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Psicologia social

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PSICOLOGIA 
SOCIAL
Eliane Dalla Coletta
Revisão técnica:
Caroline Bastos Capaverde
Graduada em Psicologia
Especialista em Psicoterapia Psicanalítica
Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin – CRB 10/2147
P974 Psicologia social [recurso eletrônico] / Daiane Duarte Lopes...
[et al.] ; [revisão técnica: Caroline Bastos Capaverde]. – 
Porto Alegre : SAGAH, 2018.
ISBN 978-85-9502-524-0
1. Psicologia social. I. Lopes, Daiane Duarte.
CDU 316.6
Psicologia Social_BOOK.indb 2 15/08/2018 15:32:36
Fenômenos atribucionais 
de causalidade
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir atribuição de causalidade e locus de controle.
  Relacionar atribuição de causalidade e motivação.
  Reconhecer atribuição de causalidade em acidentes e nas relações 
conjugais.
Introdução
Neste capítulo, você vai estudar a teoria da atribuição de causalidade, 
postulada por Fritz Heider, em 1958. Essa teoria busca entender e expli-
car como o ser humano compreende a origem de um evento, ou seja, 
como esclarece as coisas que ocorrem consigo mesmo e com os outros. 
Essa busca de compreensão demonstra que o ser humano deseja o 
controle das situações, bem como o domínio sobre as ações futuras. 
Assim, foi elaborado um constructo para explicar tal comportamento, 
o locus de controle.
As causas de um evento podem ser atribuídas ao ser humano ou a 
fatores externos. No primeiro caso, é possível verificar o grau de esforço 
que alguém despendeu para realizar o evento. Já no segundo caso, é pos-
sível indicar uma tarefa ou uma atividade como causa, ou entender que 
o evento aconteceu devido ao acaso ou a alguma entidade sobrenatural. 
O modelo atribucional para a motivação de realização, baseado na 
teoria de Heider, de 1958, afirma que as pessoas recorreriam a quatro 
elementos causais distintos para avaliar, predizer e explicar um evento: 
capacidade, esforço, dificuldade da tarefa e acaso. A seguir, além de 
estudar a atribuição de causalidade, você vai ver alguns estudos que 
analisam as causas dos acidentes de trabalho e dos sucessos e fracassos 
das relações conjugais.
Atribuição de causalidade e locus de controle
As teorias de cognição social estudam como as pessoas formam impressões 
umas sobre as outras, o que costuma ocorrer com muita rapidez. Considere, 
por exemplo, as pessoas com as quais você convive mais. Você as observa 
em várias circunstâncias, não é? Assim, pode confi rmar ou não as primeiras 
impressões que teve, tornando-as mais complexas. Porém, as impressões 
nem sempre são totalizadoras, pois apresentam vários hiatos. Usualmente, 
as pessoas compreendem umas às outras a partir de certos traços de per-
sonalidade. Assim, uma pessoa pode ser considerada educada, simpática 
e afetuosa ou competitiva, invasiva e agressiva, por exemplo. Basta uma 
impressão formada a partir de um ou dois traços e já é possível atribuir um 
tipo de personalidade a alguém. No entanto, essas impressões também são 
frutos de processos internos. Por exemplo: se você for uma pessoa proativa 
e assertiva, vai formar impressões mais positivas das pessoas do que se tiver 
características depressivas (FELDMAN, 2015).
Para Torres e Neiva (2011, p. 87):
[...] as pessoas são percebidas como agentes causais e é importante saber como 
elas atribuem causas aos comportamentos dos outros e a seus comportamentos. 
Não só atribuímos causas, como essas atribuições têm profundas influências 
sobre nossas reações afetivas e comportamentos futuros. Esta é a razão pela 
qual as atribuições são parte fundamental de nossos pensamentos a respeito 
dos outros e de nós mesmos. Quando atribuímos disposições ou traços como 
causas de comportamentos observados, fornecemos toda informação neces-
sária para ficar armazenada no schema relativo aos traços, comportamentos 
e reações afetivas em questão.
Para esses autores, os schemas são preconcepões ou impressões que as 
pesssoas têm umas sobre as outras e também sobre si mesmas. São os enqua-
dramentos a respeito de determinada pessoa, caracterizando-a como confiável, 
amiga, assertiva, emotiva ou agressiva, irritante, etc. Isso demonstra o quanto as 
pessoas não somente observam e formam impressões, mas possuem a necessi-
dade de conectar os acontecimentos, procurando uma relação de causa e efeito. 
