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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL - ULBRA
 
 
ANÁLISE ORGANIZACIONAL 
 
 
Trabalho Acadêmico da disciplina de Processos Interventivos no Serviço Social 
 Abordagem Coletiva
  
Professor/a: Ângela Maria Pereira da Silva
Tutor/a: Jacicleia Storki da Encarnação
 
Educando/a: Juliana Alexandrete Laurentino
 
Três de Maio, 2021
	1 - IDENTIFICAÇÃO DO ESPAÇO ORGANIZACIONAL
	Nome da Instituição: ACADEF – ASSOCIAÇÃO CANOENSE DE DEFICIENTES FÍSICOS
	Endereço Completo: Rua Fernando Abbot, n.º 100 - Bairro Nossa Senhora das Graças CEP 92.025.330 - Canoas / RS
	Contato telefônico e e-mail: acadef@acadef.com.br ou crh@acadef.com.br
 (51) 3466.9621 – 34669723
	Diretoria Executiva (responsável): Rosangela de Oliveira – Presidente 
	Assistente Social: Sabrine de Jesus Ferraz Faller
	Missão: “Desenvolver, capacitar e ocupar o potencial da pessoa com deficiência (PCD), na perspectiva da inclusão, da cidadania e qualidade de vida.”
	Visão: Ser excelência em serviços de reabilitação e inclusão social.
	
2 – DESCRIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO
Entende-se por organização, como um conjunto de pessoas com recursos, com objetivos definidos, normas e ordem hierárquica estabelecidas, que atuam para satisfação de necessidades, para a produção ou venda de bens ou serviços, transmissão de cultura, geração de trabalho, criação e conservação, bem como transmissão de conhecimentos, e em especial para conquista e defesa de direitos (Scheunemann, 2014).
Existe, todavia, dois grandes grupos de organizações: as estatais (do âmbito do Estado) que tem por finalidade desenvolver algum tipo de política, programa ou projeto social dirigido pelo governo e financiado com recursos públicos, e as da sociedade civil, conhecidas por agrupamentos de cidadãos como igrejas, partidos políticos, ONGs, sindicatos, clubes, es colas, associações em geral etc.
A Associação Canoense de Deficientes Físicos – ACADEF, faz parte do segundo grupo, é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, de utilidade pública municipal, estadual e federal, sendo que, os empreendimentos e programas desenvolvidos são mantidos pelos recursos provenientes de parcerias e prestação de serviços às iniciativas públicas e privadas, além dos contratos com a Prefeitura Municipal de Canoas e Governo do Estado do Rio Grande do Sul.
Com uma gestão autossustentável, isto é, sem princípios assistencialistas, a organização atua no município de Canoas, Vale dos Sinos e Paranhana, articulando e realizando atividades de habilitação, reabilitação e socioprofissionais: ações de reabilitação física, intelectual, auditiva e inclusão social, que desenvolvam as potencialidades da pessoa com deficiência e outras minorias, garantindo seus direitos e liberdade, promovendo o exercício da cidadania e a melhoria da qualidade de vida.
 Conta com uma equipe multidisciplinar e intersetorial, onde os serviços e os atendimentos são delineados para que a pessoa beneficiária alcance sua independência, dentro dos limites impostos pela deficiência ou incapacidade, primeiro aceitando a si mesma e depois, se integrando na sua família e na comunidade.
3 – BREVE HISTORICO DA ORGANIZAÇÃO
Fundada oficialmente em 20 de maio de 1984, no município de Canoas – RS, com o apoio do então Prefeito Municipal Hugo Simões Lagranha um grupo de 26 pessoas se reuniram no salão paroquial da Igreja Matriz São Luiz para aprovar os estatutos de fundação da Associação Canoense de Deficientes Físicos – ACADEF. 
Os precursores da organização foram o casal com deficiência física, (cadeirante) Maria Suzana Nunes Cardoso, e Jorge F. Cardoso, que, inspirados pelo trabalho da FDC – Núcleo Fraternidade Cristã de Doentes e Deficientes, e motivados no apelo para Participação e Igualdade (ONU), que chamava a atenção da sociedade para a cruel marginalização das pessoas com deficiência, decidiram iniciar a primeira sede da ACADEF em um quarto da casa de Jorge, e posteriormente devido a falta de espaço e de infraestrutura, mudou para o gabinete do Sr. Ilmo. Vereador, Ivo Lech, e após uma sala no Instituto Pestalozzi.
