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Hiperplasia dos lactotrofos da adenohipófise → aumento dos níveis de prolactina. Durante a vida sexual da mulher, essas células se mantém constante liberando níveis basais de prolactina no sangue, exceto na gravidez e lactação, quando a concentração desse hormônio aumenta de maneira significativa, visto que, sua principal função é a produção de leite materno. Além disso, a prolactina é responsável por fazer um feedback negativo no GnRh, por isso, que durante a fase de amamentação a mulher não menstrua. A inibição da prolactina é regulada por dois neurotransmissores: GABA e dopamina, eles são liberados pelos neurônios inibidores do hipotálamo. Essa inibição ocorre principalmente para que não tenhamos uma modulação negativa no eixo HHG. Disfunção no eixo HHG: aumento dos lactotrofos ou falha na inibição da prolactina por dopamina e GABA → Hiperprolactemia. CONSEQUÊNCIAS • Alterações no ciclo menstrual; • Infertilidade; • Galactorreia (liberação de secreção mamária fora da gestação ou período de amamentação), contudo, para isso além do excesso de prolactina a mulher deve ter ação de níveis de estrogênio (indutor da replicação celular – aumenta os lóbulos e ductos mamários). Ciclos curtos (insuficiência lútea): Ausência de GnRh → diminuição dos níveis de LH → Eu preciso de LH para manter o corpo lúteo funcionante, se eu não tenho LH a fase lútea é <14 dias. Ciclos longos (anovulação): Ausência de GnRh → diminuição dos níveis de FSH → demora para a maturação de um folículo. Amenorreia: barrada e dificuldade da liberação dos dois hormônios – LH e FSH. CAUSAS Alteração no controle inibitório pela dopamina e GABA; Estimulação ou alteração nas células produtoras de prolactina. ➔ Prolactinomas (adenoma lactotrófos – tumor de hipófise que leva ao aumento das células produtoras de prolactina); ➔ Tumores produtores de hormônio do crescimento GH; ➔ Tumores produtores de hormônio adrenocorticotrófico (AcTh); ➔ Lesões na hipófise; ➔ Idiopática. Medicamentos: ➔ Antidepressivos: tricíclicos, Inibidores de MAO, inibidores de recaptação da serotonina.; ➔ Antiepiléticos. Esses medicamentos como um todo, aumenta o tempo de serotonina na fenda sináptica, e o aumento das concentrações de serotonina na fenda inibe as concentração de dopamina (hormônio regulador de prolactina). Acúmulo de androgênios: testosterona, di- hidrotestosterona (DHT), androstenediona, deidroepiandrosterona, (DHEA), sulfato de DHEA. Esse hormônios circulam na nossa corrente sanguínea ligados a globulina ligadora de esteroides sexuais (SHBG) ou albumina, essa ligação inativa o hormônio. Logo, para termos um acúmulo de androgênios, é necessário um aumento na síntese e/ou uma redução das proteínas ligadoras. Dessa forma, casos de hiperandrogenismo é muito comum em pessoas com desnutrição proteíco- energética, distúrbios hepáticas (fígado produz SHBG e albumina) ou metabólicos. Locais de produção na mulher do hormônio andrógeno: suprarrenal e ovário. Frente a um quadro clínico de hiperandrogenismo, é necessário identificar de onde vem o aumento de testosterona. Por isso, frente a um aumento de DHEA ou SDHEA é possível identificar que esse aumento é da suprarrenal, já o acúmulo de testosterona livre, consequentemente, quem está produzindo esse acúmulo é o ovário. Pode ocorrer por: • Aumento da produção glandular (suprarrenal/ovários); • Alteração do transporte dos hormônios androgênicos (SHBG) para o sangue e dele para os tecidos; • Hiperatividade hormonal subsequente à maior sensibilidade local (hirsutismo idiopático) – aumento da quantidade de receptores de testosterona nas células; • Uso de anabolizantes. Consequências: • Hirsutismo (aparecimento de pelos em regiões não comuns em mulheres, mudança da característica do pelo – aumento da haste e do folículo piloso), regiões mais acometidas: rosto, peito, barriga e costas. • Aumento da massa muscular; • Masculinização da genitália (aumento do clitóris, dos lábios menores) Causas multifatoriais: • Resistência à insulina; • Hipersecreção de LH; • Hiposecreção de FSH; • LH/FSH 2:1; • Produção aumentada de androgênios pela teca; • Aumento do fator de crescimento semelhante a insulina-1; • Diminuição de globulina ligadora de esteroides sexuais. Para o diagnóstico clínico de SOP a paciente deve se enquadrar em pelo menos 2 dos 3 critérios abaixo: • Oligomenorreia (menos de 4 menstruações no ano) ou amenorreia (2 anos); • Sinais clínicos e/ou bioquímicos de hiperandrogenismo, excluindo-se outras etiologias; • Ovários policísticos à ultrassonografia (12 folículos, de 2 a 9 mm de diâmetro em pelo menos 1 ovário/ volume ovariano >10ml). Critérios de exclusão: • Amenorreia por hiperprolactenemia; • Disfunções de tireoide: TRH compete com o GnRh para liberação de gonadotrofina pela hipófise; • Hiperplasia adrenal congênita clássica e não clássica; • Síndrome de Cushing – aumento de cortisol., que pode levar ao aumento de testosterona; • Tumores de ovário ou adrenal secretores de androgênios. FISIOPATOLOGIA Há aumento dos pulsos de GnRh, que irão favorecer a liberação de LH e desfavorecer o FSH. O LH se liga nas células da teca, estimulando uma grande quantidade de produção de testosterona, essa testosterona vai para a camada granulosa, contudo eu não tenho aumento de FSH proporcional para fazer a conversão de testosterona em estradiol a partir da ação da aromatase, dessa forma, nós temos um acúmulo de testosterona livre nessas pacientes. Além disso, essas pacientes possuem resistência à insulina, tendo um aumento da concentração da insulina na corrente sanguínea, ela age na célula da teca no ovário também induzindo a transformação de colesterol em testosterona. Além disso, a hiperinsulinemia atua no fígado, inibindo a produção de SHBG. Por isso que, as mulheres diagnosticadas com SOP apresentam hirsutismo devido as consequência de hiperandrogenismo decorrentes da síndrome. Todo começo de ciclo, há um aumento de FSH para recrutar os folículos, dessa forma, ocorre o inicio do processo de desenvolvimento dos folículos, porém, a paciente não terá a quantidade necessária de FSH para formar o folículo dominante – de Graal. Além disso, a paciente com SOP tem alteração em seu perfil lipídico, sendo a paciente mais propensa a obesidade. Porque a resistência à insulina, muda o metabolismo lipídico, aumentando as concentrações de ácido graxo que serão convertidos em VLDL, diminuindo o HDL e aumentando o LDL, aumentando o risco de doenças cardiovasculares. Aumento de IGF-1 em decorrência da resistência à insulina→ hiperplasia endometrial, aumentando o risco de sangramento disfuncional e carcinoma endometrial. Aumento de IGF-1 em decorrência da resistência à insulina → Albicans nigra, devido ao espessamento da pele, principalmente em regiões de dobra.
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