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Tutoria, Etapa 3, Problema 3. Kawanny Arruda. FITS. Módulo 1 - Problema 3 – “Ainda chego lá!” Objetivo 1) Compreender os fatores que influenciam o crescimento até a puberdade (Genética, fatores externos, gestação e nascimento- nutrição, tipo de crescimento constitucional ou familiar). O crescimento se refere há uma transformação que é complexa, contínua, dinâmica e progressiva. Ele ocorre desde a concepção até o final da vida, expresso pelo aumento do tamanho corporal. O crescimento é um indicador de saúde da criança, pois reflete suas condições de vida no passado e no presente. Todo indivíduo já nasce com um potencial genético de crescimento, podendo ele ser alcançado ou não. O que vai influenciar nisso são as condições de vida que o ser humano é exposto desde o período da concepção até a idade adulta. Sendo esse processo influenciado por dois tipos de fatores: 1. FATORES INTRÍNSECOS: são os genéticos/hereditariedade e sistema neuroendócrino. Exemplo: síndrome de Down. 2. FATORES EXTRÍNSECOS: são os ambientais (exemplo: alimentação, saúde, higiene, habitação e cuidados gerais com a criança) e biológicos (prematuridade, hipóxia neonatal, meningites). A CARGA GENÉTICA HERDADADA DOS PAIS estabelece um potencial que pode ser atingido e que também sofre interferência de fatores extrínsecos em conjunto com o ambiente que a criança vive. Em ambientes socioeconômicos muito semelhantes: crescimento físico se deve basicamente aos fatores hereditários, podendo então os genes expressarem todo o seu potencial. A ALTURA DOS PAIS EXERCE INFLUÊNCIA SOBRE O CRESCIMENTO LINEAR DA CRIANÇA → ela pode ser usada como correlação altura do pais/criança dos 3 anos de idade até a adolescência, é uma forma de predizer a altura da criança. O nosso POTENCIAL ESTATURAL é definido por um conjunto de genes que não são completamente conhecidos, mas sabe-se que alguns deles fazem parte da família homeobox e codificam proteínas que se ligam ao DNA e controlam a expressão de outros genes. Dentro dessa família homeobox existe o gene chamado PROP1, a presença desse gene pode desenvolver algumas deficiências combinadas no GH, prolactina, TSH (hormônio tireoestimulante que é produzido na hipófise e estimula a tireoide), LH (hormônio luteinizante) e FSH (estimula secreção de estrogênio – maturação dos folículos). Existe uma interação hormonal que regula o processo de crescimento e, o principal eixo envolvido nisso no período pós-natal é o eixo GH-sistema IGF (hormônio de crescimento-sistema de fatores de crescimento insulina-símile). Para que um bebê de 50 cm se transforme em um adulto, é preciso do crescimento ósseo. Nessa situação, o GH é responsável por recrutar células na zona de reserva de cartilagem e os IGF determinam a hiperplasia e hipertrofia dessas células recrutadas. GH → diferenciação celular; IGF-1 → expansão e hipertrofia. : os principais fatores que vão determinar o crescimento são as CONDIÇÕES INTRAUTERINAS, ou seja, são os aspectos Tutoria, Etapa 3, Problema 3. Kawanny Arruda. FITS. relacionados a saúde materna e a placenta. Esse crescimento independe do hormônio GH. 1) Carência de micronutrientes: eles são indispensáveis para promover o crescimento físico, para a maturação sexual, para o desenvolvimento neuromotor e também para integridade e funcionamento do sistema imune. Zinco, vitamina A e ferro são os micronutrientes de maior impacto no crescimento linear: >> A vitamina A e o ferro, afetam o crescimento em condições de deficiência severa (retinol sérico < 0,35 µmol/L, Hb < 9,5 g/dL).; >> Já o zinco é o de MAIOR IMPORTÂNCIA NO CRESCIMENTO, a sua deficiência é a causa mais comum do déficit de estatura em crianças, o que ocorre tanto nos casos de deficiência severa como leve ou moderada (zinco sérico < 65 mg/dL). : os fatores ambientais continuam a ter importância, mas é na fase da criança maior e nos adolescentes que o POTENCIAL GENÉTICO PASSA A TER MAIOR INFLUÊNCIA SOBRE A TAXA DE CRESCIMENTO. : É um expressivo fator de risco para posterior retardo no crescimento das crianças. Nascer com esse peso contribui para o déficit de crescimento e desenvolvimento pós-natal, e isso dificulta a amamentação das crianças e as deixam mais vulneráveis para desenvolver doenças frequentes de forma repetitiva, podendo desenvolver sequelas e até mesmo conduzir a morte. Os RN de baixo peso (<2500 g) estão em grande risco de sofrerem múltiplos problemas, como doenças infecciosas (diarreias), infecções respiratórias e atraso de crescimento e desenvolvimento. : Um preditor também importante de retardo de crescimento ao nascer é o comprimento. No chile, crianças com déficit de estatura ao nascer e também durante os 6 primeiros dias de vida, quando foram avaliadas na idade escolar também mantiveram os menores índices de crescimento estatural associado ainda ao menor rendimento escolar. Referências: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519- 38292004000100002#:~:text=Portanto%2C%20o%20processo%20de%20crescime nto,acelerando%20ou%20retardando%20esse%20processo O e a : aumentam o risco de a criança ter alterações globais no seu desenvolvimento, podendo essas alterações evoluírem durante os primeiros dois anos de vida para padrões de normalidade na maioria dos casos. O é a maior causa de recém-nascidos com baixo peso nos países desenvolvidos. : fase de grande crescimento. No meio da gestação existe uma velocidade de crescimento que é cerca de 2,5 cm por semana. Antes do termo essa velocidade chega a 0,5 cm por semana, ela DIMINUI PORQUE SOFRE INFLUÊNCIA DO ESPAÇO DA CAVIDADE UTERINA QUE VAI SE TORNANDO COMPLETAMENTE OCUPADO. 70% do crescimento fetal linear se dá das primeiras 28 semanas de gestação, depois disso a evolução é de forma mais lenta. Em relação a deposição de gordura, maior responsável pelo incremento do peso, ocorre no terceiro trimestre da gestação. NESSE PÉRIODO QUE OS RICOS EXTERNOS DE AGRESSÃO PARA O FETO SÃO MAIORES, MAIS GRAVES E COM REPERCUSSÕES MAIS GENERALIZARIDAS. O APORTE ADEQUADO DE NUTRIENTES DURANTE A GESTAÇÃO DEFINIRÁ O COMPRIMENTO DA CRIANÇA AO NASCER, NÃO A ALTURA DOS PAIS. O zinco tem efeitos no sistema hormonal primário (IGF-1/GH), que é o sistema que controla o crescimento na fase pós-natal, que é o de maior crescimento linear. O ferro e a Vitamina A não afetam diretamente, exercem maior efeito em casos de estoques funcionais esgotados. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292004000100002#:~:text=Portanto%2C%20o%20processo%20de%20crescimento,acelerando%20ou%20retardando%20esse%20processo https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292004000100002#:~:text=Portanto%2C%20o%20processo%20de%20crescimento,acelerando%20ou%20retardando%20esse%20processo https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292004000100002#:~:text=Portanto%2C%20o%20processo%20de%20crescimento,acelerando%20ou%20retardando%20esse%20processo Tutoria, Etapa 3, Problema 3. Kawanny Arruda. FITS. >> Riscos externos: agentes infecciosos, mal nutrição materna, uso pela mãe de tabaco e outras drogas, insuficiente irrigação placentária, enfermidades maternas, entre outros; : no primeiro ano de vida há uma velocidade de crescimento elevada. Nesta fase os principais fatores que implicam no crescimento ainda são os ambientais e nutricionais. : do terceiro ano de vida até o início da puberdade. Nesta fase o crescimento torna-se estável e os fatores genéticos e hormonais assumem maior importância. Velocidade do crescimento continua a diminuir. : aceleração do crescimento. Sexo feminino cresce mais precocemente que o masculino, mas o estirão puberal nos meninos é maior. Esteroides sexuais e hormônio do crescimento são os grandes efetores do crescimento nesta fase. : O crescimento volta a se tornar mais lentoe ocorre, sobretudo, na região do tronco. DIZ-SE QUE UMA CRIANÇA APRESENTA BAIXA ESTATURA QUANDO, NO GRÁFICO DE CRESCIMENTO, SUA ALTURA ESTÁ ABAIXO DO PERCENTIL 3. Para levantar as hipóteses de uma baixa estatura é preciso obter dados em relação a: >> ; >> : podem evidenciar alterações no esqueleto que sugerem patologias específicas, como as displasias ósseas e o raquitismo. >> : é o dado mais importante na avaliação de uma criança com baixa estatura. Com a análise de gráficos específicos para cada faixa etária é possível saber se há algo errado no crescimento do menor. Dificilmente um paciente com velocidade de crescimento normal em curso irá apresentar alguma patologia em relação a sua estatura >> Não é uma previsão de estatura final, serve para avaliarmos, através da altura dos pais, se a criança se encontra ou não muito fora deste canal. Em função de a carga genética originar- se de várias gerações, é que observamos filhos altos de pais baixos e filhos baixos de pais altos. >> ; >> . A EVOLUÇÃO DO ESTÁGIO PUBERAL e o ACOMPANHAMENTO COM A IDADE ÓSSEA é que vão nos indicar o prognóstico quanto à estatura final. O atraso da idade óssea pode ser um dado positivo em uma criança com baixa estatura, porém a idade óssea deverá ser sempre acompanhada, uma vez que esta NO EXAME CLÍNICO DA GESTANTE: >> Medir a altura do fundo do útero para a IG permite avaliar o crescimento do feto; >> É comparada a medida da criança com o padrão de crescimento de peso para a idade gestacional → Valores abaixo do percentil 10 da referência aumenta em 3,5 % o risco de retardo de crescimento intrauterino. >> A associação da altura uterina com o ganho de peso materno durante a gestação tem uma sensibilidade de 75% para predizer bebês pequenos para a idade gestacional. NO ULTRASSOM OBSTÉTRICO: Em um ultrassom obstétrico de rotina é possível verificar o tamanho da caixa craniana do bebê ainda em formação. Neste exame em determinada fase da gravidez, é possível descobrir algumas alterações ainda precocemente apenas medindo o perímetro cefálico e determinar existência de problemas como a microcefalia, macrocefalia, hidrocefalia e algumas outras más formações. Tutoria, Etapa 3, Problema 3. Kawanny Arruda. FITS. pode evoluir rapidamente, sem qualquer razão, e este benefício inicial ser perdido. Fonte: http://revistadepediatriasoperj.org.br/detalhe_artigo.asp ?id=560 – DESVIOS DA NORMALIDADE: representam aproximadamente 90% das queixas de baixa estatura. São representados pela Baixa Estatura Familiar (BEF) e o Retardo Constitucional do Crescimento e Puberdade (RCCP). Na BEF existe um padrão genético de baixa estatura, velocidade de crescimento normal e idade óssea compatível com a idade estatural, com prognóstico final de estatura compatível com o padrão familiar. A baixa estatura familiar/genética é caracterizada pela altura abaixo do percentil 3, porém com o crescimento seguindo a previsão familiar, a puberdade ocorrendo adequadamente e a velocidade de crescimento normal ou baixa e, também, a maturação óssea compatível com a idade cronológica → quando se mede o GH, ele está normal. Está associada a um atraso na maturação biológica individual. Alguns indivíduos iniciam a puberdade mais tardiamente e tem previsão de estatura final normal, de acordo com o alvo genético. É comum a história familiar de retardo puberal; A velocidade de crescimento está no limite inferior da normalidade. AO ENTRAREM NA PUBERDADE, um pouco depois dos seus colegas, HÁ UMA COMPENSAÇÃO NO CRESCIMENTO E O RESULTADO ACABA POR SER UMA ALTURA NORMAL PARA UM ADULTO. No entanto, geralmente a altura final é um pouco menor da estimada pela previsão familiar, principalmente nos pacientes em que não ocorre o atraso puberal. se subdivide em proporcional e desproporcional. >> Desproporcional: inclui o raquitismo e as displasias ósseas, valorizando a importância da avaliação das proporções corporais. >> Proporcional: se subdivide em de origem pré-natal (Retardo de Crescimento Intrauterino (RCIU), as síndromes dismórficas e as cromossomopatias como síndrome de Turner, Down, Russel-Silver, Noonan) e de origem pós-natal (patologias que afetam diversos órgãos, psicossocial, nutricional e endocrinopatias). OBJETIVO 2) RELACIONAR OS HORMÔNIOS COM O DESENVOLVIMENTO INFANTIL (PUBERDADE). O processo de crescimento, que é a principal característica da infância e adolescência, apresenta um padrão semelhante na maioria dos indivíduos. A REGULAÇÃO DO CRESCIMENTO SE DÁ POR MEIO DO eixo GH- sistema IGF, BAIXA ESTATURA FAMILIAR Velocidade de crescimento normal; Criança com alvo genético baixo; Idade óssea compatível com idade cronológica; RETARDO CONSTITUCIONAL DO CRESCIMENTO E DA PUBERDADE Velocidade de crescimento normal (ou limite inferior); Criança com alvo-genético normal; Idade óssea atrasada em relação a idade cronológica. OBS. na vida adulta atingem estatural final dentro do alvo genético, adequado para padrões populacionais. http://revistadepediatriasoperj.org.br/detalhe_artigo.asp?id=560 http://revistadepediatriasoperj.org.br/detalhe_artigo.asp?id=560 