O interesse da organização era conduzir a aceitação de pessoas com deficiência no seu espaço na sociedade e mercado de trabalho, evitando a marginalização dos mesmos.
Até garantir a construção de sua sede própria, a ACADEF ocupou espaços cedidos como a Escola São Francisco pelo Prefeito Carlos Giacomazzi (1987), local foram realizados os primeiros cursos profissionalizantes e criada a fábrica de cadeiras de rodas e de caixas de correspondências. Em 1989 mudaram para um prédio cedido pela ULBRA, momento em que foram firmados os primeiros contratos de terceirização de serviços com a REFAP, DATAPREV, CORREIO, INMETRO e Prefeitura de Canoas para o estacionamento ZONA AZUL, abrindo oportunidades sustentáveis para cerca de 25 deficientes, que estudavam e trabalhavam na organização. Este momento durou até 1996, quando a ULBRA solicitou o prédio até então cedido. Com isso, a ACADEF precisou alugar outro espaço para dar continuidade ao projeto social que vinha fazendo.
No dia 20 de maio de 1999 a ACADEF fez 15 anos e festejou também a inauguração da sede própria.
Atualmente, a ACADEF possui sede própria totalmente adaptada, com aproximadamente 4 mil metros quadrados de área construída. Esta dispõe de áreas administrativas e de atendimento ao público, salas de aula, auditório, laboratórios de informática e de técnicas artesanais, mini ginásio, dependências para eventos e convivência, consultórios e salas de atendimentos terapêuticos e o complexo de hidroterapia, sendo que possui cadastrado na instituição, cerca de 19,55 mil beneficiários.
4 - OBJETIVO DA ORGANIZAÇÃO
Atuar na Habilitação e Reabilitação da Pessoa com Deficiência e na promoção de sua integração à vida comunitária no campo da assistência social, por meio da oferta de serviços e projetos socioassistenciais tipificados conforme Resolução CNAS nº 109/2009, bem como assegurar a conquista de autonomia, sustentabilidade, protagonismo, acesso a oportunidades, capacitações, condições de convívio e socialização, vislumbrando melhoria na qualidade de vida.
 Foto retirada do site representando o público atendido pela ACADEF
5 – POLÍTICA SOCIAL QUE A ORGANIZAÇÃO SE RELACIONA
Política Social, é um conceito que segundo Marschall (1965), não constitui uma definição precisa, embora usado com frequência, “o significado que lhe é dado em contextos particulares é em grande medida matéria de conveniência ou convenção”. Nesse sentido, a ACADEF, traduz políticas sociais voltadas a proteção social de pessoas e também das famílias de pessoas com deficiência. 
Essa proteção social é transmitida no âmbito do Serviços Socioassistenciais, dentro da Organização, através do fortalecimento do usuário em situação de vulnerabilidade social na efetivação dos direitos sociais, acesso aos recursos da rede social e serviços, visando o exercício pleno da cidadania, potencializando autonomia e melhoria da qualidade de vida, em consonância com o SUAS (Sistema Único da Assistência Social) e com a resolução n° 109, tipificações I e II de Serviço Social de Proteção Básica, Especial e de média complexidade.
Por meio de projetos, a ACADEF oferece vários serviços, dentre os quais destacam-se: 
· Projeto Boa Ação: atende os beneficiários da ACADEF com medidas de emergência que garantam as necessidades básicas de sobrevivência, através da central de captação e distribuição de recursos materiais e serviços, em especial as famílias em vulnerabilidade social.
· Projeto Balcão da Cidadania: busca garantir de forma significativa o acesso aos direitos legais, ao desenvolvimento de mecanismos para inclusão social, garantia de oportunidades e participação das pessoas com deficiência de acordo com suas necessidades individuais e sociais através do acolhimento, informação, orientações e encaminhamentos, quando necessário para rede social de apoio.
· Projeto Cuidar: visa fomentar a participação social que tem comonorte a construção com o grupo para a garantia de direitos, igualdade de oportunidades, respeito à diversidade e universalização do acesso. E, maior interface com os conselhos municipais de direitos, ministério público e movimentos sociais que lutam pela defesa intransigente dos direitos da pessoa com deficiência.
