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(016P) TRA BLOCOS DE CONCRETO

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1 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS 
CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BLOCOS DE CONCRETO 
 
ANDREI NICOLA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GURUPI 
NOVEMBRO - 2010 
 
 
2 
 
 
ANDREI NICOLA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BLOCOS DE CONCRETO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Trabalho apresentado ao Professor Doutor 
Paulo Henrique Tscoeke, da disciplina de 
Desenho Técnico e Construções Rurais da 
turma do 4º período, turno Integral do curso de 
Engenharia Florestal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Universidade Federal do Tocantins 
Gurupi - 17/11/201 
 
3 
 
 
SUMÁRIO 
1 – HISTORIA DO CONCRETO 4 
2 – MATERIAIS QUE COMPÕEM O CONCRETO 5 
2.1- Aglomerantes 5 
2.2- Agregado Moído 5 
2.3- Agregado Graúdo 5 
2.4- Aditivos 6 
2.5- Adições 6 
3 – TIPOS DE CONCRETO 6 
3.1- Concreto Convencional 7 
3.2- Concreto Dosado em Central 7 
3.3- Concreto Pré-Moldado 7 
3.4- Concreto Protendido 7 
3.5- Concreto Armado 8 
3.6- Concreto Projetado 8 
3.7- Concreto Rolado 9 
3.8- Concreto Resfriado 9 
3.9- Concreto Colorido 9 
3.10- Concreto Auto Adensável ou Fluído 10 
3.11- Concreto Leve 10 
3.12- Concreto Pesado 10 
3.13- Concreto Submerso 10 
3.14- Concreto Celular 11 
3.15- Concreto Ciclópico 11 
3.16- Concreto de Alta Resistência Inicial 11 
3.17- Concreto Alto Desempenho 12 
3.18- Concreto Pavimento Rígido 12 
3.19- Concreto com Pega Programada 13 
3.20- Concreto para Pisos Industriais 13 
4 – APLICAÇÃO DO CONCRETO 13 
5 – CURA DO CONCRETO 14 
6 – PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO 14 
6.1- Consistência e Trabalhabilidade 14 
6.2- Exudação 15 
7 – PROPRIEDADES DO CONCRETO ENDURECIDO 15 
7.1- Peso Específico 15 
7.2- Deformação 15 
7.3- Módulo de Deformação Longitudinal 15 
7.4- Resistência à Compressão 15 
7.5- Resistência à Tração 16 
8 – BIBLIOGRÁFIA 16
1 
 
1- HISTÓRIA DO CONCRETO 
Os primeiros materiais a serem empregados nas construções antigas foram a 
pedra natural e a madeira, por estarem disponíveis na natureza. O ferro, o aço e o 
concreto só foram empregados nas construções séculos mais tarde. O material 
considerado ideal para as construções é aquele que apresenta conjuntamente as 
qualidades de resistência e durabilidade. A pedra, muito usada nas construções 
antigas, tem resistência à compressão e durabilidade muito elevadas, porém, tem 
baixa resistência à tração. A madeira tem razoável resistência, mas a durabilidade é 
limitada. O ferro e o aço têm resistência elevada, mas a durabilidade também é 
limitada em conseqüência da corrosão que podem sofrer. 
O concreto surgiu da necessidade de aliar a durabilidade da pedra com a 
resistência do aço, com as vantagens do material composto poder assumir qualquer 
forma, com rapidez e facilidade, e com o aço envolvido e protegido pelo concreto 
para evitar a sua corrosão. Os materiais de construção feitos à base de cimento, 
chamados “materiais cimentícios”, podem ser considerados os materiais mais 
importantes produzidos pelo homem, porque lhe possibilitou construir as edificações 
e todas as principais obras de que necessitava para viver, como por exemplo as 
habitações, fortificações, aquedutos, barragens, obras sanitárias, pontes, rodovias, 
escolas, hospitais, teatros, igrejas, museus, palácios, entre tantos outros tipos de 
construção. A abundância das matérias primas em quase todas as regiões, somada 
à sua grande versatilidade para aplicação nas mais variadas formas, foram os 
principais motivos para o seu desenvolvimento, desde os tempos primórdios até a 
atualidade. 
Na antigüidade foram os romanos os que mais se destacaram na aplicação 
dos concretos e argamassas, que lhes possibilitou criar espaços amplos em forma 
de arco, abóbadas e cúpulas, de grandes dimensões. Combinando o concreto da 
época com tijolos de argila, pedra e outros materiais naturais, conseguiram produzir 
obras magníficas, inéditas até aquele período, que trouxeram grande 
desenvolvimento e revolucionaram a Arquitetura da época. Como exemplos mais 
marcantes de construções romanas que aplicaram o concreto existente na época 
 
