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SUMÁRIO
ASPECTOS GERAIS SOBRE DIREITO DO CONSUMIDOR, CONCEITOS INICIAIS 2
CONCEITO DE CONSUMIDOR E FORNECEDOR 2
 CONCEITO DE PRODUTO E SERVIÇO 4
POLÍTICA NACIONAL DAS RELAÇÕES DE CONSUMO 5
OS PRINCÍPIOS QUE BALIZAM O CDC 6
DOS DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR 8
DA QUALIDADE DE PRODUTOS E SERVIÇOS, DA PREVENÇÃO E DA REPARAÇÃO DOS DANOS 12
DAS PRÁTICAS COMERCIAIS 20
 
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ASPECTOS GERAIS SOBRE DIREITO DO CONSUMIDOR, 
CONCEITOS INICIAIS
CONCEITO DE CONSUMIDOR E FORNECEDOR
“Art. 1° O presente código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de 
ordem pública e interesse social, nos termos dos arts. 5°, inciso XXXII, 170, inciso V, 
da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias.
 Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou 
serviço como destinatário final.
 Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que 
indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
 Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou 
estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de 
produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, 
distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.
 § 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial.
 § 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante 
remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, 
salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.”
Por que é tão importante saber sobre Direito do Consumidor?
 Porque todos somos consumidores o tempo TODO, desde a energia de casa, roupa que 
vestimos, a comida que compramos...
 Porque o vivemos em uma sociedade CAPITALISTA, logo o que impulsiona o sistema é 
CAPITAL, ou seja, o consumo. 
 Porque somente no Brasil, somos mais de 200 milhões de consumidores, na maioria 
insatisfeitos. E por isso... 
 Conhecer, fiscalizar, e exigir o cumprimento dos Direitos dos consumidores é uma 
forma de manter a qualidade dos serviços e direitos para todos. 
 Aumentar o consumo significa aumentar as empresas, que significa aumentar os 
empregos, que por sua vez, significa aumentar os impostos.
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 E diante da importância que o consumo tem o Estado consagra a Defesa do consumidor 
no CRFB - Art. 5º, XXXII – DIREITO FUNDAMENTAL, no Art. 170, V – PRINCÍPIO 
ECONÔMICO, no Art. 48 do ADCT . 
QUAL A RAZÃO DE EXISTIR DO DIREITO DO CONSUMIDOR? A PROTEÇÃO DA PARTE 
MAIS VULNERÁVEL.
 A RELAÇÃO DE CONSUMO:
O consumidor é ligado a um fornecedor em função de um produto ou serviço.
 ESPÉCIES DE CONSUMIDOR
 Standard ou stricto sensu – Pessoa jurídica ou física que é destinatário final, previsto 
no art. 2, caput, do CDC. Com a entrada em virgo do CDC, iniciou-se a discussão do 
que seria destinatário final:
Corrente que entendia que a expressão teria sentido mais extensivo possível, valendo 
tanto consumidores quanto fornecedores. 
Outra corrente que entendia que o sentido deveria ser mais restritivo, e que entendia 
que a aplicação do CDC era para proteger a parte vulnerável nas relações de 
consumo.
E nessa discussão surgiu o questionamento com relação aos pequenos 
empresários ou profissionais liberais e fornecedores de bens também vulneráveis?
 MÁXIMALISTA - Destinatário final é o destinatário fático, ou seja, quem compra. Não 
é a corrente preponderante porque dá margem à desigualdade, já que o CDC é um 
código protetivo, não são todos que precisam dessa proteção sob de desequilíbrio.
 FINALISTA - É o destinatário fático (quem compra) e o destinatário econômico 
(quem encerra a cadeia de consumo). Corrente majoritária. 
 FINALISTA MITIGADO - É a corrente que admite que em situações específicas um 
destinatário fático (quem compra) possa se valer da proteção do CDC, por conta de 
sua vulnerabilidade. Ex: Pequeno fornecedor que compra maquinário para trabalhar, 
pode ser protegido pelo CDC, segundo STJ. 
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 Consumidor Equiparado – São terceiros que não necessariamente integram a 
relação de consumo como destinatário finais, mas que podem sofrer lesões com o 
produto ou serviço. Previstos nos arts. 2, P.U., 17, 29, do CDC.
 CONCEITO DE FORNECEDOR:
Pessoa física ou jurídica que exerce atividade lucrativa com HABITUALIDADE. 
Observações importantes sobre fornecedor:
 Médicos são fornecedores pelo CDC? SIM, desde que tenha habitualidade. 
 Advogados são fornecedores pelo CDC? Não, porque têm lei própria, Estatuto da 
advocacia, entendimento do STJ.
 Pode processar P.J. pública? Sim, ex: empresa de ônibus, concessionária de Serviço 
público. 
 Entes despersonalizados, pode processar camelô? Pode, desde que exerça atividade 
com habitualidade. 
 CONCEITO DE FORNECEDOR POR EQUIPARAÇÃO: Aquele que seria um 
intermediário na relação de consumo, um auxiliar ao lado do fornecedor de produtos 
ou prestador de serviços. Ex: SPC/ SERASA, caso das empresas que mantêm e 
administram bancos de dados dos consumidores. Se não notificarem o consumidor 
antes de inscreverem o nome no cadastro, podem ser processados como fornecedores 
equiparados.
 CONCEITO DE PRODUTO E SERVIÇO:
Produto é de pegar – Ex: “comprei um carro!”
Serviço é de usar – Ex: “Aluguei um carro!”
• A definição de serviço deve ser relativizada quanto a parte que aduz “mediante 
remuneração”, haja vista de serviços aparentemente gratuitos que são considerados 
como serviços. Ex: Estacionamento de shopping. 
Remissões ao §2º do art. 3 - SERVIÇO:
• Súmula 297 STJ – CDC nas relações bancárias. 
• Súmula 608 STJ – CDC nos planos de saúde.
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• Não se aplica quando se trata de relação trabalhista. Ex: Acidente no metrô, ao 
maquinista estará amparado pela CLT.