· triagem e cadastro; avaliação social: obtém informações específicas dos usuários e atendimento, avaliação e acolhimento com técnico do Serviço Social; 
· passe livre (municipal e intermunicipal) e Trensurb;
· grupo informativo, credenciamento de estacionamento especial, desenvolvimento de atividades e convivência social, cursos profissionalizantes (qualificação e capacitação) para PCDs (Pessoas Com Deficiência), inserção no mercado de trabalho, além de acompanhamento de saúde, com fornecimento de órteses, próteses e meios de locomoção (OPM), grupos operativos e oficinas terapêuticas, e entre outros.
6 – PÚBLICO ALVO ATENDIDO
O público da ACADEF é composto por pessoas com deficiência física, auditiva e intelectual de qualquer idade (a partir de zero ano). Os serviços prestados também abrangem demais minorias, como negros, mulheres, pessoas com mais de 45 anos e pessoas em situação de vulnerabilidade social. Atualmente a instituição possui cadastrados 19,55 mil beneficiários.
 Foto retirada do site representando o público atendido pela ACADEF
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 Foto retirada do site representando o público atendido pela ACADEF
7 – ATRAVESSAMENTOS, DIFICULDADES E POTENCIALIDADES
A ACADEF ao longo de sua história vem desenvolvendo projetos e empreendimentos, com o apoio de parcerias públicas e privadas, contratos com a Prefeitura Municipal de Canoas/RS e Governo do Estado do Rio Grande do Sul e também voluntariado, trazendo orientação, inclusão social, acompanhamento socioassistencial, enfim vencendo a barreira do preconceito e da discriminação atingindo além das pessoas com deficiência, também a classe mais vulnerável economicamente, por meio de uma gestão autossustentável e sem princípios assistencialistas.
O empreendedorismo social da Instituição, também é uma de suas potencialidades, uma vez que em seus projetos, busca-se criar mudanças e valor social, em vez de inovação comercial e valor financeiro, e ainda envolve empresas do setor privado, organizações do setor público e do terceiro setor, a fim de atingir esse objetivo seja através de benefícios incentivadores, como o aconselhamento empresarial, treinamentos e apoio em diversas atividades focadas nas pessoas com deficiência e principalmente no social. (BESSANT e TIDD, 2009, P. 325)
A ACADEF é referência na habilitação, na reabilitação, e na inclusão social de pessoas com deficiência física para 136 municípios credenciados. Logo, outra importante potencialidade da Instituição é a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Levando em consideração que o IBGE mostra que 8,4% da população brasileira acima de dois anos tem algum tipo de deficiência, e também que essa população, mesmo com a Lei das Cotas 8231/1991, que estabelece que os empresários destinem entre 2% e 5% das vagas de trabalho de acordo com o número de funcionários com deficiência, ainda é difícil para esse público conquistar um emprego por não possuir as mesmas condições físicas dos demais. Assim a ACADEF, torna-se um elo, pois além de atender e preservar a saúde das pessoas com deficiência, ainda promove a qualificação destas e as ajuda a conquistar a independência através do emprego.
Entretanto, toda empresa/instituição pode passar por dificuldades, tendo em vista os fatores econômicos e também humanos, além de fatores externos que podem trazer obstáculos na organização. A Organização, “não é apenas um lugar de realização racional de uma função social, a funcionalidade convive com outros aspectos não racionais que são contraditórios e geradores de conflito”. Assim, os atravessamentos impostos pelas organizações tem a finalidade de preservar a reprodução e continuidade dos serviços, e são “utilizados para mediar conflitos organizacionais”, isto é, a forma de enfrentamento de possíveis ameaças e “a manutenção da ordem estabelecida” pela organização (SANGUI, 20xx). 
Assim a ACADEF precisa desenvolver projetos e trabalhar com parcerias para angariar recursos para manter a Instituição e também continuar acumulando conquistas e vitórias, como vem fazendo desde seu surgimento. 
Entendendo que, os últimos dois anos foram comprometidos em razão da pandemia do Covid19, que acentuou dificuldades em vários segmentos da sociedade, fazendo com que a própria sociedade tivera que se reinventar para superar a “crise” causada pela pandemia. Logo, a ACADEF também precisou se adaptar para que pudesse manter os atendimentos, respeitando a segurança dos profissionais e dos usuários. Ainda, muitos dos pacientes e usuários atendidos contraíram a doença, e, para atender essa demanda, a ACADEF tem como ideia e objetivo montar um grupo com os pacientes da reabilitação pneumofuncional para estudar melhor os impactos da Covid-19 nas pessoas, seus diferentes impactos, as melhorias oportunizadas pela fisioterapia e para proporcionar um espaço de convivência entre os vitoriosos que passaram pela doença e saíram com vontade de seguir em frente.
