no conceito de obediência, e a de Blau e Scott (1970), que se baseia no conceito de beneficiário principal.
2. ORIGENS E ORGANIZAÇÕES
As origens da Teoria Estruturalista na Administração foram as seguintes:
A oposição surgida entre a Teoria Tradicional e a Teoria das Relações Humanas – incompatíveis entre si – tornou necessária uma posição mais ampla e compreensiva que abrangesse os aspectos que eram considerados por uma e omitidos pela outra e vice-versa. A Teoria Estruturalista pretende ser uma síntese da Teoria Clássica (formal) e da Teoria das Relações Humanas (informal), inspirando-se na abordagem de Max Weber e, até certo ponto, nos trabalhos de Karl Marx.
A necessidade de visualizar "a organização como uma unidade social grande e complexa, na qual interagem grupos sociais" que compartilham alguns dos objetivos da organização (como a viabilidade econômica da organização), mas que podem incompatibilizar com outros (como a maneira de distribuir os lucros da organização). Nesse sentido, o diálogo maior da Teoria Estruturalista foi com a Teoria das Relações Humanas.
2.1. A Influência do Estruturalismo nas Ciências Sociais e sua repercussão no estudo das Organizações. Os Autores Estruturalistas concentram-se no Estudo das Organizações Sociais.
Conceito de estrutura. O conceito de estrutura é bastante antigo. Heráclito, nos primórdios da história da Filosofia, concebia o "logos" como uma unidade estrutural que domina o fluxo ininterrupto do devir e o torna inteligível. É a estrutura que permite reconhecer o mesmo rio, embora suas águas jamais sejam as mesmas devido à contínua mudança de todas as coisas. Estrutura é o conjunto formal de dois ou mais elementos e que permanece inalterado seja na mudança ou na diversidade de conteúdos, Isto é, a estrutura mantém-se mesmo com a alteração de um dos seus elementos ou relações. 
A mesma estrutura pode ser apontada em diferentes áreas, e a compreensão das estruturas fundamentais em alguns campos de atividade permite o reconhecimento das mesmas estruturas em outros campos. Estruturalismo é um método analítico e comparativo que estuda os elementos ou fenômenos com relação a uma totalidade, salientando o seu valor de posição. O conceito de estrutura significa a análise interna de uma totalidade em seus elementos construtivos, sua disposição, suas inter-relações etc., permitindo uma comparação, pois pode ser aplicado a coisas diferentes entre si. Além do seu aspecto totalizante, o estruturalismo é fundamentalmente comparativo.
Com o estruturalismo ocorreu a preocupação exclusiva com as estruturas em prejuízo da função ou de outros modos de compreender a realidade. A Teoria Estruturalista é representada por grandes figuras da Administração.
O estruturalismo preocupa-se com o todo e com o relacionamento das partes na constituição do todo. A totalidade, a interdependência das partes e o fato de que o todo é maior do que a simples soma das partes são as características básicas do estruturalismo. "O todo não é de nenhuma maneira a soma de suas partes... Para que haja estrutura são necessárias que existam entre as partes outras relações que não a simples justaposição, e que cada uma das partes manifeste propriedades que resultam da sua dependência à totalidade". Há estrutura (em seu aspecto mais geral, para Jean Viet) "quando elementos são reunidos numa totalidade e quando as propriedades dos elementos dependem inteiramente ou parcialmente desses caracteres da totalidade". Assim, "toda modificação de um elemento acarreta a modificação dos outros elementos e relações".
2.1.2. A Sociedade de Organizações
Para os estruturalistas, a sociedade moderna e industrializada é uma sociedade de organizações, das quais o homem passa a depender para nascer, viver e morrer. Essas organizações são altamente diferenciadas e requerem dos seus participantes determinadas características de personalidade. Essas características permitem a participação simultânea das pessoas em várias organizações, nas quais os papéis variam enormemente.
O estruturalismo ampliou o estudo das interações entre grupos sociais, iniciando pela Teoria das Relações Humanas, para o das interações entre as organizações sociais.
As organizações não são recentes. Existem desde os faraós e os imperadores da antiga China. A igreja e os exércitos desde a Antiguidade desenvolveram formas de organizações.
