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CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO [PEDIATRIA]

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Luysa Gabrielly de Araujo Morais – Medicina 
1 PEDIATRIA 
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
PEDIATRIA 
FASES: 
Determinantes/ fatores que vão influenciar no crescimento 
 Intrínsecos – fator que está relacionado ÀQUELE organismo; ex. carga genética; 
 Extrínsecos – fator externo; ex. nutrição; 
FASES DE CRESCIMENTO GERAL (MUSCULO ESQUELÉTICO E MAIOR PARTE DOS ÓRGÃOS); 
 INTRAUTERINA 
o Grande fator responsável pelo feto é o AMBIENTE 
INTRAUTERINO 
o NÃO É O POTENCIAL GENÉTICO 
o Determinado por fatores extrínsecos → ambiente 
intrauterino 
 LACTENTE 
o Primeiros 2 anos de vida; primeira fase pós-natal; 
o Determinante: fatores extrínsecos principalmente a nutrição 
o Ainda não é o potencial genético; 
o Exemplo: filhos de pais baixos terão a mesma estatura que filhos de mães e pais altos caso nutridos de maneira 
adequada; 
o Ritmo de crescimento intenso e desacelerado; 
▪ “ganha peso todo dia, mas cada mês ganha menos” 
o Maior crescimento é no primeiro ano de vida (chega a triplicar); 
o Ganho de crescimento de estatura é de 25cm no primeiro ano, sendo 15 no primeiro semestre e 10 no segundo 
semestre; 
 INFANTIL 
o Final do segundo ano de vida até o início da puberdade; 
o Determinante: potencial genético 
o Crescimento estável 
o Único momento na vida da criança em que se pode ter uma desaceleração no crescimento da criança e isso 
não necessariamente será patológico; 
 PUBERAL 
o Determinante: esteroides sexuais 
o Aceleração do crescimento seguida por desaceleração; 
▪ Pico do estirão puberal (máximo da aceleração do crescimento); 
▪ Depois cresce de maneira desacelerada por um tempo e posteriormente se fecham as cartilagens e o 
crescimento é interrompido; 
o Fechamento das cartilagens de crescimento; 
 
CRIANÇAS GANHAM EM MÉDIA 12 CM DE PERIMETRO CEFÁLICO 
2 – PRIMEIRO TRIMESTRE (2CM/MÊS) 
1- SEGUNDO TRIMESTRE (1CM/MÊS) 
0.5 – SEGUNDO SEMESTRE (0.5CM/MÊS) 
 
Luysa Gabrielly de Araujo Morais – Medicina 
2 PEDIATRIA 
Crescimento neural é máximo até o segundo ano de vida, 
posteriormente se cresce apenas ao redor da cabeça (toda criança é 
cabeçuda); 
 Por isso que é importante o perímetro cefálico nos primeiros 
dois anos de vida, porque é ele que atesta o crescimento 
cerebral; 
Criança escolar tem maior maça linfoide que vai ter na fase adulta, 
por isso que na fase escolar se tem amigdalas hipertrofiadas; 
 Pouco importante nos primeiros dois anos de vida; 
O crescimento genital se da de maneira lenta inicialmente e se destaca com a proximidade da puberdade; 
COMO AVALIAR? 
 Parâmetros 
o Peso 
o Estatura 
▪ Comprimento – indivíduo em posição horizontal <2 ANOS 
▪ Altura – Indivíduo em posição vertical > 2 ANOS 
o Perímetro cefálico – região supra orbital e maior proeminência occipital 
▪ Avaliado prioritariamente nas crianças menores de 2 anos 
▪ Consegue detectar de forma precoce variações no crescimento cerebral 
 Gráficos de crescimento 
o Percentil 
▪ Definição: A posição que um determinado valor ocupa em uma distribuição centesimal ordenada de 
valores; 
▪ Existem os percentis: 97/85/50/15/3, sendo os valores entre estes considerados “normais”; 
▪ O percentil 50 é a curva verde e está representando a mediana ➔ Não é a média das alturas, ela é 
aquele valor em que metade é “maior” e metade é “menor”; 
▪ É importante atentar que, o percentil é selecionar um grupo e dividir em 100 partes, cada parte será 
representado por um número. O percentil 15 por exemplo, caso seja uma análise de estatura 
representa que 15% da população seria mais baixa e 85% seria mais alta, ao analisar o gráfico; 
▪ É importante analisar a curva quando se trata de percentis, NÃO SE DEVE TER CRIANÇAS 
APRESENTANDO VARIAÇÃO NAS CURVAS DE PERCENTIL (SALVO SE FOREM CRIANÇAS EM PROCESSO 
DE EMAGRECIMENTO); na análise das curvas de percentil é importante que a criança se mantenha 
em uma curva ascendente e constante; 
• Preocupação → curvas horizontais ou descendentes; 
• Pode ter uma retificação de linha de gráfico após o segundo ano de idade em criança com pais 
baixos; 
▪ ATENTAR QUE EXISTEM GRÁFICOS PARA O SEXO MASCULINO E FEMININO E QUE DEVE SER 
COMPARADO COM O GENERO ADEQUADO; 
o Escore Z 
o Curva de crescimento e a tendencia da curva 
▪ Ascendente e paralela as linhas dos gráficos – normal 
PUBERDADE 
ADOLESCÊNCIA → Período cronológico na vida do indivíduo em que ele passa por alterações biológicas, psicológicas e sociais; 
 OMS → 10-20 anos (médico); 
 ECA → 12-18 anos 
 
