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Abcesso · Processo infeccioso, totalmente circunscrito por tecido fibroso, com pus em cavidade neoformada. · Empiema é a coleção purulenta em cavidade natural. · Etiologia: bactéria do ambiente tem acesso ao organismo através de solução de continuidade ou via hematógena · · Patogenia · · Penetração do microorganismo – vasodilatação local – diapedese de células inflamatórias – neutrófilos, macrófagos (fagocitose) – enzimas líticas produzidas por bactérias (colagenase, hialuronidase) – quebra de colágeno do tecido conjuntivo – formação de pus em 3 a 5 dias. · Líquido caseoso e fétido que é encapsulado por tecido fibroso. · · Classificação: · - origem: Local – ferida onde a bactéria penetrou. Metastática: ferida fora do foco de penetração. · Onfaloflebite que determina poliartrite, abscessos renais, hepáticos. · Multiabscessos: sinais sistêmicos como anorexia, hipertermia e apatia. · - tamanho: varia de acordo com a virulência, quantidade de bactéria inoculada, imunidade do animal. · - evolução: · Imaturo: - 5 dias, ↑ de temp., vol. e sensibilidade local, firme no centro (migração de células vivas). · Maduro: consistência flutuante no centro, sem sintomatologia que não o aumento de volume. · Diagnóstico: anamnese – brigas, umbigo não tratado, traumas. Sintomatologia, punção - agulha antes do bisturi - (maduro). · Diferencial: seroma (coleção de água eletrólito e hemácia em um espaço morto). Hematoma (sangue em cavidade neoformada. · Neoplasia (evolução longa, sem flutuação, sinais diversos). · · Tratamento: Punção com lavagem da cavidade neoformada, cicatrização em 7 dias. · · Não drenar abscesso imaturo que resulta em flegmão. · Acelerar o processo de maturação com compressas quentes, e pomadas revulsivantes (2 a 3 dias). . Quando lidar com uma situação de abcesso como o aumento de volume circunscrito sempre tenha um cuidado de ver o que drena pelo canhão da agulha antes de abrir aquele aumento de volume. Palpou o aumento de volume não está circunscrito não tem uma cápsula fibrosa evite bater agulha, porque provavelmente vc está lidando com uma situação de flegmão. O animal tem acometimentos sistêmicos, tem histórico que já pode leva-lo a decúbito mais rápido, terapia do abcesso duas maneiras se ele não está maduro pode ajudar a amadurecer ou reabsorver, utiliza revulsivantes, pomadas maduras, compressas quentes. Precisa haver cicatrização de dentro para fora, antibiótico não funciona no tratamento. Flegmão · Processo infeccioso não circunscrito por tecido fibroso. · · A queda de imunidade e doenças anteriores predispõem ao quadro cuja etiologia é a mesma do abscesso. · · Constante processo inflamatório não há maduro nem imaturo. · · Sinais: aumento de volume difuso, com áreas firmes e flutuantes. Sempre há sinais sistêmicos – febre, apatia, anorexia. · · Diagnóstico: anamnese e sintomatologia. Não puncionar – bacteremia e septicemia. · · Tratamento: · antibiótico sistêmico 7 a 10 dias · Ampicilina + gentamicina, cefalosporina, amoxicilina, sulfametoxazol + trimetropim, pode se tornar abscesso. · · Antitérmico somente em febre muito alta - animal faz hiporexia. Fístulas · Trajeto acidental que une a superfície da pele com a de uma mucosa ou que ocorre entre duas superfícies mucosas. · · O trato fistuloso é revestido por tecido cicatricial, de granulação ou epitelial. Exemplos: fístula de teto fistula oronasal, fístula reto vaginal. · Etiopatologia · Caracterizada pela presença de um conduto com orifício em cada extremidade, geralmente de bordas endurecidas. · Patológicas · A fistula dental ou infra-orbitária, ocorre por comprometimento do 4° pré-molar maxilar cuja raiz profunda compromete o seio maxilar determinando sinusite. Esta drena através de fistula infra-orbitária. Fístula de teto é comum. · · Pesquisa (fistula de esôfago, de rume, de duodeno, etc.) - nutrição animal - colher a ingesta, estudos de digestibilidade em laboratório. Sinus · Ou trato purulento é um conduto tubular que drena secreção e não cicatriza pela presença de tecido necrosado ou corpo estranho. O trajeto é revestido por tecido de granulação. Exemplos: sinus perianal, sinus por seqüestro ósseo. · Etiopato · Orifício, trajeto e fundo. · · Orifício com bordas arredondadas e endurecidas, · Trajeto com tecido de granulação · Fundo onde se situa o corpo estranho ou glândula comprometida. · · sinus por corpo estranho (fio de sutura, sujidade, esquírola óssea), sinus perianal (origem nas glândulas perianais). · Áreas de cicatrização que ocorrem durante determinado período de terapia, recidivando depois em área adjacente. A diferença é feita na teoria, fistula tem 2 aberturas e um trajeto, sinus tem um gl acometida ou corpo estranho, retirada pode ser de 3 formas acessa por orifícios até chegar no sinus tira a puretagem, retira por cirurgia e fecha, retira por cirurgia e fecha por ferida de segunda itenção. Fistula ela exige reconstrução de camada por camada Diagnóstico · Inspeção - identificar o trajeto e a causa ou patologia determinante. · Anamnese: tempo de evolução, tratamentos efetuados. · · · Sinus é um processo crônico, porém a presença de descarga serosa ou serosangüínolenta indica um processo ativo. · · Deve-se associar exame radiográfico simples e contrastado (Sulfato de Bário, Hipaque ou Lipiodol) para identificar a extensão do trato. · Refluxo do contraste - catéter ou sonda de Foley cujo manguito seja insuflado. · · Colheita material para exame microbiológico ou parasitário e teste de sensibilidade antimicrobiana. · Tratamento Sinus · Cirúrgico, onde o(s) fator(es) irritante(s) como corpo estranho e sujidades são removidos. · · restabelecer via natural de eliminação da secreção ou determinar via de acesso artificial. · · Glândula não vital - abolir a função com substâncias irritantes ou proceder excisão cirúrgica. · · Existem três maneiras de tratar sinus: · a) abertura cirúrgica do trato até o local do fator etiológico. · Para a identificação e completa remoção do trato contaminado injeta-se azul de metileno a 1% no sinus, 1 a 2 horas antes da intervenção cirúrgica. Fazer debridamento do tecido alterado, adaptar dreno. Suturas com fio inabsorvível sintético. · · b) excisão de todo o trato mediante incisão em elipse circunscrevendo toda área comprometida, com remoção em bloco. A limitação fica por conta da extensão do processo e tecidos envolvidos; · · c) causa conhecida - remover a causa e curetar o trato · Tratamento de fístulas · · O tratamento requer reconstituição anatômica. O trajeto revestido por epitélio ou endotélio deve ser removido. · · Fístula reto-vaginal, os planos anatômicos originais da vagina e reto devem ser definidos, dissecados e reconstituídos por meio de sutura adequada. · · Fístula infra-orbitária, por comprometimento do 4° pré-molar maxilar, procede-se a exodontia, curetagem de seu alvéolo e drenagem da coleção que compromete o seio maxilar. O orifício cutâneo será excisado e a pele suturada. · · Fístula de teto: · · - limpeza adequada, anti-sepsia, anestesia local e adaptação de sonda no conduto galactóforo e garrote na base do teto; · · - debridamento cirúrgico com remoção completa da fistula, irrigação abundante com solução salina isotônica e hemostasia; · · - síntese com nylon ou categute cromado. A sutura não deve comprometer a mucosa. Pontos Wolff ou Colchoeiro na submucosa e muscular, a pele em pontos simples isolados. · · Pós-operatório aplicar antibiótico intramamário, manter a sonda pelo menos por 5 dias e envolver o teto com bandagem leve e ligeiramente elástica. Os pontos cutâneos deverão ser removidos dez dias após. Ulceras · s3oluções de continuidade