2 
 
 
podem ser citados o Panteão e o Coliseu (Figuras 1 e 2). O Panteão foi construído 
em 27 a.C com concretos de diferentes materiais, em forma de abóbada de concreto 
com diâmetro de 43,3 m. O Coliseu foi construído entre69 e 79 d.C., sendo a maior 
obra construída pelos romanos, mesclando pedras e concreto. 
O consumo mundial total de concreto, no ano de 1963, foi estimado em 3 
bilhões de toneladas, ou seja, uma tonelada por ser humano vivo. O homem não 
consome nenhum outro material em tal quantidade, a não ser a água. Dentre fatores 
de seu alto consumo é a facilidade e disponibilidade de encontrar os materiais que o 
compõem e a um custo relativamente baixo; facilidade de execução; adaptação a 
praticamente todo tipo de forma e tamanho; excelente resistência à água e a 
diversas ações; e ainda, o fato de se apresentar como um material “ecologicamente 
correto”. 
2-MATERIAIS QUE COMPÕEM O CONCRETO 
O concreto é um material de construção resultante da mistura, em 
quantidades racionais, de aglomerante (cimento), agregados (pedra e areia) e água. 
Logo após a mistura o concreto deve possuir plasticidade suficiente para as 
operações de manuseio, transporte e lançamento em formas, adquirindo coesão e 
resistência com o passar do tempo, devido às reações que se processam entre 
aglomerante e água. Em alguns casos são adicionados aditivos que modificam suas 
características físicas e químicas. 
2.1- Aglomerantes 
O cimento é um material cerâmico que, em contato com a água, produz 
reação exotérmica de cristalização de produtos hidratados, ganhando assim 
resistência mecânica. É o principal material de construção usado na 
construção como aglomerante. 
2.2- Agregado Moído 
A areia usada como agregado miúdo para emprego em argamassas e 
concretos pode ser classificada como natural (rios, minas, várzeas) e artificial 
(resíduo fino de pedreiras – pó de pedra). 
A areia é extraída em unidades de mineração chamadas de areais ou portos 
de areia, podendo ser extraída do leito de rios, depósitos lacustres, veios de areia 
subterrâneos (minas) ou de dunas. 
 
3 
 
 
2.3- Agregado Graúdo 
A pedra para uso como agregado graúdo em construção civil pode ser 
classificada como natural (pedregulho ou seixo rolado, cascalho) e artificial (pedra 
britada, argila expandida, escória, etc.). 
A pedra britada é obtida em uma unidade industrial / mineradora chamada 
pedreira, onde ocorre a desintegração, por explosão controlada, da rocha que dá 
origem à brita. Após a detonação da rocha matriz, grandes matacões são 
transportados para serem triturados em equipamento chamado britador. Por fim, a 
brita é passada em peneiras onde é classificada de acordo com sua granulométrica 
(brita 1, 2, 3, etc.). 
 
2.4- Aditivos 
Os aditivos são produtos que, adicionados em pequena quantidade aos 
concretos de cimento Portland, modificam algumas propriedades, no sentido de 
melhorar esses concretos para determinadas condições. Os principais tipos de 
aditivos são: plastificantes (P), retardadores de pega (R), aceleradores de pega (A), 
plastificantes retardadores (PR), plastificantes aceleradores (PA), incorporadores de 
ar (IAR), superplastificantes (SP), superplastificantes retardadores (SPR) e 
superplastificantes aceleradores (SPA). 
2.5- Adições 
As adições constituem materiais que, em dosagens adequadas, podem ser 
incorporados aos concretos ou inseridos nos cimentos ainda na fábrica, o que 
resulta na diversidade de cimentos comerciais. 
Com a alteração da composição dos cimentos pela incorporação de adições, 
é comum eles passarem a ser denominados aglomerantes. Os exemplos mais 
comuns de adições são: escória de alto forno, cinza volante, sílica ativa de ferro-
silício e metacaulinita. 
3- TIPOS DE CONCRETO 
 Concreto é basicamente o resultado da mistura de cimento, água, pedra e 
areia, sendo que o cimento ao ser hidratado pela água, forma uma pasta resistente e 
aderente aos fragmentos de agregados (pedra e areia), formando um bloco 
monolítico. Com isto sugem vários tipos de concreto como: 
 
