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O processo de doença e o sofrimento psiquico

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O processo da doença e o sofrimento psíquico 1
🧠
O processo da doença e o 
sofrimento psíquico
O adoecimento e o sofrimento
Adoecer a partir de uma enfermidade orgânica costuma desestruturar a 
dinâmica afetiva e produtiva do sujeito em todas as instâncias de sua vida, 
promovendo, na maior parte das vezes, sofrimento e pesar.
O contrário também se aplica à dinâmica corpo-mente, quando uma carga muito 
intensa de sofrimento psíquico se converte em fenômenos dolorosos que se 
inscrevem no corpo como uma doença.
Dicotomias
Para Brant e Minayo (2004), do ponto de vista conceitual, sofrimento e dor não 
se confundem, mas também não se distinguem com facilidade. Fruto de uma 
visão dicotômica (mente-corpo), a palavra sofrimento tem sido associada ao 
psíquico, ao mental ou à alma, ao passo que a palavra dor geralmente é associada 
a algo localizado no corpo, sintoma de uma doença.
O adoecimento como desencadeador de transtornos mentais é uma 
preocupação para a Organização Mundial de Saúde (OMS). Viapiana, Gomes e 
Albuquerque (2018) afirmam que, segundo dados da OMS, os transtornos 
mentais são agravos de saúde altamente prevalentes na sociedade atual, e 
transtornos como depressão, abuso de álcool, transtorno bipolar e 
esquizofrenia se encontram entre as 20 principais causas de incapacidade 
para o trabalho e a qualidade de vida. Atualmente, estima-se que a depressão 
afeta cerca de 350 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo a principal causa 
de incapacitação dos indivíduos quando se considera o total de anos perdidos 
(8,3% dos anos para homens e 13,4% para mulheres)
O processo da doença e o sofrimento psíquico 2
Dores, perdas e morte no contexto da doença
Sartor (2017) defende que a hospitalização traz questões significantes quanto 
à produção dos sentidos sobre o sofrer, o desamparo e o mal-estar que é 
causado no sujeito pelo processo de adoecimento. No hospital, o sujeito sofre 
um processo de despersonalização, em que surge a impressão de que ele é 
estranho a si mesmo, podendo apresentar-se passivo até mesmo frente aos 
novos fatos e perspectivas existenciais, além de poder reformular seus 
valores e conceitos em relação interpessoal, pois, por meio do discurso 
médico, deixa de ter significado próprio para significar a partir de 
diagnósticos realizados sobre sua patologia.
O processo da doença e o sofrimento psíquico 3
• 
• 
Segundo Helman (2006), nem todos os grupos sociais respondem à dor da 
mesma maneira. A forma de expressão de uma dor individual pode ser 
influenciada pelo grupo social ou cultural do qual o sujeito faz parte, e a 
comunicação dessa dor aos profissionais de saúde, por exemplo, também é 
influenciada por esses fatores socioculturais. Apesar de a dor ser uma reação 
biológica universal a um tipo específico de estímulo, ela pode ser representada por 
duas formas de reação: uma reação involuntária (instintiva), produzindo o 
afastamento do objeto que a provoca; ou uma reação voluntária, de forma 
autônoma ou por solicitação da ajuda de outra pessoa (HELMAN, 2006)
Luto: histórias de vida, adoecimento e morte
Segundo Spíndola e Macedo (1994), em um passado recente, o homem 
enfrentava a morte quase sempre em casa, junto aos seus familiares e 
amigos, recebendo carinho, atenção e tendo seus últimos desejos atendidos. 
Na atualidade, o homem morre no hospital cercado de estranhos, de pessoas 
O processo da doença e o sofrimento psíquico 4
com as quais supostamente não tem afinidade.A relação dos médicos com a 
morte, na maioria das vezes, é impessoal, fria e objetiva, em função de sua 
característica profissional.
Os profissionais de saúde e o processo do 
adoecimento
• A MORTE é um Tema tabu. O mito da imortalidade
• Existe uma ambiguidade explicitada pela fuga, vontade de esquecer, evitar, 
desconsiderar a existência da morte e uma atração pelas notícias diárias de TV, 
jornais, filmes, além da morte cotidiana nas ruas que atrai repetitivamente a 
proximidade de “curiosos”.
•História da morte: A morte domada (esperada)-- A morte interdita(sob o olhar 
médico). • Morte: Equilibrio entre tecnologia e humanismo.
Segundo Luz (1986), as representações da doença podem variar segundo 
classes, mas os hábitos de saúde, embora diferenciados, devem, em princípio, 
O processo da doença e o sofrimento psíquico 5
enquadrar todas as classes. Por isso, as atitudes que os profissionais de 
saúde e cidadãos devem ter frente ao adoecimento envolvem a valorização de 
todos os aspectos da vida responsáveis pelo bem-estar, que, por sua vez, 
devem ser pensados em sua relação com o sistema econômico (trabalho, 
consumo de medicamento, etc.) e político (apelo às instituições médicas para 
recuperar a saúde, reivindicando melhorias efetivas na situação da área da 
saúde).
Atuação dos profissionais de saúde frente ao 
sofrimento psíquico relacionado ao adoecer
• O apoio dos profissionais de saúde e a sensibilidade pode ajudar nos 
aspectos psicológicos dos pacientes e familiares para lidar com o sofrimento 
desencadeado pelas dinâmicas de adoecimento.
•Valorizar a confiança significa que a equipe deve saber identificar os 
sentimentos de insegurança, medo, cansaço, irritação, enfim, os sentimentos 
decorrentes do sofrimento e os comportamentos que os caracterizam.
•A eficiência clínica de enfermeiros não se baseia apenas na aprendizagem 
teórica e prática, mas na capacidade do ver e ouvir o homem vitimado pela 
doença. 
•Auscultar , Escutar e Perscrutar
Atuação dos profissionais de saúde frente ao 
sofrimento psíquico relacionado ao morrer
• Considerando a carga devastadora de sintomas físicos, emocionais e 
psicológicos que se avolumam no paciente com doença terminal, faz-se 
necessário um diagnóstico precoce e condutas terapêuticas antecipadas, 
dinâmicas e ativas, respeitando-se os limites do próprio paciente.
• Diante da terminalidade de alguém, primeiro desafio ético do enfermeiro 
seria equipar a si mesmo de boas habilidades de comunicação e 
sensibilidade. Podemos saber tudo sobre doença e sobre os 
procedimentos,medicamentos e protocolos, mas se não sabemos nada sobre 
O processo da doença e o sofrimento psíquico 6
aquela pessoa, é um cuidado ineficaz. Cuidar do outro na sua singularidade é 
sempre um cuidado inédito. 
• A morte e suas 2 éticas: aprender que a sua profissão tem um limite podendo 
não mais atuar em em direção à cura e aprender a encarar a própria finitude e 
a impotência diante da inevitabilidade da morte.

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