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Organizando um Processo Didático Pedagógico

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VOCÊ SE IDENTIFICA COM ESSES PROBLEMAS?
1. Tenho dificuldade em evoluir com meu aluno! Como 
fazer?
2. Não sei como construir movimentos! Que recursos 
utilizar?
3. Me falta repertório para trabalhar com pessoas mais 
frágeis! Onde posso conseguir?
4. Por onde eu começo com meu aluno?
5. Tenho dificuldade em avaliar a qualidade do 
movimento no meu aluno! Como posso melhorar 
minha capacidade analítica?
6. Não tenho muitos recursos de aparelhos! Há 
possibilidades de trabalhar de forma diferente?
Se você se identifica com um ou mais desses problemas, 
eu tenho certeza que esse material vai poder te ajudar!!
Para que isso aconteça eu preciso que você leia 
atentamente todo o material e veja em detalhes os 
princípios de como organizar um processo didático 
pedagógico para o seu aluno. 
Está preparado?
Antes de começar com o conteúdo propriamente eu 
quero lhe fazer um convite: leia atentamente a minha 
história pessoal dentro do Pilates, eu tenho certeza que 
ela vai te INSPIRAR!!!
Então, bons estudos!!!
A MINHA HISTÓRIA 
Meus primeiros MESTRES foram meus pais, quase todas as 
experiências mais marcantes da minha vida são acompanhadas, física, 
psíquica e espiritualmente da PRESENÇA deles! Das mais primitivas e 
elementares das experiências até as mais elaboradas, sinto que bem no 
fundo da minha ALMA moram sentimentos que guiam meus passos, como 
anjos da guarda, ressoando em mim as palavras de CARINHO, 
INCENTIVO, CONFIANÇA, PERSEVERANÇA, CUIDADO e AMOR.
No fundo eu sei que essa é a base da minha AUTO-CONFIANÇA e 
principalmente daquele sentimento de fundo que me diz o tempo todo: VÁ 
EM FRENTE, TUDO VAI FICAR BEM, VAI DAR CERTO! Mesmo quando o 
cenário se apresenta com muita adversidade gerando MEDO. Então nossa 
vida acaba se tornando uma colcha de retalhos de primeiras experiências 
que irão determinar e guiar a música que iremos dançar, ou a luta que 
iremos lutar, ou o jogo que iremos jogar, ou o filme que iremos encenar.
PAIXÃO
Ainda bem jovem, pois todos nós somos obrigados a decidir o futuro de 
nossas vidas profissionais com praticamente 18 anos, me deparei com um 
dilema. Cursava o 4° ano de Engenharia Mecânica e tinha 22 anos, depois 
de fazer alguns estágios na área comecei a perceber que esse não era o 
caminho que eu queria para a minha VIDA. Na época, me lembro bem, 
era APAIXONADO por esportes e pelo movimento, especificamente pelo 
jogo da CAPOEIRA.
Me lembro da primeira experiência que tive com a CAPOEIRA! Tinha 
por volta de uns 8 a 10 anos, e fui ver meu PAI jogar bola em uma 
quadra de futebol de salão. Ao lado dessa quadra havia uma sala onde 
comecei a ouvir uma música cuja cadência era regida pelo som de um 
tambor (atabaque). Aquela música me conduziu para dentro da sala, meu 
coração pulsava e meu corpo vibrava no mesmo ritmo da música 
envolvente. Foi então que me deparei com a PLASTICIDADE e o DOMÍNIO 
dos movimentos de dois capoeiristas.
Fiquei PARALISADO vendo aquilo!
O que mais me impressionava era a capacidade de conexão de 
movimentos, uma linguagem corporal que exigia destreza e muita 
HABILIDADE. Mais tarde, com o apoio da minha família, deixei minha 
PAIXÃO construir meu caminho e larguei o curso de Engenharia Mecânica 
para cursar Educação Física, me tornando assim um Professor de 
CAPOEIRA.
Com essa lição bem clara na minha mente, de que todo caminho 
profissional deve ter a PAIXÃO como o sentimento de fundo, além da 
CAPOEIRA decidi procurar outra modalidade para complementar minha 
renda e minha vida profissional de EDUCADOR PELO MOVIMENTO.
Confesso que tentei várias modalidades de GINÁSTICA e ESPORTES, 
nenhuma delas me empolgava, inclusive o próprio “PILATES” que comecei 
a estudar, inicialmente, também não alimentava meu ESPÍRITO e meu 
CORAÇÃO.
A MINHA HISTÓRIA 
O MOMENTO DA VIRADA
Certo dia, um amigo que fazia aulas de Pilates em um estúdio 
TRADICIONAL me convidou para ver o seu treino. Me lembro como se 
fosse hoje, entrei no estúdio e fui apresentado ao Professor que iria 
ministrar a aula, sentei em uma cadeira imaginando que iria ver algo que 
já conhecia e estava acostumado.
No fundo eu não tinha a menor ideia que poderia me surpreender com 
alguma coisa que eu já fazia!
Pois bem, a aula começou, era uma aula privada e logo de saída uma 
coisa me colocou em ALERTA: os movimentos tinham uma conexão entre 
si, meu amigo não parava de se mexer em nenhum momento! Essa 
experiência me remeteu EMOCIONALMENTE à CAPOEIRA. Isso me colocou 
em um ESTADO DE ATENÇÃO TOTAL! Eu comecei a acreditar que poderia 
me surpreender com o que estava por vir.
Nesse momento meu ESTADO DE ESPÍRITO já estava diferente, cada 
detalhe daquela aula era analisado como se eu estivesse diante de um 
prato de comida, faminto!
Então muitas coisas passaram a ser reveladas diante de mim:
- Construção de movimentos.
- A importância da qualidade dos movimentos (flexibilidade, o nível de 
energia empregado, a suavidade, a força muscular, a fluidez, o ritmo, a 
leveza, o vigor).
- Como a individualidade dava VIDA aos movimentos.
- Era notável a presença de um MÉTODO.
Além disso tudo, e essa foi uma das coisas que mais me chamou a 
atenção, pude perceber o nível de integração e intimidade que meu amigo 
possuía com o aparelho de Pilates (no caso em questão o Reformer). 
Cada centímetro do aparelho estava completamente integrado em sua 
imagem corporal. Como um músico, que manuseia seu instrumento sem 
precisar olhá-lo, corpo, mente, espírito e instrumento de trabalho 
harmonizavam-se em uma unidade.
UAHUUUUUUUUUU!!!!! FIQUEI EM EXCTASE!!!!! NUNCA TINHA VISTO 
AQUILO!!!
Tive a nítida impressão de que nunca havia trabalhado com PILATES 
na minha VIDA! Rapidamente a percepção de que EU TINHA DIANTE DE 
MIM uma proposta de MOVIMENTOS coerente com tudo aquilo que eu 
acreditava e procurava era clara e cristalina.
