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Resumo - Saúde do Adolescente

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Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
● Adolescência → fase de transição entre a infância e a vida adulta. Possui sua
conceituação baseada mais na psicologia e sociologia
● É o estado de transição do desenvolvimento que ocorre entre a dependência relativa da
infância e a independência relativa do adulto.
● Segundo a OMS (1965) → período de transição biopsicossocial que se estende dos 10 aos
19 anos e onze meses de idade (em países desenvolvidos o limite até 24 anos, pq a OMS
leva em consideração o momento q ele pode se sustentar, em países em desenvolvimento
os adolescentes entram para o mercado de trabalho aos 19 anos)
● O ECA define adolescentes na faixa etária de 12 a 18 anos.
● Dividimos esta faixa etária em 3 grupos para abordagem:
➔ 1º. adolescentes de 10-14 anos
➔ 2º. adolescentes de 15-20 anos
➔ 3º. jovens de 20-24 anos
● Puberdade → conjunto de modificações neuro-hormonais, genitais e antropométricas
levando à maturidade biológica adulta com dimorfismo sexual e capacidade reprodutiva -
mudanças puramente orgânicas
➔ Sexo feminino = 8 – 13 anos
➔ Sexo masculino = 9 – 14 anos
A consulta do adolescente
● O profissional deve usar linguagem de fácil entendimento pelo adolescente.
➔ Evitar uso de gírias.
➔ Não utilizar linguagens infantis.
➔ Consulta deve transcorrer com tranqüilidade sem interrupções.
● Consulta em 3 tempos: queixa (pais ou responsável), consulta com o adolescente sozinho,
volta da família e definição/orientação ao paciente.
● Se o sexo do paciente for diferente do examinador → exame físico deve ser feito com o
acompanhante (na antessala/biombo para preservar a privacidade). Quando do mesmo
sexo, pergunta se precisa.
● Deixar claro sobre a garantia de privacidade e do sigilo profissional →
Confidencialidade do paciente, só não se tiver correndo risco de vida (confiança) – DST,
drogas (tipo experimental não quebra o sigilo, mas fica vigilante....tipo ocasional, é quebra
de sigilo).
ANAMNESE
1) PRIMEIRO TEMPO
● Momento com os responsáveis (pais/avós/tios)
● ID, QP e HDA
● Antecedentes patológicos e fisiológicos → frisar história
do parto, como foi a gravidez, tempo de gestação, se foi
internado, até quando mamou, quando começou a
andar/falar, introdução alimentar, e sobre vacinas.
● História familiar
● História fisiológica → sono, função intestinal, menarca,
ciclos regulares ou irregulares.
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
2) SEGUNDO TEMPO
● Atendimento reservado somente para o adolescente →
● Sexualidade, drogas, violência,
● Abordagem psicológica, relação familiar (como é sua relação com os pais, com os irmãos,
com os avós? se tem privacidade), projeto para o futuro (sem projetos para o futuro denota
problemas depressivos e ideações suicidas)
*Respeitar a fase da maturidade, se o adolescente apresentar maturidade ainda infantil não
precisa perguntar.
3) TERCEIRO TEMPO
● O responsável retorna a sala → solicitação de exames complementares, orientações,
prescrição medicamentosa, marcar retorno
*Caso o pct tenha dado alguma informação que coloque ele em risco de vida → classifica
como quebra de sigilo
EXAME FÍSICO
● Deve constar no prontuário:
➔ Avaliação crescimento (P \ E) e desenvolvimento (avaliação da Maturidade sexual) -
Critérios de Tanner.
➔ Inspeção mais completa possível de todos os aparelhos. Obs: aumento da tireóide é
comum nessa idade
➔ Avaliação estado nutricional
➔ Necessidade de exame ginecológico e andrológico mais acurado depende da
especificidade dos motivos da consulta.
Aspectos Psicossociais do adolescente/Síndome da adolescência Normal
Crise da adolescência
● Marca um fim de uma etapa de vida Ocorre a entrada do ser no mundo social, saindo do
ambiente intra-familiar.
● A adolescência é o término das vinculações seguras e conhecidas, na qual ocorrem
mudanças marcantes no mundo relacional
● Segundo Arminda Aberastury, ela descreve a crise da adolescência como um luto (luto
pelo corpo infantil, pela identidade infantil, pelos pais da infância, pela bissexualidade). Obs.
Luto é o período que passamos para elaborar perdas.
*Obs.: Fala-se que durante a vida passamos por 2 crises crise do nascimento (é a entrada do ser
no mundo) e a crise da adolescência (entrada do ser no mundo social).
Fases da adolescência
a. Adolescência inicial: 10-13 anos
● Mudanças biológicas
● Intenso narcisismo acha que nada acontece com ele
● Busca pela identidade adulta (rebeldia, dificuldade de aceitar conselhos, menor interesse
por atividades paternas)
● Pensamento abstrato sensação de que ele está no mundo da lua
● Formação de grupos
● Sexualidade/ comportamento esporádico masturbação para autoconhecimento
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
b. Adolescência intermediária: 13-17 anos
● Grande parte das transformações biológicas já aconteceram
● Maior preocupação com aparência
● Processo de separação dos pais
● Ocorre de fato a vinculação com grupos
● Estão mais propensos a comportamentos de riscos
● Desenvolvimento intelectual muito grande nesta fase
● Experimentação sexual no sentido de buscar prazer e não apenas autoconhecimento
● Começam as preocupações com a vida profissional
c. Adolescência tardia: a partir dos 17 anos
● Consolidação de identidade
● Separação definitiva do núcleo familiar casa, vai morar fora..
● Estabelecimento de identidade sexual
● Escolha profissional
Características do adolescente segundo Maurício Knobel: Descreveu o adolescente
baseado em 10 itens
1. Busca de si e da identidade Isso decorre das alterações corporais; preocupação
corporal é constante; necessidade de autoafirmação (vontade de quebrar regras da
casa antes pré estabelecidas); acha que as pessoas tem que adivinhar o que pensa
ou está sentindo; constantemente estão fazendo questionamentos.
2. Tendência grupal O adolescente precisa de grupos para autoafirmação (eles
apenas se aproximam de adolescentes semelhantes a eles). Importante investigar o
grupo na consulta, pois dependendo do grupo pode predispor o adolescente a
comportamentos de riscos. O grupo pode ser construtivo ou destrutivo.
3. Necessidade de fantasiar e intelectualizar Neste momento a capacidade de
raciocínio é enorme, levando a um desenvolvimento de pensamento abstrato. Ele
passa a pensar no mundo de forma imaginária e crítica (como seria se...), sentindo
que ele pode mesmo fazer diferença no mundo.
4. Crises religiosas Mudam de religião abruptamente, mas que não é de maneira
sustentada (que pode ir desde o misticismo até o materialismo)
5. Deslocamento temporal O que interessa para ele deve ser feito para ontem. Se
não interessa ele vai deixando para depois, pois ele realmente acredita que vai dar
tempo de ser feito. Não consegue lidar com a frustração da espera; e ele realmente
acha que as coisas vão dar tempo quando é algo que não interessa para eles =
vivência temporal singular
6. Do auto-erotismo a heterossexualidade É a evolução da atividade sexual de
masturbatória para heterossexual (início da atividade sexual). As descobertas
sexuais passam a buscar o prazer (após 13 anos). É uma paixão extremamente
fugaz e intensa. A homossexualidade pode ocorrer de forma transitória na
adolescência.
7. Atitude social reivindicatória Eles possuem essa postura porque acreditam que
podem mudar o mundo -> Passam a ser agressivos e em oposição a ordem,
iniciando a formação da sua própria identidade.
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
8. Contradições sucessivas a todas as condutas Mudanças de gostos o tempo
todo e eles pensam que as pessoas ao redor deveriam saber disso. Devemos
preocupar-se com condutas rígidas, permanentes e absolutas em adolescentes.