Luysa Gabrielly de Araujo Morais – Medicina 
3 PEDIATRIA 
PUBERDADE → modificações corporais que acontecem no indivíduo e podem surgir antes da adolescência; 
 Ocorre desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários e aceleração do crescimento e término do crescimento; 
 Resultado de dois eventos hormonais ➔ 
o GONADARCA – nascimento da gônada 
▪ Ativação do eixo hipófise-hipotálamo-gonadal (GnRh → LH/FSH → esteroides gonadais) 
o ADRENARCA – nascimento da secreção de androgênios pela adrenal; 
 Puberdade fisiológica 
o Feminino → 8-13 anos 
o Masculino → 9-14 anos 
 Sequência do desenvolvimento puberal ➔ ESTADIAMENTO DE TANNER 
o M – Mamas 
▪ M1 – infantil - pré puberal; 
▪ M2 – ENTRA NA PUBERDADE - desenvolvimento 
do broto mamário → TELARCA 
• É o primeiro sinal do início da 
puberdade; 
• Tecido glandular mamário subareolar 
(apenas abaixo da aréola); 
▪ M3 – aumento mais intenso da mama e da aréola 
– disco glandular cresce além dos limites da 
aréola 
• É normalmente quando a menina tem o 
pico do crescimento → 8-9cm/ano 
• Acontece de M2 para M3, mas 
normalmente se considera M3 
▪ M4 – duplo contorno – glândula mamária 
continua aumentando a aréola forma uma 
protuberância na mama; 
• É comum a MENARCA nesse período 
(ocorre normalmente entre 2-2,5 anos 
após a telarca); 
• Crescimento desacelerado 
▪ M5 – adulto – mama maior/ madura 
o P – pilificação corporal FEMININA 
▪ P1 – infância, pré puberal, ausência de pelos 
▪ P2 – PUBARCA – Resultado da adrenarca 
(androgênios da suprarrenal é que forma os pelos) 
– pelos apenas nos grandes lábios e são finos, 
lisos e discretamente pigmentados; 
▪ P3 – pelos mais grossos, escuros e encaracolados; Sínfise púbica; 
▪ P4 – grande quantidade e com padrão de adulto 
▪ P5 – pelo na raiz das coxas; 
o G – Genital 
▪ G1 – pré puberal, infantil 
▪ G2 – PUBERDADE – AUMENTO DO VOLUME TESTICULAR é o primeiro sinal da puberdade 
• Orquidometro de Prader – para avaliar o tamanho testicular se >/= 4 mL é considerado 
aumentado (também pode ser escrito como >3); 
• O pênis ainda é infantil 
▪ G3 – pênis aumenta em comprimento 
▪ G4 – pênis aumenta de diâmetro 
• Pico de crescimento 9-10cm/ ano 
▪ G5 – genitália adulta 
 
