Especiação e Conceitos de Espécies

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Especiação 
O isolamento reprodutivo é um fator 
muito importante para a formação 
de novas espécies. 
Ainda não há consenso sobre o que 
significa Espécie, mas todos 
concordam que ela existe. 
Assim, é muito importante 
compreender como uma barreira 
pode influenciar na mudança de 
populações. 
Há dois tipos de isolamentos 
Pré-zigótico: As espécies possuem 
tipos ou momentos de reprodução 
diferentes. 
Pós-zigótico: As duas espécies 
conseguem se reproduzir, mas o ser 
tem sua fertilidade reduzida. 
Especiação por barreiras geográficas 
Alopátrica: É quando para uma 
espécie nova surgir, uma parte da 
população se separa das outras. Isso 
pode acontecer por conta de 
barreiras físicas, extinção ou morte 
de espécies intermediárias, 
afastando as populações. 
Apenas a separação geográfica não 
é um isolamento reprodutivo, para 
isso acontecer, é preciso o 
desenvolvimento de alguma 
característica nova. 
O isolamento reprodutivo pode 
evoluir como subproduto da 
divergência em populações 
alopátricas. 
Alguns estudos apontam que 
algumas características estão 
relacionadas não apenas no 
isolamento pré-zigótico mas também 
na adaptação ecológica 
Pleiotropia: O gene influi no 
fenótipo e também na 
adaptação ecológica. 
A forma de um bico de pássaro, 
por exemplo, pode estar 
relacionada não apenas na 
seleção de alimentos como 
também no comportamento 
reprodutivo 
Efeito carona: Quando a 
seleção natural favorece um 
gene de um loco e, assim, eles 
podem aumentar a frequência. 
Um gene pode estar ligado a 
outro, que influencie um 
comportamento reprodutivo, 
por exemplo. 
Populações da mesma espécie 
tendem a ter diferenças 
genéticas, em áreas 
geográficas diferentes. Quando 
há essa reprodução, 
normalmente há diminuição da 
fertilidade. 
Espécies em anel: Espécies que 
se expande numa barreira 
geográfica, um tipo de fluxo 
gênico entre espécies alinhadas 
Super raro. 
Uma população ancestral 
forma um círculo ao redor da 
barreira e avança com frente 
de expansão. 
Ex: Salamandras na Califórnia. 
 