A MINHA HISTÓRIA 
Ou seja, uma forma de se movimentar não-violenta, que respeita a 
individualidade das pessoas, acessível a todas as idades, inteligente, com 
princípios e valores claros apoiada em uma proposta de saúde ampla.
Desde então decidi concentrar todas as minhas energias em um único 
foco – Pilates clássico.
Infelizmente, esse cambiante mercado do fitness transfigurou o 
Pilates em alguma coisa hoje praticamente irreconhecível. Por essa 
razão, assumi o compromisso minucioso de garimpagem de tudo aquilo 
que é essencial e atemporal no trabalho construído por Joseph Pilates, 
um verdadeiro patrimônio da humanidade que deve ser preservado e 
compartilhado. Para tanto, não meço esforços e investimentos em 
viagens e pesquisa, me mantendo próximo de professores da velha 
guarda que levam à frente essa riquíssima tradição. 
Hoje gasto a maior parte do meu tempo pesquisando, estudando e 
treinando para que eu possa cada vez mais, organizar e sistematizar 
conteúdo, para que você tenha facilidade em entender, de forma clara e 
objetiva, o que é o método Pilates em sua proposta tradicional, e como 
esse método tem o poder de transformar vidas. 
Essa é a minha missão profissional!
Esse material é mais uma oportunidade de te ajudar nesse sentido.
Você deixa eu te guiar pelas mãos?
 Sócio-proprietário da Escola de Pilates 
Clássico Taiken.
 Licenciado em Educação Física (2002) 
pela Faculdades Metropolitanas Unidas 
(FMU).
 Especialista em biomecânica da postura 
e do movimento (método GDS) – pelo 
Instituto Philippe Campignion (2016).
 Certificação em Pilates Clássico -
METROPOLITAN AUTHENTIC TRAINING 
2017 e 2018 (M.A.T Pilates), EUA(WA -
Seattle).
 Um dos Idealizadores do primeiro evento 
no formato de um Retiro em Pilates – Your
Health Pilates Retreat – que acontece 
todo ano no mês de junho no interior de 
São Paulo.
 Coordenador do curso de Pós-graduação 
em Pilates Clássico na UNISEPE – União 
das instituições de Serviço, ensino e 
pesquisa LTDA.
OBJETIVOS 
• Aprender a construir movimentos em todos os 
planos de direção de forma inteligente.
• Entender princípios para a construção 
pedagógica dosmovimentos no Pilates.
• Melhorar a sua capacidade analítica dos 
movimentos.
• Aumentar o seu repertório de exercícios de 
pré-Pilates sem o recurso de aparelhos caros.
• Obter mais recursos para o trabalho com 
pessoas mais frágeis.
SUMÁRIO:
1. O Método Pilates: princípios e 
fundamentos da sua organização.
2. Técnica de movimento do Método.
3. Princípios básicos de cinesiologia para 
a construção dos movimentos.
4. O enrolamento (Flexões da coluna)
5. O endireitamento (Extensões da 
coluna)
6. Torção (Rotações da coluna)
7. Unidade inferior (O que fazer? Como 
preparar seu aluno?)
8. 7) Unidade Superior (O que fazer? 
Como preparar seu aluno?)
9. Referências bibliográficas.
1 ) O M ÉT O D O 
P I L AT E S
P R I N C Í P I O S E F U N D A M E N T O S D A 
S U A O R G A N I Z A Ç Ã O .
5) - O Método Pilates.
O retorno à vida através da contrologia foi o título do segundo livro 
publicado por Joseph Pilates em 1945. Muito mais do que um título de 
livro, nosso mestre tinha como objetivo central de seu método de 
exercícios fazer com que as pessoas pudessem resgatar o prazer e a 
alegria de viver e se movimentar, dentro de um processo de integração 
do homem com ele mesmo (CORPO, MENTE e ESPÍRITO).
Para tanto, Joseph Pilates organizou um método de trabalho que 
busca o resgate de movimentos primários, ou seja, a reconstrução da 
trajetória do desenvolvimento motor humano, revendo todos os 
processos primários vivenciados por nosso corpo, no diálogo entre 
sistema nervoso central e meio ambiente.
Essa ideia, elaborada por Joseph Pilates nas duas primeiras décadas 
do século XX está em ressonância com outros métodos de 
condicionamento físico e reabilitação motora que buscam o 
desenvolvimento de estratégias corretivas baseadas nos estágios da 
maturação neuromuscular do sistema locomotor, um dos princípios que 
norteiam os trabalhos de Pavel Kolar, da Escola de Reabilitação de Praga, 
por exemplo.
Então a primeira coisa muito importante que você precisa saber é: 
AFINAL DE CONTAS, O QUE É O MÉTODO PILATES?
5) O método Pilates
O primeiro conceito que deve estar bem claro para quem pesquisa e 
quer se aprofundar é o significado da palavra MÉTODO, veja duas 
definições:
“Conjunto de etapas, ordenadamente dispostas, a serem vencidas na investigação da 
verdade, no estudo de uma ciência ou para alcançar determinado fim” (Galliano, 1979);
“Procedimento racional arbitrário de como atingir determinados resultados (...). Na 
ciência, os métodos constituem os instrumentos básicos que ordenam de início o 
pensamento em sistemas, traçam de modo ordenado a forma de proceder do cientista ao 
longo de um percurso para alcançar um objetivo pré-estabelecido” (Ferrari, 1982);
Logo, quando dizemos que o Pílates é um método significa assumir que 
há um caminho a ser percorrido, um processo a ser vivido dentro de uma 
sistematização de movimentos pensada por Joseph Pilates. Essa 
sistematização respeita princípios e leis que regem todo o processo de 
maturação da coordenação motora. São elas:
 - Céfalo-caudal/próximo-distal.
 - Enrolamento/endireitamento.
 - Torção/tensão.
• Céfalo-caudal/próximo-distal.
Todo o processo da aprendizagem, tanto corporal, quanto 
intelectual parte da mesma lei céfalo-caudal/próximo-distal.
Progressão céfalo-caudal: o desenvolvimento motor segue uma 
progressão partindo da cabeça, seguindo da cintura escapular, 
abdominal, pélvica até aos membros inferiores. É necessário um 
ano para a criança alcançar uma mobilidade dependente. 
Exemplo: o período neonatal, os bebês controlam primeiro a 
musculatura da cabeça, pescoço e tronco e só mais tarde das 
pernas e dos pés.
Progressão próximo-distal: controle da musculatura do centro do 
corpo às extremidades. Acontece em relação aos processos de 
crescimento do corpo e nos ganhos de habilidade motoras.
