Buscar

Anatomofisiologia do Sistema Nervoso Autônomo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Anatomofisiologia do Sistema Nervoso Autônomo 
1- Compreender o papel fisiológico do SNA e suas divisões: 
 O sistema nervoso autônomo é a porção do sistema nervoso central que controla a maioria 
das funções viscerais do organismo. Esse sistema ajuda a controlar a pressão arterial, a motilidade 
gastrointestinal, a secreção gastrointestinal, o esvaziamento da bexiga, a sudorese, a temperatura 
corporal e muitas outras atividades. 
 Também chamado de sistema nervoso visceral, suas fibras aferentes e eferentes 
desempenham uma importante função na manutenção do ambiente corporal interno, a homeostasia. 
Além disso, o SNA também participa das respostas coordenadas e apropriadas a estímulos externos. 
 Uma das características mais acentuadas do sistema nervoso autônomo é a rapidez e a 
intensidade com que ele pode alterar as funções viscerais. Por exemplo, em 3 a 5 segundos ele pode 
aumentar a frequência cardíaca até valores duas vezes maiores que o normal. 
 O sistema nervoso autônomo é ativado, principalmente, por centros localizados na medula 
espinal, no tronco cerebral e no hipotálamo. Além disso, porções do córtex cerebral, em especial do 
córtex límbico, podem transmitir sinais para os centros inferiores. 
 O sistema nervoso autônomo também opera, em geral, por meio de reflexos viscerais; isto é, 
sinais sensoriais subconscientes de órgãos viscerais podem chegar aos gânglios autônomos, no tronco 
cerebral ou no hipotálamo e, então, retornar como respostas reflexas subconscientes, diretamente 
aos órgãos viscerais, para o controle de suas atividades. 
 Os sinais autônomos eferentes são transmitidos aos diferentes órgãos do corpo por meio de 
duas grandes subdivisões chamadas sistema nervoso simpático e sistema nervoso parassimpático. 
 A melhor forma de distinguir as duas divisões é de acordo com o tipo de situação na qual elas 
estão mais ativas. A cena do piquenique, no início do capítulo, ilustra os dois extremos nos quais as 
divisões simpática e parassimpática atuam. Se você está descansando tranquilamente após uma 
refeição, o parassimpático está no comando, assumindo o controle de atividades rotineiras, como a 
digestão. Consequentemente, os neurônios parassimpáticos são, às vezes, considerados como 
controladores das funções de “repouso e digestão”. 
 Em contrapartida, o simpático está no comando durante situações estressantes, como o 
aparecimento da cobra, que é uma ameaça em potencial. O exemplo mais marcante da ativação 
simpática é a resposta generalizada de luta ou fuga, na qual o encéfalo dispara uma descarga simpática 
maciça e simultânea em todo o corpo. Quando o corpo se prepara para lutar ou fugir, o coração 
acelera, os vasos sanguíneos dos músculos das pernas, dos braços e do coração dilatam, e o fígado 
começa a liberar glicose para fornecer energia para a contração muscular. Nessa situação, quando a 
vida está em perigo, a digestão torna-se um processo de menor importância, e o sangue é desviado do 
trato gastrintestinal para os músculos esqueléticos. A descarga simpática maciça, que ocorre em 
situações de luta ou fuga, é mediada pelo hipotálamo e é uma reação corporal generalizada em 
resposta a um evento crítico. 
 