	
8 – O SERVIÇO SOCIAL NESSA ORGANIZAÇÃO
O Serviço Social na ACADEF, está presente desde o seu surgimento, motivados pelo Movimento das Pessoas com Deficiência, para conquistar espaço e lutar contra o preconceito.
Em 1994, estabelece referência conceitual, apresentando à comunidade, um plano estratégico com o conceito de “Pedir, não. Parceria, sim”. Três anos depois inicia o trabalho na inclusão da PCD no mercado de trabalho, tornando-se a maior contratante e principal fonte de currículos deste segmento no Estado. Em 1998, é a primeira associação de PCD certificada pelo Programa Gaúcho de Qualidade e Produtividade (PGQP) o que torna a ACADEF uma referência na aplicação de modernas ferramentas organizacional.
O Programa de Serviços de Proteção Social Especial da ACADEF está diretamente ligado a sua missão que é: “Desenvolver, capacitar e ocupar o potencial da pessoa com deficiência física, na perspectiva da inclusão, cidadania e qualidade de vida”. O serviço tem como base legal dois grandes eixos: A Política Nacional de Assistência Social (Resolução CNAS 109/09) e a Política Assistencial de Reabilitação da Pessoa com Deficiência (Portaria MS/GM nº 818/01).As questões de reabilitação e inclusão das Pessoas com Deficiência transcendem todas as políticas sociais, justificando a execução de outros projetos complementares nos campos do desenvolvimento profissional, esporte e lazer, cultura e educação para a preservação ambiental.
O Assistente Social atua na perspectiva de reconhecer não só as demandas da organização, mas, sobretudo, as demandas trazidas pelos usuários atendidos por ela. Articular as demandas organizações as demandas dos usuários é um grande desafio da profissão, pois nem sempre estas demandas tem coerência.(LIVRO COMPET CAP 3 P44).
Os trabalhos efetuados pelo Serviço Social com vistas a Proteção, Desenvolvimento, Inclusão, Cidadania, Reabilitação e Qualidade de Vida dentro da ACADEF estão representados na figura abaixo:Reabilitação Física
Figura 1 – Serviço Social na ACADEF. Criado a partir dos dados do site: www.acadef.com.br
As novas tendências de atuação dos assistentes sociais surgem condicionadas à diversidade de demandas enfrentadas pelos usuários, o que acaba exigindo que sejam construídas novas competências de intervenção. Ao debater as competências e atribuições dos Assistentes Sociais presentes na Lei 8.662/1993, IAMAMOTO (2001) reafirma que tais competências e atribuições não podem ser desvinculadas dos processos sócio-históricos, mas devem ser consideradas no trato das novas demandas profissionais e do redimensionamento do espaço profissional decorrentes das configurações da sociedade.
Ainda, IAMAMOTO (2001, p. 19) discorre: O assistente social desenvolveum tipo de trabalho especializado que se realiza no âmbito de processos e relações de trabalho, não podendo ser visto isoladamente, mas como resultado de dois elementos fundamentais: desempenho profissional e as circunstâncias sociais nas quais se realiza o trabalho. É como o trabalho do Assistente Social da ACADEF deve ser identificado no âmbito da análise organizacional, uma vez que desempenha múltiplas atividades de proteção e direitos sociais, nos quais demandam de capacitação profissional e técnica constante e profissionais com domínio de saberes, para que o movimento social fomentado pela Instituição tenha sucesso contínuo.
9 – PLANEJAMENTO DO TRABALHO
O trabalho do Serviço Social na Instituição é realizado de acordo conforme a análise organizacional da mesma, tendo em vista a oferta de serviços prestados pela instituição a população-alvo. Os trabalhos desenvolvidos estão representados na Figura 1. 
A profissão é a prática habitual de um trabalho, e o conceito profissional, é a clareza das capacidades, virtudes, responsabilidades e compromisso do profissional frente à sociedade ou para aqueles a quem prestará os seus serviços.
