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Projeto de Ensino: Brinquedoteca

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UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ (UNOPAR)
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
pedagogia
apenas utilize como referências e bases, não copie!
o plagiador está sujeito a multa e até a detenção, de três meses a um ano.
PROJETO DE ENSINO
EM pedagogia: brinquedoteca
Cidade 
2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
1	TEMA	4
2	JUSTIFICATIVA	5
3	PARTICIPANTES	6
4	OBJETIVOS	7
5	PROBLEMATIZAÇÃO	8
6	REFERENCIAL TEÓRICO	9
7	METODOLOGIA	14
8	CRONOGRAMA	16
9	RECURSOS	17
10	AVALIAÇÃO	18
CONSIDERAÇÕES FINAIS	19
REFERÊNCIAS....................................................................................................	20
@feersimoes3
INTRODUÇÃO
	Os indivíduos precisam de contato com outros seres para interagir e contribuir para sua linguagem, aquisição de habilidades, competências e ampliação de seu conhecimento em diferentes áreas. Nesse sentido, as crianças precisam obter o contato físico, social e comunicação para contemplar em seu desenvolvimento. Contudo, as crianças utilizam a brincadeira para promover esse contato.
	Brincar é um comportamento complexo, sendo ela como um fim em si mesmo, a qual surge de maneira livre e espontânea, sem obrigatoriedade exercendo, pelo simples prazer que a criança encontra ao colocar em prática. Está presente em todas as culturas, um momento de aprender comportamentos, adquirir conhecimentos, momento de expressar sentimentos e emoções, entre outros.
	Diante esse contexto, o presente projeto de Ensino, reflete sobre a brincadeira em destaque na brinquedoteca, um ambiente que contém os elementos na qual é de suma importância no ambiente escolar. É um local que tem objetivo de estimular a criança a brincar, por meio das fantasias, brinquedo e outros objetos para representação de sua realidade. Nesse sentido, visa descrever uma proposta de atividade lúdica para ser realizado neste ambiente, no ponto de que o professor compreenda seu papel e valorize o espaço para as ações pedagógicas. 
	Contudo, o presente projeto enfatiza brinquedoteca, considerando a necessidade da brincadeira para o desenvolvimento infantil. No entanto, é um espaço onde a criança irá brincar, expressar os padrões de conduta, explorar o espaço, fantasia e expor seus desejos. A brincadeira envolve várias áreas de conhecimento, a qual a criança aprende respeitar, incentivar e encontrar a possibilidade de uma intervenção de sua realidade, compreendendo o caminho a seguir. 
	 Sendo assim, o trabalho é de muita importância para formação acadêmica, pois, reúne as ideias estudadas ao longo dos semestres de Pedagogia, e reflete as necessidades para uma boa formação e seguir como profissional que promoverá um ensino de qualidade. 
	
	
3
TEMA 
	Brincar é um comportamento complexo, sendo ela como um fim em si mesmo, a qual surge de maneira livre e espontânea, sem obrigatoriedade exercendo, pelo simples prazer que a criança encontra ao colocar em prática. A criança tem muitos motivos para brincar, a qual se dá o prazer, sendo esta ação de suma importância para o desenvolvimento infantil. 	 De acordo com Piaget, é um fator de desenvolvimento cognitivo e a maneira da criança inserir no seu mundo. Além disso, Vygotsky também contribui com sua ideia de que a brincadeira é importante diante dois aspectos: situação imaginária e regras. 
	A brincadeira está presente em todas culturas, em que se entende de cultura aquilo que determinará o que são os comportamentos, brincadeiras, entre outros. No entanto, é uma determinação que influencia como a criança brinca, com que elas irão brincar, com quem, e qual lugar que será realizado essa atividade. Assim, a cultura da brincadeira, possibilita a sua organização, a qual conta também com materiais disponíveis na cultura, sendo ela reproduzida pelos alunos que participam da mesma e integrarem socialmente. 
