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RECURSOS TRABALHISTAS
1. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
No direito processual trabalhista, embargos de declaração são o recurso interposto contra despacho, decisão, sentença ou acórdão, visando o seu esclarecimento ou complementação, perante o mesmo juízo prolator daqueles atos judiciais”
O Art. 897-A da CLT dispõe:
Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subsequente a sua apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso. (Incluído pela Lei nº 9.957, de 2000)
§ 1º Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de qualquer das partes. (Redação dada pela Lei n. 13.015, de 2014) 
§ 2º Eventual efeito modificativo dos embargos de declaração somente poderá ocorrer em virtude da correção de vício na decisão embargada e desde que ouvida a parte contrária, no prazo de 5 (cinco) dias (Incluído pela Lei n. 13.015, de 2014)
Os embargos de declaração serão recebidos no efeito modificativo quando houver omissão, contradição e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos. Nesta hipótese, o juiz deve abrir vista para a parte contrária se manifestar, e assim proferir a decisão dos embargos de declaração.
Quando uma sentença é proferida, em face dela já há um recurso cabível, que é o recurso ordinário no prazo de 8 dias. Ocorre que se nesta sentença houver uma omissão, há ainda o prazo de 5 dias para que se possa ser apresentado os embargos de declaração. Assim, havendo uma sentença que possui uma omissão, ao invés de interpor recurso ordinário, primeiro são feitos os embargos de declaração. 
E o que ocorrerá com o prazo recursal? Ele será interrompido! Isso quer dizer que, quando for proferida a decisão dos embargos de declaração, o prazo para interpor o recurso ordinário voltará por inteiro.
Exceção: 
§ 3º Os embargos de declaração interrompem o prazo para interposição de outros recursos, por qualquer das partes, salvo quando intempestivos, irregular a representação da parte ou ausente a sua assinatura.
Súmula n. 184 do TST: Ocorre preclusão se não forem opostos embargos declaratórios para suprir omissão apontada em recurso de revista ou de embargos.
O prequestionamento é obrigatório quando se tratar de recursos de natureza extraordinária (exemplo: recurso de revista). Se a matéria não foi debatida na instância inferior, torna-se necessário opor embargos de declaração com a finalidade de prequestionamento. E se não houver oposição aos embargos de declaração é sob pena de preclusão.
Imagine a hipótese em que o empregado ou empregador estão opondo embargos de declaração PROTELATÓRIOS. Neste caso, observe o art. 1.026 do CPC, § 2º
§ 2º Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da causa.
§ 3º Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, que a recolherão ao final.
§ 4º Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores houverem sido considerados protelatórios.
2. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIAS E INFRINGENTES
Situação hipotética I: Na Vara do Trabalho, foi proferida uma sentença. Em face dessa sentença, é interposto um recurso ordinário no prazo de oito dias. O recurso ordinário foi julgado pelo TRT e proferido o acórdão. Em face do acórdão, o recurso interposto foi o Recurso de Revista, julgado por uma das turmas do TST. Entretanto, também foi proferido um acórdão. Se for verificado que há divergência entre as oito turmas do TST, é possível interpor um recurso chamado EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. Os embargos de divergência são julgados pela SDI-1.
Situação hipotética II: Quando o dissídio coletivo for de competência originária do TST e a decisão proferida não for unânime, é possível interpor o recurso de EMBARGOS INFRINGENTES. Os embargos infringentes são julgados pela SDC (Seção de Dissídios Coletivos).
Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias: (Redação dada pela Lei n. 11.496, de 2007) 
I – de decisão não unânime de julgamento que: (Incluído pela Lei n. 11.496, de 2007) 
O inciso I, ‘a’, trata de embargos infringentes (decisão não unânime).
1. conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; e (Incluído pela Lei n. 11.496, de 2007) 
O inciso II trata dos embargos de divergências.
II – das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal. (Redação dada pela Lei n. 13.015, de 2014) 
§ 2º A divergência apta a ensejar os embargos deve ser atual, não se considerando tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho. (Incluído pela Lei n. 13.015, de 2014) 
O previsto no § 2º ocorre no Recurso de Revista e se repete com os recursos de embargos por serem extraordinários. É necessário provar que existe divergência, que deve ser atual.
§ 3º O Ministro Relator denegará seguimento aos embargos: (Incluído pela Lei n. 13.015, de 2014) 
O Ministro Relator trancará os embargos:
I – se a decisão recorrida estiver em consonância com súmula da jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou com iterativa, notória e atual jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, cumprindo-lhe indicá-la; (Incluído pela Lei n. 13.015, de 2014)
Se a decisão recorrida estiver de acordo com o entendimento de súmula do TST, súmula do STF ou com a jurisprudência do TST, o recurso será trancado.
II – nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou de ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco de admissibilidade. (Incluído pela Lei n. 13.015, de 2014) 
3. RECURSO ORDINÁRIO
O recurso ordinário constitui um meio hábil a assegurar a parte vencida, a facultatividade de postular aos órgãos jurisdicionados um novo pronunciamento acerca da questão decidida. Ou seja, é um instrumento para impugnar as decisões de primeiro grau, sejam elas definitivas (mérito) ou terminativas (quando não apreciam o mérito), segundo a doutrina majoritária.
O recurso ordinário segundo Cairo Junior (2012, p. 644):
“é aquele destinado a impugnar as sentenças eivadas de error in iudicando ou error in procedendo, desde que proferidas pelos juízes ou Tribunais do Trabalho no exercício de sua competência originária em processos de conhecimento, com ou sem a resolução do mérito da causa”.
Tem previsão no art. 895 da CLT, sendo cabível em face de sentença, que poderá ser terminativa ou definitiva. Ele pode ser ainda interposto em face de decisão originária do TRT, seja dissídio individual, seja dissídio coletivo. E o prazo para interpor recurso ordinário é de 8 dias.
Contra sentença da Vara do Trabalho, o recurso cabível ao TRT é o Recurso Ordinário, no prazo de 8 dias (Art. 895, I, da CLT). Na justiça do trabalho não há apelação.
Existem alguns processos que possuem competência originária no TRT. Neste caso, o recurso cabível em face desta decisão é o Recurso Ordinário, no prazo de 8 dias (art. 895, II, da CLT).
Art. 895. Cabe recurso ordinário para a instância superior:(Vide Lei n. 5.584, de 1970)
I – das decisões definitivas ou terminativasdas Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; (Incluído pela Lei n. 11.925, de 2009). 
II – das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos (Incluído pela Lei n. 11.925, de 2009). 
Obs: Recurso Ordinário no procedimento sumaríssimo: este recurso será distribuído a um relator, que terá um prazo de até 10 dias para encaminhar o recurso ao julgamento. Todavia, o relator não possui revisor.
4. AGRAVO DE PETIÇÃO
Reza o artigo 897, “a” da CLT, que “cabe agravo de petição, no prazo de 8 (oito) dias, das decisões do Juiz ou Presidente nas execuções.”
Vale ressaltar que o agravo de petição e o agravo de instrumento são recursos diversos e não se confundem. 
A diferença entre eles é que o agravo de petição tem como objetivo atacar as decisões judiciais na fase de execução, já o agravo de instrumento é destinado a destrancar recursos.
O agravo de petição é o recurso cabível nas execuções da Justiça do Trabalho e funciona como o recurso ordinário na fase de execução. Está previsto no art. 897, ‘a’, da CLT e seu prazo é de oito dias. Para interpor o agravo de petição, é necessário delimitar a matéria e os valores de discordância.
Exemplo: O recurso cabível da Vara do Trabalho para o TRT é o recurso ordinário no prazo de oito dias. Nesse caso, o recurso ordinário é submetido a dois juízos de admissibilidade: o primeiro é feito pelo juízo a quo e o segundo é feito pelo juízo ad quem. Se o recurso ordinário for trancado pelo primeiro juízo de admissibilidade, aplica-se agravo de instrumento para destrancá-lo.
5. AGRAVO DE INSTRUMENTO
	O agravo de instrumento é o recurso cabível em face de despachos que trancarem o recurso.
