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METODOLOGIA E PRÁTICA DE ENSINO DE PORTUGUÊS NA ALFABETIZAÇÃO Pergunta 1 1 em 1 pontos “É relativamente frequente encontrar na literatura o uso das expressões “tipo textual” e “gênero discursivo”, como categorias de análise com valores sinonímicos para atribuir ao texto uma tipificação. Ora utiliza-se uma ou outra (não simultaneamente), para referir-se aos textos concretos, produzidos na e pela sociedade [...] ora apenas uma delas para referir-se tanto aos textos quanto aos modos de organização discursivos nele atualizados.” (SILVA, 1999, p. 87) Fonte: SILVA JQG. Gênero discursivo e tipo textual. Scripta, Belo Horizonte, v.2, n.4, p.87-106. Muitas vezes, tipos textuais e gêneros textuais são usados como sinônimos, porém, sabemos que possuem algumas diferenças. Assinale a alternativa que apresenta diferenças entre tipos textuais e gêneros textuais. Resposta Selecionada: Correta Tipos textuais são determinados pelas suas propriedades linguísticas, como tempo verbal. Gêneros textuais possuem função comunicativa e estão inseridos em um contexto cultural. Resposta Correta: Correta Tipos textuais são determinados pelas suas propriedades linguísticas, como tempo verbal. Gêneros textuais possuem função comunicativa e estão inseridos em um contexto cultural. Comentário da resposta: Resposta correta. Os tipos textuais são caracterizados apenas pela sua propriedade linguística, ou seja, qual o tempo verbal, qual o vocabulário, qual o tipo de linguagem. Já os gêneros textuais são contextualizados dentro de uma cultura e apresentam uma função comunicativa. Pergunta 2 1 em 1 pontos Os professores são unânimes em dizer que a ortografia é um objetivo a ser alcançado e que o esforço para realizar isso deve começar desde a alfabetização. [...] Os processos de alfabetização [...] sobretudo aqueles baseados em manuais, como as cartilhas e métodos semelhantes, sempre tiveram grande atenção voltada para a ortografia [...] Um dos objetivos de se progredir nesses métodos de maneira segura, com habilidades bem dominadas, sempre foi o de que querer evitar que o aprendiz erre para não fixar o erro. Ou seja, esses métodos sempre acharam que as crianças devem ver e escrever somente o certo, isto é, a forma ortográfica das palavras, porque, assim, vão fixando a grafia e progredindo. Até certo ponto, esses métodos conseguem controlar o material com que as crianças escrevem e lêem, mas isto não dura muito. Nos anos seguintes, a complexidade da linguagem oral e escrita domina as atividades escolares de tal modo que se torna impossível lidar apenas com “palavras já dominadas na escrita”, mesmo porque os alunos são falantes nativos, cuja habilidade linguística é muito maior do que o material linguístico usado pela escola, em todas as suas atividades”(CAGLIARI, 2002, p.3). Fonte: CAGLIARI LC. Alfabetização e ortografia. Educar, Curitiba, n. 20, p. 43-58. 2002.Ortografia. 2002. A partir da leitura do texto, analise as afirmações a seguir e a relação entre elas. A questão da ortografia começa na alfabetização, momento em que as crianças entram em contato com a língua escrita. Neste momento, foca-se muito no “não errar”, para que a criança não memorize o erro, mas sim a escrita correta da palavra. Porém, com o desenvolvimento do processo de alfabetização, esses métodos focados apenas no erro não geram mais resultados. PORQUE II. O nível da complexidade linguística da criança vai crescendo, passando a dominar novos vocabulários, tanto na oralidade quanto na escrita. Dessa forma, a criança não consegue mais lidar somente com as palavras decoradas a fim de evitar erros ortográficos nos materiais de alfabetização, e por isso são necessárias novas hipóteses para aprender a escrever de acordo com as normas da ortografia. Assinale a alternativa correta. Resposta Selecionada: Correta I e II estão corretas, e II é uma justificativa de I. Resposta Correta: Correta I e II estão corretas, e II é uma justificativa de I. Comentário da resposta: Resposta correta. A afirmação I está correta, pois afirma que o aprendizado da ortografia acontece junto com a alfabetização, porém os métodos geralmente são baseados na memorização da palavra para se evitar os erros. No entanto, com o processo de desenvolvimento da alfabetização, esses métodos baseados na memorização não geram mais resultados, pois a complexidade da linguagem vai aumentando, com novos vocabulários que nem sempre estão contemplados nos materiais didáticos ou mesmo pela escola. Assim, a afirmação II está correta e justifica a afirmação de I. Pergunta 3 1 em 1 pontos “Para Bakhtin (1953/1979), os