Estas leis regem todo o processo de maturação física e cognitiva 
do indivíduo. Em cada fase do desenvolvimento a criança passa 
por determinados processos de maturação e em cada uma delas 
precisa de três tipos de ações:
- Querer fazer – a necessidade desperta o desejo;
- Poder fazer – é preciso que tenha aptidões físicas e psíquicas 
para realizar o que quer;
- Saber fazer – é preciso que tenha as capacidades cognitivas 
adequadamente desenvolvidas para aquela fase. Qualquer 
impedimento em uma dessas ações comprometerá todo o seu 
desempenho.
• Enrolamento/endireitamento.
No desenvolvimento humano observamos as mudanças no 
comportamento motor que envolvem tanto a maturação do sistema 
nervoso central, como a interação com o ambiente e os estímulos 
dados durante o desenvolvimento da criança.
Segundo (Béziers & Hunsinger, 1994), desde que nascemos certas 
posições são acompanhadas por sensações de bem-estar. Essas 
posições são aquelas em que a criança está reagrupada sobre sí
mesma, são dessas posições que vão depender o desenvolvimento 
psicomotor da criança. Ao apoiar-se em seu “enrolamento” a criança 
vai organizar, mais tarde, o endireitamento necessário para sentar-se e 
depois ficar em pé e andar. No endireitamento, os músculos da parte 
posterior do tronco, os extensores das costas, podem ser considerados 
uma espécie de mola; eles se apoiam nos músculos do enrolamento 
para endireitar o tronco. O enrolamento-endireitamento garante a 
harmonia e o equilíbrio ântero-posterior do corpo.
• Torção/tensão. 
Para compreender a complexidade e a riqueza da coordenação motora 
é preciso conhecer melhor os músculos que conduzem a torção-tensão. 
Certos músculos passam por mais de uma articulação e são os 
organizadores do movimento porque a contração de um deles provoca 
a contração do músculo seguinte. Eles são chamados “músculos 
condutores”. Esses músculos longitudinais unem, sem interrupção 
funcional, membros e tronco em uma unidade. Por suas inserções e 
pela direção do seu trajeto, os músculos condutores farão uma 
articulação girar para dentro e uma outra girar para fora, num 
movimento de torção cujo resultado será o que chamamos de tensão. 
(Béziers & Hunsinger, 1994)
Podemos ilustrar essa configuração anatômica com a imagem de uma 
toalha, se torcermos uma toalha, chegaremos a um ponto em que ela 
se dobra. O trabalho conjunto de nossas articulações, tecidos 
musculares e ossos produz o mesmo efeito, em função da oposição dos 
polos esféricos, presentes nas extremidades de cada membro do corpo 
humano. A esfera das mãos torce em sentido contrário à esfera do 
ombro, onde se localiza o úmero – a porção do braço entre o ombro e o 
cotovelo gira no seu eixo na direção da linha mediana do tronco, 
enquanto as mãos se dirigem para fora; 
Analogamente, os pés se pautam pela linha mediana do eixo corporal, contra 
a cabeça do fêmur que gira para fora. Braços e pernas não agem 
simplesmente como dobradiças de uma porta; eles proporcionam aos nossos 
sentidos imagens tridimensionais e integradas. (Bertazzo, 2014)
No Pilates clássico fazemos com que as pessoas voltem a experienciar todo 
um repertório de movimentos PRIMÁRIOS que foram vividos e, muitas vezes, 
desorganizados. Por isso dizemos que o Pilates possui um método de 
trabalho, isso significa que há um caminho a ser percorrido, um processo a 
ser vivido. O aluno de Pilates só tem a perder caso seja sacrificada uma das 
etapas do seu percurso.
O repertório de exercícios do sistema básico, tanto no Mat quanto no 
Refomer, são estruturados para que o aluno organize sua curva “C” 
(enrolamento) e o que entendemos pelo conceito de “caixa de alinhamento”, 
ou seja, um quadrado imaginário formado pelas linhas horizontais que vão de 
ombro a ombro e quadril a quadril, assim como os paralelos ombro a quadril 
(veremos com mais detalhe esse conceito no módulo 4 desta disciplina).
Organizada a curva “C” com uma coluna já mais flexível e uma musculatura 
anterior um pouco mais forte, iniciamos um trabalho mais específico de 
fortalecimento da cadeia paravertebral (endireitamento). No repertório de 
exercícios do sistema intermediáriocomeçamos a introduzir o aluno nas 
extensões da coluna e respectivamente nas flexões laterais e rotações. Após 
um longo processo no nível intermediário e com as técnicas dos exercícios já 
bem consolidadas, iniciamos outro processo no nível avançado, integrando 
planos de movimento de forma mais atlética.
Outro ponto importante na metodologia são as transições das posições de 
decúbito para as posições semiajoelhadas, ajoelhadas e verticais, onde os 
trabalhos de squats (agachamentos) e cadeiras irão reeducar nossos alunos a 
se VERTICALIZAR a partir de uma boa base (pés). Não à toa o primeiro 
aparelho criado por Joseph Pilates foi um aparelho para os pés, o 
FOOTCORECTOR.
Pois é! Nosso mestre era ou não um cara muito além de seu tempo?
Ação dos músculos 
condutores: sartório, 
iliopssoas e tibiais. O joelho 
dobra porque as coxas, em 
sua junção com a bacia, 
torcem para fora, ao passo 
que as tíbias e os pés criam 
uma oposição, torcendo 
para dentro em direção à 
linha mediana do corpo. 
É no sistema básico que plantamos a semente que gera os frutos da 
qualidade dos movimentos do sistema intermediário (extensões e torções), 
pois a ação bem coordenada do enrolamento do tronco (oposição entre o 
osso sacro e o occipital) é que amplia a força dos extensores para retornar 
à verticalidade (endireitamento), mantendo a largura das escápulas, costelas 
e asas ilíacas. 
Enrolamento Endireitamento
Assim como a qualidade da torção dependerá essencialmente da 
estruturação prévia dos músculos que geram o enrolamento, pois a 
torção, quando ocorre em um tronco fixado em extensão, pode causar 
problemas à coluna vertebral.
Todo Professor de Pilates deve entender essa organização pedagógica 
para conseguir estruturar processos eficientes de construção de 
movimentos! 
Abaixo você verá outras considerações sobre o enrolamento que serão 
trabalhadas posteriormente nos módulos sobre as unidades superior e 
inferior.
UNIDADES DE ENROLAMENTO
Nos textos anteriores eu destaquei de maneira clara a importância do 
enrolamento como um princípio organizador da estrutura pedagógica do 
método Pilates. O movimento de enrolamento e endireitamento é um 
movimento fundamentalmente humano e engana-se quem pensa que ele 
acontece somente no tronco!
Na verdade outras estruturas como nossas MÃOS e nossos PÉS também 
apresentam essa mesma capacidade. Não à toa, no sistema básico 
desenvolvemos uma educação de movimentos para pés e mãos, utilizando 
pequenos acessórios como o FOOT CORRECTOR e o SEND BAG, 
coordenando ações musculares que buscam desenvolver o enrolamento 
da mesma forma que em nosso tronco.