superficiais ou um defeito cutâneo, com completa perda da epiderme e de parte da derme (destruindo o colágeno dérmico) ou mucosas, acompanhadas de inflamação, que não cicatrizam e tendem a progredir ou persistir. · · Erosão: é um defeito cutâneo resultante de uma perda parcial da epiderme, não acomete a zona laminar basal. – diferencial- cicatriza · · Fatores predisponentes: condições que levem à debilidade dos tecidos, anemia, desnutrição, moléstias infecciosas, - falta de acolchoamento tecidual entre a pele e o osso (úlcera de decúbito); - perda de elasticidade da pele (desidratação); - má nutrição (hipoproteinemia, hipovitaminose); - maceração da pele; fricção cutânea, queimaduras; · - estase circulatória e linfática; - incontinência urinária associada a decúbito prolongado; - falta de cuidados adequados de enfermagem!!!! · · Fatores Determinantes: infecção persistente; trauma contínuo (ato de lamber, pressão de arreios; roçar em superfícies ásperas); lesão de nervos motores (cuidado ao injetar substancias próximas a inervações); ação de agentes químicos; circulação deficiente (úlcera de decúbito). · · combinação de um ou mais dos fatores :compressão sobre determinada área - resulta em isquemia · isquemia tecidual leva a acidose local, · aumento na permeabilidade capilar, · exudação e trombose vascular. · aumento na intensidade ou duração da compressão, ou ambos - interferem com o metabolismo celular, - necrose dos tecidos envolvidos - Quando o tecido necrótico desgarrar restará a úlcera Situação que se diferencia da erosão por conta da profundidade da pele que foi acometida, a erosão por ser mais superficial o corpo tende a cicatrizar, a ulcera o corpo acaba não conseguindo cicatrizar, a ulcera tem toda uma característica de estar ou não contaminada, da coloração que pode existir no seu interior, ainda que alguma parte dela cicatrize-se abri-se outra parte logo ali próximo. Quadro depende bastante dos cuidados de enfermagem. As ulceras podem ser divididas em graduações de acordo com a profundidade, grau 4 e3 são de correões cirúrgicas, grau 1 e2 é possível manutenção clinica. Graduações são importantes para encaminhar o animal, geralmente a cirurgia é no centro cirúrgico e não a campo. Fase de persistência ou progressão fundo de cor avermelhada · · banhada por fina camada amarelada de pus. · · bordas ásperas, como se a destruição tecidual ainda estivesse ocorrendo, · · drenagem profusa · · porções adjacentes estão quentes, · · avermelhadas e edematosas. Fase de regressão ou cicatrização · fundo com tecido de granulação firme, vermelho ou rosado, · · leve exsudato seroso. · · bordas inclinadas, limitadas por fina camada branco-azulada de epitélio jovem em crescimento; · · discreta hipertermia ou tecidos periféricos normais. · 1° grau: área vermelho-escura que permanece mesmo sob compressão. Indica comprometimento isquêmico permanente. Ocorre ulceração superficial expondo a derme; · · 2° grau: há comprometimento da pele em toda espessura alcançando o tecido subcutâneo; · · 3° grau: compromete o tecido adiposo subcutâneo · delimitada pela fáscia profunda; · · 4° grau: compromete fáscia profunda podendo alcançar o osso (osteíte) ou articulações (artrite). · São lesões extensas. · · Diagnóstico - apresentação (características) - dificuldade de cicatrização. · · Anamnese: possíveis causas, tempo de evolução e procedimentos adotados. · Quando é úlcera de pressão, precisa atentar-se as condições de acomodação, alimentação, higiene e manejo do animal. · Especial atenção a animais com insensibilidade cutânea secundária à lesão neurológica (sem evolução para cura). · · Tratamento - animal em decúbito (eutanásia?), remover a causa, imobilizar a região, tratar o ferimento ulcerado com auxílio de anti-sépticos fortes, associado antibióticos ou quimioterápicos