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Espondilite Anquilosante: Conceito e Tratamento

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Conceito Geral
A espondilite anquilosante (EA) é uma artropatia inflamatória progressiva crônica. Os pacientes se apresentam com dor intensa e rigidez na coluna, que podem acabar causando a fusão espinhal.
Epidemiologia
A prevalência de espondilite anquilosante (EA) reflete a de antígeno leucocitário humano (HLA)-B27 em uma população. Razão homem mulher 2.5:1.
Fisiopatologia
Existe um forte componente genético no risco do desenvolvimento de espondilite anquilosante (EA), com herdabilidade de 97%. O antígeno leucocitário humano (HLA)-B27 está presente em cerca de 90% dos pacientes que apresentam EA, e aproximadamente 6.5% dos pacientes com HLA-B27 desenvolvem a doença.
Ao contrário da artrite reumatoide, em que inflamação e erosão são os únicos processos patológicos presentes, a espondilite anquilosante (EA) envolve inflamação, erosão da cartilagem e um processo adicional, que é a reparação subsequente (ossificação). 
Diagnóstico
Deve-se aplicar o seguinte a pacientes com menos de 45 anos, com dorsalgia com duração superior a 3 meses:
· Sacroileíte no exame de imagem (inflamação ativa na ressonância nuclear magnética [RNM] ou alterações radiográficas definidas, de acordo com os critérios de Nova York [NY] modificados)
· Associada a pelo menos 1 característica de espondiloartrite:
· Dorsalgia inflamatória
· Artrite
· Entesite do calcanhar
· Uveíte
· Dactilite
· Psoríase
· Colite de Crohn
· Boa resposta a AINEs
· História familiar de espondiloartrite
· HLA (antígeno leucocitário) B27
· Proteína C-reativa elevada
ou
· HLA-B27 positivo
· Associada a pelo menos 2 características de espondiloartrite.
BASDAI: Um escore igual ou superior a 4 numa escala de 0 a 10 indica doença ativa. De maneira geral, a resposta ao tratamento de EA axial ocorre quando há redução de, pelo menos, 50% ou de 2 pontos absolutos no BASDAI num período mínimo de 12 semanas.
Tratamento
Os objetivos do tratamento são reduzir os sintomas, manter a flexibilidade axial e a postura normal, reduzir as limitações funcionais, manter habilidade laboral e reduzir complicações associadas à doença. 
Resumo do tratamento
1° Passo: AINE + Terapia não farmacológica
Em caso de falha (Considera-se falha a ausência de redução de pelo menos 1,1 ponto na escala ASDAS ou ausência de redução de, pelo menos, 50% ou de 2 pontos absolutos na escala BASDAI) por 1 mês, deve-se trocar por outro AINE, caso este falhe novamente e totalize 3 meses de falha com AINE deve-se ir para o próximo passo do tratamento.
2° Passo: Sulfassalazina ou Metrotrexato

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