DA POLÍTICA NACIONAL DE RELAÇÃO DE CONSUMO
ARTS. 4º E 5º DO CDC 
“Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento 
das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a 
proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem 
como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes 
princípios:(Redação dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)
I - reconhecimento da vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo;
II - ação governamental no sentido de proteger efetivamente o consumidor:
a) por iniciativa direta;
b) por incentivos à criação e desenvolvimento de associações representativas;
c) pela presença do Estado no mercado de consumo;
d) pela garantia dos produtos e serviços com padrões adequados de qualidade, 
segurança, durabilidade e desempenho.
III - harmonização dos interesses dos participantes das relações de consumo e 
compatibilização da proteção do consumidor com a necessidade de desenvolvimento 
econômico e tecnológico, de modo a viabilizar os princípios nos quais se funda a 
ordem econômica (art. 170, da Constituição Federal), sempre com base na boa-fé e 
equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores;
IV - educação e informação de fornecedores e consumidores, quanto aos seus direitos 
e deveres, com vistas à melhoria do mercado de consumo;
V - incentivo à criação pelos fornecedores de meios eficientes de controle de 
qualidade e segurança de produtos e serviços, assim como de mecanismos 
alternativos de solução de conflitos de consumo;
VI - coibição e repressão eficientes de todos os abusos praticados no mercado de 
consumo, inclusive a concorrência desleal e utilização indevida de inventos e criações 
industriais das marcas e nomes comerciais e signos distintivos, que possam causar 
prejuízos aos consumidores;
VII - racionalização e melhoria dos serviços públicos;VIII - estudo constante das modificações do mercado de consumo.
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Art. 5° Para a execução da Política Nacional das Relações de Consumo, contará o 
poder público com os seguintes instrumentos, entre outros:
I - manutenção de assistência jurídica, integral e gratuita para o consumidor carente;
II - instituição de Promotorias de Justiça de Defesa do Consumidor, no âmbito do 
Ministério Público;
III - criação de delegacias de polícia especializadas no atendimento de consumidores 
vítimas de infrações penais de consumo;
IV - criação de Juizados Especiais de Pequenas Causas e Varas Especializadas para a 
solução de litígios de consumo;
V - concessão de estímulos à criação e desenvolvimento das Associações de Defesa do 
Consumidor.
§ 1° (Vetado).
§ 2º (Vetado).”
O art. 5 traz a Política Nacional da Relações de Consumo apresenta os princípios que 
regem o CDC, o arcabouço do Direito do Consumidor. 
E por que é importante estudar os princípios?
Porque o direito não acompanha a velocidade das mudanças da vida, logo, os princípios 
são a base para o caso em que se verifique uma lacuna na lei!
 Princípio da vulnerabilidade: Art. 4, inciso I do CDC 
É o princípio que estabelece que o consumidor deve ser considerado como a 
parte mais fraca na relação de consumo.
E por quê? Porque os fornecedores estudam o consumidor, utilizam de 
mecanismos de manipulação, marketing, psicologia, design, tudo pensado para 
que os consumidores comprem e desejem consumir mais.
Todo consumidor é INERENTEMENTE vulnerável diante do fornecedor.
 Princípio da hipossuficiência: Art. 6, inciso VIII do CDC 
Importante distinguir: Princípio da vulnerabilidade e Princípio da 
hipossuficiência. 
Princípio da vulnerabilidade é de caráter fático, ou seja, o fato de ser consumidor 
já o faz vulnerável diante do fornecedor. 
Enquanto, o Princípio da hipossuficiência é de caráter processual, visto que tem 
relação com debilidade na produção de alguma prova dentro de um processo 
judicial, o que terá efeito no ônus da prova.
Hipossuficiência pode ser:
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Técnica: Que é quando o consumidor não tem conhecimento técnico do produto 
ou serviço defeituoso, e se tem a presunção desses conhecimentos pelo 
fornecedor.
Fática: Que é quando consumidor não tem como provar a dinâmica dos fatos, e 
essa prova é mais fácil ao fornecedor.
Econômica: Quando consumidor não tem recursos financeiros diante do 
fornecedor.
 Princípio da boa-fé: Art. 4, inciso III do CDC
Importante distinguir: Boa-fé objetiva e boa-fé subjetiva
Boa-fé objetiva não tem relação com as intenções íntimas do sujeito, mas está na 
realidade ligada à ética, lealdade, honestidade e colaboração desejáveis em 
qualquer relação jurídica de consumo.
Boa-fé subjetiva não se trata de um princípio, mas de um estado psicológico que 
se reconhece em uma pessoa que praticou um ato sem intenção de lesionar outra 
pessoa.
 Princípio da transparência e informação: Art. 4, inciso IV do CDC
Este princípio exige que o fornecedor demonstre clareza, exiba idoneidade nos 
negócios, e na capacitação técnica, ou seja, deve prestar todas as informações 
necessárias relativas à fruição e riscos dos bens de consumo repassados ao 
público em geral.
 Princípio da confiança: Art. 4 do CDC
Haja vista a grande exposição e estímulo ao consumo, muita das vezes cria-se 
uma relação emocional entre o consumidor e as marcas, de modo que, há uma 
credibilidade no produto ou serviço. Logo, a confiança é um princípio de suma 
importância para os consumidores. 
 Princípio da segurança: Art. 4 do CDC
O CDC criou o dever de segurança para o fornecedor de somente disponibilizar 
no mercado bens de consumo sem defeito, o que se restar constatado, responderá 
este, objetivamente. Defeito significa - oferecer risco.
 Princípio da harmonização dos interesses:
Este princípio aduz a lógica da compatibilização dos interesses dos participantes 
das relações de consumo, mas preservando também o desenvolvimento 
tecnológico que é igualmente importante. Ou seja, tal progresso deverá ser feito 
de maneira harmoniosa entre o consumidor e os interesses econômicos e 
tecnológicos.
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ÓRGÃOS EM DEFENSA DO CONSUMIDOR (Art. 5º)
1. Defensoria pública
2. Ministério Público
3. Delegacia do consumidor
4. Juizado especial do consumidor - JEC Lei 9.099/95
5. Associação de defesa do consumidor
DOS DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR
ART. 6º DO CDC 
“Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas 
no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;
II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, 
asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;
III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com 
especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, 
tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem; 
(Redação dada pela Lei nº 12.741, de 2012) Vigência
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais 
coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas 
no fornecimento de produtos e serviços;
V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações 
desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem 
excessivamente onerosas;
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, 
coletivos e difusos;
VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou 
reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, 
assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da 
prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a 
alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de 
experiências;
IX - (Vetado);
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X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.