Para a teoria da atribuição da causalidade, as pessoas utilizam os objetos/
situações existentes no seu mundo psicológico para formar padrões causais, 
indutivos ou dedutivos, relacionando causas e efeitos. Essa atribuição pode 
ter uma causa interna (traços de personalidade, inteligência, motivação, etc.) 
ou uma causa externa (sorte, situação, ações de terceiros, etc.). A teoria da 
contribuição da causalidade foi postulada por Fritz Heider, em 1958, e surgiu 
Fenômenos atribucionais de causalidade2
da identificação do processo de análise de causa dos eventos ou dos comporta-
mentos manifestados. Nesse sentido, o ser humano busca compreender o mundo 
que o cerca e procura respostas sobre como prever e controlar as situações 
relacionadas a ele e aos outros. Ao atribuírem causas aos eventos, as pessoas 
são influenciadas pelas suas necessidades, intuições, anseios e motivações 
pessoais, bem como por suas características psicológicas. Assim, geralmente 
partem de uma lógica pessoal, não tendo vinculação e comprometimento com 
as impressões da realidade (TORRES; NEIVA, 2011).
Os schemas e as atribuições são elementos básicos da cognição humana. 
O modo como você percebe o outro e o modo como percebe a si mesmo en-
volvem não somente a atribuição de causas, mas também as reações afetivas 
e os comportamentos futuros. Segundo Feldman (2015, p. 536):
[...] dependendo do tempo disponível, dos recursos cognitivos disponíveis 
(como a atenção que podemos dispensar ao assunto) e da nossa motivação 
(determinada em parte pela importância do evento), podemos escolher aceitar 
a nossa explicação inicial ou procurar modificá-la [...].
Essa necessidade de compreender como o comportamento humano é de-
terminado ou influenciado por eventos externos constituiu um amplo campo 
de investigação da psicologia social. Suas descobertas chegam às áreas de 
educação, esportes, psicologia clínica e aconselhamento, relações interpessoais, 
preconceito e estereótipo, psicologia ambiental, psicologia social do trabalho 
e até metodologia da pesquisa, conforme Torres e Neiva (2011).
A percepção das pessoas sobre quem ou o que possui o controle de suas 
vidas tem a ver com uma expectativa pessoal de atingir resultados almejados 
no futuro. Assim, foi criado um constructo para explicar tal percepção, o locus 
de controle. Inicialmente, as pesquisas sobre o locus de controle buscaram 
elaborar medidas representativas para os aspectos pessoais da vida do sujeito, 
como a escola, o trabalho, a saúde e o casamento. No entanto, hoje em dia se 
aceita que o sujeito tem respostas internas a respeito de um tema e externas a 
respeito de outro, por exemplo. Segundo Torres e Neiva (2011, p. 137):
[...] o locus de controle decorreria do processo de aprendizagem social, no qual 
as experiências de sucesso e de fracasso e as causas atribuídas pelo indivíduo 
para esses acontecimentos fariam com que ele adquirisse uma percepção rela-
tivamente estável a respeito da fonte de controle dos eventos de sua vida [...].
Ou seja, o locus de controle define como as pessoas percebem que as 
situações são controladas: se internamente (por elas mesmas) ou externamente 
3Fenômenos atribucionais de causalidade
(por outras pessoas, entidades, destino, sorte, etc.). Se uma pessoa possui 
um locus de controle preponderantemente interno, sente que tem o controle 
de sua própria vida e de seu sucesso. Em função disso, exige mais de si e se 
concentra no seu esforço pessoal para enfrentar seus problemas e desafios. Se 
o locus de controle é preponderantemente externo, a pessoa sente que fatores 
externos possuem controle maior sobre sua vida. Por isso, se sente dependenteemocional e funcionalmente de outras pessoas, das entidades, do destino 
e da sorte, sendo mais afetada por críticas e elogios. Segundo Rodriguez-
-Rosero, Ferriani e Dela Coleta (2002, p. 2), “Essa tendência manifesta-se 
nas expectativas individuais de alcançar resultados desejados no futuro e 
está relacionada ao comportamento na medida em que esses resultados são 
percebidos como relevantes para o sujeito e como prováveis de ocorrer [...]”. 
Para Torres e Neiva (2011, p. 139):
[...] a percepção do locus de controle pelo sujeito pode vir a ser o mediador 
na realização pessoal do indivíduo (achievement), uma vez que as pes-
soas precisam necessariamente perceber que seus atos são relevantes à 
determinação dos eventos para que venham a se engajar nessas atividades. 
Nesse sentido, o sacrifício, o empenho do sujeito em realizar algo superior 
ao que já dispõe no momento seria função direta da percepção de que é 
capaz de determinar as ocorrências, sendo muito duvidosa a participação 
das pessoas em empreendimentos que elas mesmas não acreditam que 
possam controlar.
