Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Níveis de avaliação na área de RH Donald Kirkpatrick Donald Kirkpatrick que, em 1959, estabeleceu as bases de um modelo de avaliação, se destacou pela coerência e pelo rigor da sua abordagem sistêmica da formação (integrada nos processos da empresa). Conheça os quatro níveis: Avaliação de Reação O primeiro nível da avaliação de Kirkpatrick possui três dimensões: •A satisfação do cliente, •A relevância •E seu engajamento. Isto é, a percepção do colaborador (cliente) quanto ao curso, o conteúdo e ao que espera do treinamento é o que deve guiar o projeto. Por isso, nesta etapa, é indicado que seja realizada uma mensuração, qualitativa e quantitativa, sobre as percepções de aprendizagem, respondendo à pergunta: o que eles pensam e como se sentem quanto ao treinamento? Avaliação de Aprendizagem No segundo nível, Kirkpatrick instrui a avaliar se o colaborador realmente aprendeu com o treinamento, se ele adquiriu conhecimento, habilidades e atitudes planejadas. Contudo, avaliar o que foi aprendido nem sempre é fácil. Nesse sentido, é interessante traçar uma curva de aprendizado, definindo metas e comparando a evolução. Aqui, portanto, devemos entender o resultado em termos de novos conhecimentos e/ou capacidades. Na prática, um dos métodos mais eficazes para reforçar o aprendizado é estabelecer uma rotina para que os colaboradores possam compartilhar os materiais de treinamento e a experiência de aprendizado após o retorno. É uma maneira de garantir que as pessoas que participam do treinamento dos funcionários gastem uma quantidade significativa de tempo compreendendo e aplicando o material. Uma das melhores medidas de aprendizado é a capacidade de ensinar aos outros. Avaliação de Comportamento No terceiro nível, avaliamos o comportamento do colaborador treinado. Há uma mudança de comportamento e evolução de suas capacidades? Para conseguir avaliar essa mudança de comportamento, recomenda-se observar e entrevistar o profissional ao longo do tempo. Este processo deve envolver o superior direto e gestores de outras áreas, facilitando a coleta de feedbacks e, claro, sinais de que o treinamento está surtindo resultados na prática ou não. Contudo, Kirkpatrick ressalta que a empresa deve continuar executando seu papel, reforçando, apoiando, monitorando e recompensando as demonstrações de evolução. Alguns elementos são fundamentais, como: • O colaborador precisa estar engajado e ter o desejo de melhoria; • A empresa precisa fornecer acesso fácil a ferramentas e conteúdo; • O ambiente e a cultura da empresa devem ser em prol do aprendizado; • Deve haver algum tipo de premiação ou recompensa ao colaborador. O líder precisa entender que uma curva de aprendizado está envolvida em todas as tentativas de aplicar o treinamento no trabalho. A pessoa que participou do treinamento precisa de tempo para que as novas ideias, habilidades ou pensamentos sejam absorvidos ou assimilados e conectados ao que eles já sabem e acreditam. Por isso, estabelecer e acompanhar o Plano de Desenvolvimento Individual (PDI) é uma boa prática para o líder poder ajudar o indivíduo a avaliar o seu progresso e fornecer a assistência necessária. Avaliação de Resultados Por último, está a etapa de avaliação de resultados. Aqui, deveremos observar os efeitos alcançados em termos de negócios, bem como os conhecimentos e capacidades adquiridas pelo colaborador. Neste sentido, é extremamente importante ter os indicadores que devem ser mensurados para que, ao final de um treinamento, seja possível analisar se ele cumpriu ou não com os objetivos propostos. A importância de ter treinamento e desenvolvimento (T&D) na empresa Internalizar um projeto estruturado de treinamento e desenvolvimento na empresa traz benefícios para todos, desde o colaborador mais antigo, até o recém integrado e, claro, para a empresa que renova os conhecimentos da equipe e se torna mais competitiva. Abaixo, destacamos alguns os principais benefícios. Benefícios do Treinamento e Desenvolvimento (T&D): • Aumento da produtividade: com maior capacidade para desenvolver suas atividades, o profissional maximiza a qualidade do seu trabalho e reduz os erros e possíveis retrabalhos, aumentando a produtividade. • Satisfação com o trabalho: a oportunidade de crescimento contínuo e desenvolvimento de habilidades de aprimoramento profissional e na carreira é um dos fatores essenciais para a felicidade e satisfação de um colaborador com seu trabalho. Normalmente, o quesito treinamento e desenvolvimento aparece como um dos itens mais importantes em pesquisas de clima organizacional. • Diminuição da Rotatividade: colaborador que recebe capacitação sente-se mais motivado, o que diminui as chances de pedido de desligamento, diminuindo os índices de rotatividade. • Colaborador mais comprometido: sentindo-se mais seguro em relação ao seu trabalho, o colaborador passa a ter mais comprometimento com suas atividades e responsabilidades, entregando resultados com maior qualidade. • Redução de custos: a redução de custos é um dos benefícios mais latentes do treinamento e desenvolvimento, visto que seu reflexo pode ser visto em diversos aspectos, como no aumento da produtividade, na diminuição da rotatividade, no aumento do engajamento, como já citamos acima. Tudo isso impacta na redução de custos e melhor aproveitamento dos recursos pela empresa. • Melhoria no clima organizacional: quando o colaborador recebe treinamento e entende suas responsabilidades no processo de uma organização, sente-se parte integrante de uma equipe, o que torna o clima do ambiente de trabalho mais agradável e harmônico. • Produtos e Serviços mais qualificados: um dos principais objetivos do treinamento e desenvolvimento é colher este resultado: a qualificação das entregas da organização. Por isso, este é mais um dos benefícios que um projeto sólido e bem estruturado pode trazer à empresa. • Aumento da competividade: como consