Buscar

Trabalho de pedagogia - Rosangela, Arlete e Claudete

Prévia do material em texto

Arlete sandra cabrera benites
claudete domingues dos santos
rosangela castilho escobar 
Educador como mediador da transformação
Campo Grande
2021
ARLETE SANDRA CABRERA BENITES
CLAUDETE DOMINGUES DOS SANTOS
ROSANGELA CASTILHO ESCOBAR
EDUCADOR COMO MEDIADOR DA TRANSFORMAÇÃO
Trabalho apresentado à Anhanguera, como requisito parcial à aprovação no 3º semestre do curso de Produção Textual Interdisciplinar em Grupo - PTG
Campo Grande
2021
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO	1
DESENVOLVIMENTO	2
1. Avaliação da Aprendizagem	2
2. História da Educação	3
3. Currículo Escolar	3
4. Práticas Pedagógicas	4
5. Didática	5
CONCLUSÃO	6
INTRODUÇÃO
Muitos são os desafios encontrados nas escolas, principalmente no que tange ao fracasso escolar que torna o aluno vulnerável à marginalização. Contudo, o problema não está no aluno, tão pouco está no professor, o problema está na falta de formação continuada, currículos escolares que desconsideram as reflexões críticas para a prática transformadora e na divisão disciplinar sem considerar o diálogo entre as diferentes matérias.
O processo educacional passou por diferentes formas de lidar com a aprendizagem, conforme os momentos históricos e políticos, no contexto nacional a questão não foi diferente, dado ao fato que são as políticas e a cultura que direcionam o que será aprendido. Um exemplo, é que na ditadura militar a educação se voltou para a função técnica, preparando para o mercado de trabalho sem uma reflexão crítica.
Outra questão é que muitos professores saem da graduação sem discutir a amplitude da ação em sala de aula, por exemplo a gestão dos recursos humanos em aula. Assim, o educador inviabiliza estudos críticos reflexivos pautados na transformação da realidade, contemplando o aluno como autônomo. 
Sendo assim, é de suma importância construir uma discussão sobre a temática das ações didáticas e o papel do professor em sala de aula, compreendendo que este não deve ser o eixo central da educação e sim os educandos, pois é a partir deste foco que possibilitará a emancipação e a transformação social. Logo, a meta deve ser compreender o impacto que o professor tem sobre os educandos, além de aprender com estes. 
Os educandos possuem aprendizagens diferentes e este pode ser um facilitador na hora de construir uma proposta de atividade, ajudando na discussão da diversidade nacional, compondo ações que articulam conhecimentos e respeito ao diferente. Portanto, considerar o aluno como possuidor de conhecimento é facilitar o processo de aprendizagem democrática. 
Enfim, não se tem a pretensão de esgotar tal assunto, mas tem como intuito discutir e demonstrar história, eixos curriculares, didática entre outros como pressupostos fundamentais para uma prática eficiente pedagógica. Contemplando a percepção crítica e pós-crítica como sustento da prática de gestão de sala de aulas didáticas, enriquecendo a ação com manejos das singularidades dos alunos e contexto inseridos. 
DESENVOLVIMENTO 
1. Avaliação da Aprendizagem 
A Avaliação da Aprendizagem de um estudante não se restringe em apenas averiguar sua classificação diante de uma demanda de reprovado ou aprovado; sendo ampliado para observar as dificuldades e potencialidades. Porém, a avaliação em ambiente escolar foi modificada pelas mudanças históricas, construindo-se como tendências presentes no contexto educacional (NASCIMENTO; BARBOSA; & ANNIBAL, 2017). 
A primeira tendência é a Tendência Tradicional, que foi originada na década de 30 em território brasileiro. Compreendendo como avaliação ações voltadas para a burguesia, em que a classificação do sujeito em aprovado ou reprovado, permitindo a análise deste com os demais alunos, verificando o esforço individual. Delimitando o aprendizado quando há uma maior quantidade de alunos exitosos, sem considerar as contribuições culturais no processo de ensinar. 