Atribuição de causalidade e motivação
Os estudos sobre a motivação ocorrem desde o início do século XX. Até hoje, 
ainda são pesquisadas as razões que levam o ser humano a escolher esta ou 
aquela ação específi ca. Além disso, há estudos que buscam compreender por 
que as pessoas iniciam e sustentam determinadas ações em detrimento de 
outras, bem com qual é o impulso interno que age e por que age de deter-
minada maneira. O que leva o ser humano a dar início a uma ação é o tema 
de diversos estudos científi cos. Sigmund Freud (1856–1939), precursor da 
psicanálise, apresentou entre 1920 e 1930 a segunda teoria da personalidade, 
com os conceitos de id, ego e superego. Ele afi rma que no id encontram-se 
as duas pulsões básicas: pulsão de vida (autoconservação) e pulsão de morte 
(autodestrutiva, dirigida para fora e manifestada como pulsão agressiva ou 
Fenômenos atribucionais de causalidade4
destrutiva). As pulsões como desejo e sonho seriam impulsos ou pulsões 
secundárias, originárias das pulsões básicas. 
No início de 1930, Skinner (1904–1990) comparou o organismo a uma 
caixa preta na qual é possível apenas o estabelecimento de relações entre 
os inputs e outputs. Assim, não se pode saber nada do seu interior, que não 
é observável. Ou seja, o comportamento é determinado por sua história de 
reforço positivo e negativo e pelas circunstâncias do ambiente externo. Nesse 
contexto, os fatores não observáveis, como escolhas, crenças, expectativas e 
emoções, não são importantes. Os motivos para a ação são controlados por 
eventos externos, como recompensas, incentivos, punições, etc.
No período de 1960 a 1970, os estudos da motivação passaram a privilegiar 
a cognição humana e a definir a motivação em situações de desempenho. 
As teorias de Atkinson (1964) e MacClelland (1960 a 1970) conceberam a 
motivação como traço constante e inconsciente da personalidade, resultante 
das experiências anteriores (infantis) de aprendizagem. As teorias de Maslow 
(1971) e Rogers (1963) consideraram que a motivação surge das necessidades 
básicas do ser humano, que busca um crescimento até a autorrealização. Assim, 
os eventos/situações que a pessoa enfrenta facilitam ou dificultam o alcance 
da autorrealização (MARTINI, 1999).
Nos anos 1970, as cognições humanas passaram a ter importância maior 
no estudo da motivação. A ansiedade, a percepção de controle, as atribuições 
de causalidade, o sucesso e o fracasso, o esforço, o desempenho, a autoestima 
e a influência do ambiente foram amplamente investigados. Segundo Martini 
(1999, p. 27):
O processo motivacional dá início, dirige e integra o comportamento, sendo 
um dos principais determinantes do modo como uma pessoa se comporta [...] 
o uso que uma pessoa faz de suas capacidades depende em grande parte de 
sua motivação, pois ela afeta a percepção, atenção, memória, pensamento, 
comportamento social e emocional, além da aprendizagem e desempenho 
do indivíduo.
Nas teorias cognitivas, os estudos demonstraram a presença de dois proces-
sos motivacionais: intrínseco e extrínseco. No processo extrínseco, a pessoa 
está motivada quando a sua meta ao fazer uma atividade é conseguir recom-
pensas externas, materiais ou sociais, buscando ser reconhecida, manifestando 
competência em relação a outras pessoas. No processo intrínseco, a pessoa tem 
uma motivação interna, de modo que a realização da atividade em si provoca 
satisfação por ser desafiadora, fascinante e enriquecedora.
5Fenômenos atribucionais de causalidade
Uma das causas de eventos estudadas por Weiner (1985 apud TORRES; 
NEIVA, 2011), um dos representantes da teoria da atribuição de causalidade, 
foram as crenças pessoais. As crenças individuais exercem importante influên-
cia sobre as causas do sucesso e do fracasso no comportamento de realização. 
Segundo Weiner et al. (1972 apud TORRES; NEIVA, 2011), estabelecer um 
novo modelo atribucional para a motivação de realização. Tal modelo é baseado 
na teoria de Heider, de 1958, de que as pessoas recorreriam a quatro elemen-
tos causais distintos para avaliar, predizer e explicar um evento envolvendo 
realização: capacidade, esforço, dificuldade da tarefa e acaso. Posteriormente, 
outras causas também foram apontadas, como: cansaço, disposição, doenças 
e influência de outras pessoas. 
Quanto à relação entre atribuição de causalidade e reações emocionais, 
os estudos revelaram:
[...] que a consequência afetiva decorrente da obtenção de sucesso ou fracasso 
na realização de uma tarefa variava de intensidade de acordo com a importância 
do evento, da expectativa do sujeito para tal resultado e da atribuição causal 
que ele faz à ocorrência [...] (TORRES; NEIVA, 2011, p. 140). 
