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1 Aula 5: Antibióticos em PNE → De uma forma geral é conseguir com que se tenha uma queda na concentração de bactérias na corrente sanguínea. →Profilaxia: Prescrição de um antibiótico quando ainda não se tem uma infecção. →Cobertura: Uso de antibióticos depois que há uma bacteremia instalada. →Ataque + cobertura: antibiótico antes da bacteremia e continua com o antibiótico depois do procedimento. * A opção escolhida irá depender de alguns fatores como: ASA do paciente, condição bucal → É a presença de bactérias viáveis no sangue circulante; → Dura normalmente de 10 a 30 minutos, embora culturas positivas sejam ocasionalmente encontradas no sangue até 60 minutos após a manipulação do paciente; → Em pacientes normossistêmicos tal bacteremia normalmente é eliminada pelo mecanismo de defesa do organismo; → Quando microrganismos permanecem na circulação há o risco de desenvolvimento de infecções, principalmente em pacientes de risco (resposta imune insatisfatória ou alteração anatômica que desfavoreça); → Quase a maioria dos procedimentos odontológicos geram algum tipo de bacteremia transitória (em todo procedimento ou até mesmo ação em casa que gera algum tipo de sangramento bucal). PNE Objetivo do uso de antibióticos: Esquemas terapêuticos: Bacteremia transitória: 2 FATORES A SEREM CONSIDERADOS: (BACTEREMIA) • Frequência, natureza, magnitude e duração; • Impacto da condição oral, higiene e tipo de procedimento; • Impacto da profilaxia AB à bacteremia; • Bacteremia espontânea e bacteremia transitória. CONTENÇÃO BACTEREMIA TRANS. EM NORMOSSISTÊMICOS E PACIENTES ESPECIAIS: * Um paciente com necessidades especiais tem mais riscos de ter uma bacteremia transitória por estar em imunossupressão, ou seja, não tem os leucócitos, linfócitos e neutrófilos funcionando de maneira correta. • 3 Fatores que podem aumentar o risco de bacteremia transitória: - Imunossupressão; - Dispositivos vasculares (stent, pontes de safena, acesso para hemodiálise) - Cardiopatias. * Necessita de profilaxia antibiótica. QUEM SÃO OS PACIENTES IMUNOSSUPRIMIDOS? → Diabético descompensados; → Pré e pós transplante de órgãos sólidos e medula; → Oncológicos; → Corticoterapia sistêmica; → Portadores de HIV. QUAIS CARDIOPATIAS UTILIZAR? → Próteses valvares ou reparos com material protético; → Endocardite infecciosa prévia; → Cardiopatias congênitas: 3 - Cianóticas não corrigidas, incluindo “shunts” e condutos paliativo; - Com correção completa, com prótese ou dispositivo por cirurgia ou cateterismo, durante 6 meses após, até a endotelização; - Corrigidas com defeitos residuais no local ou adjacentes a retalhos ou dispositivos protéticos (que inibem a endotelização); - Receptores de transplante cardíaco com regurgitação valvares por alterações estruturais (AHA); - Cardiopatias congênitas que causam cianose (tetralogia de fallot, transposição das grandes artérias, atresia da válvula tricúspide e atresia pulmonar) DISPOSITIVOS VASCULARES: → Shunt/ FAV em pacientes em hemodiálise; → Valvas cardíacas protéticas; → Stent (não precisa fazer profilaxia se tiver feito a mais de 6 meses) e marcapasso (também não precisa profilaxia) * Quando se tem dispositivos vasculares/ cardíacos se tem uma turbulência sanguínea, aumentando a chance das bactérias viáveis começarem a fazer uma colonização bacteriana no dispositivo. QUANDO FAZER PROFILAXIA? → Em qualquer procedimento odontológico que possa gerar algum tipo de sangramento (manipulação de tecido gengival, região periapical dos dentes ou ainda perfuração de mucosa oral). → Em procedimentos menos invasivo como raspagem; QUAL PROTOCOLO UTILIZAR? → Protocolo de prevenção de endocardite bacteriana segundo a AHA; → Primeira vez publicado no periódico circulation em 1955, e desde então atualizações foram realizadas nos anos de 1957, 1960, 1965, 1972, 1977, 1984, 1990, 1997 e 2007; → Em 1972, pela primeira vez um cirurgião-dentista participou do comitê da AHA, sendo assim o protocolo endorsado pela American Dental Association; → É preferível prevenir a EI do que tratar suas complicações; Profilaxia antibiótica: 4 → Determinadas condições cardíacas predispõem ao desenvolvimento da EI; → Existência de uma bacteremia transitória após procedimentos cruentos; → Profilaxia AB foi eficaz na prevenção da EI em animais; → Profilaxia AB seria efetiva na diminuição da bacteremia transitória. 