Contudo na década de 60 e 70, a prioridade estava na Tendência Tecnicista objetivando os recursos como vias para a aprendizagem, contemplando como meta o mercado de trabalho. Neste âmbito, a avaliação serve como apoio para conhecer se houve mudanças nos comportamentos dos educandos. Sustentando-se na avaliação formativa e somática que acontece durante o processo de aprendizado, possibilitando o preenchimento das lacunas; e a avaliação classificatória, para classificar o aluno de acordo com o nível de aproveitamento. 
Durante a década de 70, surge em território nacional a Tendência Renovada Não Diretiva como o foco no aluno, busca-se a liberdade de expressão deste e o professor como facilitador deste conteúdo. Neste caso, a avaliação se dá pela autoavaliação, pelo fato que quando há autocrítica, possibilita-se o desenvolvimento de um sujeito ativo no processo de aprendizagem, conforme o tempo do estudante.
A partir da década de 70, pautado pelo construtivismo, surgiu a Tendência Renovada Progressista. Fundamenta-se na liberdade para o educando se descobrir; e a partir da avaliação é possível reconhecer as falhas e faltas a serem melhoradas, assim, a avaliação constante sustenta o direcionamento que o educador terá em sala de aula. 
E a última é a Tendência Crítico-Social dos Conteúdos, que embasada na tendência anterior, abrange aspectos críticos da realidade a partir de reflexões. Neste caso, a avaliação também busca observar as faltas para construir ações. Diagnosticando as dificuldades para fundamentar as potencialidades, sendo o educador o mediador de todo o processo. 
Assim, avaliar se apresenta como eixo direcionador da aprendizagem, obtendo da avaliação classificatória apenas competitividade, professor como centro, exclusão daqueles que apresentam dificuldade. Logo, a avaliação formativa inclina-se para o sujeito do aprendizado, trabalhando para superar as dificuldades no ritmo do aluno, viabilizando um olhar crítico da sociedade (JOAQUIM; BRESSAN; CARDOSO; & ASCARI, 2016). 
2. História da Educação 
	Primeiro ponto de grande relevância é constatar que estudar a história da educação é estudar as disciplinas, os conteúdos e as formas que a educação foi construída a partir dos tempos e suas emergências. Assim, reconhecendo os marcos da história e seus precursores, permitem ao pedagogo conhecer e formular intervenções estruturantes nas escolas. 
	Portanto, ao encarar a relevância dos historiadores da educação, possibilita-se o manejo das demandas, facilitando uma ação direcionada à transformação. Conhecer a história é mais que conhecer o que deu errado; é conhecer o que deu certo, quais rumos seguir, além de fundamentar a prática em ciências que se revela como contribuinte ao desenvolvimento amplo das pessoas. 
	Por fim, reconhecer a construção do percurso histórico da educação intensifica o comprometimento com a história e a prática em ensino, pois existe a implicação no processo educacional. Ou seja, o professor terá como instrumento a mediação, reconhecendo que a sua atuação é para além de uma mera passagem de conhecimento, é facilitar a construção de alunos transformadores sociais. 
3. Currículo Escolar 
	O currículo é fundamental para a formação dos professores principalmente na Educação básica pois são os pressupostos difundidos nela que irão fundamentar a educação reflexiva e crítica ou o seu antagonismo. Assim vai ser a partir do movimento da escola nova, aposta ao tradicionalismo, que o currículo será imprescindível para a fomentação de uma educação voltada para o aluno valorizando este (PINHEIRO, 2009).
Já perante a ditadura militar o currículo passa a ser como fonte sustentadora de ações que visavam qualificar e capacitar os alunos para o mercado de trabalho. Contudo, neste arcabouço ruminava ações críticas à forma do currículo pautado no capitalismo visando uma modificação destes aspectos.
