Buscar

Estudo de Caso - Descaso com a Integridade Física dos Profissionais de Saúde

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Faculdade Descomplica / Uniamérica – Centro Universitário
Paulo Cesar Kowalski
Aluno de pós-graduação em Ergonomia
Palavras-chave: Covid-19, Saúde Pública, Direitos Sociais
Resumo
O objetivo é mostrar a visão do autor diante do descaso com os profissionais de saúde em meio a uma pandemia de Covid-19.
Estudo de Caso
Descaso com a Integridade Física dos Profissionais de Saúde
O Caos instalado na saúde pública atinge em cheio aos profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate a pandemia da Covid-19, que em face do descaso dos administradores dos hospitais públicos acabam por não priorizar o oferecimento de EPIs e itens de higiene adequados a estes profissionais, os quais continuam a defender a vida apesar das precárias condições de trabalho.
EPIS como o Respirador N95 adotado nos EUA tem como equivalente no Brasil o Respirador PFF2, sendo o mais indicado para uso na área de saúde, porém o seu custo pode ficar até 10 vezes maior que o de um respirador de TNT comum utilizado pelos profissionais de saúde em tempos pré pandemia, o que leva os hospitais a limitarem a sua entrega e, quando o disponibilizam cobram o seu uso mesmo após a saturação e perda da eficácia deste EPI.
A falta de priorização da proteção dos profissionais de saúde nestes tempos de pandemia da Covid-19 contribui para figurar a profissão entre os maiores índices de contágio por Covid-19 levando ao aumento do absenteísmo, o que sobrecarrega os profissionais que não foram acometidos pelo vírus, gerando aumento do stress, cansaço físico e mental e insatisfação com a própria profissão, o que leva muitos destes profissionais a buscarem outras alternativas de emprego que proporcionem menores riscos de saúde e stress.
Tudo nos leva a crer de que a falta de recursos para a saúde pública não seja um problema pontual dos tempos da pandemia Covid-19, mas sim um problema sistêmico de longa data pelo qual de tanto ser noticiado e assistido por todos acaba por ser banalizado e tratado sem a devida importância que o tema merece.
A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 traz em seu Art. 6º que todos tem o direito à “...direitos sociais... a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social” e o Art. 23 no seu parágrafo II relata de que é competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios a “cuidar da saúde e assistência pública...). 
Ao observar esta precarização do sistema público de saúde chegamos a uma conclusão de que um dos principais fatores causadores é o da má gestão dos recursos financeiros, materiais e humanos pelos gestores hospitalares, bem como a falta de investimentos pelos governos na área da saúde, sobretudo na área da saúde preventiva que tem como objetivo diminuir o número de internações decorrentes de doenças crônicas que poderiam ter sido tratadas em suas fases iniciais a custos muito mais baixos, sobrando assim dinheiro para ser investido na segurança da saúde dos profissionais de saúde.

Continue navegando