9. Separação progressiva dos paiso pai não é mais visto como sem defeitos e um
herói, como ocorre na infância. Agora é possível ver os defeitos deles e o
adolescente naturalmente vai se distanciando e formando suas individualidades 
Sequência: perda dos pais infantis = luto → Preferência pelos amigos → Pais
passam a ser excluídos da vida social dos filhos → Ocorrem alterações neste
indivíduo: crescimento físico, possui certa independência e eles são apaixonados
pela própria opinião = PAIS SE SENTEM DESACATADOS Nesse momento, é
necessário explicar aos pais que os comportamentos são normais e que fazem parte
do processo de passar para a vida adulta, sempre salientando a importância de
impor limites. Para o adolescente é importante deixar claro que ele possui
responsabilidades sobre seu corpo, sua saúde e com o outro.
10. Constantes flutuações de humor e de estado de ânimo A flutuação de humor
ocorre no mesmo dia (Acorda estressado, almoça calmo...) que é diferente da
bipolaridade (em que o paciente passa por períodos de tristeza, animo...) -> Essas
flutuações de humor rápidas são mecanismos do organismo dele para lidar com as
dificuldades da crise da adolescência.
Crescimento físico do adolescente
● Adolescente aumenta:
➔ 50% do Peso final dele (se o adolescente entra na adolescência gordinho fatalmente
ele pode ser gordinho depois)
➔ 20% da Estatura
● O ganho estatural se
distribui da seguinte forma:
➔ 1/3 ganha-se na
fase de
aceleração(pico de
crescimento)
➔ 2/3 restantes,
durante a
desaceleração.
● Duração média do Estirão
Pubertário = 3 anos.
● Criança de 2 anos até a
puberdade tem velocidade
de crescimento fixo / linear:
cresce cerca de
5/6cm(menino) 4/5
(menino) ao ano Quando
ele entra na puberdade ocorre um aumento de velocidade de crescimento (= estirão), em
seguida atinge o pico da curva que é o pico da velocidade de crescimento, por último ele
desacelera Estirão pubertário é todo esse processo
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
SEXO FEMININO
● Atingem pico de velocidade 2 anos mais cedo que o sexo masculino
● Velocidade de Crescimento = 7 a 9 cm / ano (até menstruar)
● Crescimento máximo ao redor de
11,5 anos.
● A curva mais acima é o máximo
de crescimento normal; a curva
mais abaixo é o mínimo de
estatura;
● Abaixo do percentil 10 a criança
tem que ser observada (estado de
alerta); No percentil 2,5 ou abaixo
dele é investigação obrigatória de
estatura Na criança ela costuma
ter um crescimento uniforme de
forma que quase sempre ela cai
em uma das retas de crescimento.
Já o adolescente quando entra na
puberdade possui desvios de
crescimento considerados
normais.
SEXO MASCULINO
● Atingem o pico de velocidade
de crescimento 2 anos mais
tarde que o sexo feminino.
● Velocidade de Crescimento
= 9 a 11 cm / ano.
● Crescimento máximo ao redor
de 13,5 anos.
Crescimento da Cintura
pélvica e Escapular
● Largura da bacia = diâmetro
biilíaco → O crescimento da
cintura pélvica é mais
estimulado por estrógenos
● Largura dos ombros =
diâmetro biacromial → O
crescimento dos ombros é
mais estimulado por andrógenos.
● O diâmetro biilíaco aumenta na mesma
proporção tanto no sexo feminino como
no sexo masculino.
● O diâmetro biacromial aumenta mais no
sexo masculino.
Crescimento dos membros
● Segmentos distais (mãos e pés):
aceleram o crescimento antes dos
segmentos proximais
● Estirão dos membros inferiores ocorrem
antes dos membros superiores
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
Crescimento do crânio
● Ocorre um maior crescimento nos
primeiros anos de vida. Aos 10 anos, o
perímetro craniano já possui 95% do
tamanho final.
● Obs. É na puberdade que há um grande
crescimento encefálico, mas não cranial!
Crescimento da face
● Infância: complexo nasomaxilar é mais
desenvolvido que a mandíbula
● Puberdade: crescimento da mandíbula é
mais intenso
Crescimento das Vísceras
● Torácicas: Pulmões crescem mais que o
coração na puberdade Magnitude do
crescimento no estirão é igual em ambos
os sexos
● Abdominais: estirão puberal semelhante
ao das vísceras torácicas.
Aumento de peso no estirão puberal
● Aumento do peso nos meninos: é devido
ao aumento de massa muscular (duplica a
massa muscular)
● Aumento de peso nas meninas: é devido
ganho de tecido gorduroso (só aumenta
50%)
Tecido adiposo
● Repleção pré-puberal: aumento do tecido
gorduroso entre 8-10 anos em ambos os
sexos (2 anos antes da adolescência) →
Prepara o organismo para o estirão
● Estirão puberal:
➔ Sexo masculino: Velocidade de
ganho de gordura diminui e
aumenta crescimento ósseo e
muscular
➔ Sexo feminino: Deposição de
gordura maior que no sexo
masculino, de forma que após a
menarca há ainda mais deposição
de gordura
Tecido muscular
● Estirão pubertário:
➔ Homens: massa muscular dobra
➔ Mulheres: aumenta apenas 50%
● OBS.: Nos meninos a força muscular é
maior 1 ano após do pico de velocidade
de crescimento
Dentição
● Erupção dos dentes permanentes:
Conclui por volta dos 12-13 anos
(exceção do 3 molar = ciso, que nasce
entre 16-22 anos)
● Má oclusão dentária: pode se agravar no
estirão
Crescimento pós-estirão
● Nesta fase ocorre desaceleração da
velocidade de crescimento.
● Esta fase completa-se aos 20 anos de
idade.
● Sexo feminino vai crescer de 4 – 5 cm / no
período.
● Sexo masculino vai crescer de 5 – 6 cm /
no período.
Desenvolvimento puberal
● Puberdade: Evidenciada pelo aparecimento dos caracteres sexuais secundários (broto
mamário, aumento dos testículos e/ou desenvolvimento dos pêlos pubianos) até completo
desenvolvimento físico, parada do crescimento e aquisição de capacidade reprodutiva.
Principais componentes da puberdade
1. Estirão de crescimento pôndero-estatural.
2. Modificação da composição corporal.
3. Desenvolvimento do sistema cardiorrespiratório.
4. Desenvolvimento do aparelho reprodutor.
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
1. Estirão puberal
Sequência: crescimento estável → aceleração → PVC – pico da velocidade de crescimento
→ desaceleração
2. Modificação corporal
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
A. MASSA DE GORDURA → No PVC: Massa de gordura cai nos dois ->Em seguida, a
massa de gordura aumenta nos dois (mais no feminino que masculinio) 
Lembrando que o PVC nas meninas vai ser um pouco antes.
B. CRESCIMENTO ESTATURAL → No PVC: crescimento estatural maior em ambos
os sexos (pico de aumento de estatura é um pouco maior no sexo masculino) -> em
seguida ambos caem a velocidade de crescimento esatural Lembrando que o PVC
nas meninas vai ser um pouco antes
C. MASSA MUSCULAR → No PVC: As meninas não aumentam a massa muscular,
elas aumentam um pouco depois do PVC e em menor quantidade do que nos
meninos. Os meninos têm no PVC o pico de aumento de massa muscular e após o
PVC cai um pouco o ganho de massa muscular.
RESUMINDO: No PVC do sexo feminino tem diminuição da massa de gordura, o maior
aumento de crescimento de estatura e não; e o maior aumento de crescimento de massa
muscular (este último acontecerá um pouco depois). No PVC do sexo masculino tem
diminuição da massa de gordura, o maior aumento de crescimento de estatura e o maior
aumento e crescimento de massa muscular e osso(a força muscular vai ter o ápice de
crescimento 1 ano após).
3. Desenvolvimento do sistema Cardio - Respiratório
● Aumento da pressão arterial com estabilização da frequência cardíaca → Na infância a PA é
bem baixa (70/40). Na puberdade, a pressão arterial ainda é baixa, mas maior que na
infância (100-70..)