gêneros do discurso apresentam três dimensões essenciais e indissociáveis [...] Todas estas três dimensões dos gêneros discursivos são determinadas pelos parâmetros do contexto de fala/escrita ou da situação de produção dos enunciados e, sobretudo, para Volochínov [...], pela apreciação valorativa do locutor a respeito do(s) tema(s) e do(s) interlocutor(es) de seu discurso.” (ROJO, 2006, p.26). Fonte: ROJO, R. Letramento e diversidade textual. In: Carvalho, MAF; Mendonça RH. Práticas de Leitura e escrita. Brasília: Ministério da Educação, 2006. As 3 dimensões essenciais do gênero são: Resposta Selecionada: Correta tema, forma composicional e marcas linguísticas. Resposta Correta: Correta tema, forma composicional e marcas linguísticas. Comentário da resposta: Resposta correta. As 3 dimensões essenciais que caracterizam um gênero são: tema ou conteúdos ideologicamente formados, a forma composicional (elementos das estruturas comunicativas e semióticas compartilhadas pelos textos do mesmo gênero) e as marcas linguísticas. Pergunta 4 0 em 1 pontos “Isto é revelador do fato de que os gêneros textuais surgem, situam-se e integram-se funcionalmente nas culturas em que se desenvolvem. Caracterizam-se muito mais por suas funções comunicativas, cognitivas e institucionais do que por suas peculiaridades linguísticas e estruturais. São de difícil definição formal, devendo ser contemplados em seus usos e condicionamentos sócio-pragmáticos caracterizados como práticas sócio-discursivas. Quase inúmeros em diversidade de formas, obtêm denominações nem sempre unívocas e, assim como surgem, podem desaparecer.” (MARCUSCHI, 2003, p. 20). Fonte: MARCUSCHI, LA. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONISIO, AP; MACHADO AR; BEZERRA MA. Gêneros textuais e Ensino. Rio de Janeiro: Editora Lucerna; 2003. A partir da leitura do texto e de seus conhecimentos, assinale a alternativa correta. Resposta Selecionada: Incorreta Os gêneros textuais, por estarem atrelados à cultura e à necessidade do homem de se comunicar, podem sofrer alterações nas suas características, porém não é possível surgir novos gêneros e nem desaparecer antigos. Resposta Correta: Correta Os gêneros textuais não são fixos e imutáveis, pois estão atrelados à cultura e ao desenvolvimento de novas formas de comunicação pelos seres humanos. Assim, podem surgir novos gêneros, velhos gêneros se adaptarem e até mesmo desaparecerem. Comentário da resposta: Resposta incorreta. Como os gêneros textuais estão ligados a cultura de um povo e a necessidade do homem de se comunicar, os gêneros textuais não são fixos e imutáveis, pois podem surgir novos gêneros ou mesmo desaparecer, de acordo com as práticas sociais em que eles se inserem. Por isso, qualquer alternativa que afirme que os gêneros são fixos e imutáveis, não podendo surgir novos, se adaptarem ou mesmo desaparecerem está incorreta. Pergunta 5 1 em 1 pontos “Os locutores sempre reconhecem um evento comunicativo, uma prática de linguagem, como instância de um gênero (a ação de telefonar como um telefonema, a ação de ensinar na escola como uma aula, a ação de escrever um texto como este para um programa de formação de professores como um artigo de divulgação e assim por diante). O gênero funciona, então, como um modelo comum, como uma representação integrante que determina um horizonte de expectativas para os membros de uma comunidade confrontados às mesmas práticas de linguagem.Os gêneros, portanto, intermedeiam e integram as práticas às atividades de linguagem. São referências fundamentais para a construção dessas práticas. Como tal, do ponto de vista da aprendizagem escolar, os gêneros podem ser considerados como ‘megainstrumentos’ [...] que fornecem suporte para as atividades de linguagem nas situações de comunicação e que funcionam como referências para os aprendizes.” (ROJO, 2006, p.26). Fonte: ROJO, R. Letramento e diversidade textual. In: Carvalho, MAF; Mendonça RH. Práticas de Leitura e escrita. Brasília: Ministério da Educação, 2006. A partir de seus conhecimentos e da leitura do texto, analise as afirmações a seguir e a relação entre elas. As práticas de linguagem no cotidiano das sociedades estão sempre classificadas dentro de um gênero (um bilhete, uma lista de comprar, uma receita de bolo), variando de acordo com as necessidades comunicativas de cada sociedade e de cada época. PORQUE II. Os gêneros são como modelos de uma infinidade de expectativas comunicativas e de práticas de linguagem, sendo instrumentos importantes para se trabalhar, na escola, atividades de linguagens contextualizadas. Assinale a alternativa que apresenta a relação