Portanto, Freire com a concepção de uma educação libertadora e emancipatória, fundamenta seus inscritos para o alcance de uma conscientização dos oprimidos, visando uma educação popular em contraposição à uma educação daclasse dominante. Portanto, a ação do educador seria fomentar essa libertação e não sustentar a prevalência de uma classe sobre a outra.
E esta concepção de Freire que contribui para a teoria crítica do currículo, pois buscasse uma educação transformadora do mundo e não apenas uma educação bancária que é a depositar são de conhecimentos de forma destituída da realidade singular (PINHEIRO, 2009).. 
Contudo, as teorias pós-críticas dão em fazer as diferenças, multiculturalismo, culturas raciais étnicas etc.; e a nesta que está a fusão entre a teoria crítica e a pós-crítica compreendendo o currículo como um aprofundamento da concepção crítica. Portanto, compreendeu a teoria pós-crítica como uma construção social, investigando, problematizando, e dialogando com realidades diferentes dos educandos.
Porventura, neste trecho o pedagogo estará contribuindo para uma reflexão, pois a prática estará condizente com os contextos inseridos. Estabelecendo trabalhos entre teoria e prática ao mesmo tempo, responsabilização do papel do professor como mediador na transformação da realidade.
Enfim no currículo pós críticos o aluno torna-se autônomo para aprender a aprender, desenvolvendo um autogerenciamento (PINHEIRO, 2009). Ressaltando que o fracasso escolar não é de total efeito da ação do professor, mas sim de formação excludente, portanto é necessário implementar na formação profissional o olhar crítico, pautado em currículos críticos/pós-críticos. 
4. Práticas Pedagógicas
	A gestão da sala de aula se torna uma ação imprescindível quando o objetivo é efetivar a aprendizagem, identificando dificuldades e promovendo a superação deste de acordo com as singularidades de cada educando. Assim, quando o educador faz a gestão da sala de aula, abre-se a possibilidade de otimizar no ambiente escolar ações reflexivas e críticas. 
 Para Vasconcellos (2014) só se possibilita a aprendizagem quando: primeiro fornece conhecimento, informações importantes construídas ao longo da história, que possuem relevância para o contexto do aluno; segundo ponto é a organização da coletividade, mediar as relações sociais priorizando o trabalho coletivo; terceiro ponto, e não menos importante, é o relacionamento interpessoal entre educando e educador, contribuindo para uma relação boa e potencializadora. 
Enfim, a gestão de sala de aula fortifica a mediação de conflitos, juntamente com a avaliação formativa, pois estará acompanhando o desenvolvimento do educando. Logo, a gestão facilitará ao educador maior organização, otimização e comprometimento dos estudantes em sala de aula. 
5. Didática 
Portanto, o docente deve estar atento às diversidades encontradas nas escolas, pois serão elas as potencialidades para desenvolver um aprendizado coerente com a realidade do estudante. Destarte, poderá desenvolver reflexões críticas desta realidade, atribuindo autonomia ao sujeito agir para a transformação dos empecilhos. 
Assim, o professor conhecendo as potencialidades estará fortificado para ampliar a aprendizagem em alunos ativos. Porém, o educador precisa se destituir do plano “conhecedor de tudo” para adotar uma postura acolhedora, que sabe os limites e que também deve aprender com os educandos. Exemplificando, o próprio ato de aprender o nome dos alunos já auxilia em uma boa relação social, pois o estudante se sente pertencente (ALBUQUERQUE, 2002). 
Por isso, é necessário o comprometimento do educador com as ações, voltando-as para a emancipação humana, visualizando a democracia nos estudos, fundamento no contexto em que o sujeito está inserido. Pois é na escola que a nação será construída e desenvolvida, sendo de suma importância a seriedade no processo de ensinar. 