Luysa Gabrielly de Araujo Morais – Medicina 
4 PEDIATRIA 
o P – pilificação corporal MASCULINA → igual à do sexo feminino 
▪ P1 – pré puberal 
▪ P2 – pubarca – pilificação na base do pênis/ pode ser pelos androgênios da suprarrenal ou testicular; 
▪ P3 – sínfise púbica 
▪ P4 – grande quantidade 
▪ P5 – raiz das coxas; 
 PUBERDADE PRECOCE 
o Antes dos 8 anos nas mulheres ou antes dos 9 anos nos homens 
o Começa a crescer antes da hora e para de crescer antes da hora – resulta em baixa estatura 
o Causas 
▪ Centrais 
• GnRh dependente – verdadeira (de fato uma ativação precoce do eixo); 
o Pode ser: Idiopática (principal causa no sexo feminino) ou por lesão do SNC (principal 
causa no masculino – é importante investigar lesão); 
o Mais comum no sexo feminino que no masculino 
▪ Periférica 
• GnRh independente (pseudopuberdade) – liberação dos esteroides sexuais de forma 
independente de um estímulo central; 
o Pode ser: doença gonadal (tumor) e doença adrenal (tumor de adrenal, hipertrofia 
adrenal congênita); 
▪ Como diferenciar: 
• Laboratório – aumento das gonadotrofinas na central e na periférica nãoacontece esse 
aumento (LH e FSH em níveis pré puberais); 
• Clínica – volume testicular vai estar aumentado na puberdade central, mas não vai estar 
aumentado (infantil) na periférica; 
o Sinais de virilização e dois testículos aumentados – central 
o Sinais de virilização e dois testículos infantis – precoce 
o Sinais de virilização e um testículo aumentado e outro não – provável tumor 
testicular; 
DESENVOLVIMENTO 
CRESCIMENTO – aumento da massa corporal do indivíduo, ele é realizado de forma quantitativo 
DESENVOLVIMENTO – avalia a capacidade do indivíduo de realizar funções/ atividades cada vez mais complexas; ela é avaliada 
de forma qualitativa; 
 Motor – capacidade de locomoção; uso dos grandes grupamentos de músculos; 
 Adaptativo – nossa capacidade de realizar movimentos finos; usar as mãos; capacidade de construir os objetos da nossa 
cultura (movimento de pinça); 
 Social – nossa capacidade de seguir regras sociais e interagir; 
 Linguagem – capacidade de comunicação, uso de palavras com sentido e significado; 
Desenvolvimento neuropsicomotor é sequencial e previsível; segue uma 
mesma sequência em todos os indivíduos porque ele segue a carga genética 
apesar de ser influenciado por fatores ambientais; 
 O desenvolvimento motor é crânio caudal (primeiro a criança sustenta 
a cabeça e depois anda) 
 Adaptativo – cubital (medial) para radial (lateral) 
 Criança pega e depois solta – reflexo primitivo de preensão palmar 
(mão fechada); 
Correlacionar os marcos do desenvolvimento com a idade média ou com a idade esperada para que esse marco ocorra; a idade 
esperada é a idade limite e a idade média é a que a maioria das crianças desenvolve; 
 