FOOT CORRECTOR - Ora, todos sabemos que Joseph Pilates tinha uma 
preocupação com os pés de seus alunos (sobretudo no caso dos 
bailarinos), não à toa, seu primeiro equipamento foi construído em 1923 e 
chamava-se FOOT CORRECTOR. Este equipamento, apesar de ser de 
grande valia e ter uma importância histórica muito grande dentro do 
método, é muito pouco conhecido e utilizado na maioria dos estúdios de 
Pilates pelo Brasil. 
O foot corrector foi criado para fortalecer os pequenos músculos e 
articulações dos pés, dando-lhe estrutura para que se tenha um pé 
funcional no sentido do amortecimento do peso corporal, assim como na 
propulsão do chão.
Eis a lição BÁSICA proposta em todo processo introdutório no método 
Pilates:
Faça seu aluno associar trabalho de pés, com organização de quadril e 
tronco, utilizando os músculos do power house de maneira SUFICIENTE 
para manutenção de um bom alinhamento postural.
SEND BAG – Acessório simples, compõe-se de um pequeno bastão de 
40cm com um cordão de 50cm afixado em seu centro, e na outra 
extremidade, um peso de areia. O exercício feito com esse acessório 
consiste em girar o bastão, ENROLANDO o cordão até o final, e depois 
executar o movimento inverso. O trabalho dos músculos flexores e 
extensores do punho e da mão é muito intenso e efetivo recomendado 
também para quem necessita de um grande nível de força de preensão, 
como esquiadores, tenistas, esgrimistas, lutadores, etc. (Filho & Garcia, 
2012).
Além disso, com este acessório podemos coordenar um movimento fino 
de enrolamento das mãos, associado à organização dos MMSS e 
principalmente da cintura escapular em conexão com o tronco (caixa 
torácica), movimento este tão importante para o desenvolvimento da 
nossa escrita!
No SISTEMA BÁSICO ensinamos nossos alunos a organizar os membros e 
o tronco para funcionarem como uma unidade de coordenação, ou seja, 
percebendo a conexão entre cada segmento dentro do gesto motor justo 
e harmônico.
PRINCÍPIOS DE ORGANIZAÇÃO DO MÉTODO 
PILATES:
• Progressão de planos de movimento -
Sagital, Frontal, Transversal.
• Progressão das posições do corpo no 
espaço: deitado, quadrupedia, sentado, 
semi-joelhos, ajoelhado, em pé.
• Progressão dos tipos de movimento: 
Flexões; extensões; flexões laterais; 
torções; hiperextensões; integração de 
movimentos. (Sendo o movimento do 
enrolamento a base para a organização 
dos movimentos subsequentes)
• Essa sistematização respeita princípios e 
leis que regem todo o processo de 
maturação da coordenação motora.
2 ) T É C N I C A D E 
M O V I M E N T O
O S T R Ê S C O N C E I T O S 
F U N D A M E N T A I I S
Além de tudo o que foi exposto até agora, o método Pilates possui uma 
característica particular quanto à qualidade e organização dos movimentos, 
aqui estou me referindo ao conceito de TÉCNICA, definida por (Galliano, 
1979) como o “modo de fazer de forma mais hábil, mais seguro, mais 
perfeita algum tipo de atividade, arte ou ofício”. 
A técnica dos movimentos no Pilates deve respeitar outros três conceitos 
claros, são eles:
 box aligment (caixa de alinhamento)
 Two way stretch (vetores de força em oposição)
 conecting to the back (conexão da periferia com o centro)
Box aligment (caixa de alinhamento)
Nosso corpo possui uma representação em imagem que fica gravada em 
nossa psique, esse duplo corporal caracteriza-se por uma representação 
tridimensional que nos informa a todo instante, por imagens, as relações 
do nosso corpo no espaço, o que sentimos e percebemos dele, assim como 
do mundo que está ao nosso redor. 
O conceito de caixa de alinhamento refere-se a uma condição de 
alinhamento e simetria corporal, ancorada em uma representação da 
geometria dos segmentos corporais, que será exigida em todos os 
movimentos propostos no método Pilates. Mas antes de tudo, refere-se a 
uma atitude de rigor mental, durante a execução dos gestos e 
movimentos, que organizam nossa geometria corporal, harmonizando 
sempre a forma das nossas estruturas corporais e suas funções. 
Em outras palavras, perceber o corpo como uma unidade composta de 
formas geométricas tridimensionais que se relacionam, ajuda o praticante 
de Pilates a organizar melhor os seus movimentos. 
Two way Stretch – se movimentar construindo linhas de força
com vetores em oposição.
No Pilates, ensinamos o corpo dos nossos alunos a lutarem contra
a gravidade sempre construindo conexões musculares com vetores de
força em oposição, o que chamamos de – two way stretch.
Nenhum crescimento axial pode ser realizado quando iniciamos
esse crescimento a partir do topo da cabeça! Contudo, esse princípio
de organização do gesto motor no Pilates é uma forma de se
movimentar que deve estar presente em todos os exercícios, sejam
eles, deitados, sentados, ajoelhados ou em pé. Porém, não devemos
esquecer que o nosso objetivo último é, levar nossos alunos à
conquista de uma atitude digna na vertical.
Esse simples desenho demonstra a relação direta e condicional que
os dois conceitos (two way stretch e box aligment) possuem. Talvez a
representação máxima desse conceito, nos exercícios de Pilates seja o
Double Leg Stretch.
- Conecting to the back (conexão das extremidades com as
costas)
Durante os movimentos que realizamos na prática do método
Pilates precisamos entender queo nosso sistema nervoso central não
faz a leitura da função de um músculo isoladamente; ele detecta e
registra a ação motora, atentando-se à intenção objetiva de um
movimento. Por isso, quando propomos exercícios no método Pilates,
nosso intuito é sempre a organização dos membros e do tronco
funcionando como uma unidade de coordenação. Ou seja, toda a nossa
proposta de educação motora repousa na construção da consciência de
que o nosso corpo é uma unidade organizada.
Repare bem na figura logo abaixo:
Para Godelive Denys-Struyf, citado por (Campignion,2003) o corpo
humano é organizado por cadeias articulares que são unidas por
cadeias musculares. Uma cadeia articular é constituída por um conjunto
de articulações que são dependentes uma das outras em seus
deslocamentos. Novamente antecipando a disciplina 3 de Cinesiologia,
nosso corpo possui 5 cadeias articulares:
1) Uma cadeia articular do tronco – constituída pelo sacro,
empilhamento vertebral e ossos do crânio.
2) Duas cadeias articulares dos membros inferiores – englobam de
cada lado o osso ilíaco, o fêmur, a tíbia, a fíbula, e todos os ossos
do pé.