● Expansão do volume plasmático.
● Aumento do débito cardíaco.
● Aumento da resistência vascular periférica.
4. Desenvolvimento do Aparelho Reprodutor
● Desenvolvimento das gônadas
● Desenvolvimento dos órgãos de reprodução.● Desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários
SEXO FEMININO
● 1ª manifestação = broto mamário (telarca)
● Em 10% das meninas o aparecimento de pelos pubianos (pubarca) pode ser o primeiro
sinal observado.
● Aproximadamente 9,7 anos.
● Pode-se aguardar até 6 meses para que o broto contralateral se desenvolva.
● Menarca
➔ Evento mais tardio.
➔ Marca a fase de desaceleração.
➔ Intervalo de 2,5 anos entre início do broto mamário e menarca.
➔ Os primeiros ciclos são anovulatórios.
● Outras alterações: corrimento vaginal fisiológico (ocorre de 6 meses a 1 ano antes da
primeira menstruação), diminuição do PH vaginal, aumento do comprimento da vagina,
expesamento, protusão e enrugamento dos pequenos lábios, desenvolvimento dos grandes
lábios.
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
SEXO MASCULINO
● 1ª manifestação = Aumento do volume
testicular (uso de Orquidômetro)
● Idade média = 10,9 anos.
● No caso do homem o aumento dos testículos
marca apenas o início da puberdade (Esse
evento tem que acontecer entre 9-14 anos para
ser normal), mas o estirão (aumento do
crescimento físico) inicia apenas com o
crescimento peniano (que será no estágio G3 =
pênis fino e comprido).
● Aparecimento de pêlos pubianos → Ocorre mais
tardiamente 11,3 anos.
● Desenvolvimento dos pêlos faciais e restante do corpo → idade média = 14,5 anos.
● Espermarca → idade média = 12,8 anos.
● Mudança da voz → Ocorre mais tardiamente ao longo do desenvolvimento puberal.
● Aumento do diâmetro e pigmentação da aréola mamária.
● Sequência de aparecimento de pêlos: Pêlos pubianos → Pêlos axilares (ocorre o
aparecimento junto das glândulas sudoríparas) → por último pelos faciais
● Orquidômetro de Prader
● Os volumes variam de 01 a 25 ml.
➔ 04 ml. = G2.
➔ 09 ml. = G3.
➔ 16 ml. = G4.
➔ 20 ml. = G5.
CRITÉRIOS DE TANNER
● Classificados em 05 estágios (desde situação pré-puberal até a adulta)
● Avaliam
➔ Pelos Pubianos (P)
➔ Mamas (M)
➔ Pênis (G)
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
Variabilidades da maturação sexual
● Idade de início Maturação sexual pode iniciar mais cedo ou mais tarde (depende de
hereditariedade e estado nutrição. Retardo puberal: ausência de puberdade em meninas
até os 13 anos e em meninos até os 14 anos; Puberdade precoce: em meninas antes dos 8,
em homens antes dos 9
● Velocidade das transformações A velocidade de mudança de um estágio de
desenvolvimento para outro que pode alterar de pessoa para pessoa.
● Sequência das transformações Sequências que fogem do comum, mas são consideradas
normais: Pelos pubianos ser o primeiro sinal de puberdade em meninas (comum é o broto
mamário); menarca ocorrer no estágio 3 ou 5 (comum é em M4), desenvolvimento de pelos
axilares ser junto com o aparecimento de pelos pubianos (comum é aparecer primeiro
pubianos e depois axilares); desenvolvimento para em M4 e só continua após a gravidez.
● Amplitude das transformações a magnitude das transformações físicas e hormonais que
ocorrem na puberdade vai depender de influências genéticas.
Nutrição e avaliação nutricional
● Na adolescência o indivíduo ganha:
➔ 20% a 25% da altura
➔ 50% do peso
Fatores que afetam nutrição do
adolescente:
➔ Renda
➔ Habitação
➔ Alimentação (família, escola,
trabalho)
➔ Idade
➔ Sexo (F ou M)
➔ Atividade física
➔ Fatores ecológicos
➔ Fase de crescimento (estirão
pubertário - cresce 10 cm ao ano)
Necessidades nutricionais do adolescente
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
● Precisa de pouca proteína e muita energia (através da gordura)
➔ HC -48%
➔ Gordura – 39%
➔ Proteína – 13%
● Se no questionário nutricional o adolescente disser que na alimentação dele há proteínas,
calorias diárias, ferro e cálcio adequado, posso dizer que ele tem nível nutricional ideal para
a idade dele.
● É no PVC que o adolescente tem uma ingestão maior de calorias
Minerais considerados mais importantes para o desenvolvimento na adolescência:
➔ Cálcio, ferro e zinco;
a. Cálcio:
● É para compor a massa esquelética 
Necessidade: 0,5-0,7 g/dia. Não há
estudos que comprovem que a baixa
ingestão de cálcio leva a baixo
crescimento.
● Fontes: Leite e derivados, feijão, folhas
escuras
b. Ferro:
● É mais necessário no estirão pubertário
(em maior quantidade no homem do que
na mulher)
● É usado para expansão de volume
sanguíneo e aumento de massa muscular.
● Necessidade de ferro durante estirão
pubertário: 42mg/Kg (homem) e 31 mg/Kg
(mulher)
● Fontes de Ferro: Carne, ovos, vegetais,
leite e queijos
● Após a menarca na menina há uma
necessidade de ferro aumentada (3x mais
que os homens) → isso pq na
menstruação se perde 1,4 mg/dia de ferro
● Fase de desaceleração: Sexo masculino =
5-9 mg/dia e Sexo feminino = 14-28
mg/dia.
● Conclusão: no estirão o menino precisa
de mais Ferro que a menina (compor o
crescimento de massa muscular que no
menino é maior). Já na fase de
desaceleração (que nas meninas é
marcado pela menarca), as meninas
precisam de uma maior necessidade de
Ferro, justamente pela perda na
menstruação deste mineral.
c. Zinco:
● É essencial para crescimento e maturação
sexual.
● Fontes: carne, peixe, frutos do mar, ovos
e leite
● Recomendação diária: 10-15 mg
Vitaminas considerados mais importantes para o desenvolvimento na adolescência:
● As necessidades aumentam na fase do estirão
a. Vitamina A (retinol)
● Não costumam ser deficientes na adolescência
● Fontes: Frutas e vegetais (escuro e amarelo) → cenoura, pimentão, fígado, espinafre,etc.
● Deficiência pode gerar: Hiperqueratose folicular
● Dose recomendada diária: 5000 UI/dia
b. Vitaminas do Complexo B:
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
● Mais importantes é B6, B9 e B12
● Vitamina B6 = piridoxina: é uma coenzima → Está relacionada à ingestão de proteína, pois
auxilia no metabolismo de nitrogênio Fontes: maioria dos alimentos
● Vitamina B9 = ácido fólico → Está relacionado com a síntese de DNA. A Efetividade
depende de doses adequadas de vit. B12 vísceras, feijão, vegetais de folhas escuras
● Vitamina B12 = 2-3 mcg/dia produtos lácteos, carne, fígado, peixe e ovos
● Se a B12 estiver adequada o ácido fólico também estará. Porém, se o ácido fólico estiver
adequado, não quer dizer que a vitamina B12 estará.