	Para a brincadeira acontecer, é necessário de um local para os estímulos, no sentindo de atingir objetivos em prazo curto, médio e longo, além de compreender o comportamento que o indivíduo demonstra dentro deste ambiente. Desse modo, é preciso entender a brincadeira dentro das relações que os indivíduos apresentam no espaço.
	Nesse sentido, apresenta-se a brinquedoteca, a qual é ume espaço estruturado que irá estimular a criança brincar, possibilitar um acesso de diversos brinquedos. Considera-se um local a qual possibilitará a estimulação de sua criatividade, promover a solução de problemas, brincadeira de faz de conta, dramatização, construção, socialização, entre outros.
	Vale ressaltar que a brinquedoteca é ocupada por crianças e adultos, aqueles que acompanharão as crianças. No entanto, é preciso compreender o papel importante do adulto para a mediação, auxiliar a criança nas brincadeiras, participando e respeitando suas fantasias. Nesse momento as crianças sendo mediada, perceberá as diferenças e semelhanças entre ela e o outro, no entendimento que o mesmo espaço é possível ser diversificado.
JUSTIFICATIVA
	Diante a importância da brincadeira e brinquedoteca para o desenvolvimento da criança e proporcionar uma educação integral, percebe-se a necessidade de estudar e refletir as brincadeiras que ocorrem nesse ambiente. No primeiro momento, entende-se que é um ambiente que possui um acervo de brinquedos, a qual possibilita diversas atividades para as crianças e contribuem para sua formação. 
	No entanto, de acordo com Vectore e Kishimoto (2001), enfatizam a necessidade de preservar a brincadeira e realizar manutenção em casa, escolas, e instituições organizadas para esse fim. A brinquedoteca é essencial, a qual possui a presença de brinquedo ativo, espontâneo, a qual contribuem para saúde mental e sua ausência causa sintoma de doença física ou mental. 
O direito da criança à liberdade de brincar e desenvolver-se no seio de sua família e de sua comunidade é assegurado pela Declaração Universal dos Direitos das Crianças (1959), adotado pelas Nações Unidas. Semelhante à Declaração, no Brasil há uma lei específica, o Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990), que compreende a criança como sujeito de direitos. Em seu artigo 15, o Estatuto assegura o direito da criança e do adolescente à liberdade, ao respeito e à dignidade, sendo liberdade de brincar (ROSA, KRAVCHYCHYN E VIEIRA 2010, p.24)
	A partir desse entendimento, justifica-se a escolha desse tema, na necessidade de refletir o papel do professor diante o seu planejamento na brinquedoteca, no momento de conhecer o aluno e compreende-los para atingir os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento. Dito isso, a escola de Educação Infantil precisa respeitar os direitos e necessidades das crianças, a qual devem incluir o brincar no currículo e Proposta Pedagógica. Contudo, o currículo deve articular as experiências e saberes da criança, relacionando com sua cultura, princípios éticos, estéticos, político, e com condições adequadas para seu desenvolvimento e bem-estar. 
	Contudo, destaca-se a importância desse projeto para cumprir e compreender a função do professor de Educação Infantil, no sentido de refletir os problemas atuais, os instrumentos presentes para auxiliar nas ações pedagógicas que contribuem para o processo de ensino e aprendizagem das crianças, contemplando os objetivos dessa modalidade de educação no campo escolar. 
PARTICIPANTES
Alunos da Educação Infantil, da faixa etária de 4-6 anos, definindo a criança conforme dita as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil (DCNEI, Resolução CNE/CEB nº 5/2009), em seu Artigo 4º:
[...] sujeito histórico e de direitos, que, nas interações, relações e práticas cotidianas que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura (BRASIL, 2009).
	Desse modo, são os participantes principais desse projeto, contando também com o importante papel do professor e participação da família no processo de ensino das crianças. 