Essas reações emocionais diante do fracasso e do sucesso na realização 
de uma tarefa são provocadas pela experiência anterior da pessoa e pelas 
causas a que ela atribui o resultado. Consequentemente, essas reações induzem 
expectativas, motivações e comportamentos futuros.
Posteriormente, com mais estudos, chegou-se a outra dimensão, que é a 
controlabilidade da causa, que diz respeito ao controle volitivo das causas 
ou não (causas incontroláveis). Causas como habilidade, sorte ou influência 
de terceiros são vistas como incontroláveis, e o esforço, como controlável. 
Considerando todas as dimensões do locus, a estabilidade e a controlabilidade 
de uma atribuição de causalidade dependem em grande parte do significado 
individual que essa atribuição tem para a pessoa. Isso significa que uma 
mesma atribuição pode ser vista de formas diferentes por várias pessoas. 
O esforço, por exemplo, pode representar um traço estável de personalidade 
(“sou esforçada”) para alguém, mas para outra pessoa pode assumir uma 
característica situacional (“não me esforcei naquele exame”).
Para Martini (1999, p. 38–39), “[...] os teóricos de causalidade estudam 
como os indivíduos interpretam uma determinada causa numa determinada 
dimensão [...]”. Nesse sentido, apesar de diferenças, existem impressões 
consensuais: “[...] apesar das diferenças individuais, há um consenso geral 
quando se distinguem causas internas ou externas e instáveis ou estáveis e 
Fenômenos atribucionais de causalidade6
controláveis e incontroláveis [...]”. E as causas, como são explicadas pelos 
autores? As causas são entendidas a partir de “[...] três dimensões: localização 
(locus), controlabilidade e estabilidade [...]”. Na esteira dessa compreensão, 
você ainda pode avaliar se as causas são internas ou externas. Diante disso, 
considere: “[...] a inteligência/capacidade é vista como uma causa interna, 
isto é, pertencente ao indivíduo, estável (imutável) e fora do controle do 
mesmo [...]”. Adicionalmente, é possível analisar o esforço, a dificuldade para 
uma tarefa e a sorte: “[...] o esforço é concebido como uma causa interna, 
instável (pode ser alterado) e controlável (monitorado) pelo sujeito [...]”. 
Além disso, “[...] tanto a dificuldadepara uma tarefa como a sorte são vistas 
como externas, instáveis e fora do controle do indivíduo [...]” (MARTINI, 
1999, p. 38–39).
A influência das experiências anteriores sobre a formação das atribuições 
de causalidade engloba a perspectiva que a pessoa tem das causas de sua 
autorrealização. Isso também ocorre no caso do desempenho: resultados 
consolidados num desempenho anterior levam à compreensão de que a causa 
é estável, e os resultados não consolidados levam à noção de que a causa é 
instável. As crenças também devem ser consideradas, pois crenças sobre a 
competência, por exemplo, levam a pessoa a possuir atribuições compatíveis 
com essas crenças. Como exemplo, você pode considerar as pessoas que se 
julgam incapazes de algo: elas são propensas a atribuir o fracasso à própria 
incapacidade, e o sucesso, à sorte (fator externo). As atribuições e o desem-
penho anteriores são fundamentais e exercem influência nas expectativas de 
sucesso e fracasso (MARTINI, 1999).
Weiner (2000, 2005 apud TORRES; NEIVA, 2011) propõe duas teorias 
para explicar as causas a que o indivíduo atribui os próprios comportamentos 
(teoria da atribuição intrapessoal) e os comportamentos dos outros (teoria da 
atribuição interpessoal) (Figuras 1 e 2). Para a teoria da atribuição intrapes-
soal, o gatilho é o alcance ou não de algum objetivo, que gera reações afetivas 
positivas ou negativas. Porém, somente um evento negativo, inesperado ou 
muito importante inicia o processo de atribuição. Os tipos das causas atribuídas 
apresentam diferentes consequências motivacionais, que são evidenciadas nas 
expectativas e emoções, determinantes básicos das ações motivacionais. Para 
a teoria da atribuição interpessoal, a atribuição parte da percepção relacio-
nada aos outros. O evento é um comportamento de outra pessoa que desperta 
a atenção, provocando uma busca pelo que causou tal ação. Os gatilhos são 
os mais diversificados eventos, como você pode ver na Figura 2: o sucesso 
7Fenômenos atribucionais de causalidade
ou o fracasso em tarefas, as doenças, os pedidos de ajuda, etc. A atribuição 
de causa, no entanto, é somente uma atribuição ao outro como responsável 
ou não pelo evento, aparecendo posteriormente a reação afetiva de raiva (se 
o outro for percebido como responsável) ou de simpatia (se o outro não for 
percebido como responsável).