● Niacina (B3), riboflavina (B2) e tiamina (B1) = Funções relacionadas ao metabolismo
energético há necessidade aumentada no estirão puberal. Fontes: vagem, grãos de
feijão, carne de frango e fígado.
c. Vitamina C (ácido ascórbico)
● A efetividade do metabolismo do corpo depende de Vit. C
● Quando presente aumenta absorção de Ferro
● Está ligado a cicatrização
● Recomendação: 30-45 mg/dia até 125mg/dia Não existe depósito, pois é eliminada pelo
rim
d. Vitamina D
● Necessário para manutenção de Ca+ e
Fósforo
● Necessário para mineralização dos ossos
● Necessidades mínimas são estão
estabelecidas
e. Vitamina E
● Maior necessidade pelo sexo masculino
● Necessidade aumentada no adolescente,
bem como de vitamina C e D
Avaliação do Estado nutricional do adolescente
● Critérios para avaliação: avaliação dietética e antropométrica Fazemos as duas na
consulta do adolescente
Avaliação dietética
● Quantitativo: analisa a quantidade dos alimentos consumidos
● Registro alimentar: é o registo de todos os alimentos e bebidas consumidos por um período
de 3-7 dias (especialmente paciente com sobrepeso)
● Recordatório de 24 horas: pedir para lembrar com exatidão o que consumiu nas últimas 24h
● Qualitativo: analisa os padrões alimentares
● Questionário de frequência: coleta de informações sobre os alimentosou grupos de
alimentos consumidos diariamente, semanalmente ou mensalmente.
● Pesagem dos alimentos
● Histórico alimentar: recordatório de 24h + registros alimentares + questionário de frequência
Antropometria:
● Indicadores antropométricos essenciais (peso e estatura) e Indicadores antropométricos
complementares (perímetro braquial e dobras cutâneas)
● Medidas de crescimento (altura/comprimento, peso e diâmetro) e medidas de composição
corporal (circunferências, diâmetros e dobras cutâneas).
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
● As medidas antropométricas nos auxiliam então em avaliar a composição corporal: massas
de gordura (lipídios essenciais e gordura geral de estoque) e massa livre de gordura
(músculo esquelético, músculo não esquelético, tecidos magros e esqueleto)
➔ Massa livre de gordura: Músculos
➔ Gordura geral de estoque: é uma gordura inter e intra muscular que envolve órgãos e trato
gastrointestinal + gordura subcutânea (15% em meninas e 12% em meninos) 
● As dobras cutâneas auxiliam na determinação da quantidade de gordura contida no tecido
subcutâneo (bíceps, tríceps, subescapular, suprailíaca, axilar média, abdominal e
panturrilha medial). É feito com o uso de compasso de dobras cutâneas (Skinfold Caliper)
➔ Bíceps(DCB)
➔ Tríceps(DCT)
➔ Subescapular(DCSE)
➔ Supra-Ilíaca(DCSI)
➔ Axilar Média(DCAM)
➔ Abdominal (DCABD)
➔ Panturrilha Medial (DCPM)
● Medidas de circunferência auxiliam na determinação de massa de gordura: medido pelo
ponto médio entre olécrano e braço, ponto médio da coxa; ponto médio da panturrilha da
perna
● Métodos de bioimpedância: método usado para
avaliação da quantidade de gordura corporal, que se
baseia na passagem de um feixe elétrico pelo corpo
(quanto mais facilitada essa passagem maior a
quantidade de gordura corporal).
● Método de pesagem hidrostática: feito pela diferença
do peso na água e fora dela
Índice de Massa Corporal
● ÍNDICE DE QUETELET = peso/altura²
● No caso de crianças acima de 2 anos e adolescentes,
nós fazemos o cálculo e jogamos no gráfico para
determinar em qual curva o paciente está.
Índice de obesidade
● ÍNDICE DE NEWEN-GOLDSTEIN
● Necessita de uma tabela para saber qual é o peso
ideal e qual é a altura ideal.
● IO = Peso encontrado(kg)/Altura encontrada(cm) /
Peso ideal(kg)/Altura ideal(cm) X 100
➔ Normal = 91-110
➔ Sobrepeso = 111-120
➔ Obesidade acima de 120
● Alterações no organismo da adolescente com uso
de anticoncepcional que podem ocorrer:
➔ Diminuição da albumina plasmático
➔ Aumento de triglicerídeos
➔ Aumento de vitamina A e diminuição das outras vitaminas
➔ Aumento dos níveis de ferro e cobre
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
➔ Diminuição de Zinco
➔ Aumento de massa tecidual devido retenção de sódio e líquidos
● Alterações que o uso do álcool pode levar a adolescente:
➔ Alteração do metabolismo e utilização do zinco
➔ Danos hepáticos, levando a diminuição de vit. A
➔ Alteração na absorção dos nutrientes por danos causados ao intestino
Anemias carenciais
● Anemia → diminuição da quantidade de Hb e hematócrito em uma unidade de volume de
sangue abaixo do nível considerado normal para sexo e idade. Define-se anemia como uma
redução da massa eritrocitária circulante total abaixo dos limites normais → Reduz a
capacidade de transporte de oxigênio do sangue → Hipóxia dos tecidos.
● A anemia não é uma doença, e sim um sinal de que existe uma doença
● Interpretação do diagnóstico laboratorial:
➔ 06 meses – 6 anos: Hb: 11g; Ht 33%
➔ 06 anos – estirão: Hb: 11,5g; Ht 35%
➔ Estirão na mulher: Hb:12; Ht: 35%
➔ Estirão no homem: Hb: 12,5; Ht: 35%
● Anemias carenciais → secundárias a falta de um ou mais elementos imprescindíveis à
citoformação de glóbulos vermelhos. Ex.: ferro, folatos, vit. B12
● Diagnóstico: Exame de sangue Constata-se diminuição de Hb e hematócrito (para o
adolescente o valor que consideramos normais depende do momento de desenvolvimento
que ele se encontra)
ANEMIA FERROPRIVA
● O quadro de anemia é sempre proporcional a
deficiência de ferro
● O ferro não possui via de excreção; o metabolismo do
ferro ocorre em circuito fechado Excesso de ferro
acaba se depositando nos órgãos (cirrose no fígado).
● Quando há absorção de ferro, essa absorção visa
apenas recuperar o ferro perdido
➔ Perdas médias: Sexo Masculino: 1mg/dia; Sexo
femino 2mg/dia Cada menstruação perde-se
30mg de ferro
● Etapas da carência de ferro
● 1. Carência de ferro sem anemia; 2. Alterações
morfológicas das hemácias; 3. Presença de anemia 
1. Carência de ferro: gera balanço negativo de Ferro →
O ferro armazenado começa a ser utilizado; 2.
Alterações morfológicas das hemácias: Por deficiência
de ferro se tornam: hipocrômicas e microcíticas; 3.
Anemia: pode ser acentuada, moderada ou leve
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
● Causas mais comuns de carência de ferro na adolescência:
➔ Dietas pobres em ferro Mal hábito alimentar, dietas restritivas, condições
socioeconômicas
➔ Necessidade aumentada no estirão (compor massa muscular, aumento de volume
sanguíneo, massa óssea)
➔ Menarca (Desaceleração)
● Causas orgânicas (raras): hipocloridria gástrica, agentes patológicos que provocam
trânsito intestinal rápida, alergias, malformações intestinais Verminoses, podem levar
deficiência de ferro e não são tão incomuns.
● Diagnóstico de falta de ferro no adolescente:
➔ Antecedentes: histórico de infecções por repetição
➔ Inquérito alimentar: pouca ingesta de proteína, não consome alimentos derivados do
leite; IMC
➔ Se há a presença de algum sintoma que levaria a falta de ferro: fadiga, sonolência,
hipocoloração de mucosas
➔ Perda menstrual na menina: grandes volumes podem levar a falta de ferro, tempo de
duração de perda sanguínea
➔ Histórico de anemia familiar
➔ Estadiamento da maturação sexual: saber se está no estirão ou não (já que as
chances de apresentar anemia nesse período aumentam)
➔ POR ÚLTIMO: Diagnóstico laboratorial
● Sintomas do paciente com falta de ferro:
➔ Palidez
➔ Fadiga
➔ Letargia
➔ Anorexia
➔ Disfagia
➔ Glossite
➔ Estomatite
➔ Fagofagia (comer gelo)
➔ Diminuição da motilidade m.