OBJETIVOS
Objetivo Geral: 
Exploraros benefícios na prática pedagógica com a utilização da Brinquedoteca
Objetivos Específicos: 
· Compreender a importância da brinquedoteca para o desenvolvimento da criança
· Valorizar o espaço da brinquedoteca no planejamento pedagógico
· Proporcionar atividades lúdicas no espaço da brinquedoteca
PROBLEMATIZAÇÃO
	Diante a temática sobre brinquedoteca, percebe-se que há poucos estudos empíricos realizados com objetivo de caracterizar as brincadeiras das crianças nos espaços. É claro que a brincadeira traz encantamento e contribui para o desenvolvimento da criança, porém de acordo com Vectore e Kishimoto (2001) são muitos questionamentos a respeito da brincadeira, diante o real desejo, reflexo da criança. 
	É preciso compreender a que ponto as representações no brincar expressas os padrões de conduta, dentro do contexto, espaço, fantasias e desejos da criança. Diante diversos questionamentos a respeito da brincadeira, entende-se que não é fácil, de modo que especifica que a brincadeira envolve várias áreas do conhecimento em que a criança aprende respeitar, incentivar e encontra possibilidades de intervenção no seu mundo real, direcionando aos outros caminhos.
	Sendo assim, o professor deve refletir e compreender seu papel diante as atividades organizadas e realizadas na brinquedoteca, pois, sendo ele um bom mediador, o mesmo irá explorar as potencialidades das crianças e um mau mediador refere-se as atitudes autoritárias, rígidos, impedindo que os desenvolvimentos aconteçam de modo espontâneo. (VECTORE; KISHIMOTO, 2001). No entanto, as brincadeiras muitas vezes assumem essas posturas autoritárias, reprimindo as brincadeiras de ladrão, revolver, sem entender que não está em jogo real e sim na representação pelo brinquedo. 
	Outro ponto importante, é as brincadeiras com brinquedo, a qual consta em pesquisa que as crianças estão brincando menos atualmente. Os fatores remetem a modificação da sociedade, inserção da tecnologia, valores, regras sociais entre outros. Destaca-se também o processo de industrialização dos países, produção de massa de produtos, dentre eles o brinquedo, em que se encontra no esquecimento da cultura popular, a institucionalização de crianças para ensinar a ser adulta. 
	Sendo assim, é preciso se atentar nas necessidades das crianças, pois, as interações sociais são imprescindíveis, o contato de crianças entre crianças e adultos a qual são importantes para o desenvolvimento do ser humano (FRIEDMAN, 1998). Contudo, considerando o brinquedo de importância, compreende-se que é preciso de um planejamento, organização de espaço que promova as aprendizagens necessária.
REFERENCIAL TEÓRICO
	O espaço escolar são grupos, com diversas classes sociais, que utilizam a escola para difundir as ideias. Ressalta-se que a escola é um ambiente laico e neutro, porém não deve ser fechado por ideias de outras classes sociais. A partir dessa perspectiva, aqueles que se inserem no meio escolar, constituem esse ambiente com um olhar crítico, que possuem o espaço para refletir e repensar sobre si mesma. Diante a teoria que contribuem para fundamentar a ação pedagógica devem ser reconstruídos, de modo que atende todos a ver, sentir, agir, olhar e pensar. 
	Desse modo, entende que o espaço escolar possui seu papel de reconhecer o aluno como produtor de cultura, considerar a criança como produtor de sua história, protagonista. A partir dessa ideia:
[...] algumas propostas pedagógicas vêm buscando articular a realidade da criança (educando) com a práxis da rotina escolar, objetivando a possibilidade dessa instituição assumir efetivamente a função social a que se propõe criticamente, ou seja, de possibilitar a todos o acesso aos conhecimentos socialmente produzidos, reconhecendo-se como instituição política, social e historicamente localizada. Uma das possibilidades de transformação que vemos surgir é a ênfase dada à atividade lúdica e a brincadeira no espaço escolar destinado às crianças (BENEDET, 2007, p.10)
	
	Nesse sentido, as brincadeiras propiciam desenvolvimento de habilidades, tais como força, agilidade, psicomotricidade, entre outros. Além disso, o benefício conta também no aspecto cognitivo, na capacidade de concentração, desenvolvimento lógico, pensamento abstrato, rapidez de raciocínio e, ao mesmo tempo, são vistas atividades que mobiliza o interesse dos alunos, com relação ao aspecto físico, algumas.