3) Duas cadeias articulares dos membros superiores – correspondem
de cada lado, a escápula, a clavícula, o úmero, o rádio e a ulna,
assim como todos os ossos da mão.
Repare pela figura, como as cadeias articulares dos MMSS e MMII
estão ligadas entre si pelas fibras ilíacas do grande dorsal e à cadeia
articular do tronco pelas fibras vertebrais desse mesmo músculo.
No Pilates trabalhamos para levar a consciência de nossos alunos a
entenderem corporalmente que seus braços não terminam nos seus
ombros e sim nas costas, assim como suas pernas terminam na cintura
escapular! A imagem que gosto de construir com meus alunos é de um
anjo, onde suas asas finalizam no meio e na parte baixa das costas.
O CINTURÃO DE FORÇA
Confesso que percorri as obras de Joseph Pilates inúmeras vezes,
nunca encontrei esse conceito! Muito menos sua definição! Isso não
significa que ele não possa ter chegado até nós via transmissão oral,
porém, sendo um conceito tão fundamental para Joseph Pilates, me
estranha o fato dele não o citar em suas obras fundamentais.
Mas afinal do que se trata esse conceito?
O mundo científico vem debatendo esse conceito há muito tempo
(CORE), o transverso do abdôme (TVA) já não é o protagonista como
se imaginava, já que estudos vêm demostrando que os estabilizadores
mais importantes são específicos de acordo com a tarefa realizada.
(McGill, 2010)
Além disso, ao contrário do que se pensava, não possuímos a
capacidade de ativar o transverso abdominal isoladamente e que a
estratégia de comando como o tal “UMBIGO PARA DENTRO” diminui a
estabilidade da coluna ao invés de aumentá-la.
Mas veja, pensar no conceito de POWER HOUSE classificando
músculos ou elegendo certa região do corpo ao invés de outra é só
uma possibilidade de pensar esse conceito!
SERÁ QUE NÃO PODEMOS PENSÁ-LO DE FORMA DIFERENTE?
Por exemplo, poderíamos pensar esse conceito como uma forma
de organização do gesto motor que dá ao corpo e ao seu movimento a
característica de coesão, possibilitando uma sensação de unidade. Essa
organização deve desconstruir a ideia de hierarquia de uma região do
corpo em relação à outra, mas sim atuar no sentido da orientação de
como conduzir a força, do centro para as extremidades assim como das
extremidades para o centro de acordo com a tarefa, assim como atuar
para que nosso corpo esteja pronto para o movimento mantendo níveis
suficientes de estabilidade e mobilidade segmentar de acordo com a
tarefa realizada.
Para que tudo isso aconteça é necessário a integração dos três
conceitos, box aligment; two way stretch e conecting to the back
na realização de qualquer movimento proposto dentro do método
Pilates.
De maneira grosseira, um 
conjunto de músculos localizados 
em nosso tronco e bacia, região 
central do corpo, que quando bem 
treinados, supõe-se, melhorar a 
performance e a qualidade dos 
movimentos, permitindo que a 
força se irradie perifericamente, 
auxiliando também na prevenção 
de lesões.
3 ) C I N E S I O LO G I A
F U N D A M E N T O S P A R A A 
C O N S T R U Ç Ã O D O M O V I M E N T O
COMO CONDUZIR O MOVIMENTO DE FLEXÃO DA COLUNA SEM 
FECHAR ESPAÇOS!
Quando estamos conduzindo um movimento ´devemos prestar bastante 
atenção na forma como iremos iniciar. Muitas vezes parece óbvio, mas não é!
No caso do exercício ROLL UP, por exemplo, a primeira articulação que 
deve flexionar é a occipital-áxis, ativando todos os músculos pré-cervicais 
localizados na região anterior da cervical. Este movimento deve ser realizado 
ainda com a cabeça apoiada no chão, ou seja, um movimento muito sutil que 
começa pelo direcionamento do olhar (todo movimento no Pilates deve 
começar pelo olhar, isso é um princípio marcial chinês), e no segundo 
momento com uma leve orientação do queixo para dentro (sem retificar a 
cervical, esse movimento é sutil).
O segundo passo para que a cabeça saia do chão é pensar na flexão torácica, 
é ela que deve conduzir o movimento. Sendo assim, peça para seu aluno 
conectar o fim do esterno com o púbis, soltando o ar e deslizando as 
costelas para baixo (não há a necessidade de fechá-las, abandone esse 
comando).
É justamente esse movimento anterior que vem conduzindo a flexão 
cervical, a caixa torácica vem conduzindo a cabeça e o queixo não encosta 
no peito (outro comando que deve ser abandonado pelo professor de 
Pilates). Mantenha uma longa curva "C" com os ísquios ancorados no chão e 
o ilíaco vertical, abrindo a coluna posteriormente e mantendo um sentido de 
oposição sacro-cabeça (lembre-se, as fibras profundas do glúteo máximo 
ancoram o sacro no sentido oposto ao do movimento da coroa da cabeça. 
Aumente o espaço ilíaco-costela e mantenha o seu olhar para baixo nessa 
fase do movimento.
Dessa forma a estrutura do movimento de flexão na subida do Roll Up
sequencialmente ficaria:
1) Direcionamento do olhar para baixo.
2) Flexão crânio-cervical.
3) Flexão torácica.
4) Flexão cervical.
Na minha opinião, o exercício Roll Up é um exercício importantíssimo do 
método, ele não deve ser destinado a malhar o seu abdôme e sim a educar e 
organizar um movimento de flexão da coluna que o seu aluno fará em 
muitos outros exercícios no método!
Pense nisso e boa prática!
OS SEGREDOS PARA VOCÊ ENTENDER COMO INICIAR 
COM AS EXTENSÕES DA COLUNA NO MÉTODO PILATES . 
Você sabe como o método propõe iniciar os movimentos de extensão 
da coluna?
Veja, a primeira extensão da coluna dentro do método é feita no 
exercício mostrado na foto abaixo - KNEELING KNEE STRETCHES 
SERIES – ARCHED BACK.
Te pergunto: Por quais razões Joseph Pilates escolheu este exercício, não 
um outro qualquer, para propor a experiência para o aluno da primeira 
extensão do método? Você saberia dizer?
Brinco com meus alunos do curso de formação que isso é PERGUNTA DE 
PROVA!!!!
Minha resposta: 
Nessa primeira experiência não desejamos ainda uma extensão GLOBAL 
da coluna, mas sim uma enfase maior na região torácica!!!! 
Pela posição do corpo no Reformer, com os joelhos e quadris bem 
flexionados (com o aluno quase sentado nos calcanhares) conseguimos 
manter a região lombar com a tendência de se alargar em um sentido de 
uma leve flexão. 