correta entre as afirmações. Resposta Selecionada: Correta I e II estão corretas e II é uma justificativa de I. Resposta Correta: Correta I e II estão corretas e II é uma justificativa de I. Comentário da resposta: Resposta correta. Os gêneros são representações das práticas de linguagem no nosso cotidiano, podendo surgir e desaparecer de acordo com a necessidade de comunicação do homem. Pois, os gêneros são modelos dessas práticas comunicativas e das expectativas comunicativas dos envolvidos no processo de comunicação. Por isso, os gêneros se tornam instrumentos importantes de atividades de linguagem na escola, pois contextualizam a linguagem. Assim, I e II são afirmações corretas e II justifica a I. Pergunta 6 1 em 1 pontos “Os professores alfabetizadores sempre tiveram uma forte inclinação para seguir métodos prontos, por exemplo, trazidos por cartilhas e obras semelhantes. O apoio didático desse tipo de material tem sido muito questionado, não pelo fato de serem livros de apoio didático, mas porque suas metodologias − o famoso bá-bé-bi-bó-bu− trazem mais problemas do que soluções para o processo de alfabetização [...]. Esses problemas são de tal magnitude que, muitas vezes, questões importantes e fundamentais, tratadas nas cartilhas, são descartadas sumariamente, pelo simples fato de pertencerem à tradição de ensino cartilhesco. É preciso separar o que as cartilhas tinham de bom, do que elas traziam de indesejável” (CAGLIARI, 2002, p.3) Fonte: CAGLIARI LC. Alfabetização e ortografia. Educar, Curitiba, n. 20, p. 43-58. 2002. Sobre as intervenções dos professores no ensino da ortografia na alfabetização, assinale a alternativa que não apresenta uma intervenção viável. Resposta Selecionada: Correta Foco somente no método fônico, conhecido como cartilhesco. Resposta Correta: Correta Foco somente no método fônico, conhecido como cartilhesco. Comentário da resposta: Resposta correta. O foco apenas no método fônico, conhecido como ba-be-bi-bo-bu, presente em muitas cartilhas voltadas à alfabetização, é um método que recebe muitas críticas dos pesquisadores da área, por não abordar a língua de forma contextualizada. Por isso, essa intervenção por parte dos professores no ensino de ortografia não é viável. Pergunta 7 0 em 1 pontos A aprendizagem da escrita é um momento importante no processo de escolarização da criança, pois a leitura e a escrita lhe acompanhará em todos os momentos dentro e fora da escola. Um momento importante da aquisição da escrita é o ensino da ortografia, que deve começar junto com a alfabetização e percorrer toda a escolarização. Por isso, há 3 etapas do processo de aquisição da escrita que devem ser lembrados: logográfico, alfabético e ortográfico. Esse momento é quando as crianças aprendem a base fonológica da leitura e da escrita. Nesse momento é o período de primeiros contatos com a escrita, mesmo sem dominá-la. Já esse momento é quando ocorre a compreensão das convenções de escrita correta. Assinale a alternativa correta. Resposta Selecionada: Incorreta O primeiro é o Alfabético, o segundo é o Logográfico e o terceiro é o Ortográfico Resposta Correta: Correta O primeiro período é o Alfabético, o segundo é o Logográfico e o terceiro é o Ortográfico. Comentário da resposta: Resposta incorreta. A primeira definição faz referência ao período alfabético, quando a criança domina as bases fonológicas da leitura e da escrita. A segunda definição faz referência ao período logográfico, quando a criança tem os primeiros contatos com a escrita, porém ainda não a domina. Por fim, a terceira definição faz referência ao período ortográfico, quando a criança se apropria com as convenções da escrita. Pergunta 8 1 em 1 pontos “Podemos supor que, durante a aprendizagem, a criança vá compreendendo cada vez melhor a distinção entre língua falada e língua escrita. A medida em que essa compreensão evolui, a criança deverá tornar-se capaz de corrigir os erros de transcrição da fala. Porém, é provável que a correção dos erros de transcrição da fala resulte no aparecimento de um outro tipo de erro, que denominaremos super correção.” (CARRAHER, 1985, p. 272) Fonte: CARRAHER TN. Explorações sobre o desenvolvimento da competência em ortografia em português. Psicol., Teori., Pesqui., Brasília, V. 1 N.