4 
 
 
 
3.1- Concreto Convencional 
Podemos dizer que o Concreto Convencional é aquele sem qualquer 
característica especial e que é utilizado no dia a dia da construção civil. Seu Slump 
Test (valor numérico que caracteriza a consistência do concreto) varia em torno de 
40 mm a 70 mm, podendo ser aplicado na execução de quase todos os tipos de 
estruturas, com os devidos cuidados quanto ao seu adensamento. Na obra, o 
caminhão pode descarregar diretamente nas formas, ou pode ser transportado por 
meio de carrinhos de mão, gericas, gruas ou elevadores, não podendo ser 
bombeado. 
3.2- Concreto Dosado em Central 
Seja pela necessidade crescente de se construir com qualidade, economia e 
rapidez; pelo desafio de se obter grandes resistências ou para atender às 
determinações das normas brasileiras, a tecnologia do concreto não para de evoluir. 
As exigências do mercado fizeram da simples tarefa de se misturar cimento, água e 
agregados, um trabalho para profissionais. 
3.3- Concreto Pré-Moldado 
Uma estrutura feita em concreto pré-moldado é aquela em que os elementos 
estruturais, como pilares, vigas, lajes e outros, são moldados e adquirem certo grau 
de resistência, antes do seu posicionamento definitivo na estrutura. Por este motivo, 
este conjunto de peças é também conhecido pelo nome de estrutura pré-fabricada. 
Estas estruturas podem ser adquiridas junto a empresas especializadas, ou 
moldadas no próprio canteiro da obra, para serem montadas no momento oportuno. 
A decisão de produzi-las na própria obra depende sempre de características 
específicas de cada projeto. É de fundamental importância, portanto, um estudo 
criterioso dos custos que envolvem transportes, dimensões das peças, aquisição de 
formas, tempo de execução, espaço no canteiro, equipamentos disponíveis, controle 
tecnológico, acabamento e qualidade. 
3.4- Concreto Protendido 
A resistência à tração do concreto está situada na ordem de 10% de sua 
resistência à compressão, sendo geralmente desprezada nos cálculos estruturais. 
Encontrar meios de fazer o concreto ganhar força neste quesito é uma das eternas 
batalhas da engenharia, que tem como uma de suas grandes armas, a protensão do 
 
5 
 
 
concreto. Ela pode ser definida como sendo o artifício de introduzir na estrutura, um 
estado prévio de tensões, através de uma compressão prévia na peça concretada 
(protensão). 
A protensão do concreto é obtida com a utilização de cabos de aço de alta 
resistência, que são tracionados e fixados no próprio concreto. Os cabos de 
protensão têm resistência em média quatro vezes maior do que os aços utilizados no 
concreto armado. Dentro das vantagens que esta técnica pode oferecer, temos a 
redução na incidência de fissuras, diminuição na dimensão das peças devido à 
maior resistência dos materiais empregados, possibilidade de vencer vãos maiores 
do que o concreto armado convencional. 
3.5- Concreto Armado 
Chamamos de concreto armado à estrutura de concreto que possui em seu 
interior, armações feitas com barras de aço. Estas armações são necessárias para 
atender à deficiência do concreto em resistir a esforços de tração (seu forte é a 
resistência à compressão) e são indispensáveis na execução de peças como vigas e 
lajes, por exemplo. 
Outra característica deste conjunto é o de apresentar grande durabilidade. A 
pasta de cimento envolve as barras de aço de maneira semelhante aos agregados, 
formando sobre elas uma camada de proteção que impede a oxidação. As 
armaduras além de garantirem as resistências à tração e flexão, podem também 
aumentar a capacidade de carga à compressão. Um bom projeto deve considerar 
todas as variáveis possíveis e não só os preços unitários do aço e do concreto. Ao 
se utilizar uma resistência maior no concreto, por exemplo, pode-se reduzir o 
tamanho das peças,diminuindo o volume final de concreto, o tamanho das formas, o 
tempo de desforma, a quantidade de mão de obra, a velocidade da obra, entre 
outros. 
3.6- Concreto Projetado 
Concreto que é lançado por equipamentos especiais e em alta velocidade 
sobre uma superfície, proporcionando a compactação e a aderência do mesmo a 
esta superfície. São utilizados para revestimentos de túneis, paredes, pilares, 
contenção de encostas, etc. Este Concreto pode ser projetado por via seca ou via 
úmida, alterando desta forma à especificação do equipamento de aplicação e do 
traço que será utilizado. 
 