Com o desenvolvimento da humanidade, um número crescente de organizações foi sendo solicitado para atender às crescentes necessidades sociais e humanas. A sociedade moderna tem tantas e tão diversas organizações que se torna necessário todo um conjunto de organizações secundárias para organiza-las e controla-las, como a maioria dos órgãos públicos.
Para os estruturalistas, a Teoria das Organizações é um campo definido dentro da administração, derivado de várias fontes, especialmente dos trabalhos de Taylor e Fayol, da psicologia e da sociologia, da Escola das Relações Humanas, tendo sido desenvolvido mais intensamente a partir do momento em que incorporou a chamada Sociologia da Burocracia de Max Weber.
As organizações sofreram um longo desenvolvimento, através de quatro etapas, a saber:
· Etapa da natureza: Os fatores naturais, ou seja, os elementos da natureza constituíam a base única de subsistência da Humanidade.
· Etapa do trabalho: Surge o fator que revoluciona o desenvolvimento da Humanidade: o trabalho. Os elementos da natureza passam a ser transformados através do trabalho. O trabalho passa a condicionar as formas de organização da sociedade.
· Etapa do capital: É a terceira etapa na qual o capitalprepondera sobre a natureza e o trabalho, tornando-se um dos fatores básicos da vida social.
· Etapa da organização: A natureza, o trabalho e o capital se submetem à organização. Sob forma rudimentar, a organização já existia desde os primórdios da evolução humana, do mesmo modo que o capital existira antes da fase capitalista, pois, desde quando surgiram os instrumentos de trabalho, o capital já estava presente. O predomínio da organização revelou o caráter independente em relação à natureza, trabalho e capital, utilizando-se deles para alcançar os seus objetivos.
Para atingir um alto grau de industrialização, a sociedade passou por várias fases dentro da etapa da organização, a saber:
1) O universalismo da Idade Média, caracterizado pela predominância do espírito religioso.
2) O liberalismo econômico e social dos séculos XVIII e XIX, caracterizado pelo abrandamento da influência estatal e pelo desenvolvimento do capitalismo.
3) O socialismo, com o advento do século XX, obrigando o capitalismo a enveredar pelo caminho do máximo desenvolvimento possível.
4) A atualidade, que se caracteriza por uma sociedade de organizações.
Nessas fases, Etzioni visualiza uma revolução da organização, cada uma delas revelando características políticas e filosóficas marcantes. Novas formas sociais emergem, enquanto as antigas modificam suas formas e alteram suas funções adquirindo novos significados. Essa evolução traz uma variedade de organizações, das quais a sociedade passa a depender mais intensamente.
O crescimento de empresas de serviços, de associações comerciais, de instituições educacionais, de hospitais, sindicatos, etc. Resultou da necessidade de integração cada vez maior das atividades em formas organizacionais mais envolventes. Essas organizações não são satélites de nossa sociedade, mas fazem parte integrante e fundamental dela.
O aparecimento de organizações complexas em todos os campos da atividade humana não é separado de outras mudanças sociais: elas fazem parte integrante e fundamental da sociedade moderna.
A organização moderna é mais eficiente por duas razões básicas:
1) As mudanças históricas ocorridas na sociedade permitiram um ambiente social mais compatível com as organizações.
2) As teorias da Administração desenvolveram técnicas de planejar, organizar, dirigir, coordenar e controlar, bem como um aumento da racionalismo das organizações.
A sociedade moderna atribui um elevado valor moral ao racionalismo, à eficiência e à competência, pois a civilização moderna depende das organizações, como as formas mais racionais e eficientes que se conhecem de agrupamento social. "A organização é um poderoso instrumento social, de coordenação de um grande número de ações humanas. Combina o pessoal e os recursos, reunindo líderes, especialistas, operários, máquinas e matérias-primas. Ao mesmo tempo, e continuamente, avalia sua realização e ajusta-se a fim de atingir seus objetivos".
2.2. As Organizações
As organizações constituem a forma dominante de instituição da moderna sociedade: é a manifestação de uma sociedade altamente especializada e interdependente, que se caracteriza por um crescente padrão de vida.