Tutoria, Etapa 3, Problema 3. Kawanny Arruda. FITS. traduzindo, eixo hormônio de crescimento – fatores de crescimento insulina-símile) junto com a herança genética. O eixo GH-sistema IGF é a via final que a maioria dos fatores que atuam no processo de crescimento exerce sua ação. GH é PRODUZIDO NA HIPÓFISE ANTERIOR e em sua forma predominante corresponde a 75% do GH circulante → ele age sobre o crescimento através da regulação do sistema IGF. A SECREÇÃO DO GH OCORRE EM PULSOS, sobretudo nas fases III e IV do sono, tendo uma meia vida de 20 minutos. De acordo com a idade, ocorre variação da amplitude dos pulsos e da massa de GH secretada, então NA PUBERDADE SE TEM O PERÍODO DE MAIOR SECREÇÃO DO HORMÔNIO, e na vida adulta ele decai para concentrações cada vez menores. A rápida liberação de GH no sangue se dá pela fraca união que ele tem com as proteínas plasmáticas. Em um dia normal ocorrem 6 a 10 pulsos secretórios, principalmente à noite, com concentrações entre os pulsos tão baixas quanto 0,04 μg/L. Quem exerce o controle da secreção hipofisária do GH é o HIPOTÁLAMO POR MEIO DO GHRH, que é o hormônio liberador do GH, junto com a SOMATOSTATINA e também tem uma participação mais reduzida da GHRELINA. GHRH e ghrelina estimulam secreção de GH atuando por meio de receptores específicos que se acoplam a proteína G (ela transmite sinais de hormônios e neurotransmissores); Somatostatina tem ação inibitória. – A consequência principal do hormônio do crescimento é aumentar o crescimento esquelético. Se tem efeitos variados do GH sobre os ossos, o que inclui: 1. Aumento da deposição de proteínas pelas células osteogênicas e condrocíticas que causam o crescimento ósseo; 2. Aumento da taxa de reprodução destas células (osteogênicas e condrocíticas); 3. Efeito específico de conversão de condrócitos em células osteogênicas, causando a formação de um osso novo. Em resposta ao estímulo do GH → OS OSSOS LONGOS VÃO CRESCER EM COMPRIMENTO NAS CARTILAGENS EPIFISÁRIAS → é o local que as epífises estão separadas das partes longas → esse crescimento permite a deposição de cartilagem nova → e, depois disso, a conversão dessa nova cartilagem em osso novo → isso empurra epífise cada vez mais para longe. Em paralelo a isso, a cartilagem epifisária vai sendo consumida progressivamente, e no final da adolescência quase não se tem mais essa cartilagem para permitir o crescimento adicional do osso. Então se tem a fusão das epífises das extremidades, ficando impossível aumentar o comprimento do osso, cessando o crescimento humano em estatura. OBS. O GH também age como forte estimulador dos osteoblastos. Logo, os ossos podem continuar a aumentarde espessura durante toda a vida, especialmente ossos membranosos como os ossos do crânio e a mandíbula. Estimulam a secreção do GH: Hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH); Jejum (especialmente com a deficiência de proteínas grave); Hipoglicemia, a baixa concentração de ácidos graxos livres no sangue; Sono profundo (estágios II e IV), a testosterona e o estrogênio; Exercício moderado, a excitação, o estresse e o trauma estimulam a secreção do GH. A secreção do GH é controlada por 2 fatores que são secretados no hipotálamo e levados para hipófise anterior por meio do sangue: 1. Hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH): estimula a Tutoria, Etapa 3, Problema 3. Kawanny Arruda. FITS. secreção de GH atuando como receptor específico acoplado a proteína G (AMPc). 2. Hormônio inibidor do hormônio do crescimento (somatostatina): exerce função inibitória da secreção do GH. A secreção do hormônio do crescimento é feita por FEEDBACK NEGATIVO, ou seja, se há uma administração de GH exógeno no indivíduo, se tem uma queda da secreção de GH endógeno. Não se sabe o mecanismo correto deste feedback; se é mediado pela inibição do GHRH ou pelo aumento da somatostatina. O MAIOR CONTROLADOR DA SECREÇÃO DO GH é o estado nutricional dos tecidos a longo prazo. São fatores de crescimento que vão agir sobre o: >> metabolismo intermediário → vão aumentar a captação periférica de glicose, aumentar a síntese de glicogênio e diminuir a proteólise. >> Estimular a cartilagem de crescimento promovendo crescimento linear → hipertrofia e hiperplasia dos condrócitos. Os principais fatores são: IGF-1 (somatomedina C) IGF-2. Eles são hormônios de natureza peptídica produzidos em várias partes do corpo, especialmente no fígado e na placa de crescimento. GH → estimula a síntese de IGF-1 → ele circula no sangue associado à sua proteína carreadora, que é o IGF-BP3. Sistema GH-IGF Nesse sistema, o GH vai exercer grandes efeitos por meio de substâncias intermediárias, são as somatomedinas, também chamadas de fatores de crescimento semelhantes a Insulina (IGFs) → são chamados assim porque possuem elevado grau de semelhança estrutural com a pró-insulina e também possuem efeitos semelhantes ao dela em relação ao crescimento. O GH vai EXERCER SUAS FUNÇÕES QUANDO ELE SE LIGA A UM RECEPTOR ESPECÍFICO, que é o GHR Em resposta ao GH → células presentes no fígado, músculo esquelético, cartilagem, osso e outros tecidos → secretam IGFs → eles podem entrar na corrente sanguínea e agir localmente. MAS PARA O CRESCIMENTO SER ADEQUADO, o IGF circulante, de origem hepática, e os IGFs produzidos no tecido são fundamentais. Os IGFs: Estimulam a síntese de proteínas; Ajudam na manutenção tanto da massa óssea quanto da muscular; Estimulam a cicatrização de lesões e o reparo dos tecidos. Quem os codifica são os genes localizados no braço longo do cromossomo 12 (IGF1) e no braço curto do cromossomo 11 (IGF2). O GH é um dos principais promotores da produção de IGF-1 após o nascimento. O estado nutricional (principalmente o aporte protéico) também contribui com esta função. Os IGFs exercem suas ações mediante interação com dois diferentes receptores, denominados receptores de IGF tipo 1 (IGF-1R) e tipo 2 (IGF-2R). Em relação ao crescimento intra-uterino, os IGFs possuem uma menor dependência ao GH, mas após o nascimento, ele assume a posição de principal regulador. Criança com deficiência congênita de GH vão apresentar discreta ou nenhuma redução do comprimento ao nascer, porém se a criança tiver o gene IGF-1 inativado ela vai apresentar importante comprometimento do crescimento longitudinal, visto que o IGF-1 é o principal regulador do GH. A concentração de IGF-1, baixa ao nascimento, eleva-se lenta e Tutoria, Etapa 3, Problema 3. Kawanny Arruda. FITS. gradualmente durante a infância, apresenta PICO SIGNIFICATIVO DURANTE A PUBERDADE e volta a cair na idade adulta, estabilizando-se em patamares superiores aos observados na infância. O eixo Gh-sistema IGF e as alterações de crescimento Entre as doenças intrínsecas ao eixo GH- IGF que CURSAM COM BAIXA ESTATURA, duas são bem caracterizadas: 1. Deficiência de GH (DGH): Nessa situação, se tem uma secreção insuficiente de GH, que pode estar isolada ou associada com outros déficits hormonais. O tratamento é a reposição hormonal com GH recombinante humano (hrGH). É fruto de mutações que podem levar a produção da molécula de GH com atividade biológica reduzida. 