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Técnicas de Relaxamento e Redução do Estresse

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Citação do Capra em: “O Ponto de Mutação”
...O último grupo de técnicas terapêuticas que nos propusemos recapitular aborda o equilíbrio psicossomático através da mente. Englobando vários métodos de relaxamento e redução de tensões, essas técnicas têm fortes possibilidades de desempenhar um papel importante em todas as terapias futuras. As atitudes atuais em relação ao relaxamento em nossa cultura são muito primárias. Muitas atividades que se pensa serem relaxantes — ver televisão, ler um livro, beber alguns drinques — não reduzem a tensão ou a ansiedade mental. O relaxamento profundo é um processo psicofisiológico que requer uma prática tão diligente quanto qualquer outra habilidade, e, para ser plenamente eficaz, tem que ser exercitado com regularidade. A respiração correta é um dos mais importantes aspectos do relaxamento e, portanto, um dos elementos mais vitais em todas as técnicas de redução do estresse. 
Uma das mais abrangentes e bem-sucedidas dessas técnicas é o método conhecido como treinamento autógeno, que Johannes Schultz, um psiquiatra alemão, desenvolveu na década de 30. É uma forma de auto-hipnose combinada com certos exercícios específicos destinados a integrar funções mentais e físicas, e a induzir profundos estados de relaxamento. Durante as fases iniciais, o treinamento autógeno enfatiza exercícios que se ocupam dos aspectos físicos do relaxamento, mas, uma vez dominados esses aspectos, o treinamento avança para aspectos psicológicos mais sutis, que, à semelhança da meditação, envolvem a experiência de estados não ordinários de consciência. 
Quando o organismo está inteiramente relaxado, a pessoa consegue estabelecer contato com seu próprio inconsciente, a fim de obter informações importantes sobre seus problemas ou aspectos psicológicos de sua enfermidade. A comunicação da pessoa com seu próprio inconsciente ocorre através de uma linguagem altamente pessoal, visual e simbólica, semelhante à dos sonhos. Portanto, as imagens mentais e a visualização desempenham um papel central nas fases avançadas do treinamento autógeno, tal como acontece em muitas técnicas tradicionais de meditação. As técnicas de visualização também têm sido recentemente aplicadas de modo direto a enfermidades específicas, quase sempre com excelentes resultados. A abordagem psicológica da redução e cura do estresse recebeu espetacular apoio de uma nova tecnologia conhecida como bio-feedback. É uma técnica que ajuda a pessoa a obter controle voluntário sobre funções corporais normalmente inconscientes, monitorando-as, ampliando eletronicamente seus resultados e expondo-os ("feeding them back"). Numerosas aplicações dessa técnica de bio-feedback na última década demonstraram que uma vasta gama de funções fisiológicas autônomas, ou involuntárias — batidas cardíacas, temperatura do corpo, tensão muscular, pressão sangüínea, atividade das ondas cerebrais, e outras — podem ser submetidas, desse modo, ao controle consciente. Muitos clínicos acreditam hoje que é possível obter um certo grau de controle voluntário sobre qualquer processo biológico suscetível de ser continuamente monitorado, amplificado e exposto...
Tensegridade
Navegar de uma maneira genuína no desconhecido requer uma atitude de ousadia, mas não de imprudência. Para estabelecer um equilíbrio entre a audácia e a imprudência, um feiticeiro precisa ser extremamente sóbrio, cauteloso, habilidoso e estar em excelente condição física. (CASTAÑEDA, 1998, p. 14)
A TENSEGRIDADE COMO TÉCNICA DE REDISTRIBUIÇÃO DA ENERGIA VITAL
A Tensegridade é a versão modernizada de alguns movimentos e exercícios conhecidos como passes mágicos, desenvolvidos por índios xamãs que moraram no México em épocas anteriores à Conquista Espanhola. 