Parágrafo único. A informação de que trata o inciso III do caput deste artigo deve 
ser acessível à pessoa com deficiência, observado o disposto em regulamento. 
(Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)”
Certamente o art. 6 do CDC é um dos artigos mais importantes do Código – porque traz 
diretrizes e direitos essenciais do consumidor.
É importante observar que os dispositivos trazem cláusulas gerais, ou seja, mais abertas 
para serem interpretadas dentro das mudanças de tecnologia, economia e etc. 
 Art. 6, inciso I do CDC 
Este inciso apresenta o compromisso do CDC na proteção da vida, saúde e 
segurança, ou seja, é vedado aos produtos e serviços apresentar qualquer perigo 
aos consumidores, exceto aqueles normais e previsíveis, que por sua vez, deverão 
ser informados.
Ademais, o inciso fala em risco, logo, trata-se de uma fase preventiva, o que 
significa que a mera possibilidade de risco já enseja o direito.
Cabe frisar que o risco deve ser interpretado de modo relativo, uma vez que o 
fornecedor pode oferecer produtos e serviços perigoso, desde que informe ao 
consumidor.
Ex: Pular de paraquedas, fornecedor tem de informar os riscos. 
Remissão com arts. 8,9,10 do CDC
 Art. 6, inciso II e III do CDC 
Direito à Educação: ele é anterior, prévio ao consumo, de modo que, consciente 
dos efeitos daquele produto ou serviço o consumidor fará as suas escolhas.
Ex: Cigarro, o consumidor é educado quanto aos riscos, e só consome quem quer, 
mesmo ciente dos riscos. 
Direito à informação: este ocorre durante e depois de realizado o consumo. E 
significa que as informações devem claras sobre quantidade, característica, 
composição, qualidade, tributos e riscos.
Ex: Composição química, peso do produto. 
Remissãoaos arts. 30 ao 35 do CDC. 
 Art. 6, inciso IV do CDC
Importante distinguir: Publicidade e Propaganda
Propaganda - Visa propagar, difundir uma informação.
Ex: Propaganda política, Propaganda sobre campanha de vacinação
Publicidade - Visa lucro, a venda.
Ex: comerciais de refrigerante, roupa...
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Não usar o termo “propaganda enganosa”, mas sim publicidade enganosa quando 
o objeto for um produto ou serviço consumido.
Publicidade:
 Enganosa – É aquela que contém informação falsa.
Ex: Bateria dura 24 horas, e na realidade dura apenas 12 horas. 
Ou ainda, promessas milagrosas de resultados impossíveis.
 Abusiva – É aquela que agride valores sociais, extrapola.
Ex: Discriminatória de qualquer natureza. 
Incita à violência. 
Explora o medo ou a superstição. 
Se aproveita da deficiência de julgamento e experiência da criança.
Desrespeita valores ambientais. 
Induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à 
sua saúde ou segurança.
Enganosa por omissão – É aquela que não informa dado essencial 
relativo às características do produto ou serviço. 
Ex: Tv 4K em 2016, quando a tecnologia das TVs a cabo não aportava a 4K, 
de modo que, era indiferente ter uma TV 4k ou não.
Remissão aos art. 36 ao 38 do CDC.
 Art. 6, IV, parte 2 - “métodos comerciais coercitivos ou desleais”:
Práticas dispostas no art. 39, rol exemplificativo.
Ex: Venda casada, compra um produto e é obrigado a levar outro.
 Art. 6, IV, parte 3 - “práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de 
produtos e serviços”:
Ex: Cláusula que exonera a responsabilidade do fornecedor por vício do produto ou 
serviço, o que iria contra o princípio da segurança, de modo que é considerado uma 
cláusula abusiva. 
 Art. 6, inciso V
Traz a ideia de que diante de circunstâncias modificadas no curso da relação 
contratual, que abalam o equilíbrio das obrigações pactuadas, ou seja, que tenha 
tornado as parcelas excessivamente onerosas, devem ser modificadas as mesmas 
para se ajustarem a nova realidade.
Ex: Julgado STJ, leasing, arrendamento mercantil de veículos, atualização das 
parcelas com base no câmbio, e com a alta repentina do dólar, as parcelas ficaram 
excessivamente onerosas, e foram revistas com base na Teoria da base objetiva 
do CDC, apresentada neste artigo. 
Remissão ao art. 46 ao 54 do CDC.
 Art. 6, inciso VI
Danos patrimoniais (materiais) - Reduz patrimônio, perde dinheiro.
 Danos emergentes – São aqueles que efetivamente perdeu. 
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Ex: Overbooking de voo (venda de passagem em maior quantidade do que 
a capacidade de transportar os passageiros), consumidor impedido de 
voar e que fica sem suporte da CIA aérea que não paga hospedagem, 
alimentação e transporte. Quem paga é consumidor que tem, nesse caso, 
um dano material emergente. 
 Lucro cessante – São aqueles que razoavelmente deixou de ganhar.
Ex: Médico compra carro novo, carro quebra quando ele estava indo 
atender um paciente, perdeu a consulta, deixou de ganhar.
Danos morais (imateriais) – São aqueles que causam lesões aos direitos da 
personalidade.
 Honra subjetiva: É aquela que se pensa sobre si mesmo, aquela que 
ninguém vê, que causou dor, sofrimento, angústia. 
 Honra objetiva: Imagem, o nome, intimidade, respeito. Como as pessoas 
veem o indivíduo, a sua imagem perante à sociedade. 
Ambas são importantes no dano moral.
Danos individuais, coletivos e difusos - Os danos podem ser individuais, ou 
ainda, afetar a coletividade que podem sofrer morais e materiais. 
Ex: MP entra com ação civil pública contra empresa que causa dano ambiental. 
Quem são os afetados? A coletividade! 
Remissão ao art. 12 ao 17 do CDC.
 Art. 6, inciso VII
Trata-se de um comando do CDC para garantir o acesso à justiça, visto que nos 
anos 90 não existia Juizado, então criou-se o juizado especial de defesa do 
consumidor, (Art. 5, IV), que impulsionou a criação da Lei. 9099/95 – J.E.C, e que 
hoje, cuida da maior parte das demandas de consumidor
Remissão ao art. 5º do CDC.