2. Síndrome de resistência ou de insensibilidade ao GH (SIGH): É inabilidade do GH em estimular a secreção de IGF-1 e, assim, promover o crescimento. PRIMÁRIA (síndrome de Laron): o déficit de IGF-1 tem como causa a deficiência ou anormalidade do receptor do GH; SECUNDÁRIA: devido a qualquer circunstância que afete os passos envolvidos na ação do GH, o que inclui desde a ligação aos receptores celulares até a transmissão de sinal até a secreção do IGF-1. Fontes: https://www.scielo.br/pdf/abem/v52n5/02.pdf Outros hormônios envolvidos no crescimento humano : fornecem energia para o metabolismo do crescimento. A insulina aumenta o transporte de aminoácidos para dentro das células, sem ela o crescimento humano é ausente ou deficiente. : age sobre as características sexuais primárias e secundárias nos homens. Promove o estirão do crescimento adolescente em massa magra e massa muscular nos meninos. Também promove o crescimento ósseo e a manutenção esquelética. Tecido de origem: testículos e córtex adrenal. : age sobre as características sexuais primárias e secundárias das mulheres. Promove a maturação esquelética e o acumulo de gordura em meninas. Tecido de origem: folículos ovarianos e córtex adrenal. o efeito do hormônio da tireoide se manifesta principalmente nas crianças em fase de crescimento. Crianças com hipotiroidismo (baixa produção dos hormônios): crescimento sofre grande retardo. Crianças com hipertireoidismo (alta produção dos hormônios): ocorre crescimento excessivo do esqueleto, o que faz com que a criança fique bem mais alta em idade mais precoce. Objetivo 3) Entender os parâmetros de avaliação do desenvolvimento normal infantil. (Tanner, curvas de crescimento, envergadura, ss/si, cálculo da altura dos pais, score Z). O melhor método para acompanhar o crescimento infantil é registrar periodicamente o peso, a estatura e o IMC da criança na Caderneta de Saúde da Criança. OMS e MS recomendam valores de referência para acompanhar o crescimento e ganhos de curvas: Hipotálamo → produz e secreta hormônio liberador de tireotrofina (TRH) → ele atinge a hipófise e estimula a produção do hormônio tireotrófico (TSH) → o TSH estimula a captação de iodo, estimulando a produção tireoidiana de hormônios. Hipotireoidismo: níveis aumentados de TSH e níveis diminuídos de T3 e T4 abaixo do normal; Hipertireoidismo: níveis aumentados de T3 e T4, e reduzidos de TSH. https://www.scielo.br/pdf/abem/v52n5/02.pdf Tutoria, Etapa 3, Problema 3. Kawanny Arruda. FITS. Usar os valores da OMS de 2006 – para crianças menores de 5 anos; Usar os valores da OMS de 2007 – para idades de 5 aos 19 anos. Para classificar as crianças no grupo de “desvio nutricional”, é preciso considerar características individuais e do meio que ela vive. Em 2007 a OMS apresentou novas curvas de crescimento para crianças dos 5 aos 19 anos. A Caderneta de Saúde da Criança usa como parâmetros para a avaliação do crescimento de crianças MENORES DE 10 ANOS: Perímetro cefálico: de 0 a 2 anos; Peso para a idade: 0 a 2 anos, 2 a 5 anos, 5 a 10 anos; Comprimento/estatura para a idade: 0 a 2 anos, 2 a 5 anos e 5 a 10 anos; Índice de massa corporal: 0 a 2 anos, 2 a 5 anos e 5 a 10 anos. Pontos de corte de referência O percentil 50 éo ponto central (mediana) da série de valores crescentes. Metade das crianças estão acima desse valor e metade estão abaixo. >> Valores próximos do percentil 50: mais frequente observado na população; >> Valores mais extremos ao percentil 50: são raros. Os gráficos de crescimento das atuais curvas da OMS trazem as curvas correspondentes aos percentis: 3, 15, 50, 85 e 97. Ele mede a distância (em desvio padrão) entre a medida do paciente e a média da população de mesma idade e sexo. Z escore = valor observado no paciente – valor observado na média / desvio padrão Escore z positivo: valor da medida do indivíduo é maior que a média da população; Escore Z negativo: valor menor que a média. Escore 0: média. : mostra se a criança está com peso abaixo do recomendado para a idade, mas não indica se a estatura já foi comprometida. 0 a 2 anos, 2 a 5 anos, 5 a 10 anos; EVOLUÇÃO DO PESO Até o quarto dia de vida, o RN apresenta uma perda fisiológica de peso de até 10% em relação ao seu peso de nascimento, recuperando-o até o décimo dia. Embora possam variar, os valores médios esperados para o ganho de peso no primeiro ano de vida, são os seguintes 1º trimestre: 700 gramas por mês 2º trimestre: 600 gramas por mês 3º trimestre: 500 gramas por mês 4º trimestre: 400 gramas por mês Em geral, a criança dobra seu peso até os seis meses de idade, o triplica aos 12 meses e quadruplica aos dois anos. No 2º e 3º anos de vida, a criança ganha em média 2,5 Kg/ ano. A partir dos 3 anos de idade o peso aproximado da criança pode ser calculado pela fórmula: Peso = (Idade x 2) + 9 : diagnóstica “baixa estatura ou nanismo nutricional”, caracterizando um déficit nutricional crônico. Entre 0 e 23 meses: avalia-se o comprimento da criança. Ela fica deitada e a medição é feita com régua antropométrica. Após 24 meses: medir a altura da criança, utilizando estadiomêtro da parede. Tutoria, Etapa 3, Problema 3. Kawanny Arruda. FITS. EVOLUÇÃO DA ESTATURA/COMPRIMENTO Seu comprimento, em torno de 50 cm ao nascimento a termo, aumenta 25 cm até o final do primeiro ano: 1º trimestre: 3 cm por mês; 2º trimestre: 2 cm por mês; 3º e 4º trimestre: cerca de 1,5 cm por mês. No segundo ano de vida a criança cresce em torno de 12 cm; dos dois aos três anos, cresce cerca de 8 cm. A partir dos três anos até o início da puberdade o ritmo médio de crescimento é de 6 cm ao ano e a estatura aproximada da criança pode ser calculada pela fórmula: Estatura (2 a 12 anos) = (Idade x 6) + 77. Caso clínico: André deveria