 
Dessa forma, as duas divisões cooperam para manter a sintonia-fina de diversos processos fisiológicos. 
Apenas ocasionalmente, como no exemplo da luta ou fuga, a gangorra desloca-se apenas para um 
extremo ou para o outro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2- Comparar e identificar as características anatomorfofisiológicas e neuroquímicas das divisões 
simpáticas e parassimpáticas. 
 Ambas as vias simpática e parassimpática consistem em dois neurônios (pré-ganglionar e pós-
ganglionar) dispostos em série. Uma exceção a essa regra é a medula da glândula suprarrenal, na qual 
os neurônios simpáticos pós- -ganglionares foram modificados, formando um órgão neuroendócrino. 
 Todos os neurônios autonômicos pré-ganglionares secretam acetilcolina que se liga a 
receptores nicotínicos. A maioria dos neurônios simpáticos secreta noradrenalina sobre receptores 
adrenérgicos. A maioria dos neurônios parassimpáticos secreta acetilcolina que se liga a receptores 
colinérgicos muscarínicos. 
 As vias simpáticas originam-se nas regiões torácica e lombar da medula espinal. As vias 
parassimpáticas deixam o SNC pelo tronco encefálico e pela região sacral da medula espinal. A maioria 
dos gânglios simpáticos localiza-se próximo à medula espinal (são paravertebrais). Os gânglios 
parassimpáticos estão localizados próximos ou dentro dos órgãos-alvo. 
3- Descrever o processo de síntese e degradação dos neurotransmissores do SNA. 
 Os principais neurotransmissores autonômicos, acetilcolina e noradrenalina, são sintetizados 
nas varicosidades do axônio. 
 Ambos são moléculas pequenas, facilmente sintetizadas por enzimas citoplasmáticas. Os 
neurotransmissores sintetizados nas varicosidades são empacotados em vesículas sinápticas como 
forma de armazenamento. 
 A liberação de neurotransmissores segue o padrão encontrado em outras células: 
despolarização – sinalização pelo cálcio – exocitose). Quando um potencial de ação atinge a 
varicosidade, os canais de Ca2 dependentes de voltagem abrem-se, o Ca2 entra no neurônio, e o 
conteúdo das vesículas sinápticas é liberado por exocitose. Após ser liberado na sinapse, o 
neurotransmissor difunde-se pelo líquido intersticial até encontrar um receptor na célula-alvo ou se 
afasta da sinapse. 
 A concentração de neurotransmissor na sinapse é um fator importante no controle 
autonômico de um alvo: a maior concentração de neurotransmissor está associada a uma resposta 
mais potente ou mais duradoura. A concentração de neurotransmissor em uma sinapse é influenciada 
por sua taxa de degradação ou de remoção. A ativação do receptor pelo neurotransmissor termina 
quando o neurotransmissor: (1) difunde-se para longe da sinapse, (2) é metabolizado por enzimas no 
líquido extracelular ou (3) é transportado ativamente para dentro das células próximas à sinapse. A 
recaptação pelas varicosidades permite que os neurônios reutilizem o neurotransmissor. 
 A noradrenalina é sintetizada na própria varicosidade, a partir do aminoácido tirosina. Uma 
vez liberada na sinapse, a noradrenalina pode combinar-se com um receptor adrenérgico na célula-
alvo, difundir-se para longe ou ser transportada de volta para a varicosidade. Dentro do neurônio, a 
noradrenalina reciclada pode ser novamente acondicionada dentro de vesículas ou ser degradada pela 
monoaminoxidase (MAO) – a principal enzima responsável pela degradação das catecolaminas. 
 Algumas substâncias podem interferir na degradação de neurotransmissores, como por 
exemplo, os organofosforados e os carbamatos que inibem a enzima acetilcolinesterase, e assim 
impedem a degradação da acetilcolina na fenda. Com isso, aumenta a concentração de acetilcolina e, 
consequentemente, os efeitos dela (vasodilatação, aumento das secreções salivares e sudorese). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4- Conhecer os processos de controle das funções respiratória, cardiovascular, urinária, digestória e 
termorregulação pelo SNA. 
 Através um centro nervoso localizado na região do bulbo (tronco cerebral). Desse centro 
partem os nervos responsáveis pela contração dos músculos respiratórios (diafragma e músculos 
intercostais). O mais importante músculo da respiração, o diafragma, recebe os sinais respiratórios 
através de um nervo especial, o nervo frênico, que deixa a medula espinhal na metade superior do 
pescoço e dirige-se para baixo, através do tórax até o diafragma. 
 Através das vias simpáticas e parassimpáticas, o SNA controla o sistema cardiovascular agindo 
com a liberação de neurotransmissores (noradrenalina e acetilcolina) que podem aumentar ou 
diminuir a frequência cardíaca. 
O ato da micção compreende duas fases: armazenamento e esvaziamento, o que envolve 
funções antagônicasda bexiga e uretra. A micção e a continência urinária estão sob a coordenação de 
complexos eventos neurológicos entre sistema nervoso central e sistema nervoso periférico, que 
garantem o controle voluntário do ato miccional. 
O SNA simpático atua principalmente na fase do armazenamento urinário, o SNA 
parassimpático atua na fase do esvaziamento vesical. O sistema nervoso somático é responsável por 
iniciar os mecanismos de enchimento e esvaziamento vesical com contração e o relaxamento dos 
MAPs (Músculos do Assoalho Pélvico) e da musculatura estriada da uretra, por meio do controle 
voluntário da micção, previamente ao desencadeamento dos reflexos autônomos da micção. 
 
O neurotransmissor do SNA parassimpático é a acetilcolina, que atua principalmente nos 
receptores nicotínicos, localizados na sinapse pré-ganglionar e nos receptores muscarínicos na parede 
vesical. A acetilcolina produz a contração do músculo detrusor e o relaxamento do esfíncter externo 
uretral. Portanto, o SNA parassimpático atua na fase de esvaziamento vesical. 
 
O SNA simpático pode atuar nos receptores alfa e beta. Os receptores alfas predominam na 
uretra e, quando estimulados, promovem a contração do esfíncter externo uretral. Já o receptor beta 
predomina na bexiga, quase inexistentes na uretra e, uma vez estimulados, atuam relaxando o músculo 
detrusor. Portanto o SNA simpático atua principalmente na fase de armazenamento urinário. 
 
A temperatura do nosso corpo, pelo fato de sermos homeotérmicos, é regularizada pelo suor, 
no qual através do hipotálamo, nosso sistema nervoso simpático ativa as ações das glândulas 
sudoríparas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5- Descrever a organização estrutural e os produtos secretados pela medula da suprarrenal. 
 A medula da glândula suprarrenal (ou adrenal) é um tecido neuroendócrino associado ao 
sistema nervoso simpático. 
 Forma a porção mais interna das glândulas suprarrenais, as quais se localizam sobre o polo 
apical de cada rim. 
 Cada glândula suprarrenal é constituída, de fato, por duas glândulas com diferentes origens 
embrionárias que se fusionam durante o desenvolvimento. 
 A porção mais externa, o córtex da glândula suprarrenal, é uma glândula endócrina verdadeira, 
com origem epitelial, que secreta hormônios esteroides. 
 A medula da glândula suprarrenal, que forma a pequena porção central da glândula, 
desenvolve-se a partir do mesmo tecido embrionário que origina os neurônios simpáticos (ectoderma) 
e é uma estrutura neurossecretora. 
 Os neurônios pré-ganglionares simpáticos projetam-se da medula espinal para a medula da 
glândula suprarrenal, onde fazem sinapse. 
 Entretanto, os neurônios pós-ganglionares não possuem axônios, que normalmente se 
projetariam para as células-alvo. Em vez disso, esses corpos celulares sem axônios, denominados 
células cromafins, secretam o neuro-hormônio adrenalina diretamente no sangue. 
 Em resposta a sinais de alerta provenientes do SNC, a medula da glândula suprarrenal libera 
grandes quantidades de adrenalina para ser distribuída por todo o corpo, como parte da resposta de 
luta ou fuga.

Continue navegando