A brincadeira, ainda, contribui de forma bastante efetiva para o relacionamento social das crianças, visto que oferece uma forma livre e autônoma de interação entre as mesmas. Através dela, a criança é capaz de resgatar valores e sentimentos que são importantes para a vida adulta, como a responsabilidade, além aprender a importância da negociação, da conquista, de conviver com regras e a resolver conflitos (MACARINI; VIEIRA, 2006, p.50)
	No entanto, a brincadeira promove a criança um conhecimento de si mesmo, observar outras atitudes, habilidades que causam admiração, que se identifica no modo de pensar, vontade de conhecer o outro e desenvolver novas amizades. Por meio das brincadeiras, possibilita que as crianças controlem sua agressividade, domine suas angustias e trabalhe a ansiedade. 
	A respeito do conceito de brincar, de acordo com Rosa, Kravchychyn e Vieira (2010), não é uma tarefa fácil, pois, são diversas características de fenômenos sistematizadas que auxiliam na construção desta. Para tanto, definem que é preciso considerar o contexto histórico, cultural de uma sociedade. Nessa linha de pensamento citam Peters (2009, p.17): “as diferentes visões sobre infância são social e historicamente construídas e variam conforme as formas de organização social de cada época”. Nesse sentido, entende-se que é preciso entender como a sociedade vê a infância. 
	Contudo, de acordo com os autores a brincadeira assume diversas funções para o desenvolvimento da criança, tais como: condições para o desenvolvimento social, cognitivo, emocional e psicomotor, utilização de objetos concretos que promova situações imaginária, interação sociais e relações com o mundo que há fora da escola e de si mesmo.
	Além disso, entende-se que a brincadeiras irá atender as necessidades da criança, satisfazer seus desejos, e contribuir para aprender a relacionar com o mundo. Neste momento, irá explorar a imaginação, brincar de faz de conta, sendo uma atividade prática em que a mesma constrói, transforma e define sua realidade. 
	Desse modo, destaca-se que na brincadeira há imitação do seu mundo real e a aquisição do respeito às regras. Isto é, na brincadeira não está apenas na imitação do adulto e sim no processo de significação, nas regras sociais, comportamento como se fosse adulto. Nesse sentido, cita-se Vygotsky (1991), na qual chama a atenção para esses dois aspectos por julgá-los os mais relevantes para o desenvolvimento humano que o brinquedo pode propiciar (ROSA; KRAVCHYCHYN; VIEIRA 2010, p.13)
	A respeito das regras, é um ponto importante, pois, ao brincar a criança está se comportando de maneira que estão expostos na sociedade, reproduz comportamentos, sendo uma brincadeira ativa, significativa para si mesmo, aquilo que faz parte de sua cultura. De acordo com os autores, as regras irão proporcionar a relação entre criança, objeto e outras crianças. Contudo, o objeto referido, é o brinquedo, na qual está disposto no ambiente da brinquedoteca. 
	Dessa forma, Macarini e Vieira (2006), a brinquedoteca é um local onde contribuirá para o desenvolvimento integral da criança por meio de variedades de brinquedos. Desse modo, os objetivos da brinquedoteca são:
a) valorizar os brinquedos e as atividades lúdicas e criativas, dando-lhes a devida importância; b) possibilitar o acesso e empréstimo de brinquedos; c) dar orientações sobre adequação e utilização dos mesmos; d) ajudar a criança a desvincular o brinquedo de seu aspecto de posse e consumo; e e) estimular o desenvolvimento de habilidades físicas, cognitivas, sociais e afetivas (MACARINI; VIEIRA, 2006 p.52)
	No entanto, os autores destacam que contribuipara o desenvolvimento com diversas atividades lúdicas, sejam elas individuais ou coletivas. A brinquedoteca promove a criança a capacidade de observar, conhecer por meio das socialização e interações lúdicas com os brinquedos e outras crianças. 
	Silva et al. (2017), apresenta que a brinquedoteca precisa ser utilizada para promover a aprendizagem e o desenvolvimento integral da criança por meio da ludicidade. Portanto, no planejamento de atividades a serem realizadas na brinquedoteca, o professor precisa refletir as brincadeiras significativas que irão proporcionar neste espaço, a qual a criança vivenciará o seu cotidiano. 