estar com 149 cm, porém ele está com 136 cm. : se refere ao crescimento do encéfalo e estruturas relacionadas do SNC. A medida do perímetro cefálico tem uma intensa velocidade de crescimento nos dois primeiros anos de vida. Ele cresce cerca de 20 cm do nascimento aos 18 anos. O PC ao nascer é em torno de 34 a 35, e vai aumentando cerca de 12 cm até o final do primeiro ano. 1º trimestre: 2 cm por mês; 2º trimestre: 1 cm por mês; 3º e 4º trimestre: 0,5 cm por mês; 2º ano de vida: 2 cm/ano; 2 a 5 anos: 0,5 cm/ano No período de 5 a 12 anos, o PC cresce 2 cm e atinge cerca de 54 cm que é o PC médio do adulto. : permite uma melhor avaliação em relação a peso vs. comprimento (menores de 2 anos) ou peso vs. altura (maiores de 2 anos). Diagnóstica “emagrecimento”, que caracteriza a fase aguda da carência nutricional. As crianças menores de 2 anos devem ser mensuradas deitadas em superfície lisa, no caso para saber o comprimento; Crianças maiores de 2 anos devem ser mensuradas em pé, para saber a altura. OBS. O MS propõe um calendário mínimo de consultas para a assistência a criança, da seguinte forma: >> 1º ano de vida: 7 consultas (até 15 dias, 1, 2, 4,6, 9, e 12 meses); >> 2º ano de vida: aos 18 e 24 meses; >> Após dois anos: consultas anuais. – ESTATURA PARA A IDADE: Tutoria, Etapa 3, Problema 3. Kawanny Arruda. FITS. IMC POR IDADE Relações entre: ALTURA X ENVERGADURA; SEGMENTO SUPERIOR X SEGMENTO INFERIOR. A é a medida da distância entre as extremidades dos dedos médios, estando o indivíduo com os braços posicionados em 90 graus em relação ao tronco, abertos em completa abdução com os cotovelos estendidos e os antebraços supinados. Diferença Envergadura – Estatura: -3 cm até sete anos; zero dos oito aos 12 anos; +1 e +4 aos 14 anos, no sexo feminino e masculino, respectivamente. vai da sínfise púbica até o solo (planta do pé); é dado pela altura menos o comprimento do segmento inferior. Relação SS/SI: Ao nascer = 1,7 Aos três anos = 1,3 Após sete anos = 1,0 Dos 6 meses de idade até a puberdade as extremidades crescem mais rápido que o tronco, por isso as relações entre os segmentos e entre a envergadura e estatura sofrem modificações. Só se estabilizam após a puberdade. Fonte: https://www.roteirosdepediatria.com/blank-9 VOLUME TESTICULAR: O primeiro sinal de puberdade masculina é o aumento do volume testicular (9-14 anos - volume de 4 ml), seguido do aparecimento de pelos pubianos e aumento de pênis. Durante a adolescência, os dados antropométricos se tornam ainda mais importantes e valiosos para o acompanhamento do crescimento e CASO CLÍNICO: Altura: 1,32 Peso: 50 → IMC= 28,7 (sobrepeso). > Escore–z + 1 e < Escore-z + 2 Entre p85 e p97 CASO CLÍNICO: SS/SI = 1. https://www.roteirosdepediatria.com/blank-9 Tutoria, Etapa 3, Problema 3. Kawanny Arruda. FITS. desenvolvimento, APESAR DE MAIS DIFÍCEIS DE SE OBTER, DEVIDO À CARACTERÍSTICA ÚNICA DO ESTIRÃO PUBERAL E DA VELOCIDADE RÁPIDA DE MUDANÇAS CORPORAIS QUE OCORREM NESTE PERÍODO. Cerca de 20 a 25% da altura do indivíduo adulto cresce neste período e 40 a 50% do seu peso final. Estes parâmetros são alcançados em média, durante o intervalo de 3 a 5 anos no estirão da puberdade. O estirão de crescimento, período em que se ganha 20% da estatura final, tem idade de início e velocidade das mudanças variadas entre os indivíduos. Nas meninas, ocorre no início da puberdade e, nos meninos, na fase intermediária. Observar para os estágios de Tanner que o início da puberdade ocorre nas meninas entre 8 a 13 anos, com o aparecimento do broto mamário, e nos meninos, entre 9 a 14 anos, com o aumento do volume dos testículos. Os meninos crescem em média de 9,5 cm/ano no estirão puberal e as meninas em média 8,0 cm/ano. ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO DA GENITÁLIA: G1: Genitália pré-puberal ou infantil; G2 (9-13 anos): Aparece um afinamento e hipervascularização da bolsa escrotal, e aumento do volume testicular sem aumento do tamanho do pênis (G2). G3 (10-15 anos): Aumento da bolsa escrotal e do volume testicular, com aumento do comprimento do pênis (G3). G4 (11-16 anos): Maior aumento e hiperpigmentação da bolsa escrotal, maior volume testicular com aumento do pênis em comprimento e diâmetro, e desenvolvimento da glande. (G4) G5 (12-17 anos): Genitália adulta em tamanho e forma e volume testicular. (G5) ESTÁGIO DE DESENVOLVIMENTO DOS PELOS PUBIANOS: P1: pelugem pré-puberal ou infantil, nenhum pelo pubiano (P1); P2 (11-15 anos): Ocorre o início do crescimento de alguns pelos finos, longos, escuros e lisos na linha medial ou na base do pênis. (P2) P3 (11-16 anos): Aparecimento de maior quantidade de pelos, mais escuros e mais espessos, e discretamente encaracolados, com distribuição em toda a região pubiana. (P3) P4 (12-16 anos): Pelos escuros, espessos, encaracolados, do tipo adulto, mas ainda em menor quantidade na sua distribuição na região pubiana. (P4) P5 (13-17 anos): Pelos do tipo adulto, em maior quantidade, cobrindo toda a região pubiana, e estendendose até a superfície interna das coxas. (P5) Fonte: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_ atendimento_adolescnte_menino.pdf ESTÁGIOSDE DESENVOLVIMENTO DAS MAMAS: M1: Fase pré adolescência (elevação das papilas); M2 (8-13 anos): Mamas em fase de botão (elevação da mama e aréola como pequeno montículo); M3 (10-14 anos): Maior aumento da mama, sem separação dos contornos; M4 (11-15 anos): Projeção da aréola e das papilas para formar montículo secundário por cima da mama; M5 (13-18 anos): Fase adulta, com saliência somente das papilas. ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO DOS PELOS PUBIANOS: P1: Fase pré-adolescência (não há pelugem); P2 (9-14 anos): Presença de pelos longos, macios, ligeiramente pigmentados, ao longo dos grandes lábios; CASO CLÍNICO: Estadiamento de Tanner: G2/P1. