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Espondilites Soronegativas

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Espondilites Soronegativas 
As artrites soronegativas tem em comum: 
 Acometimento de articulações axiais 
 Lesão proeminente das enteses 
 Associação a determinadas lesões sistêmicas 
 Tendendia a hereditariedade 
 Ausência do fator reumatoide 
 Associação com o HLA-B27 
São compostas por 
1. Espondilite anquilosante 
2. Artrite reativa 
3. Artrite psoriásica 
4. Artropatia Enteropática 
5. Espondiloartrite de início na juventude 
6. Espondiloartrite indiferenciada 
ÊNTESES 
 Região na articulação em que ocorre a 
inserção de ligamentos, tendões, aponeuroses 
e cápsula fibrosa 
ESPONDILITE ANQUILOSANTE (EA) 
 Sacroileíte sintomática 
 É uma doença inflamatória crônica e 
progressiva ascendentes 
 Acomete esqueleto axial – lesão sacroilíaca 
principalmente 
 Eventual o ssificação das articulações 
(anquilose óssea) 
 Pode ser o protótipo das condições que 
causam entesite – comprometimento das 
articulações francamente ligamentares do 
quadril e da coluna vertebral. 
 Articulações periféricas também podem ser 
afetadas, porém com menor frequência. 
Epidemiologia 
 Predomina no sexo masculino 
 Incidência no início da vida adulta (23 anos) 
 Acompanha a distribuição do HLA-B27 na 
população (importante fator genético) 
Presente em 90% dos pacientes 
Na população geral é encontrado em 7% 
dos indivíduos caucasianos 
Entre 1-7% dos portadores do HLA-B27 
desenvolve EA 
Patogenia 
 Reação inflamatória crônica na articulação, 
em especial na êntese – entesite – causando 
erosão do osso subjacente, seguido de 
reparação tecidual crônica (neoformação 
óssea – anquilose) 
No RX a entesopatia é vista pela ossificação 
das enteses. 
 Não se sabe de onde vem o estimulo 
inflamatório – infecção – sistema imune? 
 A articulação mais acometida são as de 
natureza ligamentar – quadril, coluna 
vertebral – sacroiliaca. 
Sínfise púbica, calcâneo, patela, articulação 
manúbrio-esternal. 
 COLUNA: acometidos inicialmente os disco 
intervertebrais. Inicia na região anterior, na 
inserção do anulo fibroso do disco. 
Com o tempo o osso neoformado estimula 
a inflamação crônica 
Torna-se sindesmófilo – protuberância 
óssea – formando “pontes” entre os corpos 
vertebrais 
Após anos pode ocorrer alteração clássica: 
rigidez da coluna – em bambu 
Adota postura de cifose exagerada e perda 
da lordose lombar 
Osteoporose difusa pode ser encontrada 
 ARTRITE PERIFÉRICA 
não apresenta vilosidades sinoviais 
exuberantes (como na AR) 
 
Diferencial: EA e AR 
 
 HIV: na EA agrava, na AR ameniza artrite 
 LESÃO ARTICULAR: EA – neoformação óssea 
(sindesmofitos); AR – erosões 
 HISTOPATOLOGIA: EA – neutrófilos, 
macrófagos, dendríticas, células de 
revestimento; sem aumento da citrulina; 
Manifestações clínicas: 
 Homem, final da adolescência – inicio vida 
adulta 
 Dor lombar, unilateral, insidiosa e profunda 
 Rigidez matinal após longos períodos de 
inatividade – melhora com atividade física 
 Mais precebidos pela manhã, após períodos 
de inatividade física ou exposição ao frio. 
Melhora após atividade física ou após banho 
quente. 
 EVOLUÇÃO: dor bilateral, pode exacerber a 
noite, redução da amplitude de movimento 
da coluna. 
 Comprometimento das sacroilíacas pode ser 
evidenciado por manobras que tencionam a 
articulação. 
 Limitação da mobilidade lombar 
A limitação pode ser avaliada pelo teste de 
Schober 
Limitação inicialmente é causa por espamo 
muscular paraespinhal, porém em fases 
avançadas o principal motivo é a anquilose 
óssea. 
 Acometimento das vértebras é ascendente e 
progressiva – ossificação das sínfises 
vertebrais é conhecida como coluna em 
bambu. 
 Envolvimento da coluna torácica – gera dor e 
cifose progressiva. Comumente se associa à 
lesão das articulações costobertebrais, 
costoesternais e manúbrio esternal  
redução da expansivilidade torácica. 
 Coluna cervical: dor e rigidez – costuma ser 
tardio. Alguns apresentam episódios 
recorrentes de torcicolo ou perda quase 
completa da extensão cervical 
(impossibilitados de olhar pra cima) 
 Hipersensibilidade óssea – reflete a existência 
de entesite/osteíte subjacente 
Digitopressão costuma desencadear dor 
nos locais acometidos – mais evidente nas 
junções costocondrais, apófises espinhosas 
das vértebras, cristas ilíacas, trocanteres 
maiores, tuberosidades isquiais e tibiais e nos 
calcâneos. 
 Antrite em grandes articulações centrais 
(quadril e ombro) 
 Artrite periférica, assimétrica, pode ser vista 
em até 30% dos casos 
 Sintomas constitucionais inespecíficos 
Especialmente em idosos 
Fadiga, anorexia, perda ponderal, febre 
baixa. 
 Podem apresentar osteoporose ou osteopenia 
 