Figura 1. Teoria de atribuição intrapessoal.
Fonte: Adaptada de Torres e Neiva (2011, p. 88).
Fenômenos atribucionais de causalidade8
Figura 2. Teoria de atribuição interpessoal.
Fonte: Adaptada de Torres e Neiva (2011, p. 90).
Atribuição de causalidade em relações conjugais
Acidentes
Os acidentes são eventos imprevisíveis e não desejados que ocasionam danos às 
pessoas envolvidas e, eventualmente, a terceiros. Tais danos podem ser, por exem-
plo, materiais e fi nanceiros. Os acidentes geralmente são explicados e analisados 
em relação ao controle que as pessoas têm da situação. Assim, se o controle for 
maior, isso assegura, psicologicamente, que os eventos negativos não se repitam. 
9Fenômenos atribucionais de causalidade
Considera-se acidente de trabalho aquele que ocorre pelo exercício de 
atividades a serviço da empresa, provocando lesão corporal ou perturbação 
funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou tempo-
rária, da capacidade para o trabalho. As causas podem ser atos inseguros 
e/ou condições inseguras, segundo a legislação brasileira. Esses acidentes 
sempre são analisados para verificação das causas. Porém, mesmo com todo 
o conhecimento da engenharia de segurança, da ergonomia e da psicologia 
do trabalho, os acidentes continuam a existir, o que demonstra que a ciência 
ainda não domina totalmente o problema. 
Nesse sentido, vários estudos têm analisado a atribuição de causalidade nos 
acidentes de trabalho. Para isso, são utilizados os conhecimentos e métodos da 
teoria de atribuição de causalidade. Torres e Neiva (2011) mencionam vários 
estudos sobre a percepção desses eventos e a atribuição de causalidade aos 
acidentes de trabalho. Alguns estudos demonstram que, quanto mais perto de 
um acidente estiver uma pessoa, maior será a probabilidade de ela atribui-lo 
a causas mecânicas, técnicas e organizacionais. Para aqueles que estão mais 
alto na hierarquia, ou seja, mais longe do acidente, a probabilidade de atribuir 
as causas dos acidentes aos motivos pessoais dos trabalhadores operacionais 
aumenta (FAVERGE, 1967).
Outro estudo concluiu que a satisfação no trabalho, a integração e a maior 
participação na empresa contribuem para que os empregados atribuam as causas 
a fatores pessoais (VIBERT, 1957). Já os colaboradores insatisfeitos com o 
trabalho, pouco integradores e pouco participantes atribuem a responsabilidade 
à empresa (condições inseguras, etc.). Outra pesquisa (DELA COLETA, 1979 
apud TORRES; NEIVA, 2011) chegou à conclusão de que 52% dos empregados 
atribuem as causas dos acidentes à empresa, 22% aos próprios empregados e 
26% ao acaso. Os acasos e as crenças foram também as causas encontradas 
em outro estudo (BARBICHON, 1962). 
Em um estudo sobre acidentes de trabalho e de trânsito com perdas graves, 
como amputamento de membros e cegueira (DELA COLETA, 1980 apud 
TORRES; NEIVA, 2011), 32,5% dos entrevistados atribuíram as causas de 
seus acidentes a outras pessoas, 30% ao destino, 15% à empresa e à sociedade, 
12,5% à falta de recursos e somente 10% às próprias características, como 
falhas e erros. Esses acidentados também foram solicitados a dar sugestões 
de prevenção. Em primeiro lugar, ficou a conclusão de que não há nada que 
possa evitar esse tipo de acidente. Em segundo lugar, ficou a sugestão de 
que um comportamento diferente das empresas e de outras pessoas poderia 
evitar o acidente. 
Fenômenos atribucionais de causalidade10
Outro estudo mostrou que 75% dos profissionais da área de segurança 
de nível superior acreditam na propensão individual ao acidente de trabalho 
(DELA COLETA, 1992). As principais causas seriam, portanto, as pessoais, 
como práticas inadequadas na realização das atividades. Tais práticas deriva-
riam da falta de conhecimentos sobre a forma correta de realizar o trabalho, da 
imprudência e do desrespeito às normas de segurança. Torres e Neiva (2011, 
p. 144) concluem a análise desses estudos da seguinte forma:
[...] pode-se verificar claramente uma divergência atribucional entre distintas 
classes de sujeitos com vários níveis hierárquicos [...] uma forte tendência à 
indicação do acaso, do destino, da predeterminação como explicação para a 
ocorrência desses eventos, e, ainda, a predominância da indicação das variáveis 
do homem como causas dos acidentes de trabalho [...] para que os processos 
de prevenção de acidentes alcancem altos níveis de eficiência seria desejável 
que ações fossem desenvolvidas buscando alterar os processos atribucionais 
utilizados pelas pessoas envolvidas, visando a garantir as modificações al-
mejadas na redução destes.