Luysa Gabrielly de Araujo Morais – Medicina 
5 PEDIATRIA 
 Recém-nascido 01 mês 02 meses 03 meses 04 meses 
Motor Postura tônico 
cervical; cabeça 
pende; 
Quando traciona 
os braços a cabeça 
cai porque ele não 
tem sustentação; 
Postura tônico 
cervical; levanta 
queixo em prona 
(barriga para baixo 
ele levanta o 
queixo); 
Postura tônico 
cervical; levanta a 
cabeça em prona; 
Postura tônico 
cervical; sustenta a 
cabeça e o tronco 
quando em posição 
prona; 
Sustentação pendular 
(quando deitada que 
se levanta pelos 
braços a cabeça 
começa a sacudir) 
Cabeça centralizada 
(deixa de ter a postura 
tônico cervical); 
Olha as mãos na linha 
média e sustenta a 
cabeça. 
Imagem clássica – 
criança olhando para 
as mãos; 
Quando puxa pelas 
mãos a criança traz a 
cabeça sem pender; 
Adaptação Fixa a visão; olha 
fixamente para 
determinado 
ponto; 
Acompanha um 
objeto de maneira 
limitada (máximo 
de 90 graus); 
Acompanha 
objeto em 180º; 
Estende a mão em 
direção aos objetos 
(ainda não consegue 
pegar porque está 
começando a perder 
agora o reflexo de 
preensão palmar) 
Pega cubital – começa 
a pegar objetos, mas 
normalmente apenas 
objetos grandes; 
Social Preferência pela 
face humana 
(principalmente 
materno) 
Sorriso 
espontâneo; 
Sorriso social; ela 
passa a sorrir para 
as pessoas 
quando 
provocada; 
Contato social mais 
exuberante, começa 
a sorrir por mais 
tempo; 
Começa a rir alto 
Linguagem Nada Nada Vocalizar – alguns 
sons vocais; 
Criança começa a 
misturar vogais com 
consoantes; passa a 
emitir sons mais 
complexos; 
Nada 
 6-7 meses 
(28 semanas) 
9-10 meses 12 meses 
Motor Sustenta bem a 
cabeça; 
Rola; senta-se sem 
apoio por pouco 
tempo (tomba e se 
apoia sobre as 
próprias mãos); 
Consegue ficar 
sentada sem apoio 
no tronco 
(diferente da de 
quatro meses), 
porém por pouco 
tempo 
Senda sem apoio 
por tempo 
indeterminado; 
Pode engatinhar, 
mas não são todas; 
Anda com apoio; 
Levanta-se 
sozinho 
 
Adaptação Pega radial 
Transfere objeto 
entre as mãos; 
Apenas objetos 
maiores 
Pinça polegar dedo 
– mas ainda não é 
perfeita, ainda se 
usa a lateral do 
dedo para pegar o 
objeto, e é um 
movimento 
assistido, precisa 
apoiar a mão 
Pega com pinça 
perfeita; 
Entrega objetos 
por solicitação; 
 
 
Luysa Gabrielly de Araujo Morais – Medicina 
6 PEDIATRIA 
Solta objetos se 
retirados; 
Social Prefere a mãe, 
mas ainda não 
rejeita os 
desconhecidos; 
Estranha os 
desconhecidos, 
acena (já da tchau) 
e brinca de cadê 
(traduz o sentido 
de permanência do 
objeto); 
Interage; 
Ajuda a vestir e 
brincar; 
 
Linguagem Linguagem mais 
organizada; 
Emitir polissílabos 
vogais (LALAÇÃO); 
Mamama/papapa/ 
Polissílabos 
(mama, papa); 
Fala algumas 
palavras com 
significado; 
 
Sentido de permanência – a criança acredita que so existe o que ela vê, quando ela tem 9 meses ela passa a ter sentido de 
permanência, ou seja, mesmo que não esteja vendo a criança sabe que objeto existe; anteriormente caso o objeto sumisse a 
criança passa a acreditar que aquele objeto deixou de existir. 
DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO 
DESNUTRIÇÃO 
COMO IDENTIFICAR? 
 Peso comparado com o peso para idade ideal; 
 Avaliar de acordo com o percentil 50; 
 Como calcular adequação: 
o Avaliar o peso ideal de acordo com o gráfico 
tendo como base o percentil 50. Depois deve-se 
usar esse valor como 100%; 
o Esse valor sendo 100% deve-se calcular qual seria 
a porcentagem do valor real de peso que a criança 
tem; 
o Esse será o valor de adequação daquela criança; 
 Análise (Gomes); 
o >90% → eutrófico 
o 90-76% → desnutrido leve (1º grau); 
o 75-61% → desnutrido moderado (2º grau); 
o <60% → desnutrido grave (3ºgrau); 
 Quando o paciente tem edema de origem nutricional é considerado desnutrição grave; 
A diferença entre os dois é que Gomes usa o peso em relação a idade e o Waterlow usa o peso em relação a estatura; 
 Análise (Waterlow) 
o Peso x peso/ estatura 
▪ Avaliar o gráfico de peso por estatura analisando de acordo com o percentil 50; 
▪ Faz regra de 3 para ver a porcentagem, sendo o peso ideal 100%; 
▪ </= 90% →Magro 
o Estatura x estatura/ idade 
▪ Mesmo cálculo; 
▪ </= 95% → baixo 
o Análise 
▪ Nem magro e nem baixo → eutrófico 
▪ Magro (estatura Normal) → desnutrido agudo (primeiro parâmetro que se altera é o peso); 
▪ Magro e baixo → desnutrido crônico; 
 