esquelético
➔ Maior susceptibilidade a infecções
➔ Diminuição do rendimento escolar
● Investigação laboratorial:
● NENHUM exame isolado leva ao diagnóstico de deficiência de ferr
● Hb e Ht baixo + VCM baixo = Anemia por deficiência de ferro
● Hb Ht baixo + VCM normal/alto = anemia megaloblástica
● RDW: RDW alto significa hemácias muito diferentes uns dos outros
● Ferro sérico: isolado não tem valor algum (altera facilmente) → Ferro sérico baixo, vai levar
a transferrina aumentada e saturação de transferrina baixa
● Ferritina sérica normal (acima e 12): quer dizer que o paciente não vai apresentar
deficiência de ferro
● Deficiência de ferro terá: VCM baixo (indica microcitose); CHMC baixo (indica
hipocromia);ferritina sérica baixa; ferro sérico baixo; saturação de transferrina baixa
● Tratamento: Dietético e medicamentoso
a. Dietético:
● Fígado, carne vermelha, galinha ou peru cozidos Cuidado em sugerir ingestão de fígado
quando o paciente tem dislipidemia → Cozinhar o pé do frango junto do feijão (auxilia em
maior liberação de ferro no feijão)
● Ovos, Feijão, Pão enriquecido, Vegetais cozidos, Ervilhas, Cereais enriquecidos, Beterraba
(o Ferro está na folha e não na beterraba em si)
b. Medicamentoso:
● Sais ferrosos (sulfato ferroso) e Complexo férrico hidropolimatosado
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
● Dose terapêutica: 3-5mg/Kg/dia → Dose máxima 200mg Fracionada em 2/3 tomadas por
dia (tomar 30min antes da refeição e com bebida ácida → Vit. C aumenta absorção de
Ferro) Tratar até que os níveis séricose o depósito de ferro normalize ( Ferro sérico, Hb,
Ht, ferritina sérica)
● Ferro intravenoso: Só em casos graves → Transfusão de concentrado de glóbulos
vermelhos em doses de 2-3 ml/kg
● Terapêutica eficaz:
● Reticulocitose (2-10%) aos 5-10 dias de tratamento
● Aumento dos níveis de hemoglobina ( 2 g/dl) após 2-3 semanas
● Insucesso terapêutico:
● Pensar em: Diagnóstico incorreto, não adesão ao tratamento, Preparação do ferro inefetiva,
Absorção ineficiente (alergia alimentar, tomar leite após a refeição que diminui a absorção
de ferro), Perda sanguínea maior que a reposição (menarca e menstruação volumosa),
intercorrência de infecção, neoplasias
● Diagnósticos diferenciais: Síndromes talassêmicas, anemias hereditárias, anemias
deficiência crônica
ANEMIA MEGALOBLÁSTICA
● O tema comum entre as várias causas de anemia megaloblástica é um dano na síntese de
DNA que provoca alterações morfológicas distintas, incluindo precursores eritróides e
hemácias anormalmente grandes → Causa: carência de vitamina B12, ácido fólico ou
ambos
● Diagnóstico laboratorial de anemia megaloblástica:
● Hb: baixo, Ht baixo, VCM alto, CHCM normal, reticulócitos séricos baixo
● Mielograma (NÃO é um exame de rotina, se desconfia quando quer saber se há causas
genéticas na anemia): eritroblastos vão estar substituídos por megaloblastos; células de
tempka Braun (são vistos na série branca) e que os núcleos delas estarão menos maduros
que o citoplasma = patognomônico de anemia megaloblástica
➔ Anemia macrocítica → as hemácias ficam grandes → tanto o ácido fólico quanto a vitamina
B12 são essenciais para formação do núcleo celular, sua carência gera em uma inadequada
formação nuclear, porém o citoplasma eritrocitário continua a expandir aguardando a divisão
celular. Essa divisão não ocorre pois não há formação adequada do núcleo - a célula fica
com citoplasma enorme.
➔ Pancitopenia → há diminuição da formação de todas as linhagens de células sanguíneas.
Leucócitos, plaquetas e eritrócitos baixos. É um achado laboratorial da anemia
megaloblástica.
➔ Há aumento da bilirrubina indireta pois está havendo um excesso de metabolização da
protoporfirina e aumento de LDH → esses marcadores também se elevam na anemia
hemolítica. Entretanto, só há aumento de reticulose na anemia hemolítica e na anemia
megaloblástica não, portanto esse é o marcador de diferenciação diagnóstica.
Tratamento da anemia megaloblástica:
● Ao constatar que há uma anemia megaloblástica pelas alterações que iremos encontrar nos
exames requeridos (mencionados acima), precisamos diferenciar a causa da anemia
megaloblástica como sendo a deficiência de folato ou de cobalamina Se o problema for
carência de B12 damos B12, se dor B9, damos B9 Podemos até dar apenas uma porque
a outra irá corrigir a outra, no entanto se a causa for deficiência de B12 e dermos ácido
fólico, não iremos tratar as manifestações neurológicas; estaremos tratando apenas a
anemia.
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
● Anemia megaloblástica com deficiência de B12: Ciano ou hidroxicobalamina por via IM, na
dose de 1000 microgramas em dias alternados até estabilização da Hb e Ht Se houver
manifestação neurológica: dar 5000 microgramas a cada 2 semanas nos 6 primeiros meses
 Nos casos de carência de vit. B12 por anemia perniciosa (deficiência na absorção) a
manutenção é por toda a vida: 1000 microgramas por mês no primeiro ano IM e depois
5000 microgramas ao ano
● -Anemia megalobástica com deficiência de B9: administrar 1 comprimido de 5mg ao dia até
melhora de Hb e Ht, desde que o fator causal tenha sido eliminado
a.Vitamina B12:
● É utilizada na síntese de quase todas as proteínas do organismo (inclusive dos glóbulos
vermelhos) Importante para síntese da heme, proteínas e ácidos nucleicos
● Age como coenzima
● Ação dos folatos dependem da B12
● Causa de carência de vitamina B12: Principal: má absorção → Ocorre má absorção por
falta de fator intrínseco (patologias da mucosa gástrica) ou problemas de absorção intestinal
mesmo
● Quadro clínico: diagnóstico de falta de B12 é clínico
➔ Palidez progressiva
➔ Anorexia
➔ Ardor na língua (atrofia de papilas)
➔ Perturbações visuais
➔ Lesões neurológicas (se existirem deixam sequelas) -> Mielopatia simétrica e
degeneração axonal com perda da mielina Sintomas: parestesia nos pés,
depressão, irritabilidade, comprometimento de memória
● Diagnóstico laboratorial para carência de B12:
● Dosagem de cobalamina sérica vai estar baixa
● Teste de Schilling: faz o diagnóstico do déficit de absorção oral da vit. B12
b. Ácido fólico:
● Maior causador de anemia megaloblásticas
● Atua na síntese de proteínas e ácidos nucleicos
● Alimentação balanceada inclui: 600-800 mcg/dl de vitamina B9 com absorção pelo
organismo de 100 mcg/dl Estoques de 6-20mcg dura aproximadamente 4 meses
● Maior absorção ocorre no duodeno
● Fontes de Vitamina B9:
➔ Alimentos de origem vegetal (folhas verdes e frutas)
➔ Levedo
➔ Fígado ou outras proteínas de origem animal
*Obs.: o cozimento muito intenso dos alimentos podem diminuir a quantidade de vitamina
B9
● Diagnóstico de falta de ácido fólico: normalmente é clínico
● Clínico: e os sintomas são iguais aos da vitamina B12, porém não geram lesões
neurológicas
● Laboratorial: irá ser constatada a dosagem de ácido fólico sérico baixo
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
Distúrbios do crescimento
Período pré-natal
● Fatores extrínsecos → associados à saúde materna e a placenta
● Fatores intrínsecos → carga genética e integridade do sistema endócrino
Período pós-natal
● Fatores extrínsecos → acesso a nutrientes, ambiente psicossocial e acesso a medidas
preventivas de saúde.
