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Síntese do Ácido Pícrico ❖ O ácido pícrico é o 2,4,6-trinitrofenol, sendo usado para queimaduras ❖ O substrato da reação é o fenol, que irá sofrer uma reação de sulfonação, formando os áci- dos orto e para-fenolsulfônicos, que serão posteriormente nitratos para a formação do ácido pícrico ❖ É uma síntese que ocorre em duas etapas, sendo uma reação classificada como substitui- ção aromática eletrofílica (reação mais co- mum com aromáticos em decorrência da sua estabilidade e da formação de um composto estável) ❖ A etapa I é mais lenta, pois está partindo de uma molécula neutra, estável, para uma molé- cula com carga, que é menos estável ❖ Se o substituinte da reação I for um doador de elétrons, irá estabilizar o intermediário, sen- do grupos ativantes ❖ Os grupamentos sulfos que são adicionados no fenol no início da reação irão para as po- sições orto e para porque são as posições de maior densidade eletrônica ❖ A reação é feita em duas etapas em decor- rência porque o ácido nítrico é um forte oxi- dante, então ao adicioná-lo no fenol, há a pos- sibilidade de ocorrência de outras reações além da substituição aromática eletrofílica (que é a desejada), como a de oxidação e a de polimerização ❖ Para a reação de nitração, é necessário haver a reação de sulfonação antes, com posterior adição de HNO3 de forma lenta e em baixas temperaturas ❖ ▪ O SO3H é um grupo desativante, porque retira elétrons do anel, diminuindo a reati- vidade para todas as reações ▪ A reação de substituição sofre um efeito menor, visto que é a que leva ao produto mais estável, aumentando a possibilidade de que se sobreponha às outras reações que poderiam ser formadas pela nitração ❖ não oferece reagente, pois só será adicionada a quantidade suficiente para que haja a substituição eletrofílica ❖ não es- tará oferecendo energia para que a reação ocorra, favorecendo a reação de substituição aromática eletrofílica ❖ ▪ A formação de orto e para pode ser con- trolada pela temperatura, mas com essa síntese, é indiferente qual se forma mais, porque o importante é que há um grupo desativante no anel ▪ O aquecimento é feito para que a reação ocorra mais rapidamente ❖ ▪ A substituição ipso descreve dois substi- tuintes compartilhando a mesma posição no anel em um composto intermediário em uma substituição aromática eletrofílica ▪ O NO2+ tem maior poder eletrofílico e está em excesso ▪ O SO3H é um bom grupo abandonador ▪ A primeira etapa da reação é iniciada em baixa temperatura e adicionando lenta- mente o ácido nítrico, porque mesmo com a sulfonação, ainda há chance de haver reação de oxidação e de polimeri- zação ▪ Como o NO2 também é um grupo retira- dor de elétrons, a reação vai ficando cada vez mais lenta e por isso é necessário deixar a mistura em repouso até que a reação se inicie, sendo evidenciada pela liberação de gases nitrosos ▪ Para que haja a última substituição, é feito o aquecimento em banho-maria, para que haja todas as condições e haja o favoreci- mento da reação, como excesso de rea- gente e aquecimento ❖ ▪ Separação: filtração (lavar com água gela- da, para evitar perdas, porque a solubilida- de das substâncias diminui com a diminui- ção da temperatura) ▪ Purificação: recristalização, onde a princi- pal base é o fato de que as substâncias geralmente se tornam mais solúveis quan- do o solvente está quente do que quando está frio ▪ O solvente a ser utilizado é aquele em que a substância a ser purificada é solúvel à quente e insolúvel à frio ▪ A diferença na solubilidade a temperatu- ras variáveis permite que uma substância impura se dissolva a uma temperatura mais elevada e depois cristalize lentamen- te a uma temperatura mais baixa sem vol- tar a reter as impurezas ▪ Há o aquecimento da mistura, seguido de uma filtração pela gravidade, onde o ácido pícrico passa pelo filtro juntamente com a solução, que será resfriada à tempe- ratura ambiente, pois se for colocada em banho de gelo, haverá uma