 
Tipos de especiação: 
Simpátrica: Sem barreira física, 
ligada a mudança de 
comportamento e/ou genética 
numa mesma área geográfica. 
Autopoliploide: Não há separação 
perfeita das cromátides, gerando 
um híbrido com baixa capacidade 
de reprodução. 
Esse evento ocorre mais fácil em 
plantas. 
Parapátrica: Mudança ambiental 
entre subpopulações. 
Alopátrico: Há uma barreira física 
e formação de uma nova espécie 
Está ligada a teoria dos refúgios. 
Conceitos de espécies: 
• Conceito biológico: Ernest 
Mayr, há uma barreira que 
impede a reprodução, ou 
seja, indivíduos da mesma 
espécie são férteis entre si. 
Problema: Só se refere quando tem 
isolamento. 
Não se aplica na descrição: de 
espécies fósseis 
Em seres assexuais 
Em espécies em zonas cinzas 
(quando é indefinido para 
diferenciação da espécie). 
• Conceito evolutivo: Ramo na 
filogenia, linhagens 
• Conceito filogenético: Está no 
mesmo clado (grupo 
monofilético, o qual nem 
todos têm) 
• Conceito ecológico: Estão no 
mesmo nicho 
• Conceito fenético: 
Características morfológicas 
iguais 
• Conceito unificado: Proposto por 
Kevin de Queiroz 
Espécies são metapopulações de 
linhagens evoluindo separadamente 
Conceito -> Critérios 
Cada espécie evolui do seu jeito, no 
seu tempo. 
Zona cinza: Os conceitos não 
conseguem separar as duas espécies 
ainda por que a evolução é muito 
recente. 
Metapopulação: Grupo de populações 
com fluxo gênico. 
Fatores micro evolutivos que influenciam 
na formação de novas espécies: 
Mutação: É o fruto da evolução, é 
quando ocorre uma mudança 
aleatória no material genético, o DNA. 
Migração 
Seleção natural: Vive o mais apto a 
sobreviver e se reproduzir. 
Deriva genética: Não apenas a seleção 
natural diz quais indivíduos irão 
sobreviver, há alguns fatores que 
também podem influenciar na 
frequência alélica numa população 
Efeito gargalo: O aumento de uma 
frequência alélica ocorre por conta de 
desastres ambientais, por exemplo, em 
uma população de aves amarelas e 
azuis, a maioria das azuis morrem por 
conta de um tsunami, aumentando a 
frequência das amarelas 
Efeito fundador: É a introdução de 
uma nova população a partir de 
poucos indivíduos fundadores. Esses 
poucos indivíduos correspondem 
somente a uma pequena fração da 
variação genética encontrada na 
população original, favorecendo a 
fixação de um determinado alelo como 
consequência da deriva genética 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Há outros tipos de teorias sobre 
espécies híbridas, a teoria 
ecológica diz que híbridos tem 
um funcionamento tão bom 
quanto um não híbrido. 
Essa última pode ser mais 
eficiente quando relacionada a 
indivíduos com espécies muito 
relacionadas. Diferente do 
primeiro, que é melhor quando 
duas espécies evoluem 
separadamente por longo tempo. 
O isolamento pós-zigótico geralmente 
segue a regra de Haldane 
Quando em uma determinada 
geração, um indivíduo não 
apresenta sexo, é estéril ou é raro, 
esse sexo é o heterozigoto (ou 
heterogamético). 
Mamíferos, machos - XY e fêmea 
XX 
Aves: macho XX e fêmea XY 
O isolamento reprodutivo evolui 
como um subproduto da 
divergência alopátrica 
O isolamento pós-zigótico é 
causado por interações 
epistáticas entre múltiplos locos 
gênicos 
O reforço-O isolamento reprodutivo 
pode ser reforçado pela seleção 
natural 
Ela favorece os indivíduos que 
cruzam com outros 
geneticamente iguais a eles. 
Ela favorece o isolamento pré-
zigótico para evitar uma prole 
híbrida inferior. 
• A seleção natural pode 
eliminar o genótipo mais 
raro 
• O fluxo gênico funde os dois 
tipos genéticos 
• A recombinação entre locos 
gênicos pode desfazer o 
reforço. 
 
 
Referências: Cap. 16 de Ridley-
Evolução 
Aula do professor Henrique 
Batalha-Filho 
A Teoria de Dobzhansky-Muller, do 
isolamento pós-zigótico 
Teoria que busca explicar a causa 
da prole híbrida causada pelo 
isolamento pós-zigótico através 
da genética, que não apenas um 
genótipo no loco influencia nisso, 
mas a interação de vários 
genótipos em locos múltiplos. 
Híbridos são heterozigotos com 
baixa aptidão 
Como este híbrido evoluiu no passado? 
Uma vez que, por exemplo, seu 
ancestral da espécie 1 era AA, em 
um certo momento houve uma 
mutação aleatória e se 
transformou em Aa, o qual é o 
híbrido, que possui um genótipo 
letal ou estéril, ou seja, a evolução 
para a espécie 2, a qual é aa, 
passou por uma fase 
desvantajosa. 
Assim, o paradoxo foi resolvido e 
a constataram que o isolamento 
pós-zigótico pode acontecer com 
maior facilidade quando 
controlado pela interação de dois 
ou mais locos gênicos. 
AABB AaBB aaBB 
aaBB x AAbb 
AaBb Duplo heterozigoto pela 
primeira vez. 
aa pode ser vantajoso para BB 
AA pode ser vantajoso para bb 
Mas Aa e Bb provavelmente não 
 Baixa aptidão. 
 
Enquanto alguns cientistas 
apontam que a especiação ocorre 
por conta da pressão do 
ambiente ou pela ausência 
temporária da seleção natural e 
da deriva. 
A visão de Dobzhansky-Muller é 
diferente, a especiação é uma 
consequência da seleção e deriva 
do ambiente. Sua teoria se aplica 
apenas ao isolamento pós-
zigótico. 
Para ambos os casos de 
isolamentos, há teorias sobre a 
especiação ser consequência das 
mudanças evolutivas.