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THIAGO PEREIRA, @THICOMI, UNIT-AL HISTOLOGIA UC5 SÍNDROME NEFRÓTICA, NEFRÍTICA, IRA E IRC GLOMÉRULO SÍNDROME NEFRÓTICA • A Síndrome Nefrítica é caracterizada principalmente pela hematúria, e a Nefrótica pela proteinúria; • CONCEITO DA SÍNDROME NEFRÓTICA: Caracterizada por uma proteinúria de mais de 3g em 24 horas; hipoalbuminemia de menos de 3g/dL; lipidúria; hiperlipidemia e edema generalizado; • ETIOLOGIA: - Idiopático; - Secundário a quadros infecciosos; - Secundário a medicamentos e/ou toxinas; - Secundário a quadros de alergia; - Associado a quadros neoplásicos; - Associado a enfermidades sistêmicas (diabetes, lúpus eritematoso, etc); - Outros (hipertensão arterial, transplante renal, etc); • MORFOPATOLOGIA: - Perda da integridade da barreira de filtração com aumento da permeabilidade a proteínas; • As principais lesões histológicas que cursam com síndrome nefrótica são: 1. Glomerulopatia de lesões mínimas (Doença de Lesões Mínimas); THIAGO PEREIRA, @THICOMI, UNIT-AL 2. Glomerulopatia membranosa; 3. Glomeruloesclerose segmentar e focal (GESF); • DOENÇA DE LESÕES MÍNIMAS: ✓ A glomerulopatia por lesão mínima não apresenta anomalias histológicas discerníveis na microscopia ótica, ou apresenta apenas um aumento mínimo da matriz mesangial ou da celularidade; ✓ A única anomalia histopatológica consistente é observada na microscopia eletrônica, com uma grande supressão dos pedicelos dos podócitos; ✓ Na maioria das vezes acomete crianças; de natureza idiopática. OBS: como mostrado na lâmina acima, não dá pra identificar a patologia na microscopia ótica; • GLOMERULOPATIA MEMBRANOSA: ✓ A nefropatia membranosa é uma causa comum de síndrome nefrótica em adultos; ✓ Ocasionada principalmente por doenças autoimunes; ✓ Na microscopia ótica, a glomerulopatia membranosa é caracterizada pelo espessamento da parede dos capilares, na ausência de aumento da celularidade glomerular (hipercelularidade), devido ao acúmulo de depósitos eletrondensos contendo Ig, ao longo do lado subepitelial da membrana basal; THIAGO PEREIRA, @THICOMI, UNIT-AL • GLOMERULOESCLEROSE SEGMENTAR FOCAL: ✓ Como o nome implica, esta lesão é caracterizada por esclerose de alguns, mas não todos os glomérulos, por isso ela é focal; e nos glomérulos afetados, somente uma porção do tufo capilar está envolvida (por isso é segmentada); ✓ O mecanismo do desenvolvimento das lesões escleróticas é o dano e a perda dos podócitos com consequente desnudamento da MBG subjacente. Isto promove a formação de adesões ou fixações sinequiais entre o tufo glomerular e a cápsula de Bowman; ✓ O avanço do processo esclerótico leva à absolescência dos glomérulos afetados, atrofia dos túbulos associados e fibrose istersticial (Glomerulopatia Colapsante). THIAGO PEREIRA, @THICOMI, UNIT-AL THIAGO PEREIRA, @THICOMI, UNIT-AL SÍNDROME NEFRÍTICA • CONCEITO: Síndrome caracterizada por um quadro inflamatório na superfície de filtração glomerular; há uma hipercelularidade; • ETIOLOGIA: Depósito de imunocomplexos, secundários a processos infecciosos; • MORFOPATOLOGIA: Inflamação da superfície de filtração glomerular com edema e grande acúmulo de elementos celulares; • CONSEQUÊNCIAS DA INFLAMAÇÃO GLOMERULAR: ✓ Obliteração dos capilares > redução do fluxo sanguíneo glomerular > redução da filtração glomerular > hipervolemia e retenção de catabólitos do metabolismo proteico > hipertensão, edema, insuficiência renal (aumento da creatinina sérica); ✓ Ruptura dos capilares glomerulares > hematúria, leucocitúria, cilindros hemáticos, proteinúria. • GLOMERULONEFRITE PROLIFERATIVA (PÓS-ESTREPTOCÓCICA, PÓS- INFECCIOSA) AGUDA: ✓ É a principal lesão histológica que cursa com síndrome nefrítica; ✓ A glomerulonefrite aguda pós-infecciosa é caracterizada pelo início agudo dos sintomas clínicos de glomerulonefrite cerca de 1 a 2 semanas após o início de