TESTE DE SCHOBER 
 Paciente de pé 
 Marca-se apófise espinhosa da 5ª vértebra 
lombar e traça-se outra marca horizontal 
10cm acima 
 Solicita-se que o paciente faça flexão da 
coluna 
 Normal: a distancia ficar maior que 15cm 
 Aumentos inferiores a 4cm indicam 
comprometimento funcional da coluna 
lombar 
 Torácica – deve se marcar na altura do quarto 
EIC em homens e logo abaixo das mamas em 
mulheres. A diferença deve ser vista na 
inspiração e experição 
Normal > ou igual a 5cm 
 
 
Prognóstico e Evolução 
 Cerca de 30% dos pacientes do sexo 
masculino relatam sintomas da doença que 
atrapalham suas atividades laborativas 
 O restante apresenta uma forma branda 
 Quadro esterotipado: geralmente após 10 
anos de evolução; 
Postura de esquiador 
Marcha cambaleante; 
Pode ter dificuldade no campo visual 
anterior 
Na maioria evolui com dor, após o 
estabelecimento da anquilose a dor 
desaparece. 
 Não se sabe qual fator determina a 
progressão 
Quanto mais cedo apresenta-se a doença, 
mais provável será a necessidade de prótese 
do quadril 
Mulheres tem tendência menor a evoluir 
para anquilose total da coluna, porém maior 
de comprometimento cervical e artrite 
periférica. 
Maior desenvolvimento de artrite periférica 
em países em desenvolvimento 
 Fratura devido a osteoporose 
 Fatores associados a comorbidades: traumas 
de coluna, insuficiência aórtica, insuficiência 
respiratória, nefropatia amiloide, 
complicações inerentes ao tratamento 
(hemorragia digestiva). 
 
Manifestações extra-articulares 
 
OFTALMOLÓGICAS 
Uveite anterior aguda 
 
 Manifestação mais comum da EA 
 Principalmente naqueles que tem HLA-B27 
 Não existe relação com a gravidade da doença 
 Unilateral, dor, lacrimejamento excessivo, 
fotofobia, turvação da visão 
 Autolimitados, por vezes recorrentes 
 Outras complicações: glaucoma secundário e 
catarata. 
PULMONARES 
Fibrose bolhosa dos lobos superiores 
 Geralmente aparece após duas decádas de 
doença 
 Tosse produtiva crônica e dispneia progressiva 
 Formação de cistos 
 Invasão por Aspergillus pode resultar nos 
micetomas e justificar uma eventual 
hemoptise 
 Pode ocorrer infiltração e a fibrose pulmonar 
que podem evoluir de forma silenciosa 
 A ventilação pulmonar costuma ser mantida 
pelo diafragma, apesar da rigidez da parede 
torácica 
CARDÍACAS 
Insuficiencia aórtica 
Distúrbios de Condução 
 Pode ser silencioso ou dominar o quadro 
clínico 
 As valvas encontram=se espessadas e com 
certo grau de fibrose 
 A extensão do processo fibroso para o nódulo 
AV pode levar ao bloqueio AV completo 
(BAVT) 
RENAIS 
amiloidose 
Nefropatia por IgA 
 Amiloidose secundária que se manifesta por 
proteinúria 
NEUROLÓGICAS 
Deslocamento e fraturas da Coluna Cervical 
Síndrome da Cauda equina 
 A sd da cauda equina é insidiosa – perda 
sensosiral nos dermátomos sacrais (anestesia 
em sela), dor, fraqueza dos membros 
inferiores, com hiporreflexia e flacidez. 
Perda de tônicos dos esfíncteres retal e 
urinário 
Dx confirmado por TC ou RNM 
 