Luysa Gabrielly de Araujo Morais – Medicina 
7 PEDIATRIA 
▪ Baixa (peso Normal para sua estatura) → caso seja considerada uma criança desnutrida ela tem uma 
desnutrição pregressa; 
• Ou seja, a criança anteriormente teve um quadro de desnutrição que alterou seu 
crescimento, mas que foi superado e atualmente ela não é desnutrida, é apenas baixa; 
 MINISTÉRIO DA SAÚDE – PRINCIPAL! 
o Tem como base as curvas de crescimento da OMS; 
▪ Percentil – posição que um valor ocupa em uma distribuição ordenada de valores centesimais; 
▪ Escore Z – distância em desvio padrão que o indivíduo está da média; 
• 3/2/1/0/-1/-2/-3 
• Escore Z 3 – 3 desvios padrões acima da média → corresponde ao percentil 99,9 
• Escore Z 2 – 2 desvios padrões acima da média → percentil 97 
• Escore Z 1 – 1 desvio padrão acima da média → percentil 85 
• Escore Z 0 – é a média → percentil 50 (não necessariamente é igual); 
• Escore Z – 1 - 1 desvio padrão abaixo da média → percentil 15 
• Escore Z -2 → percentil 3 
• Escore Z -3 → percentil 0,1 
o Tipos de gráfico: 
▪ Peso por idade – até 10 anos 
▪ Estatura por idade – zero – 19 anos 
▪ Peso por estatura – pode ser usado apenas até 5 anos 
▪ IMC – zero a 19 anos 
▪ Até 5 anos – todos os gráficos/ entre 5 e 10 anos – não usa peso por estatura/ maior de 10 anos – 
apenas estatura por idade e IMC; 
o Ministério da saúde indica o gráfico de escore Z; 
▪ Abaixo de -2 (percentil 3) → baixo (peso/ estatura/ pouco peso para sua estatura – magreza) 
• Peso/ estatura e IMC -pouco peso para estatura → magreza → desnutrição moderada; 
▪ Se estiver na linha entre -2 e -3 ela é considerada -3; 
▪ Abaixo de -3 (percentil 0,1) → muito baixo (peso/ estatura/ magreza acentuada) 
• Peso/ estaturae IMC – magreza acentuada → desnutrição grave; 
o Para saber se é agudo ou crônico usar o gráfico da estatura, se estiver alterada fala a favor de algo crônico e 
se estiver normal fala a favor de algo agudo; 
o Edema fala a favor de desnutrição grave; não se pode usar o peso porque o edema aumenta esse valor; 
 
DESNUTRIÇÃO GRAVE 
 Desequilíbrio nutricional negativo; falta de nutrientes ou incapacidade de usar aqueles nutrientes; 
 Tipos 
o Primária – pobreza; miséria e fome → falta alimento 
o Secundária – quantidade de alimento normal, mas paciente possui perdas anormais de nutrientes e/ou aumento 
do gasto energético; 
 MARASMO 
o Desnutrição grave que resulta de uma deficiência global de energia e proteínas; 
o Privação nutricional crônica ou doença de base – perda dos principais nutrientes; 
o Instalação lenta no primeiro ano de vida; 
▪ É mais comum porque no primeiro ano de vida o peso triplica – precisa de muito alimento e 
consequentemente se falta esse alimento gera falta de nutrientes e consumo de tecido adiposo; 
 
Luysa Gabrielly de Araujo Morais – Medicina 
8 PEDIATRIA 
o Ausência de tecido adiposo (usado como forma de energia); 
o Ausência de tecido subcutâneo; 
o Fácies senil ou simiesca – a última reserva de energia que é consumida são as bolas de Bouchard; 
o Hipotrofia muscular e hipotonia – não conseguem alcançar os marcos do crescimento; 
o Irritabilidade e apetite variável; 
o Não possui edema 
 