um processo infeccioso agudo, na maioria dos casos por faringite bacteriana; ✓ Infecções estreptocócicas ou estafilocócicas são as etiologias mais frequentes; THIAGO PEREIRA, @THICOMI, UNIT-AL ✓ Existem depósitos imunológicos granulares nos glomérulos, provando o mecanismo mediado por complexos imunológicos; ✓ O mecanismo patogênico envolve a produção de imunocomplexos nefritogênicos contendo antígenos derivados de patógenos infecciosos ou a liberação de fatores de ativação do complemento pelo patógeno infeccioso, que resulta no acúmulo de componenetes ativados do complemento no interior dos glomérulos, os quais mediaram o recrutamento de células inflamatórias, em especial leucócitos polimorfonucleares. ✓ Infiltração leucocitária; ✓ Proliferação de células endoteliais e mesangiais; ✓ Hipertrofia das células endoteliais; THIAGO PEREIRA, @THICOMI, UNIT-AL INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA (IRA) • CONCEITO: Perda brusca da função renal com aumento no sangue de resíduos de produtos do metabolismo do nitrogênio (azotemia – aumento de ureia, ácido úrico, creatinina e proteínas); • ETIOLOGIA: Pré-renal (70%); Renal ou intrínseca (20%); pós renal (10%); • PRÉ-RENAL: ➢ Hipovolemia; ➢ Redução do enchimento vascular; ➢ Insuficiência cardíaca e choque cardiogênico; ➢ Redução da perfusão renal por sepse, mediadores vasoativos, fármacos e compostos usados com finalidade diagnóstica; • INTRA-RENAL: ➢ Necrose tubular aguda ou lesão renal aguda; • PÓS-RENAL: ➢ Obstrução ureteral bilateral; ➢ Obstrução da uretra; • As células que são lesionadas liberam endotelina, que é vasoconstrictor; THIAGO PEREIRA, @THICOMI, UNIT-AL • A isquêmica é mais difusa; • A região azul são os cilindros decorrentes da descamação das células; • LÂMINA NECROSE TUBULAR RENAL AGUDA ISQUÊMICA: • Os glomérulos, apesar da isquemia, não sofrem necrose por serem predominantemente estruturas conjuntivas, e portanto de metabolismo mais baixo; • O que pode ser observado na lâmina é um pouco de atrofia e aumento do espaço de Bowman; THIAGO PEREIRA, @THICOMI, UNIT-AL • Já as células tubulares, que são epiteliais, têm alto merabolismo, especialmente as células dos túbulos proximais, que são muito ricas em mitocôndrias; • LÂMINAS NECROSE TUBULAR RENAL AGUDA TÓXICA: • As lesões tubulares são mais evidentes que na NTA isquêmica. Pode haver extensa necrose de células tubulares, que descamam em massa para a luz. Após alguns dias há regeneração das mesmas, que mostram núcleos volumosos, nucléolo evidente, citoplasma basófilo e • Nesse caso, é indicado que ocorra a diálise, pra dar tempo dos túbulos se regenerarem; • Os túbulos saudáveis podem hipertrofiar devido a sobrecarga; INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA (IRC) • Definida por lesão renal ou TGF menor que 60 ml/min há 3 meses ou mais; • Pode ser causada por alguns distúrbios que acarretam perda irreversível dos néfrons, inclusive diabetes, hipertensão, glomerulonefrite, lúpus eritematoso sistêmico e doença renal policística; THIAGO PEREIRA, @THICOMI, UNIT-AL • Os néfrons saudáveis tentam manter a TFG mesmo com néfrons mortos, os sobrecarregando; • INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA (AMILOIDOSE RENAL): Nas amiloidoses sistêmicas, independente da causa, os rins são os órgãos mais afetados e os principais responsáveis pela morte, através da insuficiência renal crônica. Há deposição de amilóide nos tufos capilares, transformando o glomérulo numa bola hialina. • INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA (GLOMERULONEFRITE ESCLEROSANTE): Corresponde à fase final de todas as formas de glomerulopatias primárias ou associadas a moléstias sistêmicas, sendo a principalcausa de insuficiência renal crônica terminal; THIAGO PEREIRA, @THICOMI, UNIT-AL Normais THIAGO PEREIRA, @THICOMI, UNIT-AL IRC
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