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Trichostrongylus

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DOENÇAS PARASITÁRIAS VETERINÁRIAS
Gastroenterites parasitárias dos ruminantes
TAYANE MELO
@TAYANEMELOVET
Ciclo biológico geral dos tricostrongilídeos:
Os ovos saem nas fezes para o meio ambiente. Em condições favoráveis de
temperatura e umidade, as L1 se desenvolvem nas primeiras 24h. A L1 liberada no
conteúdo fecal se alimenta de organismo em decomposição e passa a L2 e L3
(formadas em até 7 dias após a postura). As chuvas dispersam a L3, que é a forma
infectante, mas pode sobreviver por meses em ambientes favoráveis quanto à
temperatura e à pluviosidade. Os hospedeiros definitivos se contaminam ao
ingeri-las. No rúmen animal, as larvas perdem a bainha e se dirigem ao local de
ação - abomaso ou intestino delgado- onde passam a L3, L4 e L5, tornando-se
parasitos adultos em até 2 semanas. Os parasitos adultos fixam-se no local e
copulam; e então a fêmea faz a postura de 500 a 10 mil ovos por dia. O período
pré-patente é de aproximadamente 3 semanas. Aa larvas migram verticalmente
para a ponta do capim quando há umidade suficiente. Entretanto, o calor do sol e
a falta de umidade podem danificar as larvas, assim, nos horários mais quentes do
dia, elas descem para a base das plantas. Durante período de seca, algumas larvas
podem sobreviver ao penetrarem no solo buscando alguma umidade.
Haemonchus e Ostertagia apresentam uma fase histiotrófica, que é quando as
larvas L3 penetram no abomaso e passam a L4. Após a muda para L4, retornam
para a luz intestinal, fazendo a última muda para L5 e tornam-se adultas.
Trichostrongylus spp
Quando a infecção é elevada, podem alterar o pH do abomaso e/ou do intestino delgado
e, como consequência, haverá aumento do crescimento bacteriano, promovendo
diarreia, que pode ser negra e fétida em casos mais graves. Pode ocorrer desidratação e
até morte, o que resulta em grave impacto econômico na produção.
DOENÇAS PARASITÁRIAS VETERINÁRIAS
Controle das Verminoses de Ruminantes
TAYANE MELO
@TAYANEMELOVET
Fatores que influenciam a ocorrência da verminose
Clima quente e presença de chuvas;
Categorias animais: cabritos e cordeiros jovens, fêmeas em lactação;
Raças sensíveis: animais puros;
Doenças e nutrição: linfadenite, CAE(mal do joelho). 
Uso inadequado dos medicamentos (resistência dos vermes).
Controlando a verminose:
Reduzindo a contaminação
Evite a superlotação de animais;
Limpeza regular das instalações, colocando o esterco nas esterqueiras;
Cochos de água e alimentos sempre limpos;
Água e alimentos de boa qualidade; 
Capim que possa ser utilizado em pastejo alto (maior que 15 cm), pois a
maioria dos vermes encontra-se até 5cm do solo;
Alternância do pastejo com plantas nativas;
Animais jovens e adultos separados, tanto na baia quando no piquete. Animais
adultos pastejam antes dos jovens.
Pastoreio rotacionado com espécies diferentes: utilizar outras espécies no
mesmo pasto faz com que os vermes de ovinos e caprinos seja reduzidos ao
serem ingeridos por esses animais. 
Selecionando animais para o tratamento
Contagem de ovos de parasita nas fezes (OPG). Animais com mais de 1000
ovos/g deverão receber medicação.
Método FAMACHA: indica grau de anemia dos animais. Aqueles cuja coloração
da mucosa ocular indicar nível de anemia igual ou superior a 3, precisam
receber vermífugo. Este exame é indicado na frequência de a cada 7 dias em
regiões onde se usa pastagem cultivada, enquanto em regiões semináridas, a
cada 15 dias no período chuvoso e 30 no período seco. 
DOENÇAS PARASITÁRIAS VETERINÁRIAS
Controle das Verminoses de Ruminantes
TAYANE MELO
@TAYANEMELOVET
Utilizando vermífugos corretamente
Vermifugar animais cujos sintomas estejam visíveis (emagrecimento, anemia,
papeira, diarreia, queda na produção de leite ou de carne). Animais sem
sintoma evidentes devem ser analisados quanto à necessidade de tratamento
pelos métodos descritos anteriormente (OPG ou FAMACHA)
Tratar animais de compra antes de incorporá-lo ao rebanho.
Não vermifugar fêmeas no terço inicial da prenhez (primeiros 45 dias) para
evitar problemas com a cria. 
Vermifugar as fêmeas 30 dias antes do parto.
Vermifugar animais que vão entrar na estação de monta. 
Escolhendo o vermífugo
Nunca trocar o vermífugo antes de um ano de uso. 
Ao trocar o vermífugo, escolha sempre um de diferente grupo químico. 
DOENÇAS PARASITÁRIAS VETERINÁRIAS
Controle das Verminoses de Ruminantes
TAYANE MELO
@TAYANEMELOVET
Aplicação do vermífugo
Aplicar pela via oral ou bucal.
Utilizar seringas comuns ou pistolas dosificadoras automáticas.

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