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⤹ Síndrome clínica com acometimento multissistêmico causada por disfunção cardíaca, tanto sistólica (ejeção) quanto diastólica (relaxamento ⤹ Diferentes estudos apontam o perfil predominante dos pacientes ⤹ Idade acima de 60 anos ⤹ Sexo feminino ⤹ Mais da metade dos pacientes possui histórico de doença arterial coronariana ⤹ No Brasil, em torno de 26% já apresentaram infarto prévio ⤹ 70% são hipertensos e 27 - 44% diabéticos ⤹ Os 3 principais determinantes do volume sistólico são a pré-carga (retorno venoso e volume diastólico final), com a contratilidade miocárdica (a força gerada em qualquer dado volume diastólico final) e a pós-carga (impedância aórtica e estresse de parede) ⤹ A redução do débito cardíaco compromete a perfusão sistêmica e consequente diminuição de chegada de oxigênio aos tecidos, assim as células aumentam o metabolismo anaeróbico, levando a acidose metabólica. ⤹ Com a contratilidade miocárdica deprimida, a inclinação da relação entre o comprimento da fibra miocárdica e a força desenvolvida é reduzida. A consequência clínica da disfunção sistólica e insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida ⤹ Hipertensão Arterial ⤹ Doença Coronariana ⤹ Miocardiopatias ⤹ Doença de Chagas ⤹ Doença Orovalvar ⤹ A forma elipsoide da cavidade é substituída por um formato esférico, com prejuízo da performance ventricular ⤹ Perda de massa miocárdica associada à dilatação e/ou hipertrofia compensatória de VE ⤹ Resposta compensatória através de ativação neuro-hormonal. Provoca cardiotoxicidade e necessita de bloqueio farmacológico ⤹ A alteração na forma e função do miócito, além da degeneração e fibrose intersticial, ocasionadas pela ativação neuro-hormonal, resulta no remodelamento cardíaco ⤹ A insuficiência cardíaca pode ser dividida em alguns estágios, de acordo com a progressão da doença. Isso permite ao profissional de saúde reconhecer o momento evolutivo da doença em que o paciente se encontra, avaliar qualidade de vida e prognóstico e estabelecer prioridades e linhas terapêuticas. Também é um apoio para a identificação de pacientes com indicação de intervenções predominantemente preventivas ⤹ Dispneia aos esforços ⤹ Fadiga ⤹ DPN, ortopneia ⤹ Edema ⤹ Idosos e obesos: dificulta o diagnóstico ⤹ Os critérios de Framingham Heart Study têm uma sensibilidade de 100% e uma especificidade de 78% para identificação de pessoas com insuficiência cardíaca ⤹ De acordo com os critérios de Framingham, o diagnóstico de IC requer a presença simultânea de pelo menos dois critérios maiores ou um critério maior em conjunto com dois critérios menores ⤹ Os critérios de Boston para o diagnóstico de insuficiência cardíaca estabelecem uma pontuação em torno de três categorias: história clínica, exame físico e radiografia de tórax ⤹ Critérios menores ➝ edema de tornozelos, tosse noturna, dispneia aos esforços, hepatomegalia, derrame pleural e taquicardia (FC > 120 bpm); ⤹ Critérios maiores ➝ DPN, turgência de jugular, estertores, cardiomegalia, B3 (galope), PVC > 16 cmH2O, refluxo hepatojugular, edema agudo de pulmão e ganho importante de peso ⤹ Dispneia de decúbito (ortopneia) ➝ resultado da congestão pulmonar causada pelo retorno venoso aumentado, oriundo dos membros inferiores e do leito esplâncnico ⤹ Dispneia de esforço ➝ a evolução da dispneia de esforço da IC esquerda caracteriza-se por rápida progressão, passando dos grandes aos pequenos esforços em um curto período de tempo. ⤹ Dispneia paroxística noturna ➝ também conhecido como asma cardíaca. ⤹ Dispneia periódica ou de Cheyne-Stokes ➝ alternância de períodos de apneia, seguidos por hiperpnéia crescente e decrescente, até a instalação de nova apneia, e, assim, sucessivamente, ⤹ Neuro-hormônio