 KAWASHIORKOR 
o Menos frequente, porém mais grave; 
o Deficiência proteica com ingesta energética normal; 
o Criança recebe calorias, mas não recebe proteínas; 
o Aparentemente existe também um gatilho infeccioso para que se desenvolva essa síndrome → reação 
inflamatória sistêmica; 
o Instalação rápida após o desmame; 
o Mais frequente a partir do segundo ano (criança que já foi previamente bem alimentada): 
o EDEMA – extremidades ou anasarca; 
o Hepatomegalia por esteatose 
o Subcutâneo está preservado – não acontece lipólise e nem degradação de ácidos graxos 
o ALTERAÇÕES DE CABELO E PELE 
▪ Fachas de hipopigmentação alternados com fachas de hiperpigmentação 
– sinal da bandeira 
▪ Lesões hiper crômicas intercaladas (espeças e escurecidas, descamam e 
surgem as hipocromicas) com lesões hipercromias; 
• Aspecto de pavimentação; 
 
 KWASHIORKOR MARASMÁTICO 
o Criança emagrecida com edema de extremidades 
o É a forma mais grave de todas 
o Criança que apresentava quadro de marasmo e por alguma 
intercorrência aguda desenvolve o quadro de Kwashiorkor; 
 LABORATÓRIO DA DESNUTRIÇÃO GRAVE 
o Hipoglicemia 
o HIPONATREMIA SÓDIO SÉRICO DIMINUIDO, MAS SÓDIO CORPORAL NORMAL; 
▪ Sódio está no intracelular – pct apresenta distúrbio na bomba de sódio e potássio 
o Hipocalemia e hipomagnesemia – perdidos através da urina 
o HIPOALBUMINEMIA 
 
Luysa Gabrielly de Araujo Morais – Medicina 
9 PEDIATRIA 
▪ Kwashiorkor – além da redução da albumina existe uma resposta inflamatória sistêmica com aumento 
da permeabilidade vascular e, consequentemente aumenta a probabilidade de edema; 
 TRATAMENTO HOSPITALAR 
o Etapa de estabilização – 1 a 7 dias 
▪ Morre 
• Hipoglicemia 
• Hipotermia 
• DHE 
• Infecção 
▪ Hipotermia – aquecer/ manter aquecida 
▪ Hipoglicemia 
• Consciente – via oral 
• Alterações – via EV 
• Alimentação frequente – 2/2 horas 
▪ DHE 
• Hidratação preferencialmente via oral 
• Hidratação venosa apenas caso francos sinais de choque 
• Não se corrige sódio, ele será corrigido com correção nutricional; 
▪ Tratamento de infecção 
• Não precisa identificar, faz de amplo espectro; 
• Ampicilina com aminoglicosídeo caso não tenha sinais localizatorios; 
▪ Dieta habitual para criança daquela idade; não hiperalimentar; 
• Considerar diminuição da lactose; 
• Não hiperalimentar ➔ pode gerar Sd de realimentação → estímulo anabólico muito intenso 
– grande liberação de insulina – estimula a utilização celular do fosfato gerando 
hipofosfatemia grave; 
▪ Suplemento de Potássio e Magnésio 
▪ Suplementar Zinco 
▪ NÃO SUPLEMENTAR FERRO – porque pode ser usado por bactérias e aumenta estresse oxidativo 
▪ Polivitamínicos → Vitamina A (principal carência de micronutrientes) e ácido fólico 
• Manifestações da hipovitaminose A ➔ Cegueira noturna, Manchas de Bitot e Ceratomalácia 
o Etapa de reabilitação 2-6 semanas 
▪ Objetivo é reabilitação nutricional 
▪ Marco inicial (quando pode ser interrompida a fase de estabilização) – retorno do apetite 
▪ Aumento de caloria e proteína → CATCH UP (150-220kcal/peso); 4-6g prot/kg/dia 
▪ Suplementação de ferro 
▪ Quando estável – alta para tratamento ambulatorial 
▪ FOLLOW UP – pesagem semanal – segmento para avaliação por alguns meses; 
OBESIDADE 
Ela é avaliada pelas curvas da OMS através do gráfico do IMC que usa o escore Z; 
Existem dois gráficos, um de 0-5 anos e um de 5-19 anos, sendo que esses casos a classificação muda: 
 0-5 anos → obesidade (3); sobrepeso (2) e risco de sobrepeso (1); 
 5-19 anos → obesidade grave (3); obesidade (2) e sobrepeso (1); 
Relembrar que: (escore z = percentil = gráfico de 0-5 anos = gráfico de 5-19 anos) 
 Escore z 3 = percentil 99,9 = obesidade = obesidade grave 
 Escore Z 2 = percentil 97 = sobrepeso = obesidade 
 Escore z 1 = percentil 85 = risco de sobrepeso = sobrepeso 
 