Art. 897. Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: (Redação dada pela Lei n. 8.432, de 1992) 
b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos. (Redação dada pela Lei n. 8.432, de 1992) 
§ 2º O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não receber agravo de petição não suspende a execução da sentença. (Redação dada pela Lei n. 8.432, de 1992) 
O agravo de instrumento não suspende a execução da sentença.
§ 4º Na hipótese da alínea b deste artigo, o agravo será julgado pelo Tribunal que seria competente para conhecer o recurso cuja interposição foi denegada. (Incluído pela Lei n. 8.432, de 1992) 
O recurso ordinário, trancado pelo primeiro juízo de admissibilidade, será julgado pelo TST. Para destrancá-lo, aplica-se o agravo de instrumento que será julgado pelo órgão que teria competência para julgar o recurso trancado, ou seja, o TRT.
§ 5º Sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a formação do instrumento do agravo de modo a possibilitar, caso provido, o imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a petição de interposição: (Incluído pela Lei n. 9.756, de 1998)
Sob pena de o agravo não ser conhecido, algumas peças específicas devem ser incluídas no agravo, pois, caso o tribunal destranque o recurso, ele irá imediatamente para julgamento. Assim, para possibilitar que o recurso seja julgado imediatamente caso o tribunal dê provimento ao agravo e destrancar o recurso, algumas peças são obrigatórias e outras são facultativas.
I – obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende destrancar, da comprovação do recolhimento das custas e do depósito recursal a que se refere o § 7º do art. 899 desta Consolidação; (Redação dada pela Lei n. 12.275, de 2010) 
II – facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da matéria de mérito controvertida. (Incluído pela Lei n. 9.756, de 1998)
Obs.: Caso o processo seja já no sistema PJe não há necessidade do inciso I acima.
O agravo de instrumento também possui preparo.
Art. 899. § 7º No ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar. (Incluído pela Lei n. 12.275, de 2010) 
§ 8º Quando o agravo de instrumento tem a finalidade de destrancar recurso de revista que se insurge contra decisão que contraria a jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciada nas suas súmulas ou em orientação jurisprudencial, não haverá obrigatoriedade de se efetuar o depósito referido no § 7º deste artigo. (Incluído pela Lei n. 13.015, de 2014) 
Se for interposto o agravo de instrumento para destrancar recurso de revista e o recurso de revista estiver recorrendo devido a decisão do TRT ser contrária à súmula do TST ou de orientação jurisprudencial, não há obrigatoriedade de efetuar o depósito recursal no agravo de instrumento.
O prazo de oito dias para recolher e comprovar que o preparo foi realizado. Se o recurso for interposto no terceiro dia, é possível comprovar que o preparo foi realizado até o oitavo dia (Súmula n. 245, TST). 
Entretanto, quando se tratar de agravo de instrumento, o depósito deve ser feito no ato da interposição do recurso. Por exemplo, se o agravo de instrumento for interposto no quinto dia, o depósito também deverá ser feito no quinto dia. Assim, a regra da Súmula n. 245 do TST não se aplica para o agravo de instrumento.
Obs.: juízo de retratação é cabível neste recurso.
6. RECURSO ADESIVO
O recurso adesivo não tem base legal dentro do processo do trabalho, nem na CLT nem em outra lei trabalhista. Ainda assim, essa forma de impugnação à decisão judicial é aceita na seara laboral, por força do art. 769 da CLT, que é a “porta de entrada” para a fonte comum, naquilo em que não contrariar os princípios e normas trabalhistas e desde que haja omissão na legislação trabalhista.
Como dito, o recurso adesivo não existe na CLT, mas possui previsão expressa no CPC e aplicabilidade no processo do trabalho. A Súmula n. 283 do TST estabelece quatro hipóteses em que o recurso adesivo pode ser interposto: no recurso ordinário, no recurso de revista, nos embargos e no agravo de petição. 
O recurso extraordinário também admite o recurso adesivo, mas utiliza o CPC de forma subsidiária.