Este movimento chegou até nós por intermédio de Carlos Castañeda, o qual, nos relatos publicados em uma extensa obra literária, afirma ter recebido estes conhecimentos — que remontam aos tempos antigos do México, algo entre 7.000 e 10.000 anos atrás — diretamente de um mestre chamado Don Juan Matus. Tais conhecimentos foram continuamente desenvolvidos e transmitidos de geração em geração, numa relação de discipulado, estabelecida em grupos fechados em linhagem direta com aqueles tempos.
Os xamãs do México antigo diziam ser possível aos seres humanos perceber a energia diretamente como ela influi no universo. O que eles queriam dizer é que qualquer um pode se livrar por um momento do nosso sistema de transformar o influxo de energia em informação sensorial interpretada — através de comandos sintáticos, que são as fórmulas elogiosas ou depreciativas construídas na linguagem —, atividade que propicia a construção da idéia de mundo que temos no cotidiano, pela prática da interpretação com o uso da linguagem.
A palavra Tensegridade é uma mistura de dois termos (tensão e integridade), os quais são as forças propulsoras dos movimentos propostos nos passes mágicos. 
A tensão consiste na atividade criada contraindo e relaxando os tendões e músculos do corpo, enquanto a integridade é compreendida como o ato de considerar o corpo como uma unidade saudável, completa e perfeita. Tensegridade é ensinada como um sistema de movimentos.
O propósito da prática das séries de grupos de movimentos da Tensegridade é o da redistribuição da energia e suas três qualidades concomitantes, que são: a inibição do diálogo interno, eliminando o barulho da mente; a possibilidade do silêncio interior; a fluidez do ponto de aglutinação, que permite a modificação dos estados de consciência.
É possível então, com esta prática, romper com os parâmetros da percepção normal, induzida pela cultura e pelo meio ambiente social, questão inevitável pela humanidade na proposta de Dom Juan Matus. Isto poderá levar à integração e totalidade do ser.
A ênfase sobre o trabalho muscular numa sequencia: tensão → carga → descarga → relaxamento, conceito este fundamentado por Reich em sua teoria do orgasmo.
Outro ponto importante é o nível de saturação da prática dos exercícios, o que torna mais próxima a possibilidade de alcançar os referidos objetivos.
Esta circulação mais fluida ao final representará de fato uma possibilidade de economia de energia, que pode levar o indivíduo a experimentar níveis de consciência diferenciados e parâmetros de percepção expandidos com respeito à sua própria história de vida. A promoção de saúde, vitalidade e um senso geral de bem-estar são os efeitos diretos dos exercícios.
Por exemplo, uma criança, quando fica brava, aprende que não deve expressar sua raiva, pois será punida. Para conter essa raiva, precisa criar uma tensão no seu corpo e ao mesmo tempo mudar sua respiração. Provavelmente, irá apertar seus maxilares e paralisar sua respiração no diafragma e, às vezes, contrairá o pescoço. Essas tensões, ao serem repetidas, vão-se tornando crônicas.
Evidentemente, a compreensão e o estudo da personalidade humana permitirão ao indivíduo a superação das tensões crônicas, tudo isto associado à prática das outras técnicas desenvolvidas Em uma extensa obra, Lowen nos propõe uma vasta conceituação sobre os tipos de caráter que os seres humanos apresentam em sociedade, reforçando ainda, como na origem com Reich, que o caráter genital é o mais saudável de todos, pois está subentendido que este último está livre do sistema de repressões e traumas que cada um se impõe, mesmo inconscientemente.
Origem e princípios
Segundo Castañeda (1998, p.18), Tensegridade é um termo de arquitetura que significa “a propriedade das estruturas reduzidas que empregam elementos detensão contínua e elementos de compressão descontínua de uma tal maneira que cada elemento opera com o máximo de eficiência e economia.”