De modo geral, os instrumentos de trabalho se desenvolvem como meios materiais que possibilitam transformar o objeto, de modo que, sua aplicação requer o conhecimento das causas dos objetos a serem transformados. Entre os instrumentos e técnicas que são mais usuais no Serviço Social, destacam-se: a observação, a entrevista e a visita domiciliar.
Assim, de acordo com Trindade (2001, p. 22): Para efetivação de sua ação, os profissionais acionam um instrumental técnico-operativo que constitui um conjunto de instrumentos e técnicas diferente daquele utilizado na esfera da produção material, cuja base é a transformação de objetos materiais: “O processo de produção, voltado à satisfação das diversas necessidades humanas, envolve tanto as atividades diretamente vinculadas à produção de bens materiais, quanto aquelas voltadas à regulação das relações sociais, ambas articuladas devido à diversificação e complexificação das necessidades sociais”.(TRINDADE, 2001)
A finalidade do trabalho do Serviço Social na ACADEF, é contribuir para o fortalecimento do usuário em situação de vulnerabilidade social na efetivação dos direitos sociais, acesso aos recursos da rede social e serviços, visando o exercício pleno da cidadania, potencializando autonomia e melhoria da qualidade de vida, em consonância com o SUAS (Sistema Único da Assistência Social) e com a resolução n° 109.
O planejamento do trabalho tem por objetivo, atuar na Habilitação e Reabilitação da Pessoa com Deficiência e na promoção de sua integração à vida comunitária no campo da assistência social, por meio da oferta de serviços e projetos socioassistenciais tipificados conforme Resolução CNAS nº 109/2009, bem como assegurar a conquista de autonomia, sustentabilidade, protagonismo, acesso a oportunidades, capacitações, condições de convívio e socialização, vislumbrando melhoria na qualidade de vida.
Assim, podemos concluir, que a demanda do Serviço Social, bem como o processo interventivo do técnico profissional, se constrói no próprio caminho, e, essa construção não depende só do Assistente Social, mas também dos outros sujeitos envolvidos e ainda, do espaço sócio-ocupacional no qual o profissional está inserido e os destinatários das ações nele envolvidas.
10 – DEMANDAS PARA O SERVIÇO SOCIAL
Entende-se por demanda, as imposições ou exigências feitas, ora pela sociedade, ora pelo mercado de trabalho. Em razão da ACADEF ser uma referência em reabilitação de PCD’S e projetar serviços socioassistenciais abrangentes, que perpassam os PCD’S e suas famílias, atingindo parcela da população mais vulnerável, o campo de atuação do serviço social se torna cada vez mais amplo, entendendo que a ACADEF vem multiplicando seus serviços e ampliando sua atuação conforme seu próprio desenvolvimento, que por sinal cresce a cada dia que passa.
Segundo TOSO (1998, p.42), alguns tipos de demanda requerem modalidades operativas flexíveis e personalizadas;
 a quantidade e a multidimensionalidade dos problemas sociais dos quais sempre emergem novas demandas e necessidades; a multiplicidade de contextos institucionais em interação com os seus constantes conflitos de competências e coordenação; a incerteza em relação aos recursos devido à grande variação da disponibilidade dos recursos públicos; e a complexidade das respostas somada à incerteza sobre seus efeitos, dado o grande número de variáveis intervenientes e da dificuldade em controlá-las. (TOSO, 1998, P.42)
As demandas ofertadas ao usuário, dependem muito do tipo de situação que este se encontra, e no tipo de auxílio que vem procurar. De acordo com BRITES E SALES, 2007, é preciso agir sobretudo, com a ética profissional, pois “dá visibilidade à sociedade acerca da direção social e da qualidade do exercício profissional”. Para o assistente social, “escutar com agrado e paciência o necessitado nas entrevistas, de forma que se estabeleça uma relação de empatia, de mútua confiança e compreensão; o inquérito, como resultado da pesquisa de dados, o diagnóstico-relatório, para que ocorra a avaliação e interpretação dos dados e, por último, uma ação construtiva” (PELLIZZER, 2016 p.91), para que assim possa definir a forma de intervenção mais favorável.
Outra questão muito importante, está a relação do trabalho com os princípios éticos profissionais, que regulamentam a profissão, perpassando a análise, reflexão e compreensão de diferentes conflitos e contradições, oriundos de fenômenos sociais da sociedade capitalista, o que exige do profissional assistente social permanente recorrência à dimensão ético-política da profissão.