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_atendimento_adolescnte_menino.pdf http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_atendimento_adolescnte_menino.pdf Tutoria, Etapa 3, Problema 3. Kawanny Arruda. FITS. P3 (10-14 anos): pelos mais escuros, ásperos, sobre o púbis. P4 (11-15 anos): Pelugem do tipo adulto, mas a área coberta é consideravelmente menor que no adulto. P5 (12-16 anos): Pelugem tipo adulto, cobrindo todo o púbis e a virilha. Desde a vida intrauterina, a criança deve ter seu crescimento monitorado, que nessa fase é feito pela ultrassonografia obstétrica. Após o nascimento, altura e peso devem ser aferidos até os 18 anos, colocando os resultados nas curvas de crescimento para avaliar se o padrão de crescimento da criança está compatível com outras de mesmo sexo e idade, e verificar se o crescimento está de acordo com o padrão de estatura da família. Cerca de 80% da estatura é determinada pelo tamanho dos pais. Não existe apenas um gene do crescimento, mas sim cerca de 423 genes que vão interagir entre si e contribuir para uma maior ou menor estatura final → esses genes se relacionam com a produção e ação de hormônios. Visa avaliar se o canal ou percentil de crescimento no qual a criança está crescendo é ou não esperado para aquela criança, se baseando na altura dos pais. O cálculo é feito em cm e faz uso da fórmula: Meninas = Altura da Mãe (cm) + (Altura do Pai (cm) – 13) / 2 Meninos = Altura da Mãe (cm) + (Altura do Pai (cm) + 13) / 2 O resultado desse cálculo indica o canal de crescimento da família. Considera-se normal uma variação de ± 5 cm. Por exemplo: se uma menina tem uma mãe com altura de 160 cm e um pai com altura de 173 cm, a altura-alvo estimada para ela será de 160 cm, com uma variação entre 155-165 cm. O alvo genético, que não é uma previsão de estatura final, serve para avaliarmos, através da altura dos pais, se a criança se encontra ou não muito fora deste canal. Em função de a carga genética originar- se de várias gerações, é que observamos filhos altos de pais baixos e filhos baixos de pais altos. Velocidade do crescimento A velocidade de crescimento é a quantidade, em centímetros, que uma criança deve crescer em determinado período e expresso em centímetros por ano. O cálculo da velocidade de crescimento é efetuado com duas medidas. Não é preciso esperar todo o ano passar, para calcular a velocidade de crescimento. Por exemplo, uma criança que cresceu 2,5 centímetros, em quatro meses, equivale dizer que ela vai crescer 7,5 centímetros ao ano, caso ela se mantenha no mesmo ritmo. A partir da análise da provável velocidade do crescimento, podemos dizer se o crescimento está adequado ou não. COMO SABER POR QUANTO TEMPO A CRIANÇA VAI CRESCER? Através do exame de idade óssea realizando um Raio X de mãos e de punhos. Esse resultado é comparado com resultados que mostram os diversos padrões de amadurecimento dos ossos, ilustrando os detalhes de cada fase, desde o princípio quando os ossos vão surgindo, crescendo, se entrelaçando, até se unirem totalmente, quando o adolescente chega aos 18 anos de CASO CLÍNICO: Menino: 150 + (160 +13) / 2= 1,61. Considerando a variação de 5cm, poderia ter como altura mínima 1,56 ou como máxima 166,5. Mas ele tem: 1,32. Tutoria, Etapa 3, Problema 3. Kawanny Arruda. FITS. idade indicando que não há mais espaço para crescimento. Além de fatores genéticos, diversas situações caracterizadas por falta ou excesso de hormônios alteram a Idade Óssea. PODEM ACELERAR O CRESCIMENTO: obesidade, puberdade precoce, hiperplasia adrenal congênita, hipertireoidismo; PODEM RETARDAR O CRESCIMENTO: deficiência de hormônio de crescimento, hipotireoidismo, atraso da puberdade, excesso de glicocorticoide. Fonte: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_up load/2016/09/CrescimentoVe8.pdf OBJETIVO 4) CONHECER OS EXAMES SUGERIDOS PARA AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO INFANTIL (RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DE SELA TÚRCICA, IDADE ÓSSEA, HEMOGRAMAS/ LABORATORIAIS, IGF, EXAMES REALIZADOS NO PRÉ NATAL- ULTRASSONOGRAFIAS). Nenhum exame laboratorial ou radiológico se justifica (a não que haja indicação clínica específica), contraindicando-se o abuso de "baterias de exames e testes". De um modo geral, quando indicado, pode ser solicitada uma AVALIAÇÃO LABORATORIAL incluindo exames hematológicos e bioquímicos de rotina, T4 livre e TSH, rotina de urina e parasitológico de fezes em amostras seriadas. OUTROS EXAMES QUE PODEM SER SOLICITADOS, HAVENDO INDICAÇÃO CLÍNICA ESPECÍFICA, são: cariótipo, biópsia de intestino delgado, teste do suor, TC de crânio, mielograma, triagem para doenças metabólicas, etc. No que se refere à RADIOLOGIA, a avaliação da idade óssea permite comparação com a idade cronológica. O comprometimento da idade óssea se dá de diferentes formas e intensidade na dependência da etiologia do distúrbio de crescimento em questão. Exames laboratoriais : com o objetivo de afastar a presença de anemias e processos infecciosos crônicos. : A produção de forma inadequada pode reverberar na estatura. Outros sintomas da falha da tireoide: Piora do desempenho escolar (pela lentificação do pensamento, dificuldade de manter atenção e maior sonolência), bócio (aumento do volume da glândula, que fica na parte da frente do pescoço), constipação e ganho de peso → Nesses casos, o tratamento com reposição do hormônio tireoidiano já pode normalizar a velocidade de crescimento. Outros exames além dos laboratoriais O deve ser solicitado em meninas com baixa estatura sem uma causa específica. Nem sempre os estigmas característicos da síndrome de Turner estão presentes. Uma em cada 60 meninas abaixo do percentil 3 tem a síndrome. A ocorrência de mosaicismo e uma grande variabilidade fenotípica justificam esta conduta. Exames de imagem sendo recomendado para pacientes que sofreram traumatismo e acidentes, ou como exame de rotina, para avaliação de sintomas como dor de cabeça ou outros. Identifica: Alterações congênitas, doenças da hipófise e malformações também podem ser avaliadas pela Ressonância Magnética do Crânio (Encéfalo). https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2016/09/CrescimentoVe8.pdf https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/2016/09/CrescimentoVe8.pdf Tutoria, Etapa 3, Problema 3. Kawanny Arruda. FITS. é o melhor exame para AVALIAR A GLÂNDULA HIPÓFISE. Também pode ser chamada de Ressonância da Região Selar ou Ressonância da Hipófise. Nesse caso, ela pode ser feita em pacientes com baixa estatura e suspeita de Deficiência do hormônio do crescimento (DGH). O OBJETIVO é identificar a presença ou ausência de lesões destrutivas e alterações estruturais anatômicas que são indicadores de deficiência permanente de GH1-5 (é o gene que codifica o sistema hormônio de crescimento (GH) / fator de crescimento insulina- símile tipo 1 (IGF-1). : seria avaliar a maturação óssea, o que é essencial para analisar o potencial de crescimento através do estudo da progressão da ossificação das