Após as reflexões acerca da atribuição de causalidade em acidentes, você 
vai ver, a seguir, questões relativas ao fenômeno da atribuição de causalidade 
em relações conjugais.
Relações conjugais
Desde o nascimento, o ser humano tem a necessidade de estar com os outros 
(relação com fi guras parentais), sendo que a sua constituição é estabelecida 
por esses relacionamentos. De acordo com Scorsolini-Comin e Santos (2010), 
apesar da valorização dos laços afetivos, das relações íntimas entre as pessoas 
e da proximidade oportunizada pela comunicação na atualidade, as relações 
conjugais passam por uma reorganização em função do aumento do indivi-
dualismo, que provoca um desequilíbrio nos relacionamentos. Assim, há a 
necessidade de maior receptividade das diferenças e dissemelhanças, das 
inconstâncias e da fragilidade das relações nos projetos conjugais. Segundo 
esses autores:
[...] o estudo de Dela Coleta (1992) mensura a relação entre o locus de controle 
conjugal e a satisfação conjugal atual, passada e estimadapara o futuro, a 
partir de instrumentos desses constructos. Segundo o modelo, a pessoa com 
predominância de locus de controle interno deverá se empenhar para resolver 
seus problemas conjugais e, como consequência, deverá sentir-se mais satisfeita 
11Fenômenos atribucionais de causalidade
no casamento, [...] com o passar do tempo, as pessoas mais externas tenderiam 
a se tornar ainda mais externas e os mais internos tornar-se-iam mais internos, 
pelo fato de suas experiências de sucesso e fracasso serem reforçadas ao longo 
do relacionamento conjugal. Portanto, o casal, quando ambos são internos, na 
medida em que percebem sua capacidade de resolução de conflitos na relação 
conjugal, tenderiam, de modo geral, a estar mais satisfeitos com o casamento 
(SCORSOLINI-COMIN; SANTOS, 2010, p. 529).
Para entender as relações conjugais a partir das teorias atribucionais, 
Torres e Neiva (2011) apresentam vários estudos: sobre o conflito atribucional 
entre casais jovens (ORVIS; KELLEY; BUTLER, 1976), sobre a investigação 
das áreas da divergência por parte dos adultos jovens que viviam juntos e 
experimentavam conflito em seu relacionamento (HARVEY; WELLS apud 
TORRES; NEIVA, 2011) e sobre as causas do fracasso conjugal (NEWMAN; 
LANGER, 1981). Quanto a este último estudo, a comparação das causas 
percebidas para o comportamento do cônjuge junto a 20 casais recrutados na 
comunidade e mais 22 casais com casamento infeliz demonstram, segundo 
Torres e Neiva (2011, p. 146) que:
[...] os casais não percebem as divergências entre suas atribuições e que cada 
um acha que o outro deve perceber as coisas como ele as percebe, sendo pos-
sível inferir, com alguma segurança, que boa parte dos conflitos conjugais 
tem suas origens nas divergências atribucionais às diversas ocorrências da 
vida diária [...].
Outros estudos apontados por Torres e Neiva (2011) investigam a satisfação 
nos casamentos de longa duração (Norgren et al., 2004). Os componentes 
importantes nesse tipo de relação são: confiança e respeito mútuos, abertura, 
honestidade e integridade, afeto mútuo, concordância sobre comportamento 
sexual, tomada conjunta de decisões, interesses compartilhados a respeito dos 
filhos, atratividade do cônjuge, humor e alegria compartilhados. A temática 
sexual no relacionamento foi pesquisada para identificar as causas de sucesso 
e de fracasso no relacionamento sexual entre pessoas heterossexuais casadas 
(DELA COLETA, 1992). O fracasso foi atribuído pelas mulheres à falta de 
interação entre o casal, de prazer, de amor, de comunicação. No entanto, os 
homens atribuíram os problemas à falta de prazer, de comunicação, de amor, 
de interação entre o casal, de condições externas desfavoráveis e de falta de 
liberdade sexual. As principais causas da violência à mulher listadas incluíam 
ciúmes, problemas psicológicos do parceiro, álcool e drogas, caracterizadas 
pelas dimensões locus e estabilidade como internas e instáveis (MARQUES; 
DELA COLETA, 2010). 