	Nessa mesma linha de pensamento, Kishimoto (1998) apud. Rosa, Kravchychyn e Vieira (2010, p.16), destacam que a brinquedoteca é um local incentivador da autonomia, a qual contribui para o desenvolvimento da capacidade crítica e da escola da criança, além de proporcionar um trabalho em equipe, socialização, desenvolvimento infantil, comunicação, criatividade e imaginação por meio das atividades lúdicas. 
	Destaca também, a mobília, a qual é organizado de maneira que constitui em um ambiente propicio para desenvolver as atividades especificas: canto para brincadeira, leitura, beleza, mesa, cozinha, médico, fantasia, etc. Contudo, são diversas brincadeiras que permite a valorização da dimensão lúdica, bem como dando importância. 
	Além disso, o espaço da brinquedoteca também permite que a criança realize brincadeiras que se demonstra em outros contextos, como por exemplo, faz de conta. 
	
A brincadeira de faz-de-conta mediada pelas fantasias, verificada nas brincadeiras de meninas, de meninos e também nos grupos mistos, seria um exemplo de um tipo de brincadeira que a brinquedoteca é capaz de propiciar em função da variedade de objetos e fantasias que ela possui em seu mobiliário e que estão relacionados com este tipo de brincadeira (MACARINI; VIEIRA, 2006 p.58).
	Desse modo, a brincadeira faz de contas, baseiam-se no uso dos símbolos (fantasia), ou quando a criança utiliza algo para representar outra coisa, tais como, um pedaço de madeira pode ser um cavalo, um pedaço de papel pode ser um celular, entre outros. As crianças utilizam diversos materiais para representar algo que ela imagina.
	No entanto, o adulto possui um papel importante nas interações e atividades lúdicas na brinquedoteca, de maneira que irá mediar o brincar infantil. O adulto, professor ou responsável deve organizar o espaço, selecionar os brinquedos e interagir com as crianças para que não entrem em conflito. Contudo, o adulto deve: “instruir, interagir com as crianças, disponibilizar brinquedos e, como citam, selecionar papéis durante a brincadeira de faz de conta, entre outros” (MACARINI; VIEIRA, 2006 p.52). Além disso, constata-se que a presença de adulto na brincadeira são interações lúdicas relacionados a utilização de jogos sociais, a qual os adultos irão instruir e auxiliar as crianças nas atividades. 
	Vectore e Kishimoto (2001, 61), apontam o educador como brinquedista, colocando-os como mediador nas situações de brinquedo e criança. Assim, determina que “ um bom mediador quando, ao compreender acultura lúdica, favorece o desabrochar e o desenvolvimento das potencialidades de quem brinca”. No entanto, entende-se a importância do professor se tornar mediador, para efetivar no desenvolvimento da criança e contribuir com os objetivos de aprendizagem proposta na modalidade da Educação Infantil.
	A respeito de mediação, Vygotsky (1988), aponta sua importância para a aprendizagem e desenvolvimento da criança. Para ele, o professor é a figura importante do saber para intermediar entre o aluno e o conhecimento disponível no ambiente, a qual define nesse projeto, a brinquedoteca. O pensador aponta que a criança nasce submersa em uma situação social, e a brincadeira se torna importante para ela na apropriação do mundo, internalização de conceitos e nos ambientes externos. 
	Para tanto, nesse processo de mediação, os professores devem ter:
(a) Conhecimento dos princípios gerais do desenvolvimento infantil e profunda compreensão da realidade socioeconômica e cultural da população com a qual está interagindo; (b) capacidade para criar relações empáticas e não autoritárias e (c) conhecimento de recursos mediacionais, e sua importância para o desenvolvimento infantil (VECTORE; KISHIMOTO, 2001, p.12).
	Desse modo, entende-se que o professor precisa refletir o espaço que será desenvolvido as atividades de modo que promova as brincadeiras significativa a qual as crianças vivenciam situações de seu cotidiano, além de ser de muita importância para aprendizagem e desenvolvimento integral. 