● Fatores intrínsecos → carga genética, integridade do sistema endócrino (dependente do
hormônio de crescimento)
1. Insuficiência do crescimento (baixa estatura)
● Anamnese → importante: maturação sexual, evidências clínicas de doenças crônicas dos
sistemas e DNPM (desenvolvimento neuropsicomotor), indagar sobre uso de medicamentos
(corticoides)
● Exame físico → Inspeção geral do adolescente com atenção para: fácies; alterações das
proporções do corpo; anomalias grosseiras; alterações da forma craniana; alterações das
curvas da coluna e do esqueleto em geral.
● Antropometria → colher peso, estatura, envergadura, segmento superior → construir curva
estatural.
● Auxograma: conseguimos definir em que fase de crescimento o adolescente estará
➔ IA = Idade altura.
➔ IP = Idade peso.
➔ IC = Idade cronológica.
➔ IM = Idade mental.
➔ IG = Idade genital.
●
Critérios diagnósticos: investigar
1. Velocidade de crescimento → Tem que ser pelo menos 3 meses → pega altura de
hoje e – da altura de antes → O valor vai dar a velocidade de crescimento (ao final
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
comparamos se está normal baseado se o paciente está no estirão ou não – Homem
no estirão tem que crescer 10cm ao ano;
sem ser no estirão 5-6cm ao ano
2. Estatura atual → se estiver entre os
percentis 2.5 e 10 = hipossomia
3. Previsão da estatura final → fórmulas
Baixa estatura proporcionada ou
desproporcionada
● Verificar relação segmento superior e inferior
● Se for uma baixa estatura proporcionada é provável que ela seja constitucional/familiar;
exceto o hipotireoidismo = não há doença de esqueleto
● Se ela for desproporcionada, será muito ligada a síndromes = há doença de esqueleto
➔ Relação SS/SI diminuída = encurtamento da coluna.
➔ Relação SS/SI aumentada = encurtamento dos membros inferiores (ex. micromelia,
acondroplasia, etc.).
● Diferença envergadura-estatura = mais negativa do que o esperado (braços curtos),
pesquisar: Distúrbios primários dos ossos e cartilagens como acondroplasia ou
hipotireoidismo.
● Baixa estatura pode não estar apenas desproporcionada,mas totalmente distorcida
(presença de graves deformidades, anomalias congênitas, distúrbios metabólicos). Ex.:
osteogênese imperfeita e raquitismo.
Exames para pedir em pacientes com baixa estatura
● Raio X de punhos e mãos (ver idade óssea) → Desvios padrões normais na idade óssea:
para adolescente 1 anos a mais ou a menos; se for lactente 6 meses a mais ou a menos →
Idade óssea atrasada não tem muito significado (de qualquer forma pedir para analisar
hormônio de crescimento para ter certeza) → Idade óssea avançada é a que mais tem valor
diagnóstico para baixa estatura
● Está sempre atrasada nas baixas estaturas de causa endócrina e constitucional e
frequentemente acompanha o retardo de crescimento intra-uterino e nanismo psicossocial.
a) Baixa estatura com retardo mental
● Causas: hipotireoidismo (1º lugar), Síndrome de Down, Gargulismo, sequela de desnutrição
grave, disgenesias gonadais.
● Solicitar: Cariograma, Teste de Dorfman e Rx de esqueleto
b) Baixa estatura com obesidade
● Causas: Obesidade exógena, Mixedema (hipotireoidismo), insuficiência do GH (obesidade
predominando no tórax e abdômen + fácies de boneca + IO atrasada), excesso de
glicocorticóides/ Síndrome de Cushing (obesidade do tronco e abdômen com fácies de lua
cheia, IO atrasada - pode ser iatrogênica e endógena (hiperplasia ou tumor de adrenal)).
c) Baixa estatura com atraso da puberdade em meninas
● Investigar hipotireoidismo
● Se T4 está normal solicitar cariograma (Síndrome de Turner)
● Se T4 e TSH normais: Investigar deficiência de hormônio de crescimento; se presente:
possibilidade de tumor supra-selar (Rx crânio).
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
d) Retardo constitucional do crescimento
● Causa mais frqente de consulta por baixa estatura - predominante sexo masculino.
● O paciente demora um pouco mais para iniciar a puberdade, mas ao fazer as avaliações
NÃO há nenhuma alteração (apenas idade óssea estará um pouco atrasada)
● Analisar antecedente familiar
● Avaliar o ritmo de crescimento do paciente no momento da consulta
● As proporções corporais estão normais e o inicio da puberdade é retardado porem quando
inicia progride normalmente
● O tempo total da puberdade é prolongado, o estirão da adolescência começa mais tarde e
dura mais que a média (F: 14 anos, M: 16 anos)
● Os hormônios tireoideanos e hormônio do crescimento estão normais.
e) Baixa estatura familiar (genética) - nanismo primário
● Indivíduos cuja altura final é baixa para seu grupo etnico, mas está de acordo com a altura
da sua família
● RN pequeno para idade gestacional
● O crescimento é paralelo a curva normal, mas abaixo do terceiro percentil desde lactente
● No momento da consulta a estatura atual está bem abaixo da média, mas velocidade de
crescimento está normal e a puberdade inicia na idade habitual, mas não atinge estatura
para sua etnia
● IO normal, exames de tireoide e hormônio do crescimento normais.
f) Deficiência de hormônio do crescimento (GH)
● Peso e estatura normais ao nascimento
● Predominio no sexo masculino
● Deficiência de estatura é proporcionada → IO paralela à IA
● Dentição atrasada
● Hipoglicemia associada
● Aparência: boneca (massas musculares pouco desenvolvida, obesidade predominando em
tórax e abdômen, faces com traços finos e imaturos, cabelos ralos, voz fina e esganiçada)
● Inteligência normal
● Puberdade atrasada
● A criança pode já nascer com a deficiência do hormônio de crescimento -> Lactentes: terão
microgenitálias + hipoglicemia → Vai estar presente entre os 3-6 meses de idade,
geralmente notada entre 1 ano e meio 2 anos OU Criança adquire a deficiência do hormônio
de crescimento → baixa estatura proporcionada, idade óssea normal, mas com deficiência
no hormônio de crescimento → Ela terá curva de crescimento normal durante um tempo
(velocidade de crescimento normal), mas em dado momento ela cai na curva!
● Causas: pode ser orgânica ou idiopática → A orgânica vai estar associada a causas
neurológicas (HIC, cefaleia e vômitos), visuais (diminuição da acuidade visual, alteração de
campos visuais e papiledema), endocrinológicas (tumor intracraniano), diabetes insipidus,
falha no desenvolvimento sexual do adolescente
● Diagnóstico: Raio X de sela túrcica; tomografia; idade óssea; investigar sinais neurológicos
ou visuais; dosagem de hormônio de crescimento basal (HGH), somatomedina C (IGFB-1),
IGFBP-3; dosagem de T4, TSH, estradiol ou testosterona, gonadotrofinas
● Tratamento: administração de hormônio de crescimento humano (somatotropina 0,16-0,2
u/kg/dose IM 3x por semana) → A resposta inicial é ruim e passa a ser ótima nos primeiros
6-12 meses → Se a resposta começar a diminuir, temos que aumentar a dose
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
(0,5u/Kg/dose) ou associar oxandrolona; tratar outras deficiências hormonais caso existam
→ Normalmente encaminhamos para endócrino (atualmente o tratamento é injeção diária)
g) Nanismo por privação psicossocial
● Neste caso, a baixa estatura é devido a distúrbios emocionais e anormalidades de
comportamento
● Ocorre uma alteração de crescimento reversível com uma redução transitória da função
hipofisária → Quando o problema familiar sanar, todas as alterações fisiológicas voltam ao
normal
● Ocorre em pacientes com histórico de distúrbio de dinâmica familiar (alcoolismo, pais
separados, maus tratos, negligência)
● Peso e altura normais ao nascimento idade de início é variável (depende de quando iniciou
o problema)
● Baixa estatura será proporcionada
● Peso estará normal ou baixo em relação a altura
● Distúrbios de comportamento
● Idade óssea atrasada
● GH diminuído
● Tratamento: Hospitalização inicial Lar adotivo + psicoterapia OU volta ao lar de origem
após intenso trabalho psicoterápico dos pacientes e familiares
2. Crescimento excessivo (gigantismo)
a. Excesso de hormônio de crescimento:
● É raro
● Estatura muito acima da média e velocidade de crescimento acelerada
● Crescimento de mandíbulas, mãos e pés
● Visão prejudicada
● Tipos: síndrome de Marfan (hereditária), autossômica e dominante Gigantismo cerebral
(=síndrome de soto)
b. Constitucional:
● Pais altos
● Característica clínica: Altura acima da média, Curva de crescimento paralela à normal,
Proporções corporais normais, Idade óssea normal
Distúrbios menstruais na adolescência
Ciclo Menstrual
Ciclo menstrual normal
● Menarca: designa a primeira menstruação
● Geralmente, ocorre cerca de 2,5 anos após o início do desenvolvimento mamário (M2) e
durante o estágio M4 do desenvolvimento de Tanner → acontecendo de 6 a 12 meses após
o pico de crescimento estatural.