INTESTINAIS 
Doença inflamatória intestinal 
 
 Geralmente assintomática Pode ocorrer fibrose retroperitoneal e 
aumento da prevalência de prostatite em 
homens 
 
Diagnóstico 
 Críterios – espondiloatrite axial (inicio da 
doença) 
Sem anquilose 
 RNM é mais sensível que o RX para 
diagnosticar sacroileite – antes do surgimento 
de esclerose osseoa, a RNM detecta edema da 
medula óssea justa-articular 
ANTIGO – critérios de NY 
 Presença de sacroileite definitiva na 
radiografia simples de bacia. 
 
Novos critérios 
 
Diagnóstico diferencial 
 Outras espondiloartrites 
 Hiperostose difusa esquelética idiopática 
 SIndrome SAPHO (sinovite, acne, pustulose, 
hiperostose e osteomielite) e estados 
hiperostóticos como intoxicação pela vitamina 
A e fluorose. 
 
DIFERENCIAL COM AR 
Alguns apresentam artrite perifica – ocorre mais 
comumente em crianças 
Acometimento de articulação axial, uveite 
diferenciam 
 
DIFERENCIAL COM ARTRITE ENTEROPÁTICA 
clinicamente indistinguível 
Deve-se ser feita investigação ára presença de 
colite ou enterite (doença de crohn) 
DIFERENCIAL ENTRE ARTRITE REATIVA E ARTRITE 
PSORIÁSICA 
Compartilham aspectos radiológicos com a EA 
a reativa e a psoriásica constumam ser assimétricas 
e aleatórias. 
 
Alterações radiográficas 
 No inicio não costumam apresentar 
alterações 
 Conforme evolução: 
Borramento na imagem das articulações 
sacroilíacos 
Esclerose e erosões subcondrais irregulares 
– mais pronunciadas no terço inferior. 
Bilateral, mas no inicio pode ser unilateral 
Pseudo-alargamento do espaço articular 
Fibrose e obliteração articular 
 Incidencia mais apropriada é a de Fetguson 
(inclinação cefália de 30°) 
 Erosões, esclerose e neoformações osseas em 
inserção tendinoso de púbis e calcânea. 
 Aspecto em “cera fluida” – comprometimento 
do ligamento espinhal anterior que se 
encontra calcificado 
 
 
Tratamento 
 Objetivos: alivio sintomático, melhora da 
capacidade funcional, minimizar as 
manifestações extra-articulares e prevenir as 
deformidades articulares e suas possível 
complicações. 
 
 Postura ereta, dormir em decúbito dorsal em 
colchão firme e praticar exercícios físicos 
regulares de baixo impacto, como a natação. 
 Abordagem multiprofissional – 
principalmente fisioterapia 
 Não devem fumar 
 AINEs: efetivos no controle da dor e rigidez - 
terapia de primeira linha. 
-Indometacina 75-150mg/dia 
-Inibidores da cox-2 
-Parecetamol ou opioides se não obtiverem 
resposta com AINE. 
 
 AIE: 
prednisona (sistêmico) – não devem ser 
prescritos – não melhoram sintoma e pode 
piorar a osteoporose 
Intrarticulares: podem ser usados em casos 
de artrite periférica ou alguns casos de 
sacroieíte 
 
 Sulfassalazina – discreto benefício 
principalmente em pacientes com artrite 
periférica 
 
 MTX – amplamente utilizado mas sem 
evidencia de eficácia 
 
 Leflunomida,talidomida e pamidronato – 
alterativos com discreto benefício 
 
 Neutralizadores do TNF-alfa – SUCESSO 
TREAPEUTICO. 
efeitos colaterais: infecções graves, 
incluindo tuberculose disseminada, distúrbios 
hematológicos (pancitopenia), distúrbios 
dismielinizantes; piora da insuficiência 
cardíaca congestiva; aparecimento de 
autoanticorpos para LES, além de sintomas 
clínicos da doença, reações de 
hipersenssbilidade nos locais de aplicação; 
doença hepática grave. 
Indicado para pacientes com doença ativa 
sem resposta com AINES diferentes 
Antes do inicio deve ser realizado teste 
tuberculínico e RX de tórax 
PPD maior ou igual a 5mm devem receber 
profilaxia para tuberculose 
 