	Diante dessa perspectiva, o principal objetivo de propor as brincadeiras é garantir a criança seu direito básico de brincar e contemplar no seu desenvolvimento por meio de um ambiente que atenda suas necessidades de infância. No entanto, destaca-se que “concepção de infância ao longo da história da humanidade já mudou e hoje é reconhecida como uma fase essencial para a constituição do sujeito” (ROSA; KRAVCHYCHYN; VIEIRA 2010). Contudo, para construir o seu desenvolvimento integral é preciso que a brinquedoteca possibilita novas experiências e relações, bem como oferecer um espaço que a criança seja ativa, responsável pela sua aprendizagem por meio de exploração e interiorização. 
	 
 
	
	
	
METODOLOGIA
	Diante os aspectos metodológicos, compreende-se que o professor de Educação Infantil na Brinquedoteca precisa mediar nas situações lúdicas, jogo livre, atividades estruturadas, ampliando a qualidade da educação infantil. Nesse sentido, segue-se com a escala de envolvimento citado por Leavers (2000 apud. VECTORE; KISHIMOTO, 2001), em três níveis:
· 1: A criança está ausente, sua ação é estereotipada e consiste em uma repetição de gestos elementares;
· 2: quando a criança tentar fazer uma construção, escutar uma estória, mas não há sinais que mostram motivação, concentração e nível;
· 3: Quando a criança está absorvida e envolvendo na atividade. 
	Nesse sentido, o projeto seguirá os 10 princípios para o envolvimento da criança:
1. repartir o espaço na classe em cantos atrativos;
2. controlar os equipamentos, substituir materiais pouco interessantes;
3. introduzir novos materiais e atividades não-convencionais;
4. observar as crianças, sondar seus interesses, conceber e oferecer atividades;
5. sustentar as atividades por estímulos e intervenções enriquecedoras;
6. estimular e sustentar a iniciativa das crianças por meio de regras e acordos;
7. examinar sua relação com cada criança e das crianças entre si e procurar melhorá-las;
8. oferecer atividades que auxiliam as crianças a explorarem o mundo dos sentimentos, valores e experiências;
9. procurar conhecer as crianças que têm problemas socioemocionais e ajudar com intervenções que resultem em seu bem-estar;
10. conhecer as crianças, que têm necessidades particulares e ajudá-las com intervenções para melhorar seu desenvolvimento (LEAVERS, 2000, p. 293-321, apud. VECTORE; KISHIMOTO, 2001).
 
	Diante disso, será proposto as crianças explorar a brinquedoteca, todos os cantos: cozinha, maquiagem, fantasia entre outros. Assim, as crianças irão brincar sozinha, com colegas de turma e os professores, de modo que aproxime de sua realidade. Nas brincadeiras coletivas, será mediado possíveis conflitos de brinquedos. Se perceber que a criança está brincando sozinha, aproximá-la e convidar para participar da brincadeira, auxiliando com regras de jogos. 
	Em caso de episódio de choro, questionar quem pegou primeiro o brinquedo, explicar que são de todos e solicitar que cada um brinque um pouco. Vale ressaltar que não é momento simples, pois, são choros, birras, bater no colega, não emprestar, desistir do brinquedo, entre outros. Valorizar os episódios quando as crianças partilham o brinquedo, desmitificando que os brinquedos são de uso coletivo, no objetivo de gerar nas crianças comportamento de responsabilidade e cooperação. Outro ponto importante, é demonstrar laços afetivoscom as crianças e proporcionar esse momento entre eles. 
	Contudo, articulará os cincos campos de experiências da Educação Infantil, nas quais as crianças irão aprender e desenvolver por meio dos direitos de aprendizagem: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. Referente os campos de experiências são: O eu, o outro e o nós, Corpo, gestos e movimentos, Traços, sons, cores e formas, Escuta, fala, pensamento e imaginação, Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
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CRONOGRAMA
	Planejamento 
	A proposta será dada ao início do ano, a qual o professor e a equipe pedagógica irão organizar o espaço escolar para a criação da brinquedoteca e do planejamento para atender as expectativas das crianças.