CPC Art. 997. § 2º O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, observado, ainda, o seguinte:
O recurso adesivo é o recurso interposto no prazo das contrarrazões. A interposição ocorre quando houver sucumbência recíproca. Por exemplo, ambas as partes ganharam ou perderam e somente uma delas interpôs o recurso, mas, no momento de apresentar as contrarrazões, a parte decidiu recorrer. Nesse caso, deve-se verificar se o recurso principal admite a forma adesiva e, se admitir, é interposto o recurso adesivo no prazo das contrarrazões.
A Súmula n° 283 do TST determina que a matéria utilizada no recurso adesivo não precisa estar vinculada à matéria do recurso principal.
Súmula n. 283, TST: O recurso adesivo é compatível com o processo do trabalho, onde cabe, no prazo de 8 dias, nas hipóteses de interposição de recurso ordinário, de agravo de petição, de revista e de embargos, sendo desnecessário que a matéria nele veiculada esteja relacionada com a do recurso interposto pela parte contrária.
Para interpor um recurso adesivo ao recurso ordinário, o recurso adesivo deve preencher todos os pressupostos recursais do recurso ordinário – assim como para interpor recurso de revista, embargos, agravo de petição e recurso extraordinário. Se, por algum motivo, o recurso principal não for julgado, também não haverá julgamento para o recurso adesivo.
7. AGRAVO REGIMENTAL
	Agravo regimental, também chamado de agravo interno, sendo este o nome adotado pelo novo CPC no art. 994, inciso III, é um recurso judicial que tem o intuito de fazer com que os tribunais provoquem arevisão de suas próprias decisões.
O agravo regimental pode ser interposto em face de decisão monocrática e tem o objetivo de destrancar recurso que foi trancado pelo segundo juízo de admissibilidade e destrancar recurso de embargo.
8. RECURSO DE REVISTA
O Recurso de Revista é o instituto pelo qual o Tribunal Superior do Trabalho cumpre seu papel primordial de uniformizar a jurisprudência pátria no âmbito trabalhista, bem como de restabelecer a norma nacional violada. Não se destina, pois, a corrigir injustiças ou a reapreciar o conteúdo fático-probatório do julgado recorrido, já que a análise de fatos e provas se exaure em sede ordinária. 
Em outras palavras: a pretensão revisional é via restrita que se destina, exclusivamente, à revisão de questões jurídicas apreciadas na segunda instância, contra acórdãos proferidos por tribunais regionais na apreciação de recursos ordinários e agravos de petição, sempre no curso de reclamações individuais (singulares ou plúrimas) ou de ações civis públicas. 
O recurso de revista tem previsão no art. 896 da CLT. O prazo deste recurso é de 8 dias. O objetivo dele é uniformizar a jurisprudência dos tribunais.
Exemplo: na Vara do Trabalho foi proferida uma sentença, e em face desta sentença foi proferido um recurso ordinário. Este recurso foi julgado pelo TRT e foi proferido um acórdão. Em face deste acórdão, o recurso cabível é o recurso de revista (prazo de 8 dias).
Somente caberá a interposição de recursos de revista quando se tratar de dissídios individuais. E quem julga o recurso de revista é uma das oito Turmas do TST.
Art. 896. Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando:
A alínea “a” tratará de lei federal. Ocorre que o recurso de revista caberá quando a decisão do TRT for diversa de outra decisão de outro TRT. Logo, havendo divergência, será interposto o recurso de revista, inclusive se o acórdão estiver divergindo de seção de dissídios individuais do TST, de uma súmula do TST ou vinculante, ou de uma OJ (se se tratar do rito ordinário).
A alínea “b” tratará de lei estadual, CCT/ACT, sentença normativa ou regulamento empresarial. Neste caso, o TRT está dando interpretação diversa de outro TRT, além de estar divergindo de seção de dissídios individuais do TST, de uma súmula do TST ou vinculante, ou de uma OJ (se se tratar do rito ordinário).
A alínea “c” tratará de lei federal ou se estiver contrariando a Constituição Federal de forma direta ou literal. Assim, pela alínea “c”, o acórdão do TRT está realizando uma interpretação literal, ou contrariando direta e literalmente a Constituição Federal.