 Cirurgia – osteotomia em cunha – indicada 
para artropatia destrutiva do quadril. Deve ser 
feita artroplasia total mandatória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARTRITES REATIVAS (ARe) 
 Forma de inflamação articular não supurativa 
que tem origem em um processo infecioso à 
distância 
 Na maioria das vezes ocorre infecção no trato 
digestivo (diarreia infecciosa ou na genitária 
(retrite, cervicite) 
 Sindrome de Reiter – artrite reativa 
asscoaida a manifestações inflamatórias 
(artrite + conjuntivite + uretrite). Clamidya 
Mais comum em infecções por Shigella e 
Chlamydia 
 Existe correlação com HLA-B27 e com pior 
prognóstico 
 É soronegativa 
 Se associada a HIV nem sempre terá 
associação com HLA-B27 
 Acomete principalmente indivíduos entre 18-
40 anos, indiferente entre o sexos. Predomina 
em homens quando a infecção é venérea 
Agentes 
 Diarreias infecciosas (shigella, salmonela, 
campylobacter, yersínia) 
 Doença venéra (chlamydia trachomatis) 
Formas 
 Pós-disentérica ou epidêmica 
Mais frequente em crianças, após surtos 
disentéricos 
 Pós-veneérea ou endêmica 
Predomina em adultos jovens, geralmente 
após episódios de uretrite ou cervicite 
 
Manifestações clínicas 
 Variável 
 Monoartrite efêmera até quadro 
multissistemico grave 
 A maioria desenvolve após 1-4 semanas do 
relato da infecção (diarreia) ou da relação 
sexual que transmitiu a do ença. 
 Na minoria não se encontram evidencias 
clinicas nem laboratoriais de infecção 
anterior. Único dado pode ser um novo 
parceiro sexual 
 Sintomas constitucionais são comuns: fadiga, 
mal-estar, febre e perda ponderal 
 Sintomas musculoesqueléticos: caráter agudo, 
desenvolvem-se em poucos dias. 
 Artrite: oligoarticular, assimétrica, aditiva e 
afeta principalmente membros inferiores 
(joelho) 
Geralmente muito dolorosa 
 Outras manifestações: artralgias, dactilite, 
tendinite, fasciite plantar, sacroileíte. 
Dactilite: dedo em salsicha – edema 
inflamatório difuso em um dedo solitário da 
mão ou pé 
 Dor na coluna vertebral é comum 
 Se presentes alterações no RX são 
assimétricas 
 Nos homens pode se observar prostatite e nas 
mulheres cervicite ou salpingite. 
 Aproximadamente 20% dos pacientes tem 
acometimento de sacroiliaca e coluna 
vertebral acidental causando confusão 
diagnóstica com EA 
 Alguns pacientes com SR pode desenvolver 
tardiamente complicações cardíacas 
semelhantes a EA como insuficiência aórtica. 
 Pode ser persistente e recidivante; resultar 
em grande incapacidade. 
 Cerca de 25% tornam-se inaptos, sendo a dor 
crônica no calcanhar o incomodo mais 
relatado. 
Síndrome de Reiter (SR) 
 Conjuntivite 
 Artrite 
 Uretrite 
1. Uretrite: pode ser infeciosa ou não; secreção 
uretral costuma ser intermitente e de pequena 
quantidade, passando muitas vezes despercebida 
2. Conjuntivite: costuma ser mínima, as vezes 
persistindo por poucos dias ou semanas; raramente é 
sintomática, com eritema, ardência, pruirdo e 
secreção. Pode ocorrer uve[ite. 
 