epífises, visto que elas ocorrem em uma sequência previsível em crianças normais. A maturação óssea éavaliada nos punhos e mãos esquerdos, comparando-a com padrões tanto para gênero como para idade que estão publicados no atlas de Greulicha and Pyle (é o mais fácil), ou analisada pelo sistema de escore de Tanner and Whitehouse (é mais sensível que o atlas). Considera-se que o desenvolvimento ósseo da região da mão e do punho processa-se paralelamente ao das demais regiões do corpo humano, sendo conveniente a sua escolha. Para avaliação da radiografia da mão e do punho, o radiologista e endocrinologista ANALISAM O NÚMERO DE OSSOS PRESENTES, O FORMATO DESSES OSSOS E O ESPAÇO ENTRE OS MESMOS. A idade óssea é dita como atrasada quando tem uma diferença entre 1,5 a 2 anos em relação a idade cronológica. Em uma criança saudável, isso indica que ela apresentará o início da puberdade mais tardio, portanto, também o estirão puberal (a fase de maior crescimento) e terminará o seu crescimento numa idade mais avançada. IDADE ÓSSEA SIGNIFICATIVAMENTE ATRASADA: consistente com o retardo constitucional do crescimento e da puberdade, que é considerada uma variante do crescimento normal. Mas ela também pode ser observada em falha patológica do crescimento, o que inclui deficiência nutricional, doença sistêmica subjacente (doença inflamatória intestinal) e deficiência de hormônio do crescimento. Uma IDADE ÓSSEA NORMAL é consistente com várias possibilidades de diagnóstico: em uma criança com pais baixos, uma idade óssea normal suporta o diagnóstico de baixa estatura familiar. No entanto, uma idade óssea normal também é observada em meninas mais jovens com síndrome de Turner. Uma IDADE ÓSSEA AVANÇADA é ocasionalmente observada em crianças mais velhas e adolescentes com baixa estatura, especialmente naquelas com puberdade precoce e hipertireoidismo. Tanner & Whitehouse desenvolveram um sistema de determinação da idade óssea (TW1) no qual cada osso, dos vinte selecionados da mão e do punho, era classificado separadamente em um dos oito ou nove estágios, aos quais eram atribuídos escores que, somados, definiam a idade óssea correspondente. Este sistema foi revisado, sucedendo o método TW2, em que foram realizadas alterações no sistema de escores e ainda, estabelecidos escores diferentes para cada sexo. Este novo sistema também provê maturações ósseas separadas para o rádio, ulna e ossos curtos – metacarpos e falanges – (método RUS) e para os ossos carpais (método CARPAIS). Tutoria, Etapa 3, Problema 3. Kawanny Arruda. FITS. Objetivo 5) Compreender os impactos fisiológicos e psicossociais da baixa estatura. Existe uma cultura enraizada de superioridade física na sociedade, a discriminação com pessoas de baixa estatura é algo que existe há muito tempo. Na época Renascentista quem fosse anão era considerado animal prisioneiro. Para alguns pais a baixa estatura é uma desvantagem → as pesquisas apontam que crianças menores do que as outras da mesma faixa etária tem o dobro de chance de ser algo de → ou seja, uma criança maior pode caçoar de outra mais baixa que ela porque entende que ser menor é uma característica degradante → esse é um dos motivos para pessoas mais baixas não se aceitarem ou desenvolvem problemas de baixa autoestima. Existem casos de indivíduos com produção normal de hormônio de crescimento que se submetem a suplementação do GH → o seu uso excessivo pode causar efeitos colaterais como diabete e câncer no fígado. A baixa estatura provoca → há uma grande dificuldade para esses indivíduos conseguirem estabelecer relacionamentos íntimos, como namoros e casamento com pessoas de estatura maior. O sujeito vê a sua característica como um problema e se sente envergonhado devido a sua condição. Em alguns casos, o sujeito estigmatizado tenta corrigir o que considera a base objetiva de seu defeito, submetendo-se a tratamentos de reposição hormonal com GH ou a cirurgias. Alguns indivíduos que passaram por esse processo cirúrgico relatam que tinham como objetivo se aproximarem de um padrão de beleza que está voltado para pessoas mais altas. : A taxa de crescimento de uma criança reflete não só o estado de saúde e nutrição, mas também a seu estado psicológico → crianças que nascem em um lar com dificuldades financeiras, com espaço reduzido pode desenvolver a condição de estresse → que afeta o descanso durante o sono e, consequentemente, influencia na secreção de GH. A produção do GH ocorre principalmente ao longo da noite, o seu pico se dá por volta das 22h. Boas horas de sono implicam em maior liberação do hormônio no organismo. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_artt ext&pid=S1806-58212004000200006 : o déficit de estatura nas crianças representa um problema nutricional multicausal no qual os fatores alimentarem interagem com os problemas de saúde quando se trata de um contexto de condições socioeconômicas desfavoráveis. Países desenvolvidos: a variabilidade na estatura reflete principalmente a INFLUÊNCIA DE FATORES HEREDITÁRIOS; Países em desenvolvimento: a variabilidade na estatura resulta da INTERAÇÃO ENTRE CARGA GENÉTICA E FATORES DO MEIO AMBIENTE. Essa interação que permitirá maior ou menor expressão do potencial genético. Há uma diferença na administração do GH como terapia para indivíduos com nanismo hipofisário e outro que só tem uma insuficiência do hormônio, ou seja, que é uma criança saudável e sem deficiência na secreção, a diferença é apenas a quantidade secretada em relação a uma criança mais alta. O principal motivo dos pais para expor o filho a esse tratamento seria, portanto, a pretensão de que este pudesse crescer mais e assim alcançar um padrão de altura mais desejável. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-58212004000200006 http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1806-58212004000200006 Tutoria, Etapa 3, Problema 3. Kawanny Arruda. FITS. : O PERÍODO DE MAIOR RISCO PARA A SOBREVIVÊNCIA DA CRIANÇA É NO MOMENTO POSTERIOR AO DESMAME, no qual ocorre a introdução da alimentação complementar. Essa alimentação pode ter carência de minerais e vitaminas na criança, favorecendo a ocorrência do quadro de desnutrição, comprometendo seu crescimento. Esse fator é acentuado com o DÉFICIT DE INFORMAÇÕES DAS MÃES, as quais introduzem a alimentação complementar dos seus filhos sem orientação acerca dos valores nutritivos de cada alimento, devendo priorizar a qualidade do alimento em detrimento da quantidade. O retardo do crescimento em países em desenvolvimento: geralmente se inicia com o desmame e ocorre entre os 3 e 6 meses de idade, acompanhado pela ingestão de alimentos de baixo valor nutritivo e muitas vezes com alto índice de contaminação, levando a um maior número de processos infecciosos e de internações hospitalares. Objetivo 6) Conhecer os tratamentos ofertados para o crescimento infantil irregular. Tem como objetivo: Atingir boa altura na vida adulta; Permitir uma rápida normalização (catch-up) do crescimento; Atingir pico de massa óssea satisfatório; Permitir à criança qualidade de vida satisfatória; Permitir que a criança entre na puberdade (induzida ou espontaneamente) com uma altura normal, ou atingir uma altura que permita uma puberdade normal. Recomendações para o tratamento: >> Ele deve ser feito de forma individual de acordo com o que a criança necessita. Dose inicial recomendada de hGH: 0,67 mg/m2 de superfície corpórea (equivalente a 2 U/ m2) 2 (D) ou 33 µg/kg de peso (equivalente a 0,1 U/kg)3 (D). A administração da dose deve ser diariamente via subcutânea a noite. DOSE DE HGH PODE SER AUMENTADA CASO não haja compensação (catch-up) do crescimento nos primeiros dois anos de tratamento ou em pacientes com baixa estatura mais grave e idade mais avançada. Efeitos adversos: >> Em curto prazo são raros os efeitoscolaterais → caso ocorra queixa de cefaleia e náusea pode ser indicativo de hipertensão intracraniana → então suspense a medicação e só volta .. a tomar novamente depois que cessarem os sintomas. Existem estudos que comprovam que o uso do hGH na infância não aumenta o risco de recorrência de neoplasias. Mas ainda assim é recomendando controlar os níveis de IGF-1 para evitar a utilização de doses elevadas de hGH que poderiam aumentar os riscos de neoplasias durante terapias prolongadas. >> A terapia com hGH acarreta, de forma dose-dependente, resistência à insulina e pode desencadear diabetes mellitus tipo 2 em pacientes predispostos → Como as consequências sobre a resistência insulínica em longo prazo são desconhecidas, deve-se estar atento a eventuais consequências. Fonte: https://www.saudedireta.com.br/docsuplo ad/133133140802-Baixaesta.pdf O tratamento de reposição (substituição) com GH ESTÁ INDICADO EM TODO INDIVÍDUO, INDEPENDENTE DA FAIXA ETÁRIA, QUE APRESENTE DEFICIÊNCIA DA PRODUÇÃO DE GH PELA HIPÓFISE. A deficiência de GH pode ter início na infância (nanismo hipofisário) ou na vida adulta, consequente, por exemplo, a um tumor da hipófise. Na infância, o GH também pode ser benéfico na baixa estatura em meninas com Síndrome de Turner, https://www.saudedireta.com.br/docsupload/133133140802-Baixaesta.pdf https://www.saudedireta.com.br/docsupload/133133140802-Baixaesta.pdf Tutoria, Etapa 3, Problema 3. Kawanny Arruda. FITS. em crianças nascidas pequenas para a idade gestacional, nos portadores da Síndrome de Prader- Willi, em crianças com insuficiência renal crônica, entre outros. >> Até que idade pode ser feito o uso de GH? Em geral, nas crianças com baixa estatura causada pelas diferentes etiologias em que o uso de GH está aprovado, o tratamento pode ser feito até que se atinja a estatura final planejada. Em geral, isso não se baseia na idade cronológica, mas sim na idade óssea e na velocidade de crescimento que a criança está apresentando. >> Como é feito o tratamento com GH? O tratamento com GH é feito através de injeções diárias, aplicadas ao deitar, por via subcutânea (isto é, na gordura) nas coxas, braços, nádegas ou abdome. Não existem preparações em formas de comprimidos, sprays, supositórios ou adesivos. >> Existem casos em que este tratamento não pode ser utilizado? O GH não deve ser utilizado em portadores de neoplasias (tumores) malignos em atividade, pacientes com crescimento não controlado de tumores intracranianos benignos, em portadores de diabetes descompensado e naqueles com retinopatia diabética, pacientes aguda e criticamente enfermos por complicações após cirurgia cardíaca, cirurgia abdominal, trauma acidental múltiplo ou insuficiência respiratória aguda. Fonte: https://www.endocrino.org.br/tirando-duvidas- sobre-uso-de-gh/ Esse fármaco corresponde ao hormônio do crescimento humano biossintético, ele é idêntico ao GH produzido pelo organismo humano. A somatropina estimula o crescimento em crianças e age no metabolismo de crianças e adultos. Cada ampola de Genotropin é cerca de R$: 828,23. O fármaco SOMATROPINA está padronizado para fornecimento no SUS através do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (CEAF). Condições para ele ser fornecido: >> Pacientes com Deficiência do Hormônio de Crescimento – Adulto ou criança (hipopituitarismo). >> Síndrome de Turner: uma das principais causas de baixa estatura em meninas, com incidência de 1 para cada 2.000 nativivos. São meninas com discreta baixa estatura ao nascimento que apresentam estigmas característicos (pescoço alado, baixa implantação de orelhas e cabelo, cubitus valgo, hipertelorismo mamário, 4º metacarpo curto, palato ogival) e, na sua grande maioria, apresentam insuficiência ovariana. file:///C:/Users/kawanny/Downloads/NT%20004%20- %20Somatropina%20para%20Baixa%20estatura%20idiop_tica.pdf Os ossos que podem ser alongados: os dois fêmures. O alongamento é pré determinado de 5 cm. Depois da recuperação total, pode ser feito alongamento dos ossos da tíbia, para mais 5 cm. COMO É FEITO O PROCEDIMENTO? é feito um corte no osso e é instalado um fixador externo por dentro do osso → sete dias depois da cirurgia é iniciado o processo do alongamento ósseo em si, ele cresce 1 mm ao dia. A fase de alongamento dura em torno de 57 dias, que é quando se pode retirar o fixador externo. Depois desse período, é a fase da formação do regenerado ósseo e da sua consolidação, o que dura cerca de 200 a 250 dias considerando um alongamento ósseo de 5 cm. Após a cirurgia, deve ser rotina ir ao fisioterapeuta. Inicialmente terá um treino diário de marcha com muletas e manutenção do arco de movimentos do paciente. Visitas médicas devem ser semanais. COMPLICAÇÕES MAIS FREQUENTES: Não consolidação óssea, discrepância de comprimento entre as pernas, lesão neurológica, contratura e encurtamento miotendinoso, rigidez articular. https://www.endocrino.org.br/tirando-duvidas-sobre-uso-de-gh/ https://www.endocrino.org.br/tirando-duvidas-sobre-uso-de-gh/
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