6 
 
 
 
3.7- Concreto Rolado 
É utilizado em pavimentações urbanas, como sub-base de pavimentos e 
barragens de grande porte. Seu acabamento não é tão bom quanto aos concretos 
utilizados em pisos Industriais ou na Pavimentação de pistas de aeroportos e 
rodovias, por isso ele é mais utilizado como sub-base. Seu baixo consumo de 
cimento e sua baixa trabalhabilidade permitem a compactação através de rolos 
compressores. 
3.8- Concreto Resfriado 
Concreto gelado, ou melhor, resfriado é aquele que tem a temperatura de 
lançamento reduzida, através da adição de gelo à mistura, em substituição total ou 
parcial da água da dosagem. Para se fazer este tipo de concreto, o gelo deve ser 
moído e ficar à disposição da central dosadora em caminhões frigoríficos. Ele só 
deve ser colocado no caminhão betoneira, momentos antes da carga. Em obras de 
grande porte são necessárias logísticas especiais que podem incluir até a montagem 
de uma estrutura para produzir seu próprio gelo. 
Sua adição tem como objetivo principal, a redução das tensões térmicas, 
através da diminuição do calor de hidratação nas primeiras horas. Este 
procedimento, além de evitar fissuras, mantém por mais tempo a trabalhabilidade e 
gera uma melhor evolução da resistência à compressão. O concreto resfriado é mais 
utilizado em estruturas de grandes dimensões, ou seja, barragens, alguns tipos de 
fundações, bases para máquinas e blocos com alto consumo de cimento. 
3.9- Concreto Colorido 
O concreto colorido é obtido através da adição de pigmentos à mistura, que é 
feita diretamente no caminhão betoneira, logo após a dosagem dos outros materiais. 
Além de ser aplicado para dar um melhor efeito arquitetônico, ele já foi utilizado em 
grandes obras para associar uma cor a uma peça que está sendo concretada (Pilar 
vermelho, bloco verde, etc.), eliminando o risco da aplicação do concreto fora do 
local determinado. Suas cores são duráveis, mas para se ter um bom acabamento, é 
preciso ter cuidados com a vibração do concreto, com a qualidade das formas e no 
momento da retirada das mesmas. São aplicados também em pisos e podem ser 
associados a texturas, dando um efeito muito bom. 
 
 
7 
 
 
 
3.10- Concreto Auto Adensável ou Fluído 
Indicados para concretagem de peças densamente armadas, estruturas pré-
moldadas, fôrmas em alto relevo, fachadas em concreto aparente, painéis 
arquitetônicos, lajes, vigas, etc. Este concreto, com grande variedade de aplicações 
é obtido pela ação de aditivos superplastificantes, que proporcionam maior facilidade 
de bombeamento, excelente homogeneidade, resistência e durabilidade. Sua 
característica é de fluir com facilidade dentro das formas, passando pelas armaduras 
e preenchendo os espaços sob o efeito de seu próprio peso, sem o uso de 
equipamento de vibração. 
3.11- Concreto Leve 
Os concretos leves são reconhecidos pelo seu reduzido peso específico e 
elevada capacidade de isolamento térmico e acústico. Enquanto os concretos 
normais têm sua densidade variando entre 2300 e 2500 kg/m³, os leves chegam a 
atingir densidades próximas a 500 kg/m³. Cabe lembrar que a diminuição da 
densidade afeta diretamente a resistência do concreto. Os concretos leves mais 
utilizados são os celulares, os sem finos e os produzidos com agregados leves, 
como isopor, vermiculita e argila expandida. 
Sua aplicação está voltada para procurar atender exigências específicas de 
algumas obras e também para enchimento de lajes, fabricação de blocos, 
regularização de superfícies, envelopamento de tubulações, entre outras. 
3.12- Concreto Pesado 
O concreto pesado é obtido através da utilização de agregados com maior 
massa específica aparente em sua composição, como por exemplo, a hematita, a 
magnetita e a barita. Este concreto tem sua aplicação mais freqüente na construção 
de câmaras de raios-X ou gama, paredes de reatores atômicos, contrapesos, bases 
e lastros. 
3.13- Concreto Submerso 
Concreto submerso é a denominação dada ao concreto que é aplicado na 
presença de água, como alguns tubulões, barragens, estruturas submersas no mar 
ou em água doce, estruturas de contenção ou em meio à lama bentonítica, como é o 
caso das paredes diafragma. 
 