Em termos práticos, as séries de exercícios chamados de passes mágicos, da Tensegridade, não são algo novo, já existiriam há milhares de anos no México antigo: 
Os passes mágicos não foram inventados. Foram descobertos pelos xamãs da linhagem de Dom Juan que viveram no México em tempos antigos, em estados xamanísticos de consciência intensificada. Sua descoberta foi inteiramenteacidental. Começou como dúvidas muito simples, relativas à natureza de uma incrível sensação de bem-estar que os xamãs experimentavam nesses estados de consciência intensificada, quando eles mantinham determinadas posições corporais ou quando movimentavam os membros de alguma maneira específica. (CASTAÑEDA, 1998, p.12)
A prática destes movimentos provocava uma sensação de bem-estar intensa, ao ponto de deixá-los com a vontade de repeti-los em sua consciência normal, ou seja, fora dos estados de consciência intensificada.
Também descobriram que a prática de tais exercícios resultava em grande destreza física em seus corpos e agilidade mental na vida diária. Isto foi algo tão significativo que a este conjunto de movimentos denominaram passes mágicos, e passaram a ensiná-los a iniciados ao longo dos séculos e gerações seguintes.
Portanto, a intensificação do equilíbrio físico e mental foi durante muitos milênios o objetivo pragmático dos antigos xamãs, o que em séculos mais recentes, de acordo com a tradição oral, foi direcionado como uma possibilidade concreta e prática de redistribuir a energia inerente em cada um de nós.
Ocorre que esta redistribuição de energia precisa satisfazer o que deveria ser, por assim dizer, a meta objetiva de cada homem na face da terra: romper os parâmetros da percepção normal — aquela aceita por todos nós desde o momento em que nascemos e construída ao longo da vida, cujo efeito principal é o de nos impedir de perceber diretamente a energia como ela flui no universo, conforme afirmações de Castañeda ao longo de sua obra. A nossa dita percepção normal, diz ele, é induzida pela cultura e o meio ambiente social.
Logo, romper com estes parâmetros de percepção normal é uma questão fundamental e inevitável da humanidade. O problema é que o homem deseja romper estes parâmetros, mas não avalia e considera estas possibilidades desde a condição de acessibilidade ou não à energia vital. Para Castañeda e seu mestre, Dom Juan Matus, não há condição alguma de aumentarmos o nosso quantum energético, senão por meio da redistribuição do quantum existente.
Um dos meios pelos quais o processo de redistribuição de energia é possível é a prática dos passes mágicos, sendo a repetição, uma maneira eficaz para a sua consecução.
Para se obter destreza física e, equilíbrio mental, é necessário a existência de um corpo flexível, o que permite sobriedade e pragmatismo na vida diária, e em especial em outros domínios da percepção.
Uma ótima condição física seria, na visão de Don Juan, o primeiro passo para a redistribuição da energia inerente existente em nós, que consiste em levar a energia que já está em nós de um local para outro do corpo.
Ver a energia como ela flui no universo é o produto de uma pausa momentânea do sistema de interpretação peculiar aos seres humanos. Os xamãs do México antigo descobriram que cada parte do corpo humano está envolvida, de uma ou outra maneira em transformar esse fluxo vibratório ou essa corrente de vibração em alguma forma de estímulo sensorial. Todo esse bombardeio de estímulos sensoriais é transformado, através da utilização, no sistema de interpretação que torna os seres humanos capazes de perceberem o mundo da maneira como o fazem. Suspender por instantes esse sistema de interpretação era o resultado de uma tremenda disciplina da parte dos feiticeiros do antigo México. (CASTAÑEDA, 1998, p.15)
No processo de ver a energia os xamãs do México antigo descobriram aquilo que passaram a chamar de ponto de aglutinação, no corpo energético do ser humano, o qual identificaram como o ponto onde a energia é transformada em dados sensoriais, cujo principal efeito prático é a socialização. Para eles esta posição é arbitrária, apenas deixando a ilusão de ser algo irredutível e, assim, de que o mundo cotidiano seria o único existente.