	Execução
	As brincadeiras que acontecerão na brinquedoteca serão inseridas no cronograma escolar de 2 a 3 vezes por semanas, para propor brincadeiras livres, investigação no comportamento da criança, de seus sentimentos, expressões, bem como potencialidades e dificuldades no desenvolvimento. 
	Avaliação
	Ao longo do ano, será avaliado de modo contínuo, em que o professor fará registro com fotos, vídeos, anotações e observações de cada momento da criança e interação com os cantos da brinquedoteca.
RECURSOS 
Mobília;
Espelhos;
Brinquedos;
Livros;
Lapís;
Papeis;
Tintas;
Pinceis;
Tesoura;
Cola;
Massa de modelar;
Jogos diversos
Bloco para construções;
Material sucata;
Fantasias;
Roupas;
Tecidos;
Celular com câmera.
AVALIAÇÃO
	A avaliação deste projeto será realizada de modo contínuo, bimestral para diálogo, debates das situações que aconteceram dentro da brinquedoteca, relação professor-aluno, aluno-aluno, e também com seus familiares. Nesse sentido, será avaliado por meio de observação, anotação, bem como possíveis modificações na metodologia para atender as necessidades dos alunos. 
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Considera-se a brinquedoteca um espaço amplo para promover diversas aprendizagem, contribuição ao desenvolvimento integral do aluno, relacionar com sua realidade, investigar suas dificuldades, expressar suas emoções, sentimentos, entre outros. Assim, é de suma importância compreender a criança e projetar o entendimento de seu cotidiano e sociedade futura, pois, a criança se desenvolver a partir da influência do adulto.
	Constata-se que a criança possui motivação para brincadeira, e envolve com sua realidade, expressa o seu meio ou desejo por meio do faz de conta. A partir desse momento de brincadeira nesse ambiente, possibilita investigações por meio da observação individual, tais como: tempo que a criança fica com brinquedo, número de brinquedos, preferencias, como brinca com outros colegas, quais as brincadeiras que mais gostam, entre outros. 
	Sendo assim, conclui-se que a partir das atividades realizadas no projeto Brinquedoteca foi possível constatar o quanto esse espaço é importante para criança, proporcionando momentos ricos em aprendizagens, que acarretam significados pertinentes ao desenvolvimento da criança pequena.
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REFERÊNCIAS
BENEDET, M. C. Brinquedoteca na escola: entre a institucionalização do brincar e a estetização do aprender (Dissertação) .Florianópolis – SC. 2007. 117f.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. 2017
CONTI, L.; SPERB, T. M. O brinquedo de pré-escolares: um espaço de ressignificação cultural. Psicologia: Teoria e Pesquisa. Brasília, v. 17, n. 1, p. 59-67, Jan./Abr., 2001. 
FRIEDMANN, A. A evolução do brincar. In: FRIEDMANN, A. (org) O direito de brincar. 4. 
ed. São Paulo: Edições Sociais: Abrinq, 1998a, p.25-35. 
MACARINI, S. M.; VIEIRA, M. O brincar de crianças escolares na brinquedoteca. Rev Bras Crescimento Desenvolv Hum. 2006;16(1):49-60
ROSA, F. V.; KRAVCHYCHYN, H. VIEIRA, M. L. Brinquedoteca: a valorização do lúdico no cotidiano infantil da pré-escola. Barbarói. Santa Cruz do Sul, n. 33, ago./dez. 2010.
SILVA, et al. Projeto brinquedoteca na educação infantil: 
Práticas vivenciadas por meio do programa institucional de bolsa de iniciação à docência (pibid). EDUCERE – XIII- Congresso Nacional de Educação. 2017
VECTORE, C; KISHIMOTO, T. M. Por trás do imaginário infantil: explorando a brinquedoteca. Psicologia Escolar e Educacional, 2001. Volume 5. Número 2. P. 59-65
VYGOTSKY, L.S. A Formação Social da Mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991. 
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