8 
 
 
Suas características principais são de dar uma maior coesão aos grãos, não 
permitindo a dispersão do concreto ao entrar em contato com a água e oferecer uma 
maior resistência química ao concreto. Sua dosagem é feita com aditivos especiais e 
dependendo da agressividade do meio onde será inserido, pode necessitar de 
cimentos especiais e outros tipos de adições em sua composição. Este concreto 
propicia maior visibilidade e segurança aos mergulhadores, facilidade de execução e 
uma diminuição na contaminação da água, reduzindo o impacto ambiental. 
3.14- Concreto Celular 
O concreto celular faz parte de um grupo denominado de concretos leves, 
com a diferença de que ao invés de utilizar agregados de reduzida massa específica 
em sua composição, ele é obtido através da adição de um tipo especial de espuma 
ao concreto. Sua utilização é bastante difundida pelo mundo, sendo aplicado em 
paredes, divisórias, nivelamento de pisos e até em peças estruturais e painéis pré-
fabricados. No Brasil existem interessantes projetos para sua utilização em casas 
populares. 
3.15- Concreto Ciclópico 
O concreto ciclópico ou fundo de pedra argamassada, como é conhecido em 
algumas aplicações, nada mais é do que a incorporação de pedras denominadas 
“pedras de mão” ou “matacão” ao concreto pronto. Estas pedras não fazem parte da 
dosagem do concreto e por diversos motivos, não devem ser colocadas dentro do 
caminhão betoneira, mas diretamente no local onde o concreto foi aplicado. Elas 
devem ser originárias de rochas que tenham o mesmo padrão de qualidade das 
britas utilizadas na confecção do concreto, devem ser limpas e isentas de 
incrustações nocivas à aplicação. 
O controle tecnológico do concreto é o mesmo para os concretos 
convencionais e as proporções entre concreto e pedras de mão, devem obedecer às 
determinações do Engenheiro responsável pela obra ou do órgão contratante. Sua 
aplicação é justificada em peças de grandes dimensões e com maquinário 
específico, pois em pequenas obras pode gerar problemas de recebimento, 
armazenamento, transporte interno, aplicação e controle das dosagens. 
3.16- Concreto de Alta Resistência Inicial 
O concreto de alta resistência inicial, como o nome já diz é aquele que tem a 
característica de atingir grande resistência, com pouca idade, podendo dar mais 
 
