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RELATÓRIO INDIVIDUAL DE ATIVIDADE COMPLEMENTAR DISCIPLINA: SEMINÁRIO 4 TEMA: INTERDISCIPLINARIDADE NA EDUCAÇÃO BÁSICA Dados do estudante: NOME: BRENA PAULA S. DE F. MESSIAS MATRÍCULA: 191.160.802-85 POLO: VOLTA REDONDA TEL: ( 24 ) 9-9989-1502 Dados da atividade: TIPO DE ATIVIDADE: APRECIAÇÃO DE PALESTRA ONLINE. CÓDIGO DA ATIVIDADE: ACE MÊS/ANO DE REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE: ABRIL DE 2021 LOCAL DE REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE: https://www.youtube.com/watch?v=30hZwz4-4PE COMPONENTE CURRICULAR DE REFERÊNCIA: https://www.youtube.com/watch?v=30hZwz4-4PE SEMINÁRIOS 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( X ) 5 ( ) 6 ( ) 7 ( ) 8 ( ) Apresente um breve relato da atividade e uma reflexão, articulando-a à temática proposta em seu Seminário: Relatório da palestra "A interdisciplinaridade: ponte para o futuro". Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=30hZwz4-4PE Na palestra promovida pelo TEDxSão Carlos(SP), o cientista e bacharel em Física com especialização na área de saúde José Dirceu Vollet Filho, mostra a importância da interdisciplinaridade no mundo contemporâneo. Vollet ganhou renome no Brasil ao criar a terapia fotodinâmica como alternativa ao tratamento do câncer de pele. No excerto, ele lança a pergunta: “como um físico se tornou uma pessoa tão relevante em uma área que é tão claramente da medicina?” Para explicar a transdisciplinaridade, Vollet recorreu às narrativas dos primeiros povoamentos do mundo, destacando as habilidades singulares à cada indivíduo que, passadas de geração em geração (primeiramente por transmissão oral e depois, por registros escritos), os conhecimentos advindos de tais habilidades naturalmente foram se estruturando em um processo de ensino e aprendizagem, alcançando mais pessoas. Vollet afirma que este processo gerou prós e contras. Entre os pontos a favor, ele destaca que muitos dos saberes foram construídos a partir da transmissão de conhecimentos entre as sociedades, porém, tal fato acabou por criar indivíduos muito especializados em suas áreas, gerando como consequência a fragmentação do conhecimento. O saber dividido (o que Vollet chama de “reducionismo científico”) se mostrou nocivo às ciências, e estas deixaram de dialogar entre si. A lógica do “saber cada vez mais sobre cada vez menos” fez sentido durante um tempo, mas tal epistemologia começou a cair por terra quando, desde o fim do século passado, as especificidades sentiram a necessidade de trabalharem juntas. Para que os problemas sejam resolvidos, os saberes precisam se encontrar em seus limites para solucioná-los. E, segundo Vollet, para que a interdisciplinaridade venha a ser atendida em sua demanda, é necessário que os profissionais tenham uma postura criativa e curiosa frente a construção do conhecimento. E onde entra a educação básica? A interdisciplinaridade na educação básica surge quando as disciplinas, antes fragmentadas, passam a conversar entre si, estabelecendo uma relação interna entre “o saber matriz” e “o saber aplicado”. Sua importância surge a partir do momento em que uma disciplina passa a agregar conhecimento às outras, solucionando questões para as quais até então não haviam respostas ou até mesmo, criando novas áreas de conhecimento, como é o caso da Bioquímica, da Físico-química... No ensino superior, tais disciplinas desembocarão na Biomedicina ou até mesmo na Neuropsicopedagogia. A abordagem interdisciplinar pode ser trabalhada desde os anos mais tenros, quando, por exemplo, o professor une o estudo das abelhas (basicamente de cunho científico) à matérias como Matemática, Português e Estudos Sociais. Este exemplo já foi dado aqui anteriormente, no Fórum de Atividades de Seminário 4, porém, gosto sempre de enfatizá-lo pelo fato de mostrar que é possível fazer com que as disciplinas conversem desde as classes da Educação Infantil, não limitando as práticas apenas ao estímulo motor ou letramento alfabético e matemático. A ação pedagógica através da interdisciplinaridade não só favorece a construção de uma escola mais participativa, democrática e decisiva na formação sócio-crítica do indivíduo, mas também edifica como prática coletiva e solidária em sua organização. Um projeto interdisciplinar de educação deverá ser marcado por uma visão ampla da educação, em um cerne progressista e libertador. Pensar fora da caixa, olhar com os olhos dos outros, mudar a perspectiva e acima de tudo, se mostrar aberto à comunicação com profissionais de outras áreas são condições para que o profissional de educação da nova era consiga acompanhar e atender às demandas do novo mundo que se abre para ele e seus alunos. José Dirceu Vollet Filho é cientista, professor, Bacharel em Física pelo IGCE/UNESP com mestrado e doutorado em Física Aplicada pelo IFSC/USP, com enfoque nas áreas da saúde. Sua principal área de atuação é a Biofotônica, que faz a interface entre conhecimentos de ciências básicas e aplicadas, como a Física, a Biologia, a Química, a Medicina e as Engenharias. Possui experiência com pesquisas em diagnóstico/monitoramento e tratamento de doenças diversas como câncer e infecções bacterianas e virais, e também no aperfeiçoamento de técnicas para transplantes de órgãos. Também é amante da educação, boa literatura e desenvolvimento de jogos. Em resumo, Vollet pratica a interdisciplinaridade como ninguém.
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