● No Brasil ocorre com idade média de 12,2 (variando dos 9 a 16 anos).
● Qualquer sinal notável de sangramento é suficiente para ser considerado como menarca.
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
● Os ciclos menstruais durante os 2 primeiros anos após a menarca são frequentemente
irregulares e anovulatórios (50% a 80%), devido a imaturidade do eixo HHO
(hipotálamo-hipófise-ovário), podendo levar de 1 a 5 anos para amadurecer.
● Comum o encontro, desse período de ciclos menstruais a cada 3 a 4 meses e de curta
duração, sem significado patológico.
● Período necessário para que o eixo HHO amadurecer varia de 1 a 5 anos.
● Deve-se descartar fatores de base orgânica como distúrbios tireoidianos, afecções tumorais
do eixo HHO, doenças metabólicas e transtornos de ordem genética.
Ciclo menstrual anormal
● Causas:
● Fatores relacionados a irregularidades menstruais por disfunção hipotalâmica
● Fator nutricional: Perda ou ganho excessivo de peso (ex: comum anorexia).
● Exercício físico intenso: pode levar a Anovulação crônica por alterações na liberação de
GnRH
● Situações de estresse: SNC estimula o hipotálamo e pode interferir no funcionamentoda
hipófise.
● Mudança de ambiente: mudanças bruscas podem levar a irregularidade menstrual.
● Medicamentos: anticoncepcionais ou outros hormônios.
● Doenças sistêmicas: DRC, endocrinopatias, infecções, doenças hepáticas; podem causar
disfunção na menstruação // os tumores estão relacionados as causas de amenorréias
hipotalâmicas
● Agentes quimioterápicos e exposição à radiação: mostarda nitrogenada, bissulfeto,
ciclofosfamida.
Classificação das irregularidades
Ausência de ciclos = amenorreia:
● Amenorreia primária: NUNCA menstruou → é ausência de menarca aos 16 anos com
desenvolvimento puberal normal; 14 anos sem o desenvolvimento puberal (deve ocorrer
entre 9-13 anos); após 2 anos de maturação sexual completa (já está em M5)
● Amenorreia secundária: JÁ menstruou e para de menstruar (investigar antes gravidez) é
ausência de menstruação por 3 ciclos com paciente com oligomenorreia; por 6 meses após
estabilização de ciclos regulares; 18 meses após menarca
Referente aos intervalos
● Polimenorréia: ciclos com intervalos menores de 21 dias
● Oligomenorréia: ciclos com intervalos maiores de 35 dias
● Espanomenorreia: ciclos com intervalos maiores que 45-60 dias
Referente a quantidade
● Hipermenorreia: fluxo durando > 8 dias
● Menorragia: Sangramento uterino abundante (>80ml = mais do que 6 absorventes/ dia)
● Metrorragia: sangramento com intervalos irregulares, prolongados, protusos
● Hipomenorreia: fluxo durando < 3 dias
Sintomas subjetivos
● Dismenorreia: menstruação dolorosa → cólica menstrual, TPM
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
Pseudodistúrbios menstruais
● Dor ovulatória: dor pélvica no meio do ciclo que dura 2min à 2 dias → Ocorre quando ocorre
a ovulação (dor aguda e em pontada)
● Pequenos sangramentos genitais: sangramento no meio do ciclo que ocorre devido a
ruptura folicular
Amenorreias
● Ocorre por produção insuficiente de: GnRH, LH, FSH, esteróides ovarianos (progesterona
e estrogênio) que leva a um estado hipotrófico endometrial e amenorreia
● Principais causas:
➔ Síndromes Kallman (síndrome genética) → migração anormal dos neurônios produtores
de GnRH (associados a distúrbios da placa olfatória – hiposmia, anosmia)
➔ Histiocitose e Sarcoidose: comprometimento hipotalâmico e secreção insuficiente do LH
e FSH.
➔ Tumores hipotalâmicos hipofisários: efeitos invasivos do tumor ou secundários a lesões
do tratamento.
➔ Alterações da diferenciação hipofisária.
➔ Desnutrição: anorexia nervosa associada a amenorreia
➔ Síndrome dos ovários policísticos: induz ao aspecto multicístico observado na região
periférica dos ovários e produção exagerada de andrógenos pelas células da teca
ovariana. Isso induz a virilização e a presença de irregularidade menstrual ou
amenorréia.
➔ Disgenesia gonadal: anormalidade dos genes do braço curto do cromossomo X
determina quadro de involução precoce folicular e atrofia ovariana.
➔ Defeitos da esteroidogênese ovariana: a deficiência de algumas enzimas determina
menor produção de esteróides ovarianos e ocasionalmente hipogonadismo primário.
➔ Ooforite autoimune: falência ovariana (raro na adolescência).
➔ Mutações gênicas relacionadas ao eixo hipotalâmico hipofisário gonadal.
● Características clínicas:
➔ Ausência de características sexuais secundárias → isso leva a produção insuficiente
de estradiol, o que leva a amenorréia
➔ Problemas no eixo hipotálamo-hipófise precoce: alterações no olfato, malformações na
linha médio craniana, sinais de HIC, história de traumatismo ou irradiação do SNC,
➔ Poliúria ou galactorréia
➔ Disgenesias gonadais e insuficiência hipofisária → Leva a atraso da manifestação
puberal múltipla
➔ Anormalidades anatômicas do trato genital → Leva a presença de caracteres puberais
+ estágio 4-5 de tanner + amenorréia primária
➔ Amenorreia secundária → normalmente causadas por EF intenso, desnutrição,
obesidade, anticoncepcional
● Quais exames pedir?
➔ Raio x de mãos e punhos: trazer idade óssea e grau de maturação do eixo HH
➔ Teste de estímulo com GnRH para detecção de insuficiência gonadotrófica hipofisária
→ Se houver alguma alteração hormonal, encaminhar para o endócrino
➔ TC e RM → afastar causas centrais (tumores de sela túrcica)
➔ Obtenção de DNA → estudos de genes
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
● Tratamento:
➔ Substituição de estrogênio e progesterona
➔ Tratamento com GnRH, quando identificar esta deficiência
➔ OBS: Amenorreia primária: está tudo desenvolvimento (desenvolvimento puberal OK) e
não há alteração hormonal → Encaminhar para o gineco, pois pode ser uma alteração
anatômica
TPM
● São sintomas físicos e emocionais que ocorre repetidamente de forma cíclica durante 7-10
dias que antecede o período menstrual e que desaparece após 2 dias do início do fluxo →
sinais e sintomas devem ocorrer na fase lútea, de forma que na fase folicular não há
sintomas = deve haver pelo menos 7 dias livre de sintomas dentro de cada ciclo
● Deve haver presença de pelo menos 5 sintomas → UM dele PELO menos deve ser
emocional e estes sintomas devem alterar a vida
Quadro clínico (sintomas)
● Psicológicos: ansiedade, depressão, irritabilidade, amplas modificações de humor, apetite
aumentado, agressão, letargia ou fadiga, esquecimento, concentração reduzida, distúrbios
do sono, fobias.