Manifestações associadas 
 Balanite Circinada – supercial, indolor, 
 Ceratoderma Blenorrágico 
 Uveíte anterior 
 Úlcera oral – supercial, indolor 
 
 
Diagnóstico 
 Não existe exame complementar definitivo 
para o diagnóstico de Are 
 Deve ser clínico e de exclusão 
 Exige presença de oligoartrite inflamatória 
com histórico positivo de infecção diarreia ou 
venérea 
 Dx diferencia: gonococcemia (poliartralgia, 
febre, seguida por oligoartrite e tenossinovite 
Gonocócica: MMSS, rash 
eritematopustuloso, não existe sintomas 
lombares 
Are: MMII, ceratoderma blenorrágico 
 Análise do liquido articular serve para 
diferenciar de artrite por cristais e artrite 
infecciosa 
Preseça de gonoco não exclui ARe 
 Hemocultura e cultura das lesões – dx de 
gonococo ou prova com ceftriaxone 
 Tipagem HLA-B27 não é essencial, mas é 
importante para prognóstico 
 Diferencial com psoriasica – psoriasica é 
gradual e mais em MMSS, não apresenta 
ulcerações orais, ne, uretrite, nem sintomas 
intestinais. 
Diagnóstico diferencial 
 Artrite séptica – deve-se realizar artrocentese 
antes de firmamos o diagnóstico de ArE 
Tratamento 
 AINE: sintomas agudos – geralmente doses 
máximas, 2 semanasno mínimo 
-Indometacina 75-150mg/dia – DE ESCOLHA 
-Inibidores de COX-2 podem ser utilizados 
 
 Corticoides sistêmicos não são usados- apenas 
se não houver resposta a pelo menos 2 tipos 
de AINE, geralmente quando usados são 
necessárias doses maiores que para AT. 
Corticoides intra-articulares podem ser 
usados para tendinites e entesites 
 
 Sulfassalazina (0,5-3g/dia) – apenas para 
casos refratáriois 
 
 Agentes neutralizadores do TNF-alfa – 
reservados a paciente que não responderam a 
AINE + AIE intraarticular + sulfassalazina ou 
que apresentam contraindicação ao 
tratamento com sulfassalazina 
 
 ATB: em vigência de quadro infeccioso agudo 
e para pacientes e parceiros com quadro de 
artrite reativa por clamídia. 
Não deve ser indicado em pacientes com 
doença estabelecida sem sinais de infecção 
ativa. 
Prognóstico 
 
 Imprevisível 
 Maioria das vezes: 1 episódio dura 2-
3meses, mas pode persistiri por mais de 1 
ano. 
Desaparece insindiosamente 
 Pode iniciar curso intermitente ou seguir 
curso crônico de artrite periférica com 
risoc maior para desenvolvimento de 
espondilite progressiva 
 Para SR – há mais possibilidade de evoluir 
para curso intermitente 
 Somente 15% tem comprometimento 
grave ou perda funcional irreversível. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARTRITE PSORIÁSICA 
 Artropatia inflamatória crônica que afeta 
entre 4-30% dos portadores de psoríase 
 EM 80% das vezes as lesões cutâneas de 
psoríase precedem o surgimento das 
manifestações articulares 
 20% dos pacientes apresentam artrite antes 
das lesões cutâneas 
 Em geral acomete pacientes de psoríase 
cutânea grave com lesões extensas, mas há 
casos em que a artrite acompanha lesões 
cutâneas discretas e escondidas. 
 Não tem preferência por sexo 
 Faixa de 30-55 anos 
 Positividade do HLA-B27 se associa a 
ocorrência de sacroileite e envolvimento axial 
Etiopatogenia 
 Linfócitos TCD8 envolvidos nas lesões 
cutâneas acabam lesando enteses e 
articulações 
 Influencia hereditária 
 Pode ser desencadeado por infecções 
estreptocócicas cutâneas (não confirmada) 
Formas clínicas 
 Expressa-se por 5 padrões distintos 
 Não são mutuamente exclusivos – podem 
coexistir no mesmo paciente, pode trocar de 
padrão. 
Poliartrite Periférica Simétrica 
Lembra Artrite Reumatoide 
 Padrão mais frequente 
 Poliatrite simétrica de pequenas articulações 
das mãos e punhos (poupando as IFD) – 
indistinguível de AR 
 Na AP o numero de articulações envolvidas 
costuma ser inferior ao da artrite reumatoide 
 Fator reumatoide negativo 
 Se paciente possuir psoríase e fator 
reumatoide der positivo deve ser classifica-lo 
como AR + PSORIASE 
 Se FR der negativo, é AP. 
Oligoartrite Periférica Assimétrica 
Lembra artrite reativa 
 Segundo padrão mais frequente 
 Oligoartrite assimétrica, envolvendo grande 
articulação (joelho) 
Outras: metatarsofalangianas ou 
interfalangianas dos pés 
 Dactilite costuma estar presente. 
 
