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RESUMO DE CIRURGIA DA TIREOIDE

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Helena Costa Franco 
CIRURGIA DA TIREOIDE 
→ ANATOMIA DA TIREOIDE 
- Localizadas na região anterior do pescoço, em planos profundos. 
- Relação com os primeiros anéis traqueais 
- Relação com o nervo laríngeo superior e inferior (nervo laríngeo recorrente) – uma lesão nesses locais 
pode levar a paralisia de pregas vocais levando a rouquidão. 
- Relação com a vascularização da região cervical – potencial de complicações. 
 
 
Helena Costa Franco 
- Ramos arteriais: artéria tireoideana superior (ramo da carótida comum) e inferior (ramo do tronco 
tireocervical) – que é ramo da subclávia. NÃO EXISTE TIREOIDEANA MÉDIA. 
- Ramos venosos: veia tireoideana superior, média e inferior (drenam para jugular interna que drena para 
as braquiocefálicas). 
 
→ INDICAÇÕE CIRÚRGICAS 
- Anomalias congênitas (cisto tireoglosso) 
- Neoplasias – causa mais comum de cirurgias 
- Bócio nodular tóxico/atóxico 
- Síndromes compressivas 
- Doença de Basedow Graves – cirurgia é exceção, é feita quando há falha do tratamento clínico 
- Tireoidites 
BÓCIO 
- É qualquer aumento da glândula tireoide. 
 
 
 
 
 
 
NÓDULO TIREOIDEANO 
- Muito frequente, inclusive por achados acidentais ou até por ultrassom. 
- Fatores de risco para malignidade: 
• Nódulo solitário 
• Idade menor que 25 anos ou maior que 60 anos 
• Exposição prévia a radiação em região cervical (ou mesmo excesso de TC) 
• História familiar 
• Sexo masculino 
- Fatores para malignidade de acordo com as características do nódulo: 
• Nódulo sólido (maior chance) X Cístico (menor chance) 
• Consistência endurecida 
Bócio associado a deficiência de iodo – 
atualmente isso é muito raro. 
Helena Costa Franco 
• Mobilidade reduzida 
• Sintomas compressivos: pode comprimir a traqueia, nervo laríngeo recorrente (rouquidão), 
disfagia, desconforto cervical). 
• Linfadenomegalias palpáveis em região cervical 
• Nódulos hipocaptantes na cintilografia 
• TSH elevado. 
→ PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA – PAAF 
- Avalia malignidade 
- É um exame citológico 
- Hoje é feito com acompanhamento por utrassonografia (identifica o nódulo com características de 
malignidade e possibilita ver a agulha entrando no nódulo) – é o padrão ouro. 
• Indicações da PAAF: 
- Nódulos com características benignas: não é indicado fazer o exame. 
 
→ CLASSIFICAÇÃO DE BETHESDA 
Helena Costa Franco 
 
NEOLPASIAS DA TIREOIDE – TUMORES MAIS COMUNS 
 
 Nódulo benigno Nódulo maligno 
- Tumores benignos: 
• Adenoma (folicular) 
- Tumores malignos: 
• Carcinomas (papilífero – 65% / folicular – 15% / medular / anaplásico) 
• Outros (linfomas, sarcomas, metástases) 
 
→ CARCINOMA PAPILÍFERO 
- 90% das neoplasias são relacionadas a radiação 
- Tem origem nas células foliculares (são células que secretam iodo) – vai ter como tratamento 
radioiodoterapia. 
- Multifocal em 30% a 80% dos casos 
- Predomina no sexo feminino 
- Disseminação linfática (principalmente nas cadeias cervicais) 
- Esses pacientes podem apresentar neoplasias endócrinas múltiplas – MEN 1 (hiperparatireoidismo, tumor 
de pâncreas e hipófise) 
- PAAF: corpos pseumomatosos (50%) – patognomônico 
Helena Costa Franco 
- Tratamento: tireoidectomia (geralmente é total) com radioterapia 
→ CARCINOMA FOLICULAR 
- Origina as células foliculares (células que secretam iodo) – vai ter como tratamento complementar 
radioiodoterapia 
- Predomina no sexo feminino 
- Disseminação hematogênica/unifocal (fígado, pulmões – órgãos a distância) 
- Variante: câncer de células oxifílicas ou Hurthle (não capta iodo – não há indicação de radioiodoterapia 
como tratamento complementar) 
TIREOIDECTOMIA PARCIAL OU TOTAL PARA TUMORES DIFERENCIADOS (PAPILÍFEROS OU 
FOLICULAR)?? 
- Parcial: considerar quando baixo risco e menor que 1cm. 
• Vantagens: reduz complicações (menor chance de lesão de nervo laríngeo recorrente e glândulas 
paratireoideas), paciente não precisa de reposição hormonal porque fica com o outro lobo da tireoide. 
- Total: feita em tumores multifocais e maiores que 1cm. 
• Vantagens: reduz chance de recorrência, melhor controle no pós-operatório, pode submeter 
paciente à radioiodoterapia, pode usar tireoglobulina como marcador. 
- Observação vigiada: tumores foliculares, menores que 1cm e de baixo risco. Ainda é uma discussão em 
centros específicos e casos bem selecionados. 
Observação: sempre que for fizer um procedimento cirúrgico na tireoide, o menor procedimento cirúrgico a 
ser realizado é a lobectomia total. NÃO SE FAZ NODULOLECTOMIA porque a cirurgia não região do 
pescoço faz com que a chance de complicações seja aumentada (ou seja, o risco de tirar só um nódulo é o 
mesmo de tirar o lobo, não vale a pena). 
→ CARCINOMA MEDULAR 
- Origina das células parafoliculares (C) – produzem calcitonina 
- Forma esporádica x forma familiar (investigação da família) 
- MEN 2 (Síndrome de Neoplasia Endócrina Múltipla II): feocromocitoma, hiperplasia das paratireoides 
- Mesma incidência entre os sexos 
- PAAF/ dosagem de calcitonina 
- Não produzem tireoglobulina – então ela não pode ser usada como marcador 
- Não respondem a supressão do TSH 
- Maiores taxas de recorrência e mortalidade que os tumores diferenciados 
- Pode haver sintomas relacionados à secreção de hormônios (somatostatina, VIP, histamina) 
- Investigação familiar: MEN 2A, 2B, FMTX 
- Investigação genética: proto-oncogene RET – cirurgia profilática 
- Diagnósticos: feocromocitoma e hiperparatireoidismo (MEN 2A) 
- Tratamento: tireoidectomia total/ linfadenectomia (linfonodos da região cervical) 
- Sobrevida: 50-85% em 5 anos – depende do estágio da doença quando diagnosticado 
→ CARCINOMA ANAPLÁSICO 
Helena Costa Franco 
- Células: pequenas, fusiformes, gigantes 
- Alta malignidade 
- Crescimento rápido 
- Metástases precoce 
- Sintomas compressivos – disfagia, compressão de traqueia, compressão de laríngeo recorrente 
- Tumores não respondem bem a radioterapia e quimioterapia. Muitas vezes não é possível fazer cirurgia 
- Mortalidade 95% (3 a 6 meses) 
 