Fenômenos atribucionais de causalidade12
Vieses de atribuição
Os estudos sobre acidentes de trabalho apresentados indicam diferentes per-
cepções de causalidade entre pessoas de níveis hierárquicos distintos. Além 
disso, mostram que as causas de acidentes tendem a ser atribuídas ao acaso e a 
variáveis pessoais. Há também a atribuição a fatores pessoais pelos empregados 
que estão satisfeitos com a empresa, bem como a responsabilização da empresa 
pelos empregados insatisfeitos. A maioria dos que sofreram acidentes graves 
indicam como causas outras pessoas; apenas uma minoria se refere a causas 
pessoais. As atribuições quanto ao sucesso ou fracasso nas relações conjugais 
demonstram que os casais não percebem as divergências entre suas atribuições. 
Cada um acredita que o outro deve perceber as situações diárias da mesma 
forma como ele as percebe. Além disso, os parceiros divergem sempre quando 
são consideradas as diferenças de gênero. Quando analisados os confl itos da 
relação conjugal, também se percebem divergências de atribuição por parte 
de cada cônjuge; cada um atribui maior responsabilidade ao outro. 
Essas constatações indicam que as percepções e as causas atribuídas a 
determinadas pessoas não são perfeitas, o que revela “[...] vieses de atribuição: 
errar é humano [...]” (FELDMAN, 2015, p. 537). Os vieses de atribuição típicos 
são o efeito do halo, o viés da semelhança presumida, o viés do interesse 
próprio e o erro de atribuição fundamental. O efeito do halo significa 
que uma atribuição positiva foi presumida pela impressão inicial positiva, o 
que também ocorre com a atribuição negativa. Em ambos os casos, as im-
pressões não estão devidamente fundamentadas, o que caracteriza um erro 
de atribuição. O viés da semelhança presumida é a tendência de as pessoas 
fazerem uma atribuição por considerarem os outros muito parecidos consigo, 
ou seja, a atribuição é por identificação, o que pode acarretar muitos erros de 
avaliação. O viés do interesse próprio é a atribuição de sucesso em função 
de fatores pessoais (competência); os fracassos, por sua vez, são atribuídos a 
fatores externos. O erro de atribuição fundamental é a atribuição com ênfase 
em características pessoais (personalidade), minimizando a influência do 
ambiente (FELDMAN, 2015).
Os vieses no processo de atribuição causal também são referidos por Álvaro 
e Garrido (2017). Eles demonstram que as pessoas não julgam as situações 
apenas de modo racional, mas atribuem as causas a certos fatores contraditórios 
à informação externa que possuem. Esses autores apontam três vieses, como 
você pode ver a seguir.
13Fenômenos atribucionais de causalidade
1. Erro fundamental de atribuição: predisposição das pessoas a mini-
mizar a impressão das causas situacionais (externas, do ambiente) e a 
maximizar a impressão sobre as causas pessoais (traços internos) — 
mesmo entendimento de Feldman (2015).
2. Ator diante do observador: ambos possuem diferentes pontos de vista 
diante da mesma informação.
3. Autocomplacência: há a disposição para atribuir o sucesso a si mesmo 
e o fracasso a causas externas. É o que Feldman (2015) chamou de 
viés por interesse próprio, indicando a interferência de alguns fatores 
ilógicos no processo de atribuição. A explicação desses vieses se deve 
a três fatores relacionados por esses autores:
Um deles é a necessidade da pessoa de oferecer aos outros a melhor imagem 
possível. A partir deste ponto de vista, a atribuição seria o resultado de um 
esforço consciente para agradar. Outra explicação que se atribui a este erro 
é que sua existência é uma manifestação do próprio prazer. A partir deste 
ponto de vista, segundo o qual o viés de autocomplacência tem uma base 
motivacional, destaca-se que a atribuição do êxito a fatores internos cum-
pre a função de reforçar o ego, enquanto a atribuição do fracasso a causas 
externas serve para proteger a autoestima. Finalmente há explicações do 
caráter cognitivo derivado de processos de inferência racionais (ÁLVARO; 
GARRIDO, 2017, p. 248–249).
As pesquisas realizadas desde 1970 demonstram a transição dos estudos 
do processamento da informação, que ampliou o estudo das atribuições até a 
análise dos vieses atribucionais. Inicialmente, na década de 1960, os estudos 
foram centrados na comprovação das teorias sobre a atribuição de causalidade, 
bem como na análise dos erros cometidos pelas pessoas (estudos dos vieses do 
processo atribucional). Já em 1980, os estudos passaram a uma nova etapa da 
psicologia social cognitiva, que começou a considerar a pessoa como:
[...] um processador imperfeito de informação [...] os estudos dos vieses no 
processo de atribuição foram um dos antecedentes dos estudos sobre os pro-
cessos de inferência, um dos temas centrais da psicologia do processamento 
da informação [...] (ÁLVARO; GARRIDO, 2017, p. 249).