● Físicos: timpanismo abdominal, ingurgitamento e dor nas mamas, edema, aumento de
peso, constipação, ondas de calor, cefaleia, acne, rinite, palpitações.
● Condutas terapêuticas:
➔ Mudança do estilo de vida
➔ Dieta (diminuir açúcar e carboidrato)
➔ EF -entrar com vitamin B6 (melhora humor)
➔ Suplementação de progesterona
➔ Anticoncepcional
➔ Diuréticos
➔ Inibidores de prostaglandina
Dismenorreia
● É uma menstruação dolorosa. É um distúrbio ginecológico mais comum na adolescência
● Classificação:
● Dismenorreia primária: É a cólica uterina associada ao fluxo menstrual, sem nenhuma
evidência pélvica orgânica → Início de 6-12 meses após a menarca (mais comum em
adolescentes) → A dor é em região pélvica, lombar e coxas. Podem ter sintomas
gastrointestinais, cefaléia, fadiga, irritabilidade → Mais comum em nulípara (Adolescente) →
Tratamento: AINES (começar no primeiro sinal da menstruação – sangramento e não veio
dor ainda), bolsa de água quente (causas moderadas)
● Dismenorreia secundária (Adquirida): já menstruava e iniciou → É a cólica uterina menstrual
com presença de doença pélvica orgânica → Mais comum é a endometriose (RARO na
adc)
Sangramento uterino disfuncional (SUD)
● Muito comum na adc, nos primeiros 2-3 anos após a menarca → É o sangramento
endometrial anormal, sem nenhuma patologia pélvica estrutural
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
● Etiologia: Anovulação da adc Manifestações clínicas: -Ciclos hipermenorrágicos,
polimenorréia, metrorragia, manchas menstruais, sangramento periovulatório
● Obs: Olhar essas pacientes de perto por risco de anemia
● Exames:
● Sinais vitais ortostáticos (exame físico): Pulso, PA, perfusão, palidez
● Exame pélvico: recomendável para toda paciente que apresenta sangramento uterino
disfuncional
● Exame especular: detecta corpo estranho, traumatismo e coleta de amostra laboratorial.
Obesidade
● Aumento de peso e gordura corpórea está relacionado a mudança no estilo de vida da
população mundial.
● Há o aumento da prevalência da obesidade em países desenvolvidos e em
desenvolvimento
● Há um importante crescimento da obesidade entre crianças em idade escolar.
● Obesidade na infância frequentemente persiste no adolescente → 80% dos adolescentes
obesos serão adultos obesos.
● Acúmulo excessivo de gorduras corporais, associada a problemas de saúde, ou seja, que
traz prejuízos à saúde do indivíduo.
● IMC (índice de massa corporal) = acima do percentual de 85 = índice universal que
representaexcesso de gordura corpórea.
Diagnóstico diferencial
● Exógena:
➔ Crescimento normal
➔ Exame físico normal
● Endógena:
➔ Endocrinologia:
1. S. Frohlich (rara)
2. Pseudo-Hipoparatireoidismo
3. Hipotireoidismo
4. S. Cushing
➔ Genética:
1. S. Laurence-Moon – Biedl
2. S. Prader – Willi
Exame Físico
● Inspeção:
➔ Distribuição de gordura
➔ Estrutura óssea
➔ Musculatura
➔ Gordura localizada
➔ Pele, turgor e estrias
➔ Hirsutismo, pigmentação e genitália
● Mensurações:
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
➔ Perímetro cefálico
➔ Perímetro torácico e pélvico
➔ Circunferência abdominal, quadril.
➔ Distância púbis chão
➔ Estatura comparada à envergadura
● Fatores de risco:
➔ Obesidade familiar (1 ou 2 pais obesos)
➔ Hábito pessoal ou familiar de se alimentar em excesso.
➔ Padrões alimentares tais como 1 ou 2 refeições enormes ao dia, fome noturna
seguida de inapetência matutina.
➔ Dar maior importância a aparência do alimento e/ou sabor do que a fome
propriamente dita.
➔ Vida sedentária.
● Exames laboratoriais de rotina:
➔ Hemograma, colesterol, triglicérides, ácido úrico, glicemia de jejum, glicemia 2 horas
após a refeição, dosagem de insulina sérica, idade óssea.
● Outras avaliações do exame físico:
➔ Exame neurológico e exame fundo de olho
➔ Pressão sanguínea em duas posições
➔ Exame de genitália
● Identificar problemas psicológicos que frequentemente acometem os obesos:
➔ Isolamento social
➔ Dependência
➔ Imaturidade
➔ Depressão
➔ Ansiedade
➔ Baixo autoestima
➔ Autoimagem negativa
Complicações da obesidade
● Resistência insulínica
● Síndrome metabólica
● Diabetes Mellitus T2
● Doença cardiovascular
● Obesidade visceral
● Intolerância à glicose
● Hipertensão arterial
Síndrome metabólica
● Prevalência → População eutrófica = 4,2% e População obesa: 30 a 50%
● Critérios de diagnóstico (para crianças e adolescentes) = presença de 3 dos 5 critérios a
seguir. AHA (American Heart Association) (idade de 12 a 19 anos):
1. Cintura ≥ p90 para idade, sexo e etnia
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
2. Triglicérides ≥ 110 mg/dl
3. HDL colesterol ≤ P10 para raça e sexo
4. Glicemia de jejum ≥ 100 mg/dl
5. Pressão arterial ≥ P90 para idade, sexo e altura
● Terapêutica
➔ Prevenção e controle da obesidade
➔ Medidas específicas para os componentes da síndrome
Diabetes Mellitus tipo 2
● Fator de Risco:
➔ Baixo peso ao nascer + predisposição genética = mais suscetíveis a resistência
insulínica e reserva insuficiente células β.
➔ Adolescência: há resistência fisiológica à insulina.
● Redução de peso = prioridade.
● Abordagem por equipe multiprofissional (incluindo abordagem familiar)
● Mudanças:
➔ Padrão alimentar
➔ Diminuição de horas de uso da televisão ou computador
➔ Atividade física com exercícios aeróbicos
● Risco está associado:
➔ História familiar positiva em parentes de 1º e 2º graus
➔ Grupos étnicos (hispânicos, japoneses, africanos e afro-americanos)
➔ Presença de sinais de resistência à insulina
➔ Hipertensão
➔ Dislipidemias
➔ Acantosis nigricans
➔ Ovários policísticos
● Tratamento: Quando necessário: administração de biguanidas (metformina).
Consequências da obesidade
● Hiperandrogenismo e manifestações puberais ⇒ Obesidade exógena / maturação –
crescimento = desencadeamento da puberdade mais cedo.
● Resistência insulínica (devido ao aumento da adiposidade central → hiperinsulinemia
compensatória). A resistência insulínica pode causar os seguintes eventos:
➔ Adrenarca precoce (pelos pubianos, acne, dor)
➔ Diminuição das proteínas ligadoras de esteróides sexuais (esteróides ficam livre na corrente
sanguínea)
➔ Aumento da produção de andrógenos nas meninas
➔ Aumento da atividade da aromatase nas células adiposas - converte andrógenos em
estrógenos
➔ Aumento da produção da leptina
Terapêutica
● Aumento da atividade física;
● Redução da ingestão calórica;
● Modificação do comportamento em relação à alimentação.
● Encaminhar ao psicólogo e/ou psiquiatra quando necessário
Saúde do Adolescente - RESUMO P1 Rafaela Pelloi
Pontos importantes
● Dieta da moda = podem ter efeitos transitórios, mas fracassam a longo prazo;
● Drogas: anorexígenas, diuréticos, laxantes e hormônios = todos condenados;
● Exercícios aeróbicos = estimulados;
● Diminuir o tempo de assistir televisão, conversas ao telefone, andar de carro e elevador;
● Dietas = restrições severas são irrealistas e podem prejudicar o crescimento.

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