Os pés empurram o carro e pela ação dos glúteos a bacia tende a descer, 
na direção dos calcanhares, projetando o sacro para baixo, em oposição à 
cabeça, ativando assim o reflexo de elevação da cabeça. (Note como eu 
auxilio, com a técnica das mãos, o posicionamento em crescimento, do 
pescoço e cabeça da aluna)
Outro ponto importante desse exercício é o apoio das mãos na barra, ao 
empurrar leva a energia das mãos ao crânio, que cresce em OPOSIÇÃO ao 
sacro, assim como é pelo empurrar das mãos que se comunicam os 
músculos da região anterior do corpo (braços, peito, abdômen), 
permitindo com que a cadeia anterior se mantenha ativa em co-ativação
com a posterior.
Reaprender a ficar em pé, dentro da propostado MÉTODO PILATES, 
significa reprogramar nossos movimentos primários para que sejamos 
educados a estar sobre nossos pés, ganhando comprimento na coluna sem 
mantê-la RÍGIDA. Isso necessariamente passa por um aprendizado de 
organização de forças em oposição, no caso em questão – OPOSIÇÃO 
ENTRE SACRO E CABEÇA.
COMO CONQUISTAR A LIBERDADE DE REALIZAR UMA BOA 
EXTENSÃO DA COLUNA.
Em resposta a uma cultura que põe as pessoas em posições cada vez mais auto-
centradas, por meio de equipamentos eletrônicos como celulares e 
computadores, deveríamos pensar em proporcionar uma maior liberdade para os 
movimentos de extensão da coluna em nossos alunos.
Será que perdemos a capacidade de levar nossos alunos a se movimentarem 
com mais liberdade, sem medo, explorando os movimentos em todo o seu 
potencial?
Para que um aluno tenha condição de realizar os exercícios abaixo (SWAN ON 
THE BARREL e SEMI-CIRCLE) há a necessidade de uma construção que depende 
dos seguintes fatores:
• O próprio percurso no método - No método clássico iniciamos o aluno em 
movimentos de flexão da coluna e organização do que chamamos de “curva 
C”, com a sua evolução, pequenas extensões irão sendo introduzidas, e caso o 
aluno tenha condição, caminharemos para extensões com mais amplitude.
• Construção de movimentos e exercícios a partir do conhecimento de como as 
articulações se relacionam durante esse movimento, nos aspectos 
(estabilidade/mobilidade). A função estabilizadora do glúteo (com ponto fixo 
para baixo) é muito importante, o quadril não pode estar bloqueado em flexão 
com o osso ilíaco posicionado em anteversão, assim como a coxofemoral não 
deve estar bloqueada em rotação interna, caso contrário, quem irá sofrer será 
a região lombar. 
• A preparação do aluno para este trabalho envolve, além de uma cadeia 
anterior do tronco já bem estruturada, a flexibilidade de músculos como 
quadrado lombar, reto-femoral, Iliopssoas, tensor da fáscia lata (todos 
anteversores do quadril) e glúteo mínimo (poderoso rotador interno da 
coxofemoral). 
• Conquistar um bom ritmo escapular proporcionando maior liberdade à 
articulação glenoumeral, também será desejável para se conquistar uma boa 
extensão da coluna (principalmente torácica). Flexibilizar músculos como 
peitoral menor e maior, grande dorsal e rotadores internos do ombro será 
necessário.
Nos textos abaixo darei alguns exemplos de exercícios que podem ser usados 
nesta construção dentro de uma estrutura de Pré-Pilates. Antes, algumas 
considerações sobre cinesiologia do aparelho locomotor.
Swan on the barrel Semi circle - Reformer
PROGRESSÃO PEDAGÓGICA DOS EXERCÍCIOS DE 
EXTENSÃO DA COLUNA NO MÉTODO PILATES.
Para entender a maneira como devemos evoluir nossos alunos nas 
extensões da coluna no método Pilates precisamos compreender 
alguns aspectos anatômicos e biomecânicos do movimento no Pilates, 
preste atenção na foto abaixo:
O colapso da região tóraco lombar 
apresentado nessa foto pode ser 
explicado por dois motivos: o 
primeiro diz respeito à possibilidade 
mecânica de instabilidade dessa 
região devido à mudança de 
posicionamento das facetas 
articulares nessa região; o segundo 
motivo pode estar relacionado com 
a falta de força dos músculos do 
tronco, associado com um 
encurtamento de músculos que são 
bi-articulares e anteversores do 
quadril (reto femoral e grande 
dorsal).
Veja nessa outra figura como a 
ação voluntária de músculos 
extensores do quadril e 
abdominais evitam a queda da 
bacia para frente (anteversão) o 
que promove um estiramento 
ainda maior do reto femoral. 
Quando realizamos uma 
extensão da coluna, 
principalmente quando os 
joelhos estão dobrados, é 
fundamental a ativação 
voluntária desses músculos 
(glúteo máximo, reto do 
abdome, obliquo externo). Caso 
contrário, quem pode sofrer é a 
coluna lombar!
Levando tudo isso em consideração é conveniente iniciar os 
movimentos de extensão da coluna nos exercícios do MAT, onde o 
aluno irá aprender a realizar essa contração voluntária e tanto os 
joelhos como os ombros não irão solicitar uma demanda de trabalha 
forte devido ao seu posicionamento. Paralelo ao trabalho do MAT, 
devemos introduzir exercícios de Pré-Pilates que possam trabalhar a 
mobilidade da articulação coxo femoral, glenoumeral e torácica. Isso 
envolve exercícios de aumento da flexibilidade de músculos e também 
exercícios de mobilidade. Alguns exemplos seguem abaixo:
PRÉ-PILATES PARA AS EXTENSÕES (PRINCÍPIOS DE 
TRABALHO)
3) Educar os músculos retroversores e extensores do quadril.
1) flexibilizar os músculos que podem impedir um movimento que cria 
espaço articular.
 anteversores do quadril: Glúteo mínimo, Retofemoral, Tensor da fáscia 
lata, Grande dorsal, iliopssoas.
 Músculos que fixam a torácica em flexão e fecham o peito: reto 
abdominal, peitoral maior e menor.
2) Exercícios de mobilidade das articulações que podem causar uma 
mobilidade compensatória lombar: Coxofemoral; Torácica D8; 
Glenoumeral.
COMO REALIZAR UMA ROTAÇÃO DA COLUNA DE FORMA 
SEGURA! 
No método Pilates o primeiro exercício de rotação da coluna é proposto 
nesse aparelho chamado ARM CHAIR ou BABY CHAIR. O nome do 
exercício em questão é BUTTERFLY!
Você sabe os motivos? Pensa comigo!!!!!!
Qual é o perigo de se realizar um movimento de rotação da coluna com 
nossos alunos?
Ora, o movimento de torção da coluna, quando ocorre num tronco fixado 
em extensão, além de ter pouca possibilidade de mobilidade, pode causar 
problemas à coluna vertebral. A FORMA determina a qualidade da 
FUNÇÃO!