 
Envolvimento das interfalangianas Distais 
Padrão clássico da artrite psoriásica 
 Artrite predominante nas interfalangianas 
distais 
 Distribuição assimétrica 
 Comumente vem acompanha de lesões nas 
unhas adjacentes 
 Lesões ungueais: depressões puntiformes na 
placa ungueal (pitting ou unha em dedal), 
cristas horizontais, onicólise ou unhas 
quebradiças, pigmentação amarelada nas 
bordas, hiperceratose distrófica. 
 
Artrite mutilante 
 Raramente é o padrão inicial, porém é 
característico da artrite psoriásica 
 Poliatrite destrutiva – preodminio em mãos e 
pés 
 Extensa osteólise 
 RX: deformidades em ponta de lápis 
(extremidades das falanges se tornam 
pontiagudas) 
 Casos avanaçados: destruição quase completa 
das falanges e consequente encurtamento 
dos dedos – formação de dobras na pele 
periarticular 
Examinador consegue esticar o tedo do 
paciente até sua posição original 
(deformidade em telescópio ou binóculo de 
teatro ou engavetamento dos dedos) 
 
Envolvimento do esqueleto axial 
Lembra espondilite anquilosante 
 Comprometimento axial na forma de 
sacroileite ou espondilite 
 Assimétricas, aleatórias, não progride 
ascentemente 
 Grau de comprometimento é menor que na 
EA 
 Encontra-se HLA-B27 em 50% dos doentes 
Achados laboratoriais e radiográficos 
 VHS elevado 
 Hiperuricemia 
 Pode haver espoliação de ferro e acido fólico 
devido a descamação cutânea – avaliados e 
reposto quando necessário. 
 
RX: 
 Erosões ósseas marginais, progressivas e 
irregulares – deformidade em ponta de lápis 
 Reação periosteal de neoproliferação óssea 
felpuda – principalmente em sítios de 
inserção óssea das enteses e tendões 
musculares 
Diagnóstico 
 Exclusão 
 Ausência de FR 
 Sinais clínicos 
Tratamento 
 Leves: AINES 
 Graves ou refratários: metotrexate 
 Refratários: anti-TNF 
 Se não responder a MTX +anti-TNF  
biológico (ustekinumab – neutraliza IL12 e 
IL23) 
 Psoraleno + luz UV pra lesão cutânea e pode 
melhorar articulares. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARTROPATIAS ENTEROPÁTICAS 
 Quando é possível responsabilizar 
diretamente condições intestinais 
 Doenças intestinais inflamatórias (Crohn e 
retocolite ulcerativa); eterite infecciosa; 
doença celíaca 
Padrões 
1. Artropatia periférica 
 Poliartrite migratória aguda 
 Inicio abrupto, assimétrica que desaparece 
em algumas semanas 
 Acomete grandes articulações de MMII 
 Geralmente é observada em indivíduos que já 
possuem outras manifestações 
extraintestinais da doença 
 Joelhos, tornozelos IFP, cotovelos, ombros e 
punhos 
 Poliartrite inflamatória não erosiva de grandes 
articulações 
 Patogenia desconhecida e não associada a 
HLA-B27 
 RX costumam ser normais, discreto aumento 
de partes moles 
 Tratamento deve ser dirigido ao distúrbio 
primário, sendo mais eficaz na colite 
ulcerativa que na doença de Crohn 
2. Espondiloartropatia 
 Sacroileite e ocasionalmente, espondilite 
grave 
 É indiferenciavel da EA 
 HLA-B27 pode ser encontrado 
 RX de coluna vertebral mostram alterações 
também indiferenciais de EA 
 Pode anteceder a doença intestinal em até 
1/3 dos casos, evolui independente da 
remissão ou de colectomia. 
 Curso tende a ser crônico 
 Não tem relação entre gravidade da doença 
intestinal e presença de espondilite 
 FR é negativo 
 Terapia é igual a EA 
CAUSAS 
 Enterocolites infecciosas 
 Doença de Whipple – lipodistrofia intestinal 
Artrite 
Serosite 
Diarreia 
Perda ponderal 
Hiperpigmentaçao cutânea 
Linfadenopatia 
 Doença celíaca 
Sd de má absorção

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