 Art. 6, inciso VIII
Trata da inversão do ônus da prova –
A quem cabe a prova do processo judicial? E quando a prova for diabólica? 
Impossível? Ex: Gravação de ligação
A finalidade: Repassar ao fornecedor o encargo probatório - Prova de que não 
aconteceu como o consumidor alega.
Pela lógica CDC com base na vulnerabilidade, hipossuficiência e verossimilhança, 
cabe ao fornecedor, o que garante tratamento desigual aos desiguais. 
Mas ela é em alguns casos relativa, ou seja, “a critério do juiz”, quando verossímil 
a narrativa ou hipossuficiente o consumidor. 
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 Inversão ope judicis – (Por forca do direito) - Relativa ao critério do juiz 
que PODERÁ inverter se verossímil a alegação (parecer verdadeira), ou 
quando for o consumidor hipossuficiente (dificuldade para se comprovar 
o direito). 
Segundo regras ordinárias de experiência – o que significa dizer que 
homem comum, sem expertise, consegue informar se crível ou não a 
alegação. 
Ex: Demora no telefone para cancelamento de serviço, qualquer um sabe 
que isso pode acontecer e que é habitual. 
 Inversão ope legis (Por força da lei) – É ABSOLUTA, juiz DEVERÁ inverter, 
como nas hipóteses prevista no art. 38, art. 12, §3º e art. 14, §3º, na 
hipótese de publicidade, fato do produto ou do serviço. 
Remissão ao art. 38 (publicidade), 12 §3 (serv) e 14 §3º (fato).
 Art. 6, inciso X
O CDC obriga aos órgãos públicos que prestem serviços: ADEQUADOS, EFICIENTES, 
SEGUROS E CONTÍNUOS (Essenciais –Água, luz, esgoto...)
ART. 7º DO CDC 
“Art. 7° Os direitos previstos neste código não excluem outros decorrentes de 
tratados ou convenções internacionais de que o Brasil seja signatário, da 
legislação interna ordinária, de regulamentos expedidos pelas autoridades 
administrativas competentes, bem como dos que derivem dos princípios gerais 
do direito, analogia, costumes e equidade.
 Parágrafo único. Tendo mais de um autor a ofensa, todos responderão 
solidariamente pela reparação dos danos previstos nas normas de consumo.”
DA QUALIDADE DE PRODUTOS E SERVIÇOS, DA 
PREVENÇÃO E DA REPARAÇÃO DOS DANOS
DA PROTEÇÃO À SAÚDE E SEGURANÇA (ARTS. 8 AO 11) 
“Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão 
riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e 
previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, 
em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito.
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 § 1º Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar as informações 
a que se refere este artigo, através de impressos apropriados que devam acompanhar 
o produto. (Redação dada pela Lei nº 13.486, de 2017)
 § 2º O fornecedor deverá higienizar os equipamentos e utensílios utilizados no 
fornecimento de produtos ou serviços, ou colocados à disposição do consumidor, e 
informar, de maneira ostensiva e adequada, quando for o caso, sobre o risco de 
contaminação. (Incluído pela Lei nº 13.486, de 2017)
 Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à 
saúde ou segurança deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da 
sua nocividade ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis 
em cada caso concreto.
 Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço 
que sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à 
saúde ou segurança.
 § 1° O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no 
mercado de consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá 
comunicar o fato imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores, 
mediante anúncios publicitários.
 § 2° Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo anterior serão veiculadosna 
imprensa, rádio e televisão, às expensas do fornecedor do produto ou serviço.
 § 3° Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de produtos ou serviços à 
saúde ou segurança dos consumidores, a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios deverão informá-los a respeito.
 Art. 11. (Vetado).”
DA RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO E DO SERVIÇO 
(ARTS. 12 AO 17)
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o 
importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação 
dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, 
fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou 
acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou 
inadequadas sobre sua utilização e riscos.
 § 1° O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente 
se espera, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
 I - sua apresentação;
 II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
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 III - a época em que foi colocado em circulação.
 § 2º O produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro de melhor qualidade 
ter sido colocado no mercado.
 § 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será 
responsabilizado quando provar:
 I - que não colocou o produto no mercado;
 II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;
 III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
 Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior, 
quando:
 I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser 
identificados;
 II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, 
construtor ou importador;
 III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis.
 Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá exercer o 
direito de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na 
causação do evento danoso.
 Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de 
culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à 
prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas 
sobre sua fruição e riscos.
 § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele 
pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as 
quais:
 I - o modo de seu fornecimento;
 II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
 III - a época em que foi fornecido.
 § 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas.
 § 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar:
 I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;
 II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.
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 § 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a 
verificação de culpa.
 Art. 15. (Vetado).
 Art. 16. (Vetado).
 Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas 
do evento.”
Fato do produto ou serviço é o acidente de consumo, causado por um defeito que colocou 
em risco a segurança do consumidor. 
Ex: Defeito no freio do carro que causou uma batida. Estamos diante, nesse caso, de um 
fato do produto.
Insta salientar que o defeito constatado sem que se tenha ocorrido o acidente de 
consumido terá tratamento de vício.
 §2º do art. 12 – Traz a Teoria do risco do desenvolvimento – que significa dizer 
que lançamento de um novo produto não torna o anterior imperfeito.
 §3 do art. 12 e §3 do art. 14 – Trazem as excludentes de responsabilidade pelo fato 
do produto e do serviço.
 Art. 14 –Informa que o fornecedor de serviço responde de forma objetiva, ou seja, 
independente de culpa, pelos danos causados ao consumidor.
 §2º do art. 14 - Traz a Teoria do risco do desenvolvimento – que significa dizer que 
lançamento de um novo serviço não torna o anterior imperfeito.
 Alegação de defesa de caso fortuito e força maior:
Força maior - Imprevisível 
Ex: Tsunami, furação, chuva torrencial) - Isenta a responsabilidade do 
Fornecedor.
Caso fortuito - Previsível, mas inevitável 
Ex: Bala perdida, greve de caminhoneiro.
Externo: Inevitável.