As organizações permeiam todos os aspectos da vida moderna e envolvem a participação de numerosas pessoas. Cada organização é limitada por recursos escassos, e por isso não pode tirar vantagens de todas as oportunidades que surgem: daí o problema de determinar a melhor alocação recursos. A eficiência é obtida quando a organização aplica seus recursos naquela alternativa que produz o melhor resultado.
A teoria estruturalista concentra-se no estudo das organizações, em sua estrutura interna e na interação com outras organizações. As organizações são concebidas como "unidades sociais" (ou agrupamentos humanos) intencionalmente construídas e reconstruídas, a fim de atingir objetivos específicos. Incluem-se nesse conceito as corporações, exércitos, escolas, hospitais, igrejas e as prisões; excluem-se as tribos, classes, grupos étnicos, grupos de amigos e famílias.
As organizações são caracterizadas por um "conjunto de relações sociais estáveis e deliberadamente criadas com a explícita intenção de alcançar objetivos ou propósitos". Assim "a organização é uma unidade social dentro da qual as pessoas alcançam relações estáveis (não necessariamente face a face) entre si, no intuito de facilitar o alcance de um conjunto de objetivos ou metas".
As burocracias constituem um tipo específico de organização: as chamadas organizações formais.
As organizações formais constituem uma forma de agrupamento social estabelecida de maneira deliberada ou proposital para alcançar um objetivo específico.
A organização formal é caracterizada por regras, regulamentos e estrutura hierárquica para ordenar as relações entre seus membros. A organização formal permite reduzir as incertezas decorrentes da variabilidade humana (diferenças individuais entre as pessoas), tirar vantagens dos benefícios da especialização, facilitar o processo decisorial e assegurar a implementação adequada das decisões tomadas. Esse esquema formal "que tenta regular o comportamento humano para o alcance eficiente de objetivos explícitos torna o organização formal única entre as instituições da sociedade moderna e digna de estudo especial".
A organização formal é criada para atingir objetivos explícitos e constitui um sistema preestabelecido de relações estruturais impessoais, resultando daí um relacionamento formal entre as pessoas, o que permite reduzir a ambiguidade e a espontaneidade e aumentar a previsibilidade do comportamento.
Dentre as organizações formais. Avultam as chamadas organizações complexas. São caracterizadas pelo elevado grau de complexidade na estrutura e nos processos devido ao grande tamanho (proporções maiores) ou à natureza complicada das operações (como hospitais e universidades).
Nas organizações complexas a convergência dos esforços entre as partes componentes (departamentos, seções etc.) é mais difícil pela existência de inúmeras variáveis (como a enorme dimensão, a estrutura organizacional complexa, as diferentes características pessoais dos participantes) que complicam o seu funcionamento.
Os estruturalistas focalizam as organizações formais por excelência são as burocracias. Essa é a razão de a maioria dos autores ter se iniciado com a Teoria Burocrática.
2.2.1. O Homem Organizacional
Enquanto a Teoria Clássica caracteriza o homo economicus e a Teoria das relações Humanas, "o homem social". A Teoria Estruturalista focaliza o "homem organizacional", ou seja, o homem que desempenha papéis em diferentes organizações. Na sociedade de organizações, moderna e industrializada, avulta a figura do "homem organizacional" que participa simultaneamente de várias organizações. O homem moderno, para ser bem-sucedido em todas as organizações, precisa ter as seguintes características:
· Flexibilidade, devido às constantes mudanças que ocorrem na vida moderna, bem como à diversidade dos papéis desempenhados nas diversas organizações e aos relacionamentos.
· Tolerância às frustrações, para evitar o desgaste emocional decorrente do conflito entre necessidades organizacionais e necessidades individuais, cuja mediação é feita através de normas racionais, escritas e exaustivas.
· Capacidade de adiar as recompensas e poder compensar o trabalho rotineiro dentro da organização, em detrimento das preferências e vocações pessoais.
· Permanente desejo de retaliação, para garantir a conformidade e cooperação com as normas que controlam e asseguram o acesso às posições de carreira na organização, proporcionando recompensas e sanções sociais e materiais.
Essas características de personalidade não são sempre exigidas ao nível pelas organizações, mas dentro de composições e combinações que variam de acordo com a organização e com o cargo ocupado.