° 3 p. 269-285 - Set-Dez. 1985. Qual dos exemplo a seguir representa um erros ortográfico causado pela super correção? Resposta Selecionada: Correta quando a criança pronuncia “vassora” e entende que deve escrever “vassoura”, ela também escreve “professoura” ao invés de “professora”. Resposta Correta: Correta quando a criança pronuncia “vassora” e entende que deve escrever “vassoura”, ela também escreve “professoura” ao invés de “professora”. Comentário da resposta: Resposta correta. Erros por super correção acontece quando a criança entende um fenômeno ortográfico, que não se escreve diferente da fala, e aplica o novo conceito em palavras semelhantes, mesmo que não esteja correto. O único exemplo que isso acontece é quando a criança entende a necessidade de, na escrita, colocar um um em “vassoura”, mesmo ela pronunciando “vassora”. Assim, ela acredita que, por pronunciar “professora”, é necessário também acrescentar a vogal “u”, escrevendo “professoura”. Pergunta 9 1 em 1 pontos “Uma questão tão séria e tão preocupante como a ortografia, da noite para o dia, deixou de ser um dos centros da atenção do processo de alfabetização, para se tornar uma “hipótese na cabeça dos alunos”. Mesmo com explicações fáceis, essas palavras eram difíceis de serem completamente entendidas e seu conteúdo de ser considerado satisfatório. [...] Com uma liberação geral da obrigação de escrever as palavras com a grafia correta, os alunos começaram a escrevê-las de seu modo, diante dos olhos esbugalhados de professores que viam naquela prática um desastre educacional [...] Nunca ninguém duvidou da racionalidade dos alunos e que seus erros eram fruto de um modo de “pensar” errado, consequência da ignorância sobre o assunto ou, ainda, fruto da distração ao realizar a tarefa... Um erro se corrige − sempre foi assim na escola. Mas, uma hipótese − o que se faz com ela?” (CAGLIARI, 2002, p.4-5) Fonte: CAGLIARI LC. Alfabetização e ortografia. Educar, Curitiba, n. 20, p. 43-58. 2002. A partir da leitura do texto e de seus conhecimentos sobre o assunto, analise as afirmações a seguir. Por muito tempo, a alfabetização - e a questão da ortografia - foi vista apenas como um processo de erros e acertos, baseando-se muitas vezes nos métodos das famosas cartilhas de ensinar o ba-be-bi-bo-bu. II. A partir de estudos, pesquisadores passaram a considera o processo de alfabetização não apenas como erros de acertos, mas como hipóteses que os aprendizes fazem sobre a escrita e, consequentemente, sobre as convenções de ortografia. III. Trabalhar a alfabetizaçãoe as convenções ortográficas como hipóteses e não como erros e desvios vai a favor das ideias presentes nas antigas cartilhas de alfabetização, que trabalhavam a escrita e a leitura com a memorização dos sons da fala. Assinale a alternativa com as afirmações corretas Resposta Selecionada: Correta I e II, apenas Resposta Correta: Correta I e II, apenas Comentário da resposta: Resposta correta. A primeira afirmação é verdadeira, pois por muitos anos, a alfabetização no Brasil foi regida pelas cartilhas, conhecidas pelo método fônico para aprender a ler e a escrever. A segunda afirmação também é verdadeira, pois com as pesquisas na área, a alfabetização passou a ser vista como hipóteses que a criança faz de acordo com o desenvolvimento da escrita, e não apenas como erros e acertos. Assim, a terceira afirmação é falsa, pois as cartilhas não trabalham com hipóteses de aquisição da escrita pelas crianças, mas com a memorização de palavras e sílabas, apoiado nos sons da fala, focando em erros e acertos. Pergunta 10 1 em 1 pontos Marcuschi afirma que o s tipos textuais, diferente dos gêneros textuais, são diversas sequências linguísticas que podem ser encontradas dentro de um único gênero, podendo ser classificadas em 6 tipologias. Além disso, Travaglia afirma que a tipologia textual está ligada às perspectivas produtor do texto em relação aquilo que quer comunicar. As tipologias textuais são: narração, descrição, dissertação, exposição, informação e injunção. Esse processo é quando se indica como realizar uma ação, com linguagem objetiva e clara, com verbos no imperativo. II. Esse processo é quando se expõe ideia e informa sobre assuntos. Já quando produzimos um retrato detalhado sobre lugares ou pessoas, estamos falando desse processo. Assinale a alternativa que contém corretamente os processos a que se referem os itens I e II, respectivamente. Resposta Selecionada: Correta O primeiro processo é a Injunção, o segundo é a Exposição e o terceiro é a Descrição. Resposta Correta: Correta O primeiro processo é a Injunção, o segundo é a Exposição e o terceiro é a Descrição. Comentário da resposta: Resposta correta. Injunção é o tipo de texto que indica ordens, com linguagem clara e objetiva e verbos no imperativo (ex: receitas). Exposição são textos que expõe uma ideia ou um assunto. Já a descrição, é o detalhamento de lugares e pessoas com precisão.
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