Ex: Assalto a mão armada em ônibus - Isenta a responsabilidade do 
Fornecedor.
 Interno - Pode ser evitável.
Ex: Queda de luz em evento
Ex: Assalto em banco.
 
 Art. 13 – Traz a responsabilidade civil do comerciante por fato do produto:
Para fato do produto não há solidariedade com o comerciante. E por quê? Porque o fato 
do produto é um acidente de consumo, no qual o comerciante não deu causa, visto que 
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só comercializou. Hipótese diferente do vício (trataremos em aula específica), que 
pode ensejar a responsabilidade solidaria inclusive do comerciante. 
 Art. 14 - Traz a responsabilidade civil pessoal dos profissionais liberais que é 
subjetiva, ou seja, precisa verificar a culpa. 
Ex: Médico, dentista. Só responderão pessoalmente se for comprovada a culpa. 
DA RESPONSABILIDADE POR VÍCIO DO PRODUTO E DO SERVIÇO 
(ARTS. 18 AO 25) 
“Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis 
respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem 
impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, 
assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do 
recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as 
variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição 
das partes viciadas.
 § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor 
exigir, alternativamente e à sua escolha:
 I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de 
uso;
 II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo 
de eventuais perdas e danos;
 III - o abatimento proporcional do preço.
 § 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no 
parágrafo anterior, não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta 
dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em 
separado, por meio de manifestação expressa do consumidor.
 § 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° deste artigo 
sempre que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder 
comprometer a qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se 
tratar de produto essencial.
 § 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1° deste artigo, e não 
sendo possível a substituição do bem, poderá haver substituição por outro de espécie, 
marca ou modelo diversos, mediante complementação ou restituição de eventual 
diferença de preço, sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1° deste artigo.
 § 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o 
consumidor o fornecedor imediato, exceto quando identificado claramente seu 
produtor.
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 § 6° São impróprios ao uso e consumo:
 I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos;
 II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados, 
corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em 
desacordo com as normas regulamentares de fabricação, distribuição ou 
apresentação;
 III - os produtos que, por qualquer motivo,se revelem inadequados ao fim a que se 
destinam.
 Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de quantidade do 
produto sempre que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu 
conteúdo líquido for inferior às indicações constantes do recipiente, da embalagem, 
rotulagem ou de mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, 
alternativamente e à sua escolha:
 I - o abatimento proporcional do preço;
 II - complementação do peso ou medida;
 III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os 
aludidos vícios;
 IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo 
de eventuais perdas e danos.
 § 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do artigo anterior.
 § 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem ou a medição e o 
instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões oficiais.
 Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem 
impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles 
decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem 
publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:
 I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;
 II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo 
de eventuais perdas e danos;
 III - o abatimento proporcional do preço.
 § 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros devidamente 
capacitados, por conta e risco do fornecedor.
 § 2° São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que 
razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas 
regulamentares de prestabilidade.
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 Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham por objetivo a reparação de 
qualquer produto considerar-se-á implícita a obrigação do fornecedor de empregar 
componentes de reposição originais adequados e novos, ou que mantenham as 
especificações técnicas do fabricante, salvo, quanto a estes últimos, autorização em 
contrário do consumidor.
 Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias 
ou sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços 
adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos.
 Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações 
referidas neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar 
os danos causados, na forma prevista neste código.
 Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos 
produtos e serviços não o exime de responsabilidade.
 Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou serviço independe de termo 
expresso, vedada a exoneração contratual do fornecedor.
 Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou 
atenue a obrigação de indenizar prevista nesta e nas seções anteriores.
 § 1° Havendo mais de um responsável pela causação do dano, todos responderão 
solidariamente pela reparação prevista nesta e nas seções anteriores.
 § 2° Sendo o dano causado por componente ou peça incorporada ao produto ou 
serviço, são responsáveis solidários seu fabricante, construtor ou importador e o que 
realizou a incorporação.”
 Vício do produto ou serviço está ligado à frustração de expectativa, e que se 
subdivide em:
 Vício de quantidade(Art. 19)
Ex: Traz quantidade menor do que a prometida.
 Vício de qualidade (Art.20)
Ex: fone de ouvido que promete ser alto e não apresenta bom som.
Ambos podendo ser ocultos ou aparentes.
 Art. 18, caput: Traz o Princípio da solidariedade – que significa que todos os 
envolvidos na cadeia de consumo respondem perante o consumidor
 §1º do art. 18 - Aduz que em hipótese de vício, tem, o fornecedor até 30 dias para 
sanar o vício, não fazendo o consumidor pode exigir a TROCAR ou DEVOLUÇÃO DO 
VALOR ou ABATIMENTO. É o consumir quem escolhe, pois trata-se de um direito 
potestativo! Ou seja, não pode obrigar o consumidor a aceitar voucher, vale troca!!
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PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA ARTS. 26 E 27
“Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca 
em:
 I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;
 II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.
 § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto 
ou do término da execução dos serviços.
 § 2° Obstam a decadência:
 I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor 
de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser 
transmitida de forma inequívoca;
 II - (Vetado).
 III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento.
 § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que 
ficar evidenciado o defeito.
 Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por 
fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a 
contagem do prazo a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.
 Parágrafo único. (Vetado).”
 Prescrição:
Se dá em fato do serviço e produto, ou seja, quando temos um acidente de 
consumo
Prazo de 5 anos 
Início da contagem: do momento do dano 
Previsto art. 27 do CDC.
 Decadência:
Se dá em casos de vício do serviço ou produto, ou seja, diante da frustração.
Prazo: 30 dias para bens não duráveis (alimentos)
90 dias bens duráveis (carro, bike...)
Início da contagem:
Quando for vício aparente: no momento do recebimento.
Quando for vício oculto: no momento em que se identificar o vício.
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Dinâmica: Notificar, aguardar 30 dias para consertar (art. 18,§1º), não consertou 
pode exigir a trocar, devolver, abater, o fornecedor não disponibilizou essas 
alternativas?
O consumidor tem 30 ou 90 dias para processar.
Prevista no art. 26 do CDC.
DA DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA (ART. 28)
“Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, 
em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da 
lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração 
também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento 
ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.
 § 1° (Vetado).
 § 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são 
subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código.