1ª escolha: Amoxicilina 2g- 1h antes do procedimento; 2ª escolha (alérgicos a penicilina): Clindamicina 600mg- 1h antes do procedimento. → Ataque: Amoxicilina 1g 1h antes do procedimento; → Cobertura: Amoxicilina 500mg de 8/8h por 7 dias. → Se faz mais necessário: em procedimentos mais invasivos, como por exemplo exodontia. OBS.: Os fatores que faram o CD optar por continuar(cobertura) ou não (profilaxia) são: procedimento a ser realizado e condição bucal do paciente. Criança Ataque + Cobertura: 5 → Se um paciente já vem recebendo terapia antibiótica a longo prazo com um antibiótico que também é recomendada para profilaxia de EL para um procedimento odontológico, é melhor selecionar um antibiótico de classe diferente ao invés de aumentar a dosagem do antibiótico atual; → Você não deu a profilaxia, e agora? A dose de antibiótico pode ser administrada até 2 horas após o procedimento; → Desdentados totais podem desenvolver EB? Sim, em uma amostra de 106 casos de EB por bactérias da microbiota oral, observaram que 7% dos casos eram em desdentados totais. → O que fazer quando o médico exige a profilaxia AB antes de qualquer procedimento odontológico? - A responsabilidade do medicamento é do profissional que prescreveu. Entrar em contato com o médico expressando sua opinião contrária, referenciando cientificamente; - Prescrever ABs como medida preventiva, no intuito de evitar penalizações futuras no caso de uma possível infecção é um contra- senso (indiscriminadamente pode causar resistência bacteriana ou reações anafiláticas). CONSIDERAÇÕES SOBRE O CASO: → Em pacientes normossistêmicos comumente não é necessário prescrever AB pré e nem pós; → Pode ser necessário prescrever AB pós-operatório quando no trans ocorrer alguma complicação; → Se prescreve Dexametasona geralmente quando se tem manipulação de tecido ósseo; → Tratamento odontológico deverá ter sido realizado antes do transplante; → Nos primeiros meses: imunossupressão mais intensa para evitar rejeição- maior risco de infecções: - Realizar apenas procedimentos de urgência; Situações específicas: Pacientes transplantados: 6 - Reforçar higiene bucal. → Após 6 meses: - Consulta de rotina: exame, avaliar higiene e adaptação de próteses, realizar profilaxia e ATF. → Solicitar exames hematológicos; → Avaliar imunossupressão: geralmente pacientes que estão em estágios mais avançados da doença. → Outras considerações: - Em pacientes com estágio avançado de AIDS, devemos realizar apenas procedimentos de urgência para evitar dor e infecção; - Sempre ter em mãos contagem de plaquetas e leucócitos recente; - Se o paciente apresentar trombocitopenia, avaliar necessidade de compensação hematológica; - Eliminar qualquer fonte de infecção em pacientes com HIV; - Tratamento endodôntico pode acarretar maior risco de infecção pós-operatória em pacientes com doença avançada. → Disfunção hepática associada com redução da capacidade do sistema imunológico; → Hiperesplenismo associado à leucopenia em 11% dos pacientes; → Endotoxinas inflamatórias, que estão relacionadas à infecção podem liberar substâncias; → Sepse pode causar diminuição importante da função e contagem plaquetária.→ Fístula arteriovenosa- FAV; → Anastomose sem passar pelos capilares; - 4 a 6 semanas para maturação. → Baixas taxas de infecção; → Alto fluxo sanguíneo; → Melhor performance; → Baixa incidência de trombose. Portadores de HIV: Hepatopatas e profilaxia: Nefropatias e profilaxia:
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