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P4 Hab. Clínicas |Obstetrícia Lucianne Albuquerque |Medicina Segundo a Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia (Figo), a hemorragia pós-parto pode ser definida e diagnosticada clinicamente como sangramento excessivo que torna a paciente sintomática (visão turva, vertigem, síncope) e/ou resulta em sinais de hipovolemia (hipotensão, taquicardia ou oligúria). OBS: Pode-se conceituar também como hemorragia pós-parto como perda sanguínea maior que 500 mL após parto vaginal e maior que 1.000 mL após cesárea, depois do término do terceiro período do parto. Porém, estudos demonstraram que essa definição é inadequada, pois a perda sanguínea média relatada após o parto vaginal é de aproximadamente 400 a 600 mL e depois de cesárea, de 1.000 mL, havendo certa tendência a subestimar o volume de sangue perdido pelas pacientes. Outra definição clássica de hemorragia pós-parto consiste em queda maior do que 10% do hematócrito entre a admissão da gestante e o período pós-parto. CAUSAS OBS: quando o miométrio é incapaz de contrair-se efetivamente, não há constrição das artérias espiraladas do útero, havendo sangramento profuso pela decídua, o que leva rapidamente a choque hipovolêmico. Outros fatores de risco que também têm sido associados à hemorragia pós-parto são obesidade, alta paridade e parto rápido. SINAIS E SINTOMAS MEDICAÇÕES USADAS NA CONDUTA P4 Hab. Clínicas |Obstetrícia Lucianne Albuquerque |Medicina CONDUTA P4 Hab. Clínicas |Obstetrícia Lucianne Albuquerque |Medicina Define-se hemorragia pós-parto secundária quando o sangramento uterino excessivo ocorre entre 24 horas e 12 semanas após o parto. Alguns estudos relatam pico de incidência entre 1 e 2 semanas após o parto. A patogenia parece estar associada com atonia uterina secundária à presença de fragmentos placentários e/ou infecção, mas a causa exata em geral não é identificada. A quantidade de sangramento geralmente não é tão pronunciada quanto na hemorragia pós-parto primária, mas, assim como nesta, uma história prévia de hemorragia pós-parto secundária predispõe a taxa maior de recorrência. Não há estudos controlados que possam ser de auxílio na conduta. A terapia inclui o uso de agentes uterotônicos e/ou antibióticos. A curetagem uterina é, em geral, eficaz, mesmo quando não se identifica conteúdo representativo na cavidade uterina (fragmentos placentários, membranas). As principais complicações descritas com esse procedimento são a perfuração uterina e as sinéquias intrauterinas.
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