CONDUTA NOS NÓDULOS DA TIREOIDE 
 
- PAAF não diagnosticada (Bethesda I) – repetir PAAF em 4 semanas 
- PAAF benigna (Bethesda II) – acompanhamento clínico e avaliar novo US em 1 ou 2 anos – se o nódulo 
mudar as características ao longo do tempo, pensar em fazer uma nova PAAF. 
- PAAF revelando câncer papilífero (Bethesda IV), câncer medular ou câncer anaplásico – tireoidectomia 
total (papilífero pode ser parcial em situações específicas) 
• Câncer folicular não está aí pois seu diagnóstico é feito com exames histológicos. 
- PAAF mostrando atipia ou lesão folicular de significado indeterminado – AUS/FLUS (Bethesda III) ou repetir 
PAAF e avaliar cirurgia ou realizar testes mononucleares que avaliaram diagnostico (não disponíveis na 
maior parte dos locais). 
- PAAF com neoplasia folicular ou suspeita FN/SFN (Bethesda IV) – pode ser adenoma ou carcinoma, 
retornar a cirurgia e tirar o outro lobo. Outro caso é fazer testes moleculares (avaliam chance de malignidade, 
pouco disponíveis). 
Helena Costa Franco 
- PAAF suspeito de malignidade (Bethesda V) Bethesda repetir PAAF ou avaliar cirurgia direto 
(tireoidectomia total – chance de malignidade é bem alta). 
COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS 
- Lesão dos nervos LS e LI (recorrente – inerva também as pregas vocais – pode provocar paralisia de 
pregas vocais – rouquidão/disfonia) 
- Hipoparatireoidismo lesão acidental de paratireoide, paciente evolui com hipocalcemia – pode necessitar 
de reposição de cálcio para o resto da vida. Diagnosticado pela dosagem sérica de cálcio. 
- Obstrução de vias aéreas (hematomas, edema, paralisia bilateral das cordas vocais) 
- Traqueomalácia. 
- Sinal de Chvostek: percussão do trajeto do nervo facial provocando desvio da comissura labial. 
- Sinal de Trosseau: insufla o manguito até 20mmHg acima da pressão sistólica do paciente por 3-5 minutos 
e o paciente vai ter um espasmo dos dedosda mão. 
Observação: os dois são sinais de hipocalcemia – a ser confirmado pela dosagem de cálcio. 
 
PARATIREOIDE 
 
é muito comum a ressecção acidental de paratireoides (tumor tampa ou então ele está muito colado nelas) 
Helena Costa Franco 
DOENÇAS DA PARATIREOIDE – HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO 
- Adenoma único: 90% hiperparatireoidismo primário, excesso de PTH, paciente tem hipercalcemia 
- Hiperplasia: 8% 
- Carcinoma: raro 
- Pode ter forma isolada ou associada as síndromes: MEN 1 (paratireoides, hipófise e pâncreas), MEN2A 
(paratireoides, câncer medular, feocromocitoma), MEN 2B (2A + ganglioneuromatose, neuromas mucosos) 
→ PARATIREOIDECTOMIA 
- Adenoma único: ressecção do tumor (identificado previamente pela cintilografia) 
- Hiperplasia – 4 glândulas aumentadas: ressecção de 3, 5 glândulas 
- Autotransplante: tira a glândula, parte em partes pequenas e coloca uma parte em algum músculo e vai 
funcionar em casos de deficiência de PTH. 
COMPLICAÇÕES 
- Lesão do nervo LS 
- Hipoparatireoidismo

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