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Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação ITCMD

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Imposto sobre Transmissão “Causa Mortis” e Doação– 
ITCMD 
 
Definição 
O Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação - ITCMD, é um tributo de competência dos 
Estados e do Distrito Federal, cujo fato gerador é a transmissão causa mortis de imóveis e a doação de 
quaisquer bens ou direitos, conforme Constituição Federal - artigo 155, I e § 1º; CTN: artigos 35 a 42. 
Competência 
De acordo com a Constituição Federal de 1988, o ITCMD é um tributo da espécie imposto e é 
de competência dos Estados e do Distrito Federal: 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
I – Transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 
Um tributo de competência impositiva dos Estados e do Distrito Federal, e tem sua previsão 
constitucional no art. 155, inc. I, da Constituição Federal de 1988. Sendo assim, cada ente 
federativo deve elaborar a sua própria lei estabelecendo, de forma mais específica, as hipóteses 
de incidência do ITCMD. 
Contribuinte 
Assim, são contribuintes do ITCMD: 
 
→ na transmissão causa mortis: o herdeiro ou legatário; 
→ na doação: o donatário; 
→ na cessão de herança, de bem ou direito a título não oneroso: o cessionário. 
 
→ Herdeiro: a pessoa que recebe uma herança após o falecimento de um sucessor; 
→ Fiduciário: a pessoa que irá transferir um bem, legado ou herança; 
→ Donatário: a pessoa que recebe uma doação; 
→ Cessionário: a pessoa que recebe um bem imóvel 
Fato Gerador 
Como o próprio nome indica, o ITCMD tem por hipótese de incidência a transmissão da propriedade de 
bens e direitos em decorrência: 
(i) do falecimento de seu titular (causa mortis) ou 
(ii) de cessão gratuita (doação). 
→ É o imposto devido quando ocorre a mudança (transmissão) de propriedade de bens ou 
direitos em razão do óbito ou em razão de doação. 
Isso significa que quando uma pessoa falece os seus bens e direitos automaticamente passam a 
pertencer aos seus herdeiros. Para que essa transferência de propriedade seja formalizada, é 
preciso fazer o “inventário” – processo judicial ou extrajudicial (via escritura pública), e no curso 
desse processo é feita a apuração do ITCMD devido pelos herdeiros. 
http://www.portaltributario.com.br/obras/ctn.htm
https://www.politize.com.br/niveis-de-governo-federal-estadual-municipal/
https://www.politize.com.br/niveis-de-governo-federal-estadual-municipal/
Outro caso, de quando esse imposto deve ser apurado é na ocorrência da doação de bens ou 
direitos. Uma situação bastante comum em que ocorre o recolhimento do ITCMD em razão da 
doação de bens é na partilha de decorrente do divórcio ou separação. Nessas situações, a lei 
considera que houve uma doação, isto é, houve a transmissão não onerosa do bem, havendo a 
necessidade de apurar e recolher o ITCMD. 
Alíquota 
A Constituição Federal impõe ao Senado Federal a competência para fixar as alíquotas máximas do 
ITCMD. 
Nesse sentido, a Resolução nº 9/1992, do Senado Federal, fixa em 8% a alíquota máxima do imposto, 
possibilitando que se tenha alíquotas progressivas, em função do quinhão que cada herdeiro vier 
efetivamente a receber. 
 
O valor do ITCMD está previsto na Constituição Federal como um cálculo que corresponde a cada 
estado. Por isso, as alíquotas variam entre 1,5% e 8% do valor venal dos bens. 
Qual é a base de Cálculo: 
O Código Tributário Nacional, enquanto veículo competente para dispor sobre normas gerais em 
matéria de legislação tributária (art. 146, inc. III, da Constituição Federal), estabelece, em seu art. 38, 
que a base de cálculo do ITCMD é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos. 
Valor venal é um valor estipulado pela Prefeitura, para determinar esse valor o município busca 
embasamento no preço praticado de mercado e o valor final do m² juntamente com área construída. 
 
