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J. A. Dinâmica de grupo e relações humanas ➜ Médico Psiquiatra (1936) ➜ Fundador da Escola Psicanalítica Argentina (1940). ➜ Fundador do Instituto Argentino de Estudos Sociais (1953). ➜ Pode-se definir como o modo de pensar as contradições da realidade, compreendendo o real como essencialmente contraditório e em permanente transformação. ➜ Como método de conhecimento e apreensão da realidade, a dialética compreende o homem na natureza e como ser histórico, como ser social pensante, ético e agente. Considera suas condições concretas da existência como ser social, político e cultural. ➜ O conhecimento é sempre a busca da totalização, sendo que qualquer objeto que se possa perceber ou criar é sempre parte de um todo, e portanto, interligado a outros objetos, fatos ou problemas. ➜ A dialética se refere tanto a natureza do ser humano quanto ao seu pensar, trazendo uma ambiguidade fundamental do humano. ➜ Transcendência: consiste no sistema aberto da condição humana de suas características de inacabamento dinâmico e transformação contínua. ➜ Contingência: mediação. ➜ O homem é sempre um sujeito histórico, socialmente datado e marcado, assim o homem transcende a si mesmo vivenciando a transformação do sujeito humano na história e na história do sujeito. ➜ Ressalta-se que a dialética é o diálogo das coisas entre si. ➜ Pichon afirma que todo sujeito humano é um ser de necessidades, e poderíamos dizer que toda motivação e ação humanas acontecem na busca de satisfação de tais necessidades que quando satisfeitas gerarão outras necessidades. ➜ Nesta busca contínua o homem tende ao desenvolvimento através da aprendizagem, deparando-se com o novo, a tese, entrar em contato com o novo desconhecido sempre acarreta a vivencia de ansiedade, se tal ansiedade é intensa, torna-se paralisadora e configura-se a resistência a mudança, a antítese, mas se a ansiedade é elaborada ou amenizada, temos um salto de desenvolvimento e realização do projeto, a Síntese. ➜ O processo grupal, bem como o processo de aprendizagem, se dá por meio de um permanente processo de estruturação, desestruturação e reestruturação. ➜ Por centrar-se na aprendizagem e na transformação, lidando com a dialética dos processos humanos e grupais com resistência a mudança, ao novo e ao projeto, a teoria e técnica do Grupo Operativo torna uma valiosa ferramenta conceitual e operacional para o trabalho com grupos de diferentes contextos. ➜ O grupo é um conjunto restrito de pessoas, que, ligadas por constantes de tempo e espaço e articuladas por sua mútua representação interna, propõe-se, explícita ou implicitamente, a uma tarefa, que constitui sua finalidade. ➜ O homem se revela e se estrutura por meio da ação, ou seja, do desempenho de papéis e do estabelecimento de vínculos. ➜ Não basta que haja um objetivo comum ou que tenha como finalidade uma tarefa, é preciso que essas pessoas façam parte de uma estrutura dinâmica chamada vínculo. J. A. ➜ “a maneira particular pela qual cada indivíduo se relaciona com outro ou outros, criando uma estrutura particular a cada caso e a cada momento” (PICHÓN- RIVIÉRE, 1998, p. 3). ➜ Estrutura dinâmica, movida por motivações psicológicas, que rege todas as relações humanas. ➜ O vínculo foi estabelecido, quando: Somos internalizados pelo outro e o internalizamos também. Ocorre uma mútua representação interna; A indiferença e o esquecimento deixam de existir na relação, passamos a pensar, a falar, a nos referir, a lembrar, a nos identificar, a refletir, a nos interessar, a nos complementar, a nos irritar, a competir, a discordar, a invejar, a admirar, a sonhar com o outro ou com o grupo. ➜ O processo de compartilhar necessidades em torno de objetivos comuns constitui a tarefa grupal; ➜ Modo pelo qual cada integrante do grupo interage a partir de suas próprias necessidades; ➜ Nesse processo, emergem obstáculos de diversas naturezas: ➜ Nos momentos iniciais, quando o grupo parte para a execução da tarefa, é necessário que as ansiedades sejam explicitadas e resolvidas para, a partir daí, ocorrer a identificação e o estabelecimento do vínculo, configurando-se a relação grupal; ➜ Um grupo opera melhor quando: Pertinência: qualidade da intervenção de cada um no grupo; Afiliação: intensidade do envolvimento do indivíduo no grupo; Centramento na tarefa: grau de interação com que um participante mantém o vínculo com o trabalho a ser efetuado; Empatia: modo como o grupo pode ganhar força para operar cada vez mais significativamente; Comunicação: essencial para que haja entrosamento; Cooperação: modo pelo qual o trabalho ganha qualidade e operatividade; Aprendizagem: resultado do trabalho e deve ser essencialmente colaborativa. 1. Verticalidade referente à vida pessoal de cada membro. 2. Horizontalidade que é a história grupal, compartilhada entre os integrantes. ➜ Esses níveis apresentam as histórias dos indivíduos e do grupo que se fundem, conjugando o papel a ser desempenhado. Estabelecimento ou identificação dos papeis funcionais do grupo operativo. ↪ Porta-voz, bode expiatório, líder e sabotador: papeis a serem aclarados. Observar e analisar os indicadores de saúde e doença no grupo operativo. ↪ Capacidade de comunicação; ↪ Resistência as mudanças e ressignificação de conceitos e posições. Devolutiva dos vetores de análise do grupo operativo. ↪ Houve cooperação entre os membros? ↪ Houve adesão a tarefa e aos papéis estabelecidos? ↪ Houve ruídos na comunicação do grupo? ↪ Houve aprendizagem no grupo? ↪ Houve mudança de papéis? ➜ Reconstrução das redes de comunicação profundamente perturbadas, na reconstrução dos vínculos com uma reestruturação do interjogo dos papéis. ➜ Romper com estruturas estereotipadas e dificuldades na comunicação. ➜ Compartilhar experiências e sentimentos. ➜ Vivenciando o grupo operativo como um compromisso e uma experiência de vida. ➜ Mudança como processo gradativo no qual os integrantes do grupo passam a assumir diferentes papéis e posições frente à tarefa grupal.