precipitação e não cristalização ▪ Após o resfriamento em temperatura ambiente, será colocado em banho de gelo para que haja a total cristalização e havendo uma nova filtração a vácuo ❖ ▪ A quantidade de produto que realmente será obtida na reação química relacionada com a quantidade que deveria ser obtida na teoria (rendimento igual a 100%, em que todos os reagentes se transformam nos produtos), com o questionamento se a reação é viável economicamente ▪ 1. Escrever a equação química balanceada da reação ▪ 2. Determinar o rendimento teórico ▪ 3. Determinar o rendimento percentual por dividir a massa ou o volume realmen- te produzidos pela massa ou volume teó- ricos do produto e multiplicar por 100 (%) ▪ 1 mol de fenol dá origem a 1 mol de ácido pícrico ▪ Rendimento teórico: ▪ Rendimento percentual: ▪ Quando há a discussão do resultado do rendimento, se faz necessário levar em consideração a pureza dos reagentes, a reversibilidade da reação e a formação de subprodutos ▪ Variáveis específicas dessa reação: reação em duas etapas, efetividade da sulfona- ção, adição de HNO3 nas condições ne- cessárias (temperatura e fluxo de adição) e perdas durante a recristalização (muitas transferências) Análise do Ácido Pícrico ❖ O ácido pícrico não deve conter menos do que 99% de C6H2(OH)(NO2)3 ❖ ▪ Não foi realizado nesse caso ▪ Verifica se o produto ativo (substância a ser analisada) está presente ▪ Embora específicos, não são necessaria- mente suficientes para estabelecer prova absoluta de identidade ▪ Alguns ensaios de identificação devem ser considerados conclusivos, como infra- vermelho, espectofotometria com absor- ção específica e cromatografia a líquido de alta eficiência acoplada à espectofoto- metria ❖ ▪ Cristais amarelos brilhantes e inodoros ▪ Descrição de substância: informações re- ferentes à descrição de uma substância são genéricas e destinam-se à avaliação preliminar da sua integridade ▪ A descrição, por si, não é indicativa de pu- reza, devendo ser associada a outros tes- tes farmacopeicos para assegurar que a substância esteja de acordo com a mono- grafia ▪ Odor: sua caracterização é apenas descri- tiva e não pode ser considerada como padrão de pureza, exceto nos casos em que um odor particular, não permitido, seja indicado na monografia individual ❖ ▪ Solúvel em 90 partes de água e 10 partes de álcool a 90% ❖ ▪ Sua solução é intensamente amarela e ácida ao papel indicador de pH, porque é uma substância fenólica ▪ Ácido de Arrhenius: substâncias que em solução aquosa liberam íons positivos de hidrogênio ▪ Os fenóis são ácidos porque a base con- jugada resultante (fenolato ou fenóxido) é estabilizada pela ressonância do anel (des- localização de elétrons) ▪ Ácido de Lewis: é toda espécie química ca- paz de receber um par de elétrons ▪ A existência de grupos de elétrons atra- entes no anel aromático (grupo nitro) au- menta a acidez dos fenóis, devido à res- sonância ❖ ▪ Os testes de impurezas descritos nas mo- nografias limitam as impurezas a quantida- des que assegurem qualidade ao fármaco ▪ Sulfato: o ácido clorídrico permite uma melhor visualização; com a adição de clo- reto ou nitrato de bário, há a formação do BaSO4, que é insolúvel em água e dei- xa a amostra turvada ▪ Substâncias insolúveis em benzeno: de- verá ter uma solução clara, então o que não for dissolvido, são substâncias inorgâ- nicas ❖ ▪ Verifica se a quantidade da substância (princípio ativo) está dentro da faixa acei- tável ▪ O ácido pícrico não deve conter menos do que 99% de C6H2(OH)(NO2)3 ▪ Quando todo o ácido pícrico for neutrali- zado, a amostra irá mudar de cor, pois a fenolftaleína é incolor em meio ácido ❖ ▪ Relacionar o doseamentoaos outros tes- tes (descrição, solubilidade, pH, presença de impurezas: resultados dos testes e ou- tras impurezas presentes) ▪ Erros operacionais: pesagem, transferên- cias, preparo e padronização da solução de NaOH ▪ Analisar possíveis causas relacionadas à síntese
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