O "homem organizacional" reflete uma personalidade cooperativa e coletivista. Que parece destoar de algumas características da ética protestante – eminentemente individualista. O espírito de realização,busca de propriedade, sacrifício e pontualidade, integridade e conformismo: virtudes importantes do homem organizacional, que procura, através da competição, obter progresso e riqueza.
Como nem todas as pessoas se dobram ao conformismo exigido pela burocracia, surgem os conflitos nas organizações que geram a mudança organizacional.
As organizações sociais são consequência da necessidade que cada pessoa tem de se relacionar e juntar com outras pessoas, a fim de poder realizar seus objetivos. Dentro da organização social as pessoas ocupam papéis. Papel é o nome dado a um conjunto de comportamentos solicitados a uma pessoa. É a expectativa de desempenho por parte do grupo social e a consequente internalização dos valores e normas que o grupo explicita ou implicitamente prescreve para o indivíduo.
O papel prescrito para o indivíduo é reforçado pela sua própria motivação em desempenha-la eficazmente. Como cada pessoa pertence a várias organizações ela desempenha diversos papéis, ocupa muitas posições e suporta grande número de normas e regras diferentes.
As normas da organização constituem pressões para que os indivíduos se restrinjam ao seu papel. Uma norma é uma exigência de uniformidade de comportamento e é mantida pelas pressões da organização.
3. ANÁLISE DAS ORGANIZAÇÕES
Os estruturalistas estudam as organizações através de uma análise organizacional mais ampla do que a de qualquer outra teoria anterior. Nesse sentido, pretendem conciliar a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas, baseando-se na Teoria da Burocracia. Assim, a análise das organizações do ponto de vista estruturalista é feita a partir de uma abordagem múltipla que leva em conta simultaneamente os fundamentos da Teoria Clássica, da Teoria das Relações Humanas e da Teoria da Burocracia. Essa abordagem múltipla envolve:
· Tanto a organização formal como a organização informal.
· As recompensas salariais e materiais como as recompensas sociais e simbólicas.
· Os diferentes níveis hierárquicos de uma organização.
· Os diferentes tipos de organizações.
· As análises intra-organizacional e a Inter organizacional.
3.1. Abordagem Múltipla: Organização Formal e Informal
Enquanto a Teoria Clássica se concentrava na organização formal e a Teoria das Relações Humanas somente na organização informal, os estruturalistas tentam estudar o relacionamento entre ambas as organizações: a formal e a informal, em uma abordagem múltipla.
A Teoria Estruturalista vai tentar relacionar as relações formais e informais dentro e fora da organização. Os estruturalistas não alteram os conceitos da organização formal e informal. (formal tudo o que estiver expresso no organograma como hierarquia, regras, regulamentos, controle de qualidade e informal as relações sociais). A Teoria Estruturalista tentar encontrar o equilíbrio entre os elementos racionais e não racionais do comportamento humano que constitui o ponto principal da vida, da sociedade e do pensamento moderno. Constitui o problema da Teoria das Organizações
3.1.2. Abordagem Múltipla: Recompensas Materiais e Sociais
Os estruturalistas combinam os estudos da Teoria Clássica e da Teoria das Relações Humanas. O significado das recompensas salariais e sociais e tudo que se inclui nos símbolos de posição (tamanho da mesa ou do escritório, carros da companhia, etc.) é importante na vida de qualquer organização.
Para as recompensas sociais e simbólicas sejam eficientes, quem as recebe deve estar identificado com a organização que as concede. Os símbolos e significados devem ser prezados e compartilhados pelos outros, como a esposa, colegas, amigos, vizinhos, etc. Por essas razões, as recompensas sociais são menos eficientes com os funcionários de posições mais baixas do que com os de posições mais altas.
3.1.3. Abordagem Múltipla: Os diferentes enfoques da Organização
As organizações para os estruturalistas podem ser concebidas segundo duas diferentes concepções:
· Modelo racional da organização: Concebe a organização com um meio deliberado e racional de alcançar metas conhecidas. Os objetivos organizacionais são explicitados (com, por exemplo, a maximização dos lucros), todos os aspectos e componentes da organização são escolhidos em função de sua contribuição ao objetivo e as estruturas organizacionais são cuidadas para atingir a mais alta eficiência, os recursos são adequados e alocados de acordo com um plano diretor, todas as ações são apropriadas e iniciadas por planos e seus resultados devem coincidir com os planos. É um sistema fechado, tendo como característica a visão focalizada apenas nas partes internas do sistema, com ênfase no planejamento e controle. Expectativa de certeza e de viabilidade. Neste modelo inclui a abordagem clássica da administração e a teoria da burocracia.