Fenômenos atribucionais de causalidade14
1. Analise a seguinte situação: Ro-
berto afirma que seu fracasso na 
prova final do semestre foi devido 
a um engano doprofessor, que 
não indicou todos os tópicos que 
seriam avaliados. Roberto ainda diz 
que teve muito azar de não estudar 
exatamente um tópico abordado 
em três questões. Qual é a dimensão 
que poderia ser relacionada a essa 
atribuição da causalidade?
a) Locus de controle
b) Controlabilidade
c) Estabilidade
d) Esforço
e) Estímulo
2. Quando Eunice, nova funcionária de 
uma agência de publicidade, con-
cluiu um projeto importante com 
duas semanas de antecedência, sua 
gerente, Bruna, ficou muito satisfeita. 
Na reunião semanal de equipe, ela 
manifestou a sua satisfação com o 
desempenho de Eunice e disse que 
aquele era um exemplo do tipo de 
comprometimento que ela estava 
procurando. Os outros funcionários 
assistiram ressentidos, tentando 
imaginar por que Eunice havia 
trabalhado noite e dia para terminar 
o projeto não em tempo, mas com 
duas semanas de antecedência. Eles 
concluíram que ela deveria ser uma 
pessoa terrivelmente compulsiva. 
Marque a opção que dá suporte 
teórico a essa situação.
a) Teoria da inferência
b) Dissonância cognitiva
c) Teoria da atribuição de causali-
dade
d) Viés da semelhança presumida
e) Erro de atribuição fundamental
3. Escolha a opção que preenche corre-
tamente os espaços em branco do 
seguinte texto:
“__________ não é uma característica 
a ser descoberta dentro dos 
indivíduos. É um __________, 
uma __________ de trabalho na 
teoria de aprendizagem social, 
que permite a interpretação de 
observações feitas pelas pessoas 
em __________ a questões sobre 
__________ ” (LEFCOURT, 1976).
a) A teoria de atribuição — cons-
tructo — abordagem — sepa-
ração — divórcio
b) O constructo — estímulo — 
abordagem — controle — 
internalidade
c) A percepção — senso — 
impressão — busca — 
confiabilidade
d) A confiabilidade — estímulo —
impressão — controle — 
divórcio
e) O locus de controle — constructo 
— ferramenta — resposta — 
causalidade
4. Reflita sobre a seguinte situação: 
Carlos acaba de ser aprovado 
num concurso público. Devido à 
importância do evento, provoca 
um processo atribucional. Assim, 
Carlos considera que sua aprovação 
foi consequência de sua grande 
15Fenômenos atribucionais de causalidade
competência inata, atribuindo-a 
à sua aptidão. Nesse caso, ele fez 
uma atribuição interna, estável 
e incontrolável. Interna porque a 
competência seria propriedade dele, 
estável porque seria permanente e 
constante e incontrolável porque 
ele já teria nascido com elevada 
capacidade cognitiva e intelectual, 
que seriam características 
inatas. Marque a opção que 
expressa por que o processo de 
atribuição foi desencadeado.
a) Reação afetiva positiva (alegria, 
felicidade)
b) Alcance do objetivo
c) Motivação
d) Evento importante
e) Sucesso
5. As atribuições quanto ao sucesso 
ou fracasso nas relações conjugais 
demonstram que os casais não 
percebem as divergências entre suas 
atribuições. Cada um acredita que 
o outro deve perceber as situações 
 diárias como ele percebe. Além disso, 
ambos divergem sempre quando são 
consideradas as diferenças de gênero. 
Quando analisados os conflitos da 
relação conjugal, também ocorrem as 
divergências de atribuição por parte 
de cada cônjuge, de modo que cada 
um atribui maior responsabilidade 
ao outro. Essas constatações indicam 
que as percepções e as causas 
atribuí das a determinadas pessoas 
não são perfeitas. Esse fenômeno é 
explicado por qual das alternativas a 
seguir?
a) Efeito de halo
b) Ator diante do observador
c) Autocomplacência
d) Erro fundamental de atribuição
e) Viés da semelhança presumida
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Leitura recomendada
MYERS, D. G. Psicologia social. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.
17Fenômenos atribucionais de causalidade
http://bdtd.ibict.br/vufind/Record/CAMP_55b5d6373f3ff45ccfd94d861d31cbff/Details
http://www.scielo/
http://www.scielo.br/pdf/ptp/v26n3/a15v26n3
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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