Uma abordagem estruturada para o autodesenvolvimento
É certo que a Tensegridade está sustentada principalmente no pilar da saturação dos passes mágicos, tarefa que cabe a cada indivíduo que se autopropõe navegar por mundos desconhecidos, a partir de seu próprio corpo. Porém, além desta milenar técnica dos exercícios havia outras atividades, que trabalhadas em conjunto pelo iniciado podiam levá-lo a estes outros parâmetros de percepção e à liberdade total. Basicamente são elas: recapitulação, centro para as decisões, a arte de sonhar, silêncio interior.
Recapitulação
Técnica através da qual o praticante relembra sistematicamente todos os atos da sua vida, desde os mais recentes em direção aos mais antigos, movendo-se para estar naqueles locais, sensações e experiências por completo. Com uma atitude específica de respiração, tudo o que é trazido ao momento presente é liberado para que a energia não mais fique vinculada àquele momento. É tarefa para uma vida toda. O objetivo é pragmático: adquirir fluidez perceptiva. Recapitular é a chave.
Centro para as decisões
Todos os guerreiros do conhecimento assumiam para si a tarefa de desenvolver a capacidade para tomar decisões. Eles diziam que os seres humanos são incapazes de tomar decisões, devido ao desequilíbrio energético, e assim criam organizações e instituições que assumem a responsabilidade pelas decisões. Para os xamãs o centro para as decisões está localizado no ponto “V “, na base do pescoço.
A redistribuição da energia inerente permitia que os guerreiros pudessem tomar para si a responsabilidade de suas vidas e os rumos que passavam a dar a ela no desenvolvimento deste caminho de conhecimento.
Tomar as decisões pela própria vida passa pelas mais habituais situações com as quais qualquer ser humano se depara em seu dia-a-dia. Economizar energia provém das decisões que cada um pode tomar, não estimulando a auto-importância, a auto-estima, a vaidade e a obsessão. Assim, a estratégia para recanalizar a energia é a impecabilidade, ou seja, estar no mundo não se enredando em hábitos desnecessários, como por exemplo: a mesquinharia, o capricho e a egomania.
Finalmente, para que o centro de decisões seja ativado o iniciado precisa de controle, disciplina, paciência, oportunidade e vontade. 
A arte de sonhar
Os xamãs usavam os sonhos normais como portas verdadeiras para a entrada da consciência nos domínios da percepção. A energia diferente da energiado mundo da vida cotidiana dava aos guerreiros a oportunidade de perceber mundos diferentes e, ao mesmo tempo, semelhantes ao nosso.
Os feiticeiros do México antigo descobriram que o ponto de aglutinação se movia de forma natural e simples daquela posição adotada durante o estado de vigília. Eles perceberam, também, que quanto maior o movimento do ponto de aglutinação, maiores eram as lembranças e relatos de acontecimentos durante os sonhos.
Descobriram ainda que a maior parte dos sonhos era produto da imaginação e da cognição do mundo diário, porém havia alguns que escapavam a esta classificação, sonhos esses que foram reconhecidos como verdadeiros estados de consciência intensificada, nos quais os elementos dos sonhos não eram somente produto da imaginação, mas situações geradoras de energia.
Assim, esta técnica de entrar conscientemente nos sonhos tem como propósito principal mover o ponto de aglutinação da sua posição habitual. Mantê-lo fixo em outras posições era um estado alterado de consciência. Para Castañeda, para sonhar é preciso intentar o sonhar.
Silêncio interior
Definido como o estado natural da percepção humana pelos xamãs, acontece com o bloqueio dos pensamentos, fazendo com que a operação das faculdades ocorra num nível de consciência que não demanda o uso do nosso sistema de cognição diário. Significa deter o diálogo interno que mantemos habitualmente em nossas vidas.