Contudo, como a didática tem um papel fundamental na aprendizagem, incita-se a construção de didática criativa, utilizando diversas tecnologias para criar espaços de diálogo interpessoal, social e com outras formas de aprendizado. Pois a sala de aula é um local para desenvolver a democracia de saberes e respeito ao diferente, aprender e ensinar com esse (ALBUQUERQUE, 2002). 
CONCLUSÃO
Geralmente se observa uma educação falha, com lacunas na aprendizagem dos estudantes. Ao estudar a história da educação, observa-se que esta foi influenciada por diversas situações, aspectos e questões tanto sociais, políticas e culturais ponto e, impossibilitando, muitas vezes, uma educação estruturada para a emancipação libertadora dos educandos.
Contudo, houve momentos em que a educação se voltou para uma reflexão crítica deste e da sociedade pode ser citar Paulo Freire entre outros educadores comprometidos com a transformação social. Contribuindo para a transformação da educação, considerando os contextos em que os alunos estão inseridos, aproximando os conhecimentos socialmente construídos da realidade dos alunos, tornando os saberes algo significativo ao aluno.  
Assim, faz parte desse processo transformador construir uma avaliação formativa considerando as singularidades das pessoas, a implicação destes, as dificuldades e as potencialidades. Percebendo o processo de aprendizagem como uma ação ativa em que tanto mediador, professor e o aluno devem estar sintonizados para o desenvolvimento eficaz das aulas.
Contudo, o currículo escolar deve também contemplar aspectos que sustentem a avaliação formativa, por exemplo um currículo que comenta críticas reflexivas em relação a sociedade, política entre outros aspectos importantes para o sujeito social. Portanto, o currículo deve ser estruturado na compreensão de uma avaliação formativa juntamente com práticas pedagógicas que oportunizam o professor a ter o comprometimento com a gestão de sala de aula.
Assim, viabilizando a gestão de sala de aula compreendendo os conhecimentos de regular as relações sociais e a relação interpessoal cria-se possibilidades de fornecer uma didática construtiva para aprendizagem. Conhecendo as dificuldades e os objetivos institucionais de uma escola sendo a principal técnica a didática.
Enfim, compreender esses aspectos é possibilitar um professor criativo, reflexivo, e também transformador de uma sociedade os atributos de uma escola serão para além dos muros de uma instituição serão para a estruturação de uma comunidade. Portanto, fomentar as discussões dos assuntos tratados neste trabalho, são de suma importância para instrumentalizar o educador de diversas possibilidades de atuação e corresponsabilidade com o mediador da aprendizagem.
REFERÊNCIA
JOAQUIM, Bressan; CARDOSO, Alcionê & ASCARI, Giovani. Avaliação: Da Classificatória À Formativa-um Estudo Sobre Práticas Avaliativas. Revista Ciência & Cidadania, v. 2, n. 1, p. 245, 2016.
NASCIMENTO, Mari; BARBOSA, Raquel & ANNIBAL, Sérgio. Avaliação das Aprendizagens: Representações decorrentes de Práticas Instituídas na Formação Inicial. Educação em Revista, Marília, v.18, n.1, p.7-22, Jan-Jun., 2017. Disponível em: https://revistas.marilia.unesp.br/index.php/educacaoemrevista/article/view/6992. Acesso em: 15 abr. 2021.
PINHEIRO, Geslani. Teoria curricular crítica e pós-crítica: uma perspectiva para a formação inicial de professores para a educação básica (2009). Analecta, v. 10, n.https://revistas.unicentro.br/index.php/analecta/article/view/2096/1799. Acesso em: 15 abr. 2021.
VASCONCELLOS, Celso. Desafio da Qualidade da Educação: Gestão da sala de aula. Gestão da Sala de aula. São Paulo: Liberta, 2014.
ALBUQUERQUE, Marluce. Retrospectiva histórica da didática e o educador. Educação: teorias e práticas, v. 2, 2002.

Continue navegando