Serviços Socioassistenciais ofertados: 
· Assistência Social;
· Orientações e encaminhamentos para passes-livres municipal, intermunicipal e Trensurb;
· Treinamento, capacitação e qualificação profissional;
· Inserção no mercado de trabalho;
· Atividades para o desenvolvimento de habilidades e convivência social.
11 – RELAÇÃO INTERDISCIPLINAR
Em razão desta acadêmica não ter tido entrevista direta com a organização, trabalhar-se-á esse quesito de forma mais ampla e com as informações obtidas do material de estudo da disciplina.
Entende-se que a ACADEF atua com diferentes frentes, com serviços e profissionais nas áreas de educação, saúde e assistência social, de modo interdisciplinar, articulando entre teoria e prática, investigação e intervenção, pesquisa e ação para a oferta de um trabalho completo e contemple todas as necessidades do público-alvo.
É necessário atribuir maior importância às estratégias, táticas e técnicas instrumentalizadoras da ação em estreita articulação com os avanços obtidos no campo teórico- -metodológico e da pesquisa. Isto porque a justificativa da escolha do instrumental, das metas visadas, assim como do conteúdo por eles veiculados, tanto depende dos resultados da análise da realidade como da intencionalidade e direção social imprimidas pelos sujeitos profissionais (ABESS/CEDEPSS, 1996, p. 153)
Entende-se que a realidade social é complexa, heterogênea e os impactos de qualquer intervenção dependem de fatores que são externos, isso significa um olhar mais minucioso e humanitário ao usuário/paciente que busca um serviço/ajuda, de modo a identificar os problemas e as potencialidades destes, e na maioria das vezes, trabalhando em conjunto com profissionais das diferentes frentes da mesma instituição, evitando assim que alguma questão importante seja ignorada.
Assim, conclui-se que, a definição dos instrumentos e técnicas de intervenção é um processo racional de intervenção, pois as mesmas não estão prontas e acabadas, necessitando constantemente da reflexão teórica, ética e política sobre a construção das mesmas.
REFERÊNCIAS
ACADEF. Site oficial. Disponível: http://www.acadef.com.br. Acesso: 06/09/2021
ACADEF. Informativo ACADEF. Ano 1 • Nº 1 • Junho 2011 • Distribuição Gratuita • ACADEF - Associação Canoense de Defi cientesFísicos • Fundada em 20/05/1984. Disponível no site: http://www.acadef.com.br/downloads/ Acesso: 08/09/2021
ACADEF. 25 Anos ACADEF 1984-2009. Ano 2009. 168 p.
ALENCAR, Monica Maria Torres. O trabalho do assistente social nas organizações privadas não lucrativas. Artigo 15p. Disponível em: http://cressrn.org.br/files/arquivos/4UkPUxY8i39jY49rWvNM.pdf Acesso: 07/09/2021.
GOETZ, Rúbia Geane. Competência Técnico-Operativa no Serviço Social II. Ed ULBRA. 2016.170 p.
IARANI A; LAUXEN Galúcio. Práticas Interventivas Supervisionadas. Ed ULBRA. 76 p.
LOPES, Maria Susete Muller. Ética Profissional em Serviço Social. Canoas. Ed ULBRA, 2010. 160 p.
MOREIRA. Carlos Felipe Nunes. Livro da disciplina Processos Interventivos no Serviço Social. Ed Cortez, 2013. 17 p.
PELLIZZER, Olema Palmira. Fundamentos Teórico-Metodológicos do Serviço Social I. Canoas. Ed ULBRA, 2016. 160 p.
REICHELT, Valesca Persch; ROCHA, Marie C. Fortes. O Empreendedorismo Transforma Realidades. Material disciplina Ciência, Inovação e Empreendedorismo. Acesso: 06/09/2021.
RESOLUÇÃO Nº 109, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2009. Disponível Diário Oficial da União. Acesso: 06/09/2021.
SANGHI, Simone da Fonseca. A Dimensão Técnico-Operativa nos Processos de Trabalho. Ed ULBRA. 163 p.
SANGHI, Simone da Fonseca. Competência Técnico-Operativa no Serviço Social I. Ed ULBRA. 163 p.

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