Segundo os xamãs, no caso do ser humano conseguir operar sua consciência em estado de silêncio interior, os níveis de percepção que podem ser alcançados se tornam indescritíveis ao nosso senso comum de conhecimento. Neste nível, dizem eles, o ser humano evolui para o conhecimento silencioso, onde o saber é automático e instantâneo. Tudo é iminentemente agora. O silênciointerior é produto da disciplina e da energia, fazendo a ponte entre a percepção geral e a consciência especial.
Construir grounding
Um dos objetivos da Análise Bioenergética e da Tensegridade é proporcionar que o indivíduo construa grounding em sua vida, através das pernas e do corpo.
Comumente dizemos que alguém “tem os pés no chão” quando vemos um indivíduo centrado ou que apresenta comportamento consistente, baseado em ações conscientes sobre si mesmo e o mundo que o rodeia.
Para a obtenção de grounding:
· procurar manter os joelhos discretamente flexionados o tempo todo —trancar os joelhos é o mesmo que enrijecer a parte inferior do corpo, e impedir o livre fluxo da energia pelo corpo;
· manter a barriga solta — contrair o abdômen requer um alto consumo deenergia para lutarmos contra a nossa natureza básica e mantermos a barriga ‘chupada’, que é o princípio da imagem de postura apropriada na sociedade em que vivemos.
Desbloqueio das tensões musculares crônicas
As defesas elaboradas pelo indivíduo para proteger seu coração, formando uma barreira contra qualquer tentativa de tê-lo tocado por outrem, sãoclassificadas por Lowen como camadas defensivas circunscritas em círculos concêntricos:
· a camada do ego constitui-se na parte mais visível da personalidade e contém as defesas psíquicas, que são: negação, desconfiança, sentimento de culpa, projeção, racionalização e intelectualização;
· a camada muscular apresenta tensões musculares crônicas, defensoras do ego, deixando a pessoa protegida da camada subjacente dos sentimentos e sensações reprimidos, não expressos;
· a camada emocional é aquela que contém os sentimentos reprimidos, tais como raiva, pânico, desespero, tristeza e dor;
· finalmente, o centro do coração, no qual acontecem os sentimentos de amar e de ser amado; este é o centro que precisa ser libertado de alguma forma, para que a vida do indivíduo possa ser vibrante.
Os xamãs do México antigo não classificam objetivamente estas tensões musculares tal como Lowen, contudo, a descrição dos passes mágicos era feita com o sentido explícito de possibilitar ao praticante agilidade motriz e não enrijecimento das cadeias musculares.
Eles dizem que possuímos centenas de centro energéticos no corpo, os quais represam a energia vital, que estagnada nas articulações e tendões vai deflagrando um processo de tensão que inevitavelmente leva o indivíduo à falta de vitalidade e enrijecimento gerais.
O indivíduo pode conseguir, pela prática regular dos exercícios ou passes mágicos, um novo fluxo de energia para os centros de vitalidade descritos pelos xamãs, tornando o seu ponto de aglutinação mais fluido. Logo, o seu estado de consciência pode passar por modificações que, num ciclo ilimitado, levam continuamente o indivíduo a um processo de vitalidade e alta fluidez perceptiva.
Flexão dos joelhos,
Exercícios de respiração
Como já foi mencionada anteriormente, a respiração é de fundamental importância para as duas abordagens, e quanto mais natural, relaxada e consciente ela puder ser, mais profundamente a imersão no trabalho corporal acontecerá.
A Tensegridade diz que a respiração pode se dar em três diferentes níveis: com a parte superior dos pulmões, com a parte média dos pulmões e com o abdômen. Para a Tensegridade a respiração na qual está envolvida a expansão do diafragma é chamada de respiração animal.
A prática do exercício de respiração abdominal deitado, com as mãos sobre os ossos pubianos (para sentir os movimentos abdominais), as suas variações balançando a pelve e o ato de expiração com “ah” ajudam o indivíduo a entrar em contato consigo mesmo e com o seu ritmo respiratório, trazendo consciência ao processo de respiração e naturalidade, à medida que a prática se intensifica.