9 
 
 
velocidade à obra ou ser utilizado para atender situações emergenciais. Sua 
aplicação pode ser necessária em indústrias de pré-moldados, em estruturas 
convencionais ou protendidas, na fabricação de tubos e artefatos de concreto, entre 
outras. 
O aumento na velocidade das obras que este concreto pode gerar traz 
consigo a redução dos custos com funcionários, com alugueis de formas, 
equipamentos e diversos outros ganhos de produtividade. A alta resistência inicial é 
fruto de uma dosagem racional do concreto,feita com base nas características 
específicas de cada obra. Portanto, a obra deve fornecer o maior número de 
informações possíveis para a elaboração do traço, que pode exigir aditivos 
especiais, tipos específicos de cimento e adições. 
3.17- Concreto de Alto Desempenho 
O Concreto de Alto Desempenho (CAD) é calculado para se obter elevada 
resistência e durabilidade. Com a utilização de adições e aditivos especiais, sua 
porosidade e permeabilidade são reduzidas, tornando as estruturas elaboradas com 
este tipo de concreto, mais resistentes ao ataque de agentes agressivos tais como 
cloretos, sulfatos, dióxido de carbono e maresia. 
O CAD tem suas resistências superiores a 40 MPa, o que é de extrema 
importância para estruturas que necessitem ser compostas por peças com menores 
dimensões. Além do aumento na vida útil das obras, este concreto pode 
proporcionar: desfôrmas mais rápidas, diminuição na quantidade e metragem das 
formas, maior rapidez na execução da obra. 
3.18- Concreto para Pavimento Rígido 
Em um país de dimensões continentais, onde o transporte rodoviário é a 
principal via para a movimentação de todas as espécies de cargas, investir na malha 
viária é fundamental para quem quer seguir no caminho do progresso, sem correr o 
risco de acidentes. Os pavimentos rígidos de concreto há muito estudado e 
utilizados em outros países, vêm ganhando força no Brasil, mesmo que de forma 
discreta e concentrada em grandes centros. 
Existem várias características que tem feito crescer a opção pelo pavimento 
rígido, entre elas destacamos: Resistência, durabilidade, menor custo de 
manutenção, economia em iluminação pública, menor risco de acidentes, menor 
temperatura superficial, entre outras. Além da crescente aplicação nas estradas, sua 
 
10 
 
 
utilização é fundamental na reforma ou construção de pistas de aeroportos, nos 
corredores de ônibus e em grandes avenidas das cidades. 
3.19- Concreto com Pega Programada 
Na linguagem de obra, dizer que o "concreto está dando pega" significa dizer 
que o concreto começou a perder a plasticidade, tornando mais difícil a sua 
aplicação. Em outras palavras, o processo de pega é a mudança de estado das 
misturas que contem cimento e água (pastas, argamassas e concretos), de uma 
condição de maleabilidade, até deixarem de se deformar a ação de pequenos 
esforços. O tempo deste processo (reação química) pode ser constatado através de 
ensaios padronizados de cimento, com a utilização do aparelho de Vicat. 
3.20- Concreto para Pisos Industriais 
O piso de uma indústria é o local que merece uma atenção toda especial 
dentro do seu projeto e execução. Por ser um local de transito intenso e sujeito a 
ataques de agentes agressivos, solicita um trabalhado de qualidade em todas as 
etapas da obra (dosagem, aplicação, cura, juntas de dilatação,etc.). O concreto deve 
ter características de manter a consistência durante a aplicação, ter baixa 
permeabilidade, elevada resistência à abrasão, baixos níveis de fissuração e um 
tempo de pega conveniente. 
Tais características proporcionam uma menor exsudação, melhor 
acabamento e maior durabilidade para os pisos. 
4 - APLICAÇÕES DO CONCRETO 
É o material estrutural mais utilizado no mundo. Seu consumo anual é da 
ordem de uma tonelada por habitante. Entre os materiais utilizados pelo homem, o 
concreto perde apenas para a água. Outros materiais como madeira, alvenaria e aço 
também são de uso comum e há situações em que são imbatíveis. Porém, suas 
aplicações são bem mais restritas. 
Algumas aplicações do concreto são relacionadas a seguir. 
1. Edifícios: mesmo que a estrutura principal não seja de concreto, alguns 
elementos, pelo menos, o serão; 
2. Galpões e pisos industriais ou para fins diversos; 
3. Obras hidráulicas e de saneamento: barragens, tubos, canais, reservatórios, 
estações de tratamento etc.; 
 