VAMOS ENTENDER MELHOR?
Em linhas gerais, se a coluna possui suas curvas fisiológicas bem 
definidas, as vértebras que a compõem estão articuladas entre si por meio 
das duas facetas articulares posteriores, que constitui o pivô articular 
principal, e o disco intervertebral na frente delas, que exerce sobretudo 
um papel de amortecedor e de guia dos movimentos (observe a figura 1).
Essa organização permite que cada segmento da coluna tenha a 
liberdade de movimento em rotação de acordo com o ângulo de junção 
entre as facetas articulares, na parte posterior (observe a figura 2). Logo, 
nossa coluna torácica, por exemplo, possui uma organização de inclinação 
entre as facetas que permite uma liberdade em rotação caso sua CIFOSE 
FISIOLÓGICA esteja preservada. Chamamos essa organização prévia para 
o movimento no Pilates clássico de BOX ALIGMENT!
Por isso, todo trabalho de rotação da coluna no método Pilates necessita 
previamente da estruturação dos músculos do enrolamento do tronco 
entre outras coisas. 
Então volte sua atenção para a foto abaixo (figura 3) e me responda: 
POR QUÊ RAZÃO A PRIMEIRA ROTAÇÃO DA COLUNA DO MÉTODO É 
PROPOSTA AÍ E NÃO EM OUTRO LUGAR?
Fig. 1
Fig. 2
Fig. 3
EXERCÍCIOS PREPARATÓRIOS PARA AS ROTAÇÕES
• Antes de iniciarmos os alunos nos movimentos de 
rotação da coluna devemos explorar os exercícios 
unilaterais e de flexão lateral da coluna.
• Todo exercício unilateral e de flexão da coluna 
possuem componentes de controle no sentido da 
rotação.
• Observe as fotos ilustrativas de alguns exemplos 
de exercícios que devem ser trabalhados antes das 
torções:
• Utilize equipamentos que eduque as rotações 
facilitando a retirada da coluna em possíveis 
fixações em extensão. A arm chair e o small barrel
são excelentes opções, veja a foto:
UNIDADE INFERIOR
Já reparou como algumas pessoas parecem estar sentadas mesmo 
estando em pé? É isso mesmo! Muitas vezes a pessoa nem se dá conta 
de que o seu quadril está flexionado sobre o fêmur, podendo estar 
associado a uma rotação interna do próprio fêmur (é a famosa prega na 
virilha) e o desabamento do arco do pé para dentro. 
Essa condição inibe completamente a transferência de energia de baixo 
para cima fazendo com que a pessoa perca a eficiência em se 
movimentar assim como uma boa condição de arranjo postural na 
estática.
No método Pilates temos condição de propor uma educação motora 
que possa, em um primeiro momento, desbloqueara articulação do 
vício postural citado acima, assim como propor um repertório de 
movimentos que possa ensinar esse aluno a utilizar mecanismos 
coxofemorais mais eficientes.
Para tanto basta compreendermos que, devido às características das 
transformações ósseas que ocorreram ao longo da evolução humana, a 
ação dos músculos extensores do quadril (principalmente o glúteo 
máximo) é indissociável da ação dos músculos rotadores externos do 
quadril (pelvetrocanterianos). Essa coativação garante a estabilidade do 
fêmur e da bacia durante nossa permanência em pé e na marcha. 
• UNIDADE SUPERIOR
A amplitude total do movimento escapuloumeral para a elevação do 
braço acima da cabeça em flexão ou abdução depende da flexibilidade 
adequada dos rotadores internos, além da flexibilidade do grande 
dorsal, do peitoral menor e dos rombóides. A escápula deve estar 
livre para que seu ângulo inferior rode lateralmente em quase 60⁰, o 
úmero deve atingir um bom grau de rotação externa para que haja um 
movimento sem risco para o tendão do supra-espinal.
Primeiramente é a articulação gleno-umeral que entra em ação. 
Movimento de abdução até, aproximadamente, 30 graus, em 
decorrência da ação dos músculos deltóide e supraespinhoso.
Depois há a intervenção da articulação escápulo-torácica, que ocorre 
de 90 a 150 graus, através de uma rotação superior em função dos 
músculos serrátil, trapézio superior e inferior.
Alguns autores, como Norkin & Levangie (2008) atribuem um 
movimento puro da articulação gleno-umeral até 60 graus, e que a 
partir daí para cada dois graus de abdução da gleno-umeral há 
a contribuição de um grau pela articulação escapulo-torácica.
Por fim, os último 30 graus, de 150 à 180 ocorrem pela participação da 
coluna, através de uma inclinação da mesma, caso seja unilateral, ou 
através de uma hiperlordotização, caso seja bilateral. A falta de 
mobilidade nesta região pode impactar, como já vimos, em muitos 
movimentos do método Pilates. 
Uma construção de movimentos para a unidade superior deve re-
estabelecer esse ritmo, além de se preocupar com a consciência das 
torções em oposição.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Articula%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Abdu%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculo_delt%C3%B3ide
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculo_supra-espinhal
http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculo_serr%C3%A1til_anterior
http://pt.wikipedia.org/wiki/Trap%C3%A9zio_(m%C3%BAsculo)
Considerações finais
Como eu havia comentado, o Pilates é um método de trabalho que 
sistematiza movimentos dentro de princípios e leis que regem todo o 
processo de maturação física e cognitiva do indivíduo. Se concordamos com 
(Bertazzo, 2018) de que no início de nossas vidas, o jogo agonista e 
antagonista dos músculos ainda não está presente, somente os 
enrolamentos estão disponíveis, sustentados por uma hipertonicidade
existente nos músculos flexores. E ainda, que toda e qualquer atitude 
precoce em direção à extensão assinala um estado patológico, onde, pouco a 
pouco, através da maturação neuromotora, o bebê descobre os movimentos 
de extensão e de expansão das suas unidades motoras, é bastante lógico 
reviver esse processo, inicialmente, com movimentos cuja orientação 
principal é o enrolamento.
Quando observamos a disposição dos exercícios no sistema básico do 
método Pilates percebemos claramente uma organização dos movimentos 
nesse sentido. Repare bem, por exemplo na estrutura de organização dos 
movimentos dos exercícios do MAT no sistema básico:
- HUNDRED; ROLL UP; ONE LEG CIRCLE; ROLING LIKE A BALL; SINGLE 
LEG STRETCH; DOUBLE LEG STRETCH; SPINE STRETCH.
Essa série de exercícios irá propor um processo de reeducação do 
movimento de todas as unidades motoras do corpo baseando-se 
nos seus enrolamentos em direção ao centro do corpo. 