· Modelo natural de organização: Concebe a organização com um conjunto de partes independentes que, juntas, constituem um todo. O objetivo básico é a sobrevivência do sistema. O modelo natural procura tornar tudo funcional e equilibrado, podendo ocorrer disfunções. A auto regulação é o mecanismo fundamental que naturalmente governa as relações entre as partes e suas atividades, mantendo o sistema equilibrado e estável ante as perturbações provindas do ambiente externo. Este modelo traz com inevitável aparecimento  a organização informal nas organizações. É um sistema aberto tendo como característica a visão focalizada sobre o sistema e sua interdependência com o ambiente. Expectativa de incerteza e de imprevisibilidade. 
3.1.4. Abordagem Múltipla: Os Níveis da Organização
Assim com o modelo burocrático de Weber, as organizações sofrem uma multiplicidade de problemas que são classificados e categorizados para que a responsabilidade por sua solução seja atribuída a diferentes níveis hierárquicos:
· Nível Institucional: É o nível mais alto, composto dos dirigentes ou altos funcionários. É também denominado nível estratégico, pois é responsável pela definição dos principais objetivos e das estratégias organizacionais relacionadas a longo prazo.
· Nível Gerencial: É o nível intermediário, situado entre o institucional e o técnico, cuidando do relacionamento e da integração desses dois níveis. Uma vez tomadas às decisões no nível institucional, o nível gerencial é o responsável pela sua transformação em planos e em programas para que o nível técnico os execute.
· Nível Técnico: É o nível mais baixo da organização. Também denominado nível operacional, é o nível em que as tarefas são executadas, os programas são desenvolvidos e as técnicas são aplicadas. É o nível que cuida da execução das tarefas a curto prazo e segue os programas e rotinas desenvolvidas pelo nível gerencial.
3.1.5. Abordagem Múltipla: A Diversidade de Organizações
Enquanto a Administração Científica e a Escola das Relações Humanas focalizaram as fábricas, a abordagem estruturalista ampliou o campo da análise da organização, a fim de incluir outros tipos diferentes de organizações além das fábricas: organizações pequenas, médias e grandes, públicas e privadas, empresas dos mais diversos tipos (industrias ou produtoras de bens, prestadoras de serviços, comerciais, agrícolas, etc.), organizações militares (exército, marinha, aeronáutica), organizações religiosas (igreja), organizações filantrópicas, partidos políticos, prisões, sindicatos, etc. A partir do estruturalismo a administração não ficou mais restrita as fábricas, mas passou a ser entendida a todos os tipos possíveis de organizações. Além disso, toda a organização, à medida que cresce torna-se complexa e passa a exigir uma adequada administração.
3.1.6. Abordagem Múltipla: Análise Inter organizacional
Os estruturalistas além de se preocupar com os fenômenos internos, também se preocupam com os fenômenos que ocorrem externamente nas organizações, mas que afetam os que ocorrem dentro delas, ou seja, os fenômenos internos. Assim, os estruturalistas se baseiam em uma abordagem de sistema aberto e utilizam o modelo natural de organização como base de seus estudos. A análise organizacionalpassa a ser feita através de uma abordagem múltipla, ou seja, através das análises intra-organizacional (fenômenos internos) e Inter organizacional (fenômenos externos).
3.2. Reengenharia
Segundo Ferreira, Pereira e Reis (2002), reengenharia é uma reestruturação radical da empresa por meio de um conjunto de processos que tem como finalidade o rápido ajuste às condições do mercado. A reengenharia é realizada de uma só vez, apresenta resultados em longo prazo e é um processo de alto risco.