11 
 
 
4. Rodovias: pavimentação de concreto, pontes, viadutos, passarelas, túneis, 
galerias, obras de contenção etc.; 
5. Estruturas diversas: elementos de cobertura, chaminés, torres, postes, 
mourões, dormentes, muros de arrimo, piscinas, silos, cais, fundações de 
máquinas etc. 
5 – CURA DO CONCRETO 
Cura é a denominação dada aos procedimentos a que se recorre para 
promover a eficiente hidratação do cimento e consiste em controlar a temperatura e 
a saída e entrada de umidade para o concreto. 
O objetivo da cura é manter o concreto saturado, ou o mais possível de 
saturado até que os espaços da pasta de cimento fresca, inicialmente preenchida 
com água, tenham sido preenchidos pelos produtos da hidratação do cimento até a 
condição desejada. A cura feita de maneira displicente afeta o aumento gradual da 
resistência do concreto enquanto os compostos C-S-H estão sendo formados e 
possibilita a retração plástica do concreto. 
O efeito de uma cura inadequada sobre a resistência é maior com relações 
água/cimento elevadas, e também em concretos com menor velocidade de evolução 
da resistência. Assim, a resistência de concretos com cinzas volantes ou escória de 
alto-forno são mais prejudicados do que os concretos feitos com Cimento Portland 
puro. O período de cura necessário na prática não pode ser prescrito de um modo 
simples: os fatores relevantes compreendem a severidade das condições de 
secagem e os requisitos esperados de durabilidade. 
No caso de concretos com relação água/cimento baixa, é essencial a cura 
contínua nas primeiras idades, pois a hidratação parcial pode tornar os capilares 
descontínuos: na retomada da cura, a água não poderia conseguir penetrar no 
interior do concreto e não haveria prosseguimento da hidratação. No entanto, 
concretos com relação água/cimento alta mantém um volume grande de capilares de 
modo que a cura pode ser retomada em qualquer tempo sem prejuízo da eficiência, 
mas quanto mais cedo melhor. 
6 – PROPRIEDADES DO CONCRETO FRESCO 
6.1- Consistência e Trabalhabilidade 
 
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A consistência traduz as propriedades intrínsecas da mistura fresca 
relacionada com a mobilidade da massa e a coesão entre os elementos 
componentes, tendo em vista a uniformidade e a compacidade do concreto. A 
trabalhabilidade não é apenas uma característica inerente ao próprio concreto, mas 
envolve também as considerações relativas à natureza da obra e aos 
métodos de execução adotados. 
6.2 – Exudação 
Exudação é a tendência da água de amassamento de vir à superfície do 
concreto recém lançado. Em conseqüência, a parte superior do concreto torna-se 
excessivamente unida, produzindo um concreto poroso e menos resistente. 
7 – PROPRIEDADES DO CONCRETO ENDURECIDO 
7.1- Peso Específico 
O peso específico do concreto endurecido depende de muitos fatores, 
principalmente da natureza dos agregados, da sua granulométrica e do método de 
compactação empregado Será tanto maior quanto maior for o peso específico dos 
agregados usados e tanto maior quanto mais quantidade de agregado graúdo 
contiver. 
7.2 – Deformação 
As deformações do concreto podem ser de duas naturezas: 
1 Deformações causadas por variação das condições ambientes: 
retração e deformações provocadas por variações de umidade e temperatura 
ambiente; 
2 Deformações causadas pela ação de cargas externas: deformação 
imediata, deformação lenta, deformação lenta recuperável e fluência. 
7.3 – Módulo de Deformação Longitudinal 
O módulo de deformação longitudinal é dado pela relação tensão-
deformação. Pelo foto dessa relação não ser linear, exceto no trecho inicial, o 
módulo de deformação longitudinal do concreto não é constante, mas nem por isso 
não é um número característico do concreto. 
7.4 – Resistência à Compressão 
 
13A resistência à compressão simples é a característica mais importante de um 
concreto. É determinada em corpos de prova padronizados para possibilitar que 
resultados de diferentes concretos possam ser comparados. 
 
7.5 – Resistência à Tração 
A resistência à tração depende de vários fatores, principalmente da aderência dos 
grãos dos agregados com a argamassa. De acordo com o método de ensaio obtém-
s diferentes valores para a resistência à tração axial, resistência à tração na flexão e 
resistência à tração por compressão diametral. 
8 – BIBLIOGRAFIA 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6118:2003 - Projeto de estruturas 
de concreto. Rio de Janeiro. 
Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 7211:1982 - Agregados para 
concreto. Rio de Janeiro 
LAKATOS, Eva e Marconi, Marina. Metodologia do Trabalho Científico. SP : Atlas, 
1992. 
MEHTA, P. K.; MONTEIRO, P. J. M. (2008). Concreto: microestrutura, 
propriedades e materiais. São Paulo: IBRACON, 3.ed., 674p.

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