Nosso corpo possui cinco (05) unidades motoras que se 
organizam sobre um mesmo modelo:
- Membros superiores (02) – a mão se enrola na direção do 
antebraço, que se enrola na direção do braço, que se enrola na 
direção do tronco.
- Membros inferiores (02) – o pé que se flexiona na direção da 
perna, que se dobra para a coxa, que se dobra para a bacia.
- Tronco (01) – Cabeça e bacia se enrolam uma em direção à 
outra.
A expressão máxima da descrição que acabo de fazer, baseado nos 
estudos de Béziers & Piret, pode ser o posicionamento inicial do 
exercício Roling like a ball!
Porém, apesar de ser uma estrutura básica de trabalho 
nem todos os alunos que chegam aos nossos estúdios 
possuem condições para a realização dessa sequência, 
então eu te pergunto:
Você tem recurso para trabalhar com pessoas mais 
fragilizadas?
Você vai ver a seguir, como construir uma flexão da coluna de forma 
segura, e principalmente sem fechar espaços! Assim como construções 
em outros planos de movimento!
PRINCÍPIOS 
DOS 3PS
• Progressão Céfalo-caudal e próximo-
distal.
• Progressão dos planos de movimento: 
Sagital/Frontal/Transversal.
• Progressão dos tipos de movimento: 
Enrolamento “C”, extensão, inclinação 
lateral, rotação.
• Progressão das posições do corpo no 
espaço: deitado; quatro apoios; 
ajoelhado; em pé.
• Organização das extremidades MMII e 
MMSS respeitando o princípio –
Torção/Tensão.
• Utilização de duas categorias de 
exercícios: (funcionais e pedagógicos)
• Atenção à técnica e a condução do 
movimento: two way stretch; box 
aligment; conecting to the back.
Processos 
Pedagógicos 
do Pilates
4 ) A S F L E X Õ E S 
D A C O L U N A
C O N S T R U I N D O M O V I M E N T O S 
I N T E L I G E N T E S
FLEXÕES 
DA 
COLUNA
• Fragilidade no pescoço.
• Pouca mobilidade torácica.
• Falta de força.
• Rigidez lombar.
• Falta de conhecimento de como 
iniciar o movimento.
• Técnica inadequada – reduzindo 
espaços e achatando a coluna
Principais 
dificuldades
CONSTRUINDO O MOVIMENTO
1) Alongamento e mobilidade 
cervical, procure fazer em 
todos os planos de 
movimento.
2) Fortalecimento, procure 
fazer em todos os planos de 
movimento.
3) Mobilidade torácica, 
educando o movimento 
cervical.
4) Força da cadeia anterior 
do tronco educando o 
movimento.
5) Mobilidade lombopélvica, 
educando o movimento a 
partir da bacia.
6) Roll up completo
EXTENSÕES 
DA COLUNA
• Falta de mobilidade na região 
torácica.
• Falta de mobilidade na região 
coxofemoral.
• Falta de mobilidade no 
ombro.
• Técnica de movimento 
ineficiente. (fechando 
espaços)
• Falta de força da cadeia para-
vertebral.
• Falta de conhecimento de 
como iniciar o movimento.
Principais 
dificuldades
CONSTRUINDO O MOVIMENTO
1) Alongamento peitoral 
menor e maior.
2) Mobilidade Torácica e dos 
ombros.
3) Alongamento e mobilidade 
da coxofemoral.
4) Educação de co-ativação
da cadeia anterior.
5) Educando o movimento 
criando espaço e gerando 
força.
6) Neck roll completo.
TORÇÕES DA 
COLUNA
• Falta de mobilidade na região 
torácica.
• Coluna fixada em extensão.
• Pouca experiência em 
movimentos unilaterais.
• Pouca experiência nos 
movimentos do plano frontal.
• Técnica de movimento 
ineficiente. (fechando 
espaços)
• Falta de conhecimento de 
como iniciar o movimento.
Principais 
dificuldades
CONSTRUINDO O MOVIMENTO
1) Explorando os 
movimentos unilaterais.
2) Explorando os 
movimentos no plano frontal.
3) Criando a imagem mental 
do movimento (fixação 
cintura escapular).
4) Criando a imagem mental 
do movimento (fixação 
cintura pelvica).
5) Corkscrew
UNIDADE 
INFERIOR
• Perda dos arcos funcionais do 
pé.
• Pouca mobilidade de 
tornozelo.
• Tíbia bloqueada para trás.
• Perna da mobilidade 
coxofemoral.
• Pouca consciência das 
torções em oposição.
• Pouco controle motor.
Principais 
dificuldades
CONSTRUINDO O MOVIMENTO
Escola de Pilates Clássico Taiken - www.pilatestaiken.com.br - E-mail: info@pilatestaiken.com.br
1) Construção do arco 
plantar.
2) Utilizaçãocoxofemoral 
correta associada ao arco do 
pé (torção em oposição)
4) Educação do empurrar o chão, mobilidade do 
tornozelo e funcionalidade do pé. (footcorrector)
3) Estabilidade do pé.
UNIDADE 
SUPERIOR
• Perda dos ritmo escapular.
• Pouca estabilidade da 
escápula.
• Fragilidade do punho
• Perna da mobilidade gleno-
umeral.
• Pouca consciência das 
torções em oposição.
• Pouco controle motor.
Principais 
dificuldades
CONSTRUINDO O MOVIMENTO
1) Alongamento dos 
interescapulares.
2) Possibilidades de 
movimento.
3) Estabilidade da escápula.
4) Construindo a condução 
da força.
5) Consciência das torções
6) Série arm spring
Escola de Pilates Clássico Taiken -
www.pilatestaiken.com.br - E-mail: 
info@pilatestaiken.com.br
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1) Bertazzo, Ivaldo - Fases da Vida: da gestação à puberdade –
São Paulo: Edições Sesc, 2018.
2) Béziers, Marie-Madeleine & Piret, Suzanne – A coordenação 
Motora: aspecto mecânico da organização psicomotora do 
homem - 3°edição – São Paulo: Sumus, 1992.
3) Campignion, Philippe – Respir-ações: A respiração para uma 
vida saudável – São Paulo: Summus, 1998.
4) Feldenkrais, Moshe – Consciência pelo movimento (tradução 
de Daisy A. C. Souza); São Paulo, Summus, 1977.
5) Fiasca, Peter – Descubriendo el Pilates Clássico Puro: Teoría
y Práctica conforme a la intención de Joseph Pilates, 2012.
6) Pilates, Joseph Hubertus – Escritos (Your Health & Return to 
life of through contrology): The authentic Pilates Studio Brasil, 
2012. 228p.
7) Kolyniak Filho, Carol; Garcia, Inelia Ester – O autêntico método 
Pilates de Condicionamento físico e mental (contrologia): 
Contribuições para uma fundamentação teórica. São Paulo: 
The authentic Pilates Studio Brasil, 2012. 2⁰ edição.

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