Luysa Gabrielly de Araujo Morais – Medicina 
10 PEDIATRIA 
 
Classificação do peso: 
 Escore z >2 → peso elevado 
CDC 
 Classificação apenas em > 2 anos 
 P85 ao p94 – sobrepeso 
 >/=p95 – obesidade 
BAIXA ESTATURA 
O QUE AVALIAR? 
 Estatura atual 
 Velocidade de crescimento – quanto ele cresceu em determinado período 
o Usa como parâmetro 12 meses, mas pode ser avaliado 6 meses e multiplicado por 2; 
 Estatura dos pais 
o Masc. = pai + mãe + 13/2 
o Fem. = pai + mãe – 13/2 
o Para que serve? Ao descobrir o alvo, marcar no final do gráfico e contar 8,5cm para cima e para baixo. Essa 
faixa será considerada a faixa de normalidade para crescimento dessa criança; 
Quando a criança cresce distante do potencial genético é considerado um crescimento deficitário ainda que 
por definição você não tenha baixa estatura; 
Baixa estatura: 
 Homem → 1,63cm 
 Mulher → 1,51cm 
Idade óssea → Rx de mão e punho esquerdo 
 Informação sobre a maturidade esquelética do indivíduo 
 Cartilagem vai alongando e calcificando 
 Diz o quanto que aquele esqueleto já ossificou 
 Idade óssea alterada é >2 desvios padrão 
ETIOLOGIA 
 Variante normal do crescimento – criança saudável, porém baixa; 
o Baixa estatura genética ou familiar → criança baixa por ser filha de pais baixos; 
o Retardo constitucional/ atraso constitucional → crescimento mais lento, envelhecimento biológico mais lento 
que o das outras crianças; 
▪ Criança que na infância e início da adolescência é mais baixo, entretanto após a puberdade (que é 
atrasada) acelera o crescimento e se torna um adulto mais alto; 
 Condições mórbidas 
 
Luysa Gabrielly de Araujo Morais – Medicina 
11 PEDIATRIA 
o Desnutrição (crônica) 
▪ Primária 
▪ Secundária – doença celíaca 
o Doenças endócrinas 
▪ Hipotireoidismo 
▪ Deficiência de GH 
▪ Aumento de cortisol 
o Doenças genéticas 
▪ Displasias esqueléticas – acondroplasias; 
• Baixa estatura desproporcional, o segmento superior (tórax) é maior que os Membros 
inferiores 
• Baixa estatura desproporcional sempre é patológica 
▪ Síndrome cromossômicas – turner 45X0 
QUEIXA DE BAIXA ESTATURA → DEFINIR SE HÁ BAIXA ESTATURA 
 Estatura/ idade < percentil 3 ou 5 → avaliar a velocidade de crescimento 
o Escolar ou adolescente pré púbere (ainda não entrou na puberdade) → >/=5cm ano; 
▪ Normal → variante normal do crescimento 
• Retardo constitucional do crescimento 
o Idade óssea atrasada em relação a idade cronológica (pelo menos 2 anos ou mais) 
o Pais com altura normal 
o Idadeestatural é igual a idade óssea e menor que a idade cronológica; 
• Baixa estatura genética 
o Idade óssea compatível com idade cronológica 
o Pais baixos 
o Idade óssea é igual a cronológica e ambas são maiores que a idade estatural; 
Idade estatural – é a idade cujo percentil 50 de estatura corresponde a estatura do paciente; é a 
altura que se espera para uma criança mediana daquela idade; 
▪ Anormal → condições mórbidas; 
• Feminino → solicitar cariótipo (investigar sd de turner); 
• Se tem Alteração fenotípica 
o Investigar doença genética 
• Se não tem alteração fenotípica 
o Avaliar IMC 
▪ Bem nutrido ou obeso – doença endócrina (função tireoidiana); 
▪ Emagrecida – desnutrição → investigar doenças crônicas;

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