Segundo Abreu (1994, apud Ferreira, Pereira e Reis, 2002), a reengenharia apresenta quatro fases:
1. Estratégia: É a fase em que ocorre a elaboração do planejamento estratégico.
2. Ativação: É a fase em que há a ênfase nos ganhos de desempenho.
3. Melhoria: É a fase em que há a agregação de novos valores.
4. Redefinição: Neste último, há a criação de novas unidades de negócios.
Ferreira, A.; Pereira, I.; Reis, C. (2002) afirma que, por ser uma reestruturação radical, a reengenharia traz diversas mudanças. Os colaboradores passam a trabalhar em equipes de processo em vez de departamentos de função. Essa mudança tem como consequência o fortalecimento do espírito de equipe e uma maior autonomia dos funcionários que passam a ser instruídos em vez de supervisionados. Além disso, a habilidade passa a ser o principal critério de promoção, substituindo o desempenho.
3.3. Apreciação Crítica
Segundo Ferreira, A.; Reis, C.; Pereira, I. (2002), as críticas feitas ao Estruturalismo normalmente são respostas às críticas formuladas pelos próprios estruturalistas em relação à outras teorias, principalmente à Teoria das Relações Humanas. Dentre as críticas recebidas, destacam-se as seguintes:
· Ampliação da abordagem: A Teoria Estruturalista ampliou o campo de visão da administração que antes se limitava ao indivíduo, na Teoria Clássica, e ao grupo, na Teoria das Relações Humanas, e que agora abrange também a estrutura da organização, considerando-a um sistema social que requer atenção em si mesmo.
· Ampliação do estudo para outros campos: A Teoria Estruturalista alargou também o campo de pesquisa da administração, incluindo organizações não industriais e sem fins lucrativos em seus estudos.
· Convergência de várias teorias: Na visão de Chiavenato (2003), nota-se, no Estruturalismo, uma tentativa de integração em ampliação nos conceitos das teorias que o antecederam, a saber: A Teoria Clássica, a Teoria das Relações Humanas e a Teoria da Burocracia.
· Dupla tendência teórica: Ainda para Chiavenato (2003), alguns dos autores estruturalistas enfatizavam somente a estrutura e os aspectos que integravam a organização, onde a mesma é o objeto da análise. Outros autores se atêm aos aspectos como conflitos e divisões na organização.
CONCLUSÃO 
A Teoria Estruturalista alterou o cerce do estudo das Teorias Administrativas que outrora versava especialmente as organizações formais (aquela oficialmente definida pela organização), na Teoria Burocrática, ou as organizações informais (desinente das relações entre os grupos sociais no seio da organização formal), na Teoria das Relações Humanas, passando a estudar ambos as tipologias de organizações e as relações existentes entre elas. 
Diante dessa ótica contemporânea, criou-se uma nova visão do homem: o homem organizacional, que realiza funções dentro de diversas organizações. Com base nessa perspectiva, torna-se possível conciliar teorias até então consideradas contrárias como a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas. Com inestimável influência da sociologia, o estruturalismo foi muito crítico e se voltou para o estudo dos conflitos existentes dentro das organizações e entre elas, principalmente os decorrentes da especialização e da pouca flexibilidade das organizações.
REFERÊNCIAS 
ANTONIO CESAR AMARU MAXIMIANO. Introdução a Administração, página 2. 
FERREIRA, A.; REIS, C.; PEREIRA, I.. Gestão empresarial: de Taylor aos nossos dias: evolução e tendências da moderna administração de empresas. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. 
IDALBERTO CHIAVENATO, Comportamento Organizacional: A Dinâmica do Sucesso das Organizações, São Paulo, Thomson Learning, 2003, p. 49
IDALBERTO CHIAVENATO, Introdução a Teoria Geral da Administração, 6ª Edição Revisada e Atualizada, Ed. Campus.
IDALBERTO CHIAVENATO, Manual de Reengenharia: Um Guia para Reinventar sua Empresa com a Ajuda das Pessoas, São Paulo, Makron Books, 1995, p.29-31.
IDALBERTO CHIAVENATO, Teoria Geral da Administração, vol II, 6ª Edição Revisada e Atualizada, Ed. Campus.
PIERRE WEIL, Organizações e Tecnologias para o Terceiro Milênio: A Nova Cultura Organizacional Holística, Rio de Janeiro, Rosa dos Tempos, 1995.
THOMAS H. Davenport, Reengenharia de Processos: Como Inovar na Empresa Através da Tecnologia da Informação, Rio de Janeiro, Campus, 1994, p. 234.

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