cardíaco liberado pelos ventrículos em resposta ao estresse da parede por volume, pressão ou aumento. diagnóstico e prognóstico da IC ⤹ A média de concentração aumenta do estágio A (35pg/mI) até o estágio D (353 pg/ml). Considera-se como valor de corte 100 pg/ml para descarte do diagnóstico de IC; ⤹ Exame determinante no diagnóstico diferencial entre a dispneia cardiogênica daquela de natureza pulmonar; ⤹ Na insuficiência cardíaca diastólica a contração miocárdica é normal com FE ≥ 50%, porém existe uma grave restrição patológica ao enchimento da cavidade ventricular na diástole: ⤹ O resultado final é a elevação nas pressões de enchimento e aumento da pressão venocapilar (congestão); ⤹ Representa 50% dos casos de IC. È mais prevalente entre as mulheres, idosos, portadores de HAS, HVE, diabetes, obesidade, doença coronária e fibrilação atrial (FA) ⤹ Resulta da perda contrátil do miocárdio, com dilatação ventricular e redução da Fração de Ejeção (FE) ⤹ Principais Causas ➝ IAM e miocardiopatias ⤹ Taquidispneia e taquipneia ⤹ Sinais de congestão ➝ Hepatomegalia, edema de MMII, ascite, estase jugular a 45°, reflexo hepatojugular positivo ⤹ A ausculta pulmonar ➝ Estertores crepitantes bilateralmente ou murmúrio vesicular diminuído em bases (sugestivo de derrame pleural) ⤹ À ausculta cardíaca, pode haver sopros, em geral regurgitantes devido à insuficiência mitral secundária à dilatação ventricular. Pode apresentar bulhas patológicas, como B3, que sugere IC sistólica ⤹ Importante o acompanhamento do peso para avaliar a resposta terapêutica, em especial nos pacientes com sobrecarga volêmica. ⤹ Exame físico rigoroso ⤹ História minuciosa ⤹ Exames complementares OS PACIENTES PODEM SER CLASSIFICADOS ENTRE 4 QUADRANTES ⤹ Quente-úmido ➝ Pacientes congestos sem baixo débito ⤹ Frio-úmido ➝ Pacientes congestos com baixo débito ⤹ Frio-seco ➝ Pacientes sem sinais de congestão com baixo débito ⤹ Quente-seco ➝ Pacientes sem sinais de congestão ou de baixo débitos (pacientes compensados) ⤹ Etiologia da miocardiopatia (D. Chagas, Mioc. Isquêmica) ⤹ Classe funcional ⤹ FC em repouso ⤹ Presença de B3 ⤹ Tamanho da cavidade ventricular ⤹ Hipotensão arterial ⤹ TV ⤹ Frequência de arritmias ventriculares ⤹ Períodos de assistolia ⤹ FA / Flutter ⤹ Inadequação terapêutica ⤹ Baixa adesão ao tratamento ⤹ Isquemia miocárdica ⤹ Hipertensão arterial ⤹ Arritmia ⤹ Tromboembolismo pulmonar ⤹ Quadro infeccioso pulmonar/sistêmico ⤹ Anemia, febre, hipotireodismo, hipertireodismo ⤹ Insuficiência renal ⤹ Interação de fármacos ⤹ Gestação ⤹ Endocardite infecciosa ⤹ Stress físico e emocional ⤹ Tabagismo ⤹ Piora regurgitação mitral ou tricúspide ⤹ O objetivo do tratamento da IC é aumentar a cardioproteção e a nefroproteção, com redução da piora da função cardíaca ao longo dos anos ⤹ Os objetivos hemodinâmicos consistem em reduzir as pressões de enchimento e otimizar o débito cardíaco, com menor tempo de hospitalização e necessidade de rehospitalização ⤹ A síndrome cardiorrenal pode ser resultado de IC aguda ou mesmo crônica e se caracteriza por injúria renal, com elevação importante dos níveis séricos de creatinina ( ≥ 0,3 mg /Dl) ⤹ IECA/BRA (hipotensão e hiponatremia) ⤹ Betabloqueadores (baixa dose inicial) ⤹ Antagonista da aldosterona (classe III ou IV da NYHA com FE de VE < 35% ⤹ Diurético (síndrome cardiorrenal / aumento da tolerância ao diurético) ⤹ Digitálico (considerar adequação terapêutica ⤹ Inotrópicos (avaliação de desmame) ⤹ Controle hidrossalino ⤹ Otimização do gasto energético ⤹ Vacinação ⤹ Adesão ao tratamento farmacológico ⤹ Monitoramento do ganho de peso (edema, caquexia cardíaca/ paradoxo da obesidade) ⤹ Clínicas de IC ⤹ Reconhecimento precoce de piora clínica ⤹ Dispositivo circulatório mecânico ⤹ Cirurgias