 § 3° As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações 
decorrentes deste código.
 § 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa.
 § 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua 
personalidade for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos 
causados aos consumidores.”
 Qual o objetivo de desconsiderar os efeitos da personificação da sociedade?
Trata-se de hipótese que tem por intuito atingir e vincular responsabilidades dos 
sócios e administradores, para impedir a consumação de fraudes e abusos por eles 
cometidos, desde que causem prejuízos e danos a terceiros.
 Afetará os bens particulares dos sócios
 Exige um único elemento, qual seja o prejuízo ao credor.
DAS PRÁTICAS COMERCIAIS
AS DISPOSIÇÕES GERAIS (ART. 29) 
“Art. 29. Para os fins deste Capítulo e do seguinte, equiparam-se aos consumidores 
todas as pessoas determináveis ou não, expostas às práticas nele previstas.”
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São consideradas consumidores por equiparação, todas as pessoas, determináveis ou não, 
expostas às práticas comerciais previstas no capítulo V, do CDC.
Ex: Oferta, está em casa assiste a uma oferta de um produto. Ao ir à loja o valor está diferente. 
Pode processar na posição de consumidor por equiparação. Considerando a razoabilidade do 
valor da promoção.
 OFERTAS SÃO VERDAIRAS ISCAS INCESSANTES: Os métodos são muitas vezes 
covardes, por isso precisa de atenção e cuidado específico do legislador!
DAS PRÁTICAS COMERCIAIS (ART. 30 AO 35)
“Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por 
qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços 
oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se 
utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
 Art. 31. A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem assegurar 
informações corretas, claras, precisas, ostensivas e em língua portuguesa sobre 
suas características, qualidades, quantidade, composição, preço, garantia, prazos 
de validade e origem, entre outros dados, bem como sobre os riscos que 
apresentam à saúde e segurança dos consumidores.
 Parágrafo único. As informações de que trata este artigo, nos produtos 
refrigerados oferecidos ao consumidor, serão gravadas de forma indelével. 
(Incluído pela Lei nº 11.989, de 2009)
 Art. 32. Os fabricantes e importadores deverão assegurar a oferta de componentes 
e peças de reposição enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto.
 Parágrafo único. Cessadas a produção ou importação, a oferta deverá ser mantida 
por período razoável de tempo, na forma da lei.
 Art. 33. Em caso de oferta ou venda por telefone ou reembolso postal, deve constar 
o nome do fabricante e endereço na embalagem, publicidade e em todos os 
impressos utilizados na transação comercial.
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 Parágrafo único. É proibida a publicidade de bens e serviços por telefone, quando 
a chamada for onerosa ao consumidor que a origina. (Incluído pela Lei nº 
11.800, de 2008).
 Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é solidariamente responsável pelos 
atos de seus prepostos ou representantes autônomos.
 Art. 35. Se o fornecedor de produtos ou serviços recusar cumprimento à oferta, 
apresentação ou publicidade, o consumidor poderá, alternativamente e à sua livre 
escolha:
 I - exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da oferta, apresentação 
ou publicidade;
 II - aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;
 III - rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia eventualmente 
antecipada, monetariamente atualizada, e a perdas e danos.”
Observações importantes:
 Art. 30: Traz o princípio da Vinculação da oferta – Oferta integra o contrato, ou seja, 
panfletos, e-mails, anúncios no instagram, por exemplo.
 Art. 32: Enquanto não cessar a fabricação ou importação do produto, os fabricantes e 
importadores deverão assegurar a oferta de componentes e peças de reposição.
 Art. 34: Traz o Princípio da Solidariedade.
 Art. 35: Em caso de recusar cumprimento à oferta, apresentação ou publicidade, o 
consumidor poderá escolher entre exigir o cumprimento da obrigação; aceitar outro 
produto ou prestação de serviço equivalente, rescindir o contrato.
DA PUBLICIDADE (ART. 36 AO 38 C/C ART. 6, IV
 “Art. 36. A publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e 
imediatamente, a identifique como tal.
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 Parágrafo único. O fornecedor, na publicidade de seus produtos ou serviços, manterá, 
em seu poder, para informação dos legítimos interessados, os dados fáticos, técnicos e 
científicos que dão sustentação à mensagem.
 Art. 37. É proibida toda publicidade enganosa ou abusiva.
 § 1° É enganosa qualquer modalidade de informação ou comunicação de caráter 
publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou, por qualquer outro modo, mesmo por 
omissão, capaz de induzir em erro o consumidor a respeito da natureza, 
características, qualidade, quantidade, propriedades, origem, preço e quaisquer outros 
dados sobre produtos e serviços.
 § 2° É abusiva, dentre outras a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que 
incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de 
julgamento e experiência da criança, desrespeita valores ambientais, ou que seja capaz 
de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde 
ou segurança.
 § 3° Para os efeitos deste código, a publicidade é enganosa por omissão quando deixar 
de informar sobre dado essencial do produto ou serviço.
 § 4° (Vetado).
 Art. 38. O ônus da prova da veracidade e correção da informação ou comunicação 
publicitária cabe a quem as patrocina.”
Observações importantes:
distinguir: Publicidade e Propaganda:
 Propaganda - Visa propagar, difundir uma informação. Ex: Propaganda política, 
Propaganda sobre campanha de vacinação.
 Publicidade - Visa lucro, a venda. Ex: comerciais de refrigerante, roupa...
Não usar o termo “propaganda enganosa”, mas sim publicidade enganosa quando o 
objeto for um produto ou serviço consumido.
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 PUBLICIDADE:
• Enganosa – É aquela que contém informação falsa.
Ex: Bateria dura 24 horas, e na realidade dura apenas 12 horas. 
Ou ainda, promessas milagrosas de resultados impossíveis.
• Abusiva – É aquela que agride valores sociais, extrapola.
Ex: Discriminatória de qualquer natureza. 
Incita à violência. 
Explora o medo ou a superstição. 
Se aproveita da deficiência de julgamento e experiência da criança.
Desrespeita valores ambientais. 
Induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou 
segurança.
• Enganosa por omissão – É aquela que não informa dado essencial relativo às 
características do produto ou serviço. 
