Prévia do material em texto
Atividade Prática Supervisionada Processo do Trabalho 1) Agiu corretamente o Magistrado na distribuição do ônus da prova no acaso acima apresentado? Fundamente sua opção de forma completa, inclusive abordando brevemente a questão da inversão do ônus da prova no processo do trabalho. Resposta: O magistrado agiu de forma incorreta, havendo cerceamento de defesa, pois as partes tem o direito de se manifestarem e de produzirem as provas que se fizerem necessária para comprovação dos fatos arguidos, com fulcro no art. 343 do CPC. Já quanto ao ônus da prova, quando trata-se de caso trabalhista, em regra é de obrigatoriedade do empregado/reclamante, salvo quando o empregador possuir acima de 10 empregados, a Súmula do Tribunal Superior do trabalho nº 338 que trás em seu texto, a exceção, de inversão do ônus da prova, ficando responsável pela comprovação o empregador/reclamado, no caso em tela, ficará, por tanto, responsável pela comprovação da jornada de trabalho do empregado/reclamante. 2) Qual a finalidade do protesto apresentado pelo advogado do autor ? Resposta: A finalidade do protesto apresentado pelo advogado do autor, tendo em vista o caso em tela, será para proteger-se de na ocasião do direito posterior para interposição de recurso ordinário. 3) O juiz poderia dispensar o interrogatório das partes ? Resposta: Sim, pois é direito do juiz, tornando-se facultativo o interrogatório, em caso de já ter suficientemente todos os documentos que comprovem os fatos arguidos pelas partes, poderá então dispensar o interrogatório, conforme prevê o art. 370 do CPC e enquadrado nos art. 348 da CLT. 4) Explique à luz da doutrina, legislação e jurisprudência os fundamentos que deveriam ser utilizados pelo advogado de Genivaldo ao formular a contradita da testemunha. Resposta: No caso em tela, trata-se de testemunha parcial, prejudicando assim o andamento do processo ao meu ver, a testemunha sócia da empresa que está sendo processada tem interesse por beneficiar sua empresa, isto, resta claro sua impedição, conforme previsto no art. 447, § 2º, inciso II do CPC, por tornar a testemunha de certa forma parte da causa, e do art. 447, §3º, inciso II do CPC, por tornar a testemunha além de parte, interessada no lítigio. 5) Explique o que são razões finais remissivas? Se hipoteticamente os advogados optassem por razões finais orais, quais as cautelas que deveriam ser observadas? Resposta: Razões finais remissivas, são nada mais, nada menos do que rever e/ou remeter-se aos pedidos e termos da inicial e da defesa, sem realizar uma nova manifestação nos autos, reiterando tudo que foi dito durante o processo. Caso hipoteticamente os advogados optassem por razões finais orais, teriam para cada parte para sustentação oral 10 minutos em audiências separadas, caso as duas partes tenham interesse, conforme previsto no art. 850 da CLT. 6) Agiu corretamente o juiz ao arbitrar os honorários sucumbências no percentual de 20% a ser calculado considerando o valor da causa? Resposta: Não, porque o juiz poderia arbitrar os honorários de 5% a no máx. 15% da liquidação da sentença, conforme previsto no art. 791-A da CLT. 7) Qual a medida processual utilizada pelo autor para o exame dos pontos omissos da sentença? Qual o prazo? Se tivesse sido acolhida a medida quais os seus efeitos? Resposta: A medida processual a ser tomada é apresentação de Embargos de Declaração. O prazo de 5 dias úteis. Seus efeitos seriam de interromper o prazo para interposição de recurso por qualquer das partes, até que seja examinado e corrigidos os pontos omissos e ou de vícios. 8) Qual a medida processual apresentada pelo autor após o indeferimento da medida processual em relação à omissão? Qual o prazo e o marco inicial desse prazo? Quais os seus pressupostos genéricos? Respostas: Será interposição de Recurso Ordinário. Prazo de 8 dias úteis a contar da publicação da sentença. Pressupostos genéricos são estar enquadrado nos termos do dispositivo legal, tempestividade e preparo. 9) Qual a medida judicial cabível da denegação da medida judicial referida no item 8? Quais as obrigações da parte que avia essa medida em face da decisão denegatória? Qual o juízo de interposição? Qual o juízo de conhecimento? Qual o objetivo dessa medida? Resposta: Agravo de Instrumento, conforme previsto no art. 897, alínea b da CLT, que deverá ser interposto dentro do prazo de 8 dias úteis. A parte deve recolher as custas e depósito recursal de 50% do recurso que pretende destrancar, mas, por tratar-se de empregado, deverá ser recolhido somente as custas judiciais, neste caso. O juízo de interposição, é o órgão da Justiça do Trabalho, que denegou o seguimento do recurso ao juízo “a quo”. O juízo de conhecimento, será o órgão que teve o seguimento denegado, o TRT. O objetivo é o destrancamento do recurso. 10) Considerando-se que o Tribunal deu provimento a medida judicial que combateu a decisão denegatória da medida principal, bem como provimento parcial a própria medida principal, reconhecendo o direito às horas extras e o direito de Genivaldo receber valores relacionados ao empréstimo sem apresentar tese explícita, o que resta do ponto de vista processual para que Genivaldo possa defender seus interesses com relação a justa causa e a litigância de má fé? Apresente a(s) medida(s), prazo(s), finalidade(s) e pressuposto(s) especifico(s) ao caso concreto. Resposta: Cabe Recurso de Revista, conforme previsto no art. 896 - Cabe Recurso de Revista para Turma do TST das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos TRT’s, na hipótese de não conhecimento do recurso, sob a alegação que falta algum pressuposto a medida judicial cabível é o Agravo de Instrumento, conforme previsto no art. 897, alínea “b” da CLT. 11) Como o Tribunal reformou a sentença com relação ao empréstimo, qual ou quais a medidas que a empresa pode adotar? Qual ou quais os seus prazos, pressupostos , efeitos, juízo de admissibilidade, julgamento e fundamento jurídico? II- Intimada para se manifestar acerca dos cálculos ofertados pelo autor da ação, hipotética empresa demandada formulou impugnação especifica inclusive apresentando cálculos que julga corretos no percentual de 50% dos cálculos apresentados pelo autor. Ato contínuo os cálculos do autor foram homologados e expedido mandado de citação, penhora e avaliação, assim foi citada a empresa executada. Não pagando nem oferecendo bens à penhora, retornou o Senhor Oficial de Justiça ao local e penhorou, então, incontinente o automóvel do sócio da empresa, estacionado na rua, em frente ao estabelecimento. Resposta: A medida adotada pelo empregador, com fulcro no art. 895, II, e 899, da CLT, deve ser o recurso ordinário com efeito devolutivo em profundidade, prazo de 8 dias uteis, juízo de admissibilidade deve ser “a quo”.