 Exercícios com os pés e pernas
Na Tensegridade, os xamãs diziam que os exercícios propostos para os pés e as pernas no primeiro grupo da série Preparando a energia para o Intento são o caminho para o despertar da energia. Esta energia gerada é redirecionada depois para os centros de vitalidade, assim denominados como forma de encaminhar a referida redistribuição da energia vital. Castañeda afirmaGeralmente, antes de serem iniciados os trabalhos com os pés e pernas é feita uma sessão de aquecimento e alongamento do corpo como um todo, e em particular dos membros inferiores. O recurso mais comum, quando há espaço e nos trabalhos de grupo, é fazendo pequenas caminhadas, em círculos, nas quais os exercícios abaixo vão sendo aplicados gradualmente
Pés
· Pular devagar com as duas pernas ao mínimo possível de distância do chão (são pequenos pulinhos).
· Pular com as pernas esquerda e direita, alternando-as entre si.
· Saltitar ou andar batendo com a planta dos pés, deslocando-se pelo recinto em círculos e balançando acentuadamente os braços.
· Andar com os calcanhares, tendo as pontas dos pés levantadas.
· Andar com as pontas dos pés, tendo os calcanhares levantados.
· Andar com os pés apontando para dentro e os calcanhares virados para o lado de fora, como pés de pato.
· Andar com o lado de fora dos pés em contato com o chão e o lado de dentro levantado.
· Andar com o lado de dentro dos pés em contato com o chão e o lado de fora levantado.
· Bater com os calcanhares, alternando as pernas esquerda e direita.
· Bater com a parte interna dos pés, alternando as pernas novamente.
· Bater com a parte externa dos pés, mais uma vez alternando as pernas.
· Bater com a ponta dos pés, alternando as pernas esquerda e direita.
· Com o joelho levantado, mover o pé em círculos sobre o próprio eixo, primeiro para um lado e depois para o outro, várias vezes. Após esta seqüência, alternar para o outro pé;
· Com o joelho levantado mover o pé para cima e para baixo o máximo que se consiga, para provocar o estiramento dos tendões e da musculatura.
Toda esta seqüência de exercícios ajuda o indivíduo a deixar-se “cair” ou soltar-se, proporcionando ainda o aumento da carga energética para a continuidade dos trabalhos nos níveis superiores do corpo.
Pode geralmente ocorrer vibração nos pés e nas pernas, além de uma sensação que no início se parece com a exaustão física, mas que depois se transforma numa sensação de distensão, sem que seja forçada a situação. Além do mais, a sensação dos pés e das pernas pode aumentar consideravelmente. Fundamentalmente, a Tensegridade recomenda que a prática desta série de exercícios apresentada a seguir seja feita de forma sequenciada, de forma a alcançar os objetivos almejados.
Com os pés apoiados sobre a protuberância arredondada dos pés (partedianteira), girar o corpo da esquerda para a direita e da direita para a esquerda, durante algum tempo (figuras 12 e 13).
Depois, transferir o peso para os calcanhares e girar o corpo sobre eles, novamente da esquerda para a direita e, logo, da direita para a esquerda,também durante certo tempo.
Agora, com os pés apoiados novamente sobre a protuberância arredondada dos pés, girar o corpo três vezes para a esquerda e para a direita. Após uma pequena pausa, transferir o peso de novo para os calcanhares e executar sobre eles outros três giros da esquerda para a direita e da direita para a esquerda.
· Com os dois pés, girar nos calcanhares, os quais se movimentam novamente para a esquerda nas protuberâncias arredondadas dos pés. A seguir, girar uma terceira vez, ainda para a esquerda, mas novamente nos calcanhares. Depois, inverter a seqüência, girando nos calcanhares para a direita; a seguir, nas protuberâncias arredondadas dos pés para a direita e, depois, novamente nos calcanhares para a direita;
· Andar sem sair do lugar, erguendo o joelho rapidamente enquanto a ponta do pé fica no chão. O peso do corpo é sustentado pela outra perna. Assim, o movimento é feito alternando as pernas, sem sair do lugar.