Ex: Tv 4K em 2016, quando a tecnologia das TVs a cabo não aportava a 4K, de modo 
que, era indiferente ter uma TV 4k ou não.
PRÁTICAS ABUSIVAS (ARTS. 39 AO 41) 
“Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas 
abusivas: (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
 I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro 
produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;
 II - recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas 
disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes;
 III - enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou 
fornecer qualquer serviço;
 IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, 
saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços;
 V - exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;
 VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa 
do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes;
 VII - repassar informação depreciativa, referente a ato praticado pelo consumidor no 
exercício de seus direitos;
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 VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo 
com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas 
não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade 
credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade 
Industrial (Conmetro);
 IX - recusar a venda de bens ou a prestação de serviços, diretamente a quem se 
disponha a adquiri-los mediante pronto pagamento, ressalvados os casos de 
intermediaçãoregulados em leis especiais; (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 
11.6.1994)
 X - elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. (Incluído pela Lei nº 
8.884, de 11.6.1994)
 XI - Dispositivo incluído pela MPV nº 1.890-67, de 22.10.1999, transformado em 
inciso XIII, quando da conversão na Lei nº 9.870, de 23.11.1999
 XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a 
fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério. (Incluído pela Lei nº 9.008, 
de 21.3.1995)
 XIII - aplicar fórmula ou índice de reajuste diverso do legal ou contratualmente 
estabelecido. (Incluído pela Lei nº 9.870, de 23.11.1999)
 XIV - permitir o ingresso em estabelecimentos comerciais ou de serviços de um 
número maior de consumidores que o fixado pela autoridade administrativa como 
máximo. (Incluído pela Lei nº 13.425, de 2017)
 Parágrafo único. Os serviços prestados e os produtos remetidos ou entregues ao 
consumidor, na hipótese prevista no inciso III, equiparam-se às amostras grátis, 
inexistindo obrigação de pagamento.
 Art. 40. O fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao consumidor orçamento 
prévio discriminando o valor da mão-de-obra, dos materiais e equipamentos a serem 
empregados, as condições de pagamento, bem como as datas de início e término dos 
serviços.
 § 1º Salvo estipulação em contrário, o valor orçado terá validade pelo prazo de dez 
dias, contado de seu recebimento pelo consumidor.
 § 2° Uma vez aprovado pelo consumidor, o orçamento obriga os contraentes e 
somente pode ser alterado mediante livre negociação das partes.
 § 3° O consumidor não responde por quaisquer ônus ou acréscimos decorrentes da 
contratação de serviços de terceiros não previstos no orçamento prévio.
 Art. 41. No caso de fornecimento de produtos ou de serviços sujeitos ao regime de 
controle ou de tabelamento de preços, os fornecedores deverão respeitar os limites 
oficiais sob pena de não o fazendo, responderem pela restituição da quantia recebida 
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em excesso, monetariamente atualizada, podendo o consumidor exigir à sua escolha, 
o desfazimento do negócio, sem prejuízo de outras sanções cabíveis.”
 A ignorância dos nossos direitos torna práticas ilícitas em usuais, normalizadas, 
tornando o consumidor refém.
O CDC traz a vedação de toda e qualquer prática comercial ou contratual abusiva, e 
o art. 39 traz rol exemplificativo de condutas vedadas, visando garantir um mínimo 
de respeito ao consumidor. 
DA COBRANÇA DE DÍVIDAS (ART. 42)
“Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a 
ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.
 Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição 
do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção 
monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.
 Art. 42-A. Em todos os documentos de cobrança de débitos apresentados ao 
consumidor, deverão constar o nome, o endereço e o número de inscrição no 
Cadastro de Pessoas Físicas – CPF ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica – CNPJ 
do fornecedor do produto ou serviço correspondente. (Incluído pela Lei nº 12.039, de 
2009)”
 Cobrança abusiva e cobrança indevida:
Cobrança abusiva: 
Prevista no Art. 42;
Extrapola os limites, ameaça, expõe o consumidor.
Pode cobrar, exigir mas com respeito.
Ex: 30 msg por dia, 10 ligações em 1 dia
Cobrança indevida:
Prevista no Art. 42, P.U
Quando consumidor é indevidamente cobrado por dívida inexistente ou e cobrado 
do que já pagou.
DOS BANCOS DE DADOS E CADASTROS DE CONSUMIDORES
“Art. 43. O consumidor, sem prejuízo do disposto no art. 86, terá acesso às 
informações existentes em cadastros, fichas, registros e dados pessoais e de consumo 
arquivados sobre ele, bem como sobre as suas respectivas fontes.
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 § 1° Os cadastros e dados de consumidores devem ser objetivos, claros, verdadeiros e 
em linguagem de fácil compreensão, não podendo conter informações negativas 
referentes a período superior a cinco anos.
 § 2° A abertura de cadastro, ficha, registro e dados pessoais e de consumo deverá ser 
comunicada por escrito ao consumidor, quando não solicitada por ele.
 § 3° O consumidor, sempre que encontrar inexatidão nos seus dados e cadastros, 
poderá exigir sua imediata correção, devendo o arquivista, no prazo de cinco dias 
úteis, comunicar a alteração aos eventuais destinatários das informações incorretas.
 § 4° Os bancos de dados e cadastros relativos a consumidores, os serviços de proteção 
ao crédito e congêneres são considerados entidades de caráter público.
 § 5° Consumada a prescrição relativa à cobrança de débitos do consumidor, não serão 
fornecidas, pelos respectivos Sistemas de Proteção ao Crédito, quaisquer informações 
que possam impedir ou dificultar novo acesso ao crédito junto aos fornecedores.
 § 6o Todas as informações de que trata o caput deste artigo devem ser 
disponibilizadas em formatos acessíveis, inclusive para a pessoa com deficiência, 
mediante solicitação do consumidor. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) 
(Vigência)
 Art. 44. Os órgãos públicos de defesa do consumidor manterão cadastros atualizados 
de reclamações fundamentadas contra fornecedores de produtos e serviços, devendo 
divulgá-lo pública e anualmente. A divulgação indicará se a reclamação foi atendida 
ou não pelo fornecedor.
 § 1° É facultado o acesso às informações lá constantes para orientação e consulta por 
qualquer interessado.