parenterais, na dependência do animal apresentar comprometimento sistêmico. Proceder à correção cirúrgica através de excisão e autoplastia após excisão dos tecidos comprometidos dos graus 3 e 4, irrigar abundantemente a ferida com solução salina isotônica, adaptar sutura com fio mononylon, em áreas articulares é necessário imobilizar a região. · Gangrena · resultado da morte do tecido com subseqüente escamação da parte afetada. · · na pele geralmente envolve derme, epiderme e tecido conectivo, · · caracteriza-se pela falta de vitalidade tissular podendo associar-se infecção acarretando putrefação. · a) Causas sépticas: ocorre infecção específica. · Há edemaciação da região e os tecidos apresentam consistência mole e presença de gases; · · b) Causas assépticas: podem ser diretas ou indiretas. · As causas diretas agem imediatamente sobre os tecidos, determinando mortificação dos mesmos pela separação das terminações vasculares. · É o que acontece nos traumatismos. · As causas indiretas agem sobre a corrente circulatória determinando alterações no fluxo sangüíneo. · · Nervosas: que acarretam alteração muscular · · Vasculares: provocado por lesão nos vasos sangüíneos.,Patogenia · A gangrena ocorre por: · a) alteração na integridade anatômica; · b) impedimento na nutrição regular dos tecidos; · c) lesão de nervos tróficos e vasomotores. · Gangrena seca: ocorre devido à alteração primária na circulação arterial. · Os tecidos deixem de receber sangue e perdem líquido por reabsorção venosa ou linfática e por evaporação; · Gangrena Úmida: ocorre devido à alteração primária na circulação venosa, ocasionando estase e transudação. Gangrena seca quando há interrupção arterial, Gangrena úmida quando há interrupção venosa. Gangrena seca pele acinzentada com apecto de pegarminho ressecada sem brilho sem pulso e gelada ausência de sensibilidade, cicatrização uniforme Gangrena úmida aspecto esverdeado tecido com secreção, com odor as vezes com necrose, a contaminação pode estar invadindo o tecido sadio cicatrização semelhante a uma couve flor. Animais de grande porte com o mebro gangrenado ele precisa ir para eutanásia Evolução · Mortificação: · gangrena seca · a pele toma aspecto de pergaminho, · muda de coloração · fica insensível. · gangrena úmida · toma aspecto pastoso, · úmido, frio · com presença de pus ou gases; · · Eliminação: · deter e eliminar o processo necrótico · separando a parte sadia daquela desvitalizada. · mudança de coloração · sulco de eliminação(gg seca). · gg úmida: a eliminação é mais difícil permanecendo tecido em conexão com a parte mortificada. · Reparação: · cicatrização a partir dos tecidos adjacentes vascularizados, · desgarramento da porção ressecada. · gg úmida: · eliminação da zona gangrenada, · tecido com aspecto de supuração · substituído por formações granulomatosas. · Diagnóstico · variação na coloração dos tecidos, · resfriamento pela falta de vascularização · insensibilidade pelo comprometimento nervoso no local. · · Anamnese: possíveis causas · Inspeção: sinais clínicos da evolução. · · Tratamento - eliminar as causas etiológicas. · · Cuidados tópicos: · aplicação tópica de solução de Dakin remove o mau cheiro · água oxigenada combate à anaerobiose na região. · Desaconselha-se o uso de pomadas ou pó secantes. · porções mortificadas: removidas por intervenções cirúrgicas repetidas na medida da desvitalização. · lavagem abundante com solução salina isotônica durante a cirurgia. · áreas extensas: amputação (extremidade) · Superficial: estimular o tecido de granulação e após proceder transplantação de pele. · · antibiótico de amplo espectro · Fluidoterapia: Solução de Ringer lactato - desidratação. · · glicose 5% - detoxificante e estimuladora da função hepática. · · risco de choque séptico. ·
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