Esta série de exercícios desperta a energia dos tendões e musculatura dos pés, provocando uma onda de energia e sensação de bem-estar até a altura da virilha. Outro efeito prático é a aceleração da circulação em todo o corpo. Uma onda de calor percorre o corpo de baixopara cima, deixando as pernas vivas. 
Os pés são à base da construção do processo de desenvolvimento e transformação. Assumir a responsabilidade da própria vida significa dizer que os pés estão firmes, porém sensíveis. Significa dizer que eles são sentidos e que o mundo debaixo deles também é sentido.
Pernas – Tensegridade
· Levantar a sola do pé esquerdo e do pé direito de forma alternada, até quase encostar na parte interna da perna oposta. É recomendável arquear um pouco as pernas, mantendo os joelhos flexionados. Conforme os xamãs do México antigo, este exercício permite a retenção da memória sinestésica de novos movimentos das séries da Tensegridade;
· Dobrar o joelho da perna esquerda e levantá-lo para direita, o mais longe que se possa alcançar, como se fosse dar um chute lateral com o joelho.
· O tronco e os braços são girados com delicadeza o mais longe possível na direção oposta. Depois fazer o movimento com a perna direita (figura 19).
· A continuidade do exercício é feita dobrando-se o joelho esquerdo ao máximo e empurrando o mesmo o mais próximo possível do tronco, que deve ser mantido ligeiramente curvado para frente. Enquanto o movimento para cima está sendo feito, a ponta do pé aponta agudamente para o chão.
Na sequencia, um chute para frente com a perna esquerda é seguido de um chute para trás com a perna direita (figuras 21 e 22). Depois a ordem dos chutes é invertida, assim como são invertidas as pernas, ou seja, ochute para frente é feito com a perna direita e o chute para trás é feito com a perna esquerda. Os chutes precisam ser feitos o mais alto possível. O tronco deve estar ligeiramente inclinado para frente e para trás, de acordo com os chutes, para facilitar os movimentos.
Em outro exercício o joelho esquerdo é dobrado agudamente enquanto é erguido em direção ao tronco o mais alto possível. O tronco é curvado ligeiramente para frente, quase tocando os joelhos. Os braços são projetados para baixo, perfazendo um suporte que segura a sola do pé.
Em seguida o pé volta ao chão, enquanto os braços e as mãos, em um movimento vigoroso, retornam à lateral do corpo, envolvendo os músculos peitorais e os ombros.
Com o joelho agudamente dobrado, erguer o pé esquerdo até a altura dos quadris; depois empurrar para baixo com a ponta do pé curvada para cima, como se estivesse empurrando um objeto sólido. Tão logo o pé seja trazido para baixo, fazer o mesmo movimento com o pé direito. Depois, alternar repetidamente as pernas esquerda e direita.
Erguer rapidamente a perna esquerda, como se estivesse passando por cima de uma barreira localizada lateralmente em frente ao corpo.
A perna faz um movimento circular da esquerda para a direita e, quando volta ao chão, a outra perna é erguida para executar o mesmo movimento
Realizar um empurrão em forma de chute com as solas dos pés para as laterais do corpo e quadril. A perna esquerda é erguida até o meio da panturrilha e o pé empurra para a direita do corpo como se fosse bater em um objeto sólido, usando toda a superfície da sola para bater. Depois que o pé é trazido para a posição normal do chão, repetir o mesmo movimento com a perna direita.