Base de cálculo x Alíquota % = valor do imposto 
 
A base de cálculo para este imposto está definida na Lei 10.705/2000 como o valor venal dos bens. 
Via de regra, a base de cálculo do imposto será o valor do bem objeto da transmissão ou a soma 
dos valores dos bens objetos da transmissão, seja em razão do óbito seja na doação. No entanto, 
tratando-se de bem imóvel, os critérios adotados para a fixação do valor podem variar de Estado 
para Estado. 
Qual é a sua importância? 
Identificada a necessidade de transmissão do bem (por herança ou doação), deverá o herdeiro ou 
beneficiário da doação realizar o pagamento do imposto, para a regularização do bem recebido ou 
herdado em seu nome. 
Exemplo de Cálculo 
Um imóvel situado em Fortaleza, custa R$ 165.000,00 (valor venal) x 6% (alíquota) = R$ 9.900,00. 
Esse valor é o valor do imposto. 
Caso existam multas, juros de moras e outros acréscimos previstos, deverá ser somado nesse valor. 
→ A multa é de 10% sobre o valor calculado do ITCMD caso o inventário tanto judicial como 
extrajudicial não seja aberto no prazo de 60 dias (prazo contado a partir da data do falecimento). 
→ A multa aumenta para 20% sobre o valor calculado do ITCMD caso o processo de inventário tanto 
judicial como extrajudicial não seja iniciado em até 180 dias (prazo contado a partir da data do óbito). 
https://www.watzeck.com.br/post/inventario-qual-o-valor-da-al%C3%ADquota-do-itcmd-no-estado-de-s%C3%A3o-paulo-para-invent%C3%A1rios
https://www.watzeck.com.br/post/inventario-o-que-e-inventario-judicial
https://www.watzeck.com.br/post/inventario-o-que-e-inventario-extrajudicial
https://www.watzeck.com.br/post/inventario-o-que-e-inventario-judicial
https://www.watzeck.com.br/post/inventario-o-que-e-inventario-extrajudicial
Ceará (Lei Estadual 15.812/2015) 
 
I - Nas transmissões causa mortis: 
a) 2% (dois por cento), até 10.000 (dez mil) Ufirces; 
b) 4% (quatro por cento), acima de 10.000 (dez mil) e até 20.000 (vinte mil) Ufirces; 
c) 6% (seis por cento), acima de 20.000 (vinte mil) e até 40.000 (quarenta mil) Ufirces; 
d) 8% (oito por cento), acima de 40.000 (quarenta mil) Ufirces; 
 
II – Nas transmissões por doação: 
a) 2% (dois por cento), até 25.000 (vinte e cinco mil) Ufirces; 
b) 4% (quatro por cento), acima de 25.000 (vinte e cinco mil) e até 150.000 (cem mil) Ufirces; 
c) 6% (seis por cento), acima de 150.000 (cinquenta mil) e até 250.000 (duzentas e cinquenta mil) 
Ufirces; 
d) 8% (oito por cento), acima de 250.000 (duzentas e cinquenta mil) Ufirces. 
A base de cálculo do ITCD é o valor venal dos bens ou direitos transmitidos, expresso em moeda 
nacional. Na hipótese de desmembramento da propriedade, a base de cálculo do ITCD será: 
I – de 2/3 (dois terços) do valor venal do bem, em se tratando de disposição da nua propriedade; 
II – de 1/3 (um terço) do valor venal do bem, em se tratando dos demais direitos reais. 
No caso de bem móvel ou direito não abrangido pelo disposto acima, a base de cálculo é o valor corrente 
de mercado do bem, título, crédito ou direito, na data da constituição do crédito tributário. 
Valor da Ufirce para 2021: R$ 4,68333 
O Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Fazenda (Sefaz-CE), fixou o valor da Unidade Fiscal de Referência 
do Estado do Ceará (Ufirce) em R$ 4,68333 para 2021

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