O recurso de revista é de natureza extraordinária, não sendo possível reexaminar fatos ou provas. Trata-se ainda de um recurso técnico, que possui diversas especificidades.
Art. 896. 
(...)
§ 1º O recurso de revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será interposto perante o Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, que, por decisão fundamentada, poderá recebê-lo ou denegá-lo. (Redação dada pela Lei n. 13.015, de 2014) 
O recurso de revista é o recurso em face de acórdão, sendo interposto em face do Presidente do TST, que poderá dar seguimento ao recurso ou trancá-lo.
§ 1º-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte: (Incluído pela Lei n. 13.015, de 2014)
O recurso de revista preencherá os pressupostos extrínsecos e intrínsecos: previsão legal e cabimento, tempestividade, preparo, regularidade de representação, legitimidade, capacidade e interesse. Por ter natureza extraordinária, outros pressupostos são obrigatórios, sob pena de não reconhecimento.
I – indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista; (Incluído pela Lei n. 13.015, de 2014) 
O recurso de revista tem natureza extraordinária, devendo ser preenchidos os pressupostos extrínsecos e intrínsecos, além de necessitar do prequestionamento, ou seja, matéria a ser debatida no TST deve ter sido debatida no TRT.
Art. 896. 
(...) 
II – indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional; (Incluído pela Lei n. 13.015, de 2014) 
III – expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte; (Incluído pela Lei n. 13.015, de 2014)
IV – transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de nulidade de julgado por negativa de prestação jurisdicional, o trecho dos embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento do tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da decisão regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, para cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão. (Incluído pela Lei n. 13.467, de 2017)
No PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO é cabível a interposição do Recurso de Revista, mas somente nos casos específicos do § 9º, ou seja, aquele que contrariar súmula do TST; contrariar súmula vinculante do STF; violar diretamente a Constituição Federal.
Súmula n. 442, TST: Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, a admissibilidade de Recurso de Revista está limitada à demonstração de violação direta a dispositivo da Constituição Federal ou contrariedade a Súmula do Tribunal Superior do Trabalho, 
NÃO SE ADMITINDO O RECURSO por contrariedade a Orientação Jurisprudencial deste Tribunal (Livro II, Título II, Capítulo III, do RITST), ante a ausência de previsão no art. 896, § 6º, da CLT. 
No rito ordinário, o Recurso de Revista pode ser cabível quando contrariar uma OJ. 
No sumaríssimo, não se admite Recurso de Revista por contrariedade a uma orientação jurisprudencial.
9. RECURSO EXTRAORDINÁRIO
A Constituição de 1988, cindiu as hipóteses de cabimento de recurso extraordinário, de modo que ao Supremo destinou-se a salvaguarda da Constituição (art. 102, inciso III) e ao Superior Tribunal de Justiça, então criado, a salvaguarda do direito federal (art. 105, inciso III), criando-se, também, o recurso especial. 
Na Justiça do Trabalho também será cabível a interposição do recurso extraordinário, previsto no art. 102, III, da Constituição Federal. O recurso extraordinário possui prazo de quinze dias e é cabível contra decisão de última instância ou de única instância.
O recurso extraordinário é cabível das decisões de última instância, sendo ela o TST. Portanto, é possível interpor o recurso extraordinário no prazo de quinze dias para as decisões do TST:
· que violarem os dispositivos da Constituição Federal;
· que declararem a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;
· que julgarem válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição.
A decisão proferida no rito sumário é irrecorrível, salvo se violar a Constituição Federal. Se violar, é possível interpor recurso extraordinário no prazo de quinze dias. Nesse caso, trata-se de decisão de única instância.
Portanto, para o recurso extraordinário são necessários os pressupostos intrínsecos e extrínsecos, o prequestionamento e a repercussão geral (transcendência). O prazo do recurso é de quinze dias e, caso seja trancado, o agravo de instrumento em recurso extraordinário possui prazo também de quinze dias.
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