Erguer o pé esquerdo com a ponta apontando agudamente para o chão. O joelho se projeta, bem curvado, diretamente para frente. Logo depois, descer o pé com um movimento controlado, batendo com a ponta dele no chão, como se estivesse rachando uma pedra ao meio. Assim que o pé retornar ao chão, fazer o movimento com a outra perna Finalmente, para concluir esta série de movimentos, temos o exercício onde o pé esquerdo é erguido um pouco acima do chão, toda a perna é trazida para frente do corpo e depois empurrada vigorosamente para trás,com o pé roçando ligeiramente o chão, como se estivesse raspando alguma coisa no chão com a sola do pé. Depois os mesmos movimentos são feitos com a outra perna
Pélvis
A pélvis está profundamente ligada à sexualidade do indivíduo, e quando ela está solta e com seu balanço natural, caracteriza um corpo sexualmente vivo.
Segundo Lowen (1985, p. 50), “o estar grounded dá à pessoa a sensação de independência e maturidade que torna sua expressão sexual uma atividade responsável do seu ser total”.
É importante nestes exercícios não contrair as nádegas. A contração acontece quando o assoalho pélvico é recolhido para trás, encolhendo o ânus. Estas tensões são o mesmo que ter medo de deixar acontecer; significa que se poderia defecar ou fazer algum tipo de sujeira, o que é originário do treinamento durante a infância para se ter o controle dos esfíncteres. Esta é uma região geralmente muita tensa na maioria das pessoas.
Tronco, braços, mãos e ombros – Tensegridade.
Também na Tensegridade há um exercício preliminar feito para aquecer o corpo todo, que os xamãs chamam de ligar o corpo. Segundo Castañeda (1998, p. 44):
“Ligar o corpo não tem nada a ver com o estado de tensão corporal perene que parece ser a marca da nossa época. Quando o corpo está tenso com preocupações ou sobrecarga de trabalho e os músculos do pescoço estão tão duros quanto podem estar, o corpo não está, de modo algum, ligado.”
O autor ressalta, também, que relaxar os músculos e chegar a um estado de tranquilidade não significa desligar o corpo. “A idéia dos feiticeiros do antigo México era que, com os seus passes mágicos, o corpo ficava em alerta, ficava pronto para a ação. Dom Juan Matus denominava essa condição de ligar o corpo. Ele dizia que quando a tensão muscular de ligar o corpo cessa, o corpo é desligado naturalmente” (1998, p. 44).
Dessa forma, num único exercício, porém envolvendo simultaneamente todo o corpo, é provocado um tipo de aquecimento diferente, no qual o estado de alerta vem a ele. Este ato de ligar o corpo é feito antes do início da prática das séries a seguir descritas. 
Ligar o corpo
Este exercício é realizado em uma única ação, na qual todos os músculos do corpo — especialmente o diafragma — são contraídos simultaneamente. São sacudidos os músculos do estômago e do abdômen e também os músculos em volta dos ombros e das omoplatas. Os braços e as pernas são tensionados de uma só vez com igual força, mas só por um instante (figuras 35 a 38). Segundo Castañeda (1998, p. 44), “à medida que os praticantes da Tensegridade progridem em sua prática, podem aprender a sustentar essa tensão durante um tempo maior”.
O corpo é mantido numa posição levemente inclinada. O peso do corpo é colocado na perna direita, enquanto a perna esquerda e o braço esquerdo sincronizados fazem um movimento circular completo, parando com a ponta do pé esquerdo sobre a protuberância arredonda do pé esquerdo. Depois de uma ligeira pausa, o braço e a perna fazem outros dois movimentos circulares sucessivos, totalizando três movimentos. Os mesmos movimentos são realizados com a perna e braço direitos
Treinamento xamânico , nas práticas de tensegridade:
1- Tensegridade ou também chamados Passes Mágicos, que são sequencias de movimentos nas quais se emprega a contração e o relaxamento dos músculos para sua execução e que visa, em primeira instância, à redistribuição de energia; 
2- Sonhar: trabalho sobre o estado de sonhos lúcidos e na  ampliação de percepção; 
3- Espreita: execução de ações que não fazem parte de nosso inventário  de ações “normais”;
4- Recapitulação: um ato de trazer de volta a energia despendida em ações  passadas.

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