 § 2° Aplicam-se a este artigo, no que couber, as mesmas regras enunciadas no artigo 
anterior e as do parágrafo único do art. 22 deste código.
 Art. 45. (Vetado).”
 Deveres importantes previstos no art. 43 e 44:
 Consumidor terá acesso livre às informações;
 Informações devem ser claras;
 Não podem conter débitos que tenham completado mais de 5 anos
 A abertura do cadastro deve ser precedida de notificação sob pena de 
nulidade
 Qualquer informação errada deverá ser corrigida em 5 dias
 Bancos de dados e serviços de proteção ao crédito são entidades de caráter 
público
 Consumada a prescrição do débito, não podem os bancos de dados 
repassarem qualquer informação que impeçam o crédito por conta do 
débito prescrito. 
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QUESTÕES DE DIREITO CONSUMIDOR 
1. (CESGRANRIO – 2018 – BANCO DA AMAZÔNIA – TÉCNICO BANCÁRIO) 
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor Lei n° 8.078/1990, o fornecedor de 
produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no mercado de consumo, tiver 
conhecimento da periculosidade que estes apresentem deverá comunicar o fato 
imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores.
Essa comunicação deve ser feita por meio de:
a) carta simples.
b) correspondência registrada.
c) telegrama.
d) editais de convocação.
e) anúncios publicitários.
 GABARITO: LETRA E.
2. (CESGRANRIO – 2010 – BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO)
O Maria é poupadora do Banco Ypsilon e constatou o saque de valores em sua conta 
poupança. Procurou um funcionário do banco, afirmando que não havia sacado as referidas 
quantias e que, para ela, aquilo era um defeito na prestação do serviço, tendo direito ao 
ressarcimento em razão da responsabilidade do Banco. Nessa situação, a responsabilidade 
do Banco:
a) é inexistente, pois as instituições financeiras são isentas do cumprimento do 
Código de Defesa do Consumidor.
b) é factível, desde que comprovada sua culpa ou negligência.
c) é integral e não há excludentes, por expressa disposição do Código de Defesa do 
Consumidor.
d) independe da existência de culpa.
e) pode ser afastada apenas na hipótese de prova de culpa exclusiva da vítima. 
GABARITO: LETRA D.alfaconcursos.com.br
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3. (CESGRANRIO – 2013 – LIQUIGÁS – PROFISIONAL JÚNIOR/DIREITO)
O Código de Defesa do Consumidor estabelece normas de proteção e de defesa em juízo.
Entre essas regras, encontra-se a seguinte:
a) A cláusula limitativa de indenizar em situações justificáveis é admitida nas relações 
de consumo entre o fornecedor e o consumidor-pessoa jurídica.
b) A cláusula contratual que estabeleça a utilização compulsória da arbitragem para 
dirimir conflito consumerista é válida.
c) A responsabilidade civil do fornecedor de serviços pode ser excluída pelo caso 
fortuito, em qualquer hipótese.
d) O direito de arrependimento não pode ser exercido por consumidores que 
adquiram produtos pela Internet.
e) O prazo decadencial inicia-se no momento da entrega efetiva do produto ou do 
término da execução do serviço, caso se trate de vício oculto.
GABARITO: LETRA A. 
4. (CESGRANRIO – 2016 – ANP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO)
Sr. Z adquiriu um automóvel de luxo da empresa LR, tendo o bem vindo com defeito no 
sistema de freios. Constatou--se que o vício veio da fábrica e não poderia ser consertado, 
diante da sofisticação do sistema de computadores utilizado no automóvel. De acordo com 
as regras do Código de Defesa do Consumidor, Sr. Z deverá receber
a) valor em dobro do anteriormente pago.
b) bem superior em qualidade ao adquirido.
c) bem inferior com quitação total do preço.
d) bem equivalente em condições de uso.
e) bem e a devolução do preço pago.
GABARITO: LETRA D.
5. (CESGRANRIO – 2008 – ANP – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO/DIREITO) 
Após adquirir um produto pelo serviço de televendas de uma empresa, João resolveu 
desistir da compra. Qual é o seu prazo, em dias, para manifestar a desistência do contrato?
a) 30, a partir da contratação
b) 30, a partir do recebimento do produto.
c) 14, a partir da contratação.
d) 7, a partir do recebimento do produto.
e) 7, a partir da contratação.
GABARITO: LETRA D. 
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6. (CESGRANRIO – 2008 – ANP – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO/DIREITO)
Quanto às cláusulas relativas ao fornecimento de produtos e serviços, NÃO é nula de pleno 
direito aquela que:
a) transfira responsabilidades a terceiros.
b) determine a utilização compulsória de arbitragem.
c) autorize o consumidor a cancelar o contrato unilateralmente.
d) possibilite a violação de normas ambientais.
e) possibilite a renúncia do direito de indenização por benfeitorias necessárias.
GABARITO: LETRA C.
7. (CESGRANRIO – 2008 – ANP – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO/DIREITO) 
Quanto à responsabilidade pelo fato do produto e do serviço, considere as afirmações a 
seguir.
I - O produto é considerado defeituoso pelo fato de outro de melhor qualidade ter sido 
colocado no mercado.
II - O comerciante é igualmente responsável pelo produto defeituoso, independentemente 
da identificação do fabricante.
III - O comerciante é igualmente responsável pelo produto defeituoso, quando não 
conservar adequadamente os produtos perecíveis.
IV - O serviço não é considerado defeituoso em virtude da adoção de novas técnicas.
V - A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais independe da existência de culpa.
Estão corretas APENAS as afirmações:
a) I e II
b) I e V
c) III e IV
d) I, II, III e IV
e) II, III, IV e V
GABARITO: LETRA C.
8. (CESGRANRIO – 2008 – ANP – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO/DIREITO) 
Para que haja a inversão do ônus da prova, a favor do consumidor, no processo civil, é 
preciso que seja:
a) ele considerado hipossuficiente, por ganhar menos de 10 salários-mínimos.
b) ele considerado hipossuficiente, por estar desempregado e sem receber seguro 
desemprego.
c) o capital social da empresa-ré superior a 40 salários-mínimos.
d) o capital social da empresa-ré fechado à participação do capital estrangeiro.
e) verossímil a sua alegação, a critério do juiz
GABARITO: LETRA E.
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