corretivas ⤹ Transplantes cardíacos APÓS CONFIRMAÇÃO DIAGNÓSTICA ⤹ É uma IC com fração de ejeção reduzida (sistólica) ou com fração preservada (diastólica)? ⤹ E uma IC aguda nova ou uma IC já previamente conhecida (crônica descompensada)? ⤹ Qual o fator causal (etiologia)? ⤹ Qual foi a Causa que levou à descompensação? ⤹ Qual o perfil hemodinâmico na admissão? ⤹ Qual o perfil de risco deste paciente? ⤹ A avaliação de enfermagem do paciente com IC enfoca o acompanhamento da efetividade do tratamento e a capacidade deste em compreendere implementar as estratégias de adesão e autocuidado ⤹ Os sinais e sintomas de sobrecarga hídrica pulmonar e sistêmica deverão ser relatado imediatamente ⤹ O enfermeiro também deve explorar a resposta emocional do paciente ao diagnóstico de IC, visto que se trata de uma condição crônica e frequentemente progressiva, ⤹ Dispneia ⤹ Falta de ar ⤹ Fadiga ⤹ Edema ⤹ Distúrbios do sono ⤹ Exame físico: ausculta pulmonar ausculta cardíaca, nível de consciência, examinar extremidades (perfusão e edema), exame do abdome (fígado), peso, detectar oligúria ou anúria. ⤹ Compreensão do paciente sobre a IC: medidas farmacológicas e não farmacológicas ⤹ Intolerância à atividade e fadiga relacionada com a diminuição do débito cardíaco ⤹ Volume de líquidos excessivo relacionado com a síndrome de insuficiência cardíaca ⤹ Ansiedade relacionada com a falta de ar provocada pela oxigenação inadequada (estressores) ⤹ Sentimento de Impotência relacionada com a doença crônica e as hospitalizações (regime de tratamento complexo) ⤹ Manutenção ineficaz da saúde relacionada com a falta de conhecimento, estratégias de enfrentamento ineficazes. ⤹ Hipotensão arterial, perfusão deficiente e choque cardiogênico; ⤹ Arritmias; ⤹ Tromboembolia; ⤹ Derrame pericárdico e tamponamento cardíaco. ⤹ Otimizar atividade e reduzir a fadiga; ⤹ Aliviar os sintomas de sobrecarga hídrica; ⤹ Diminuir a ansiedade ou aumentar a capacidade do paciente em controlá-la; ⤹ Incentivar o paciente a verbalizar sua capacidade de tomar decisões e influenciar os resultados; ⤹ Estimular a adesão e autocuidado. PROMOÇÃO DA TOLERÂNCIA À ATIVIDADE ⤹ Observar o repouso se os sintomas forem graves, mas deve, de outro modo, assumir uma atividade regular ⤹ Identificar as barreiras passíveis de limitar a capacidade na realização de uma atividade e discutir os métodos para ajustar o ritmo dessa atividade (p. ex., cortar ou descascar vegetais enquanto sentado à mesa da cozinha, em vez de permanecer em pé). REDUÇÃO DA FADIGA ⤹ Observar que as refeições em pequenas quantidades e frequentes tendem a diminuir a quantidade de energia necessária à digestão, enquanto proporcionam nutrição adequada CONTROLE DO VOLUME DE LÍQUIDOS ⤹ Priorizar a administração de diuréticos prescritos no início da manhã, de modo que a diurese não interfira no repouso noturno ⤹ Orientar a adesão de uma dieta com baixo teor de sódio, lendo os rótulos dos alimentos e evitando alimentos comercialmente preparados ⤹ Manter controle da ingesta hídrica, com registro comparativo entre volume ingerido e volume eliminado (diurese), ORIENTAÇÃO DO CLIENTE SOBRE AUTOCUIDADO ⤹ Fornecer orientação e envolver o cliente na implementação do esquema terapêutico de natureza farmacológica e não farmacológica; ⤹ Apoiar o cliente e sua família, incentivando-os a fazer perguntas, de modo que as dúvidas possam ser esclarecidas; ⤹ Adaptar o plano de cuidados de acordo com os fatores culturais e letramento em saúde RESULTADOS ESPERADOS ⤹ Demonstra tolerância para a atividade desejada, ⤹ Mantém o equilíbrio hídrico ⤹ Apresenta redução da ansiedade ⤹ Toma decisões apropriadas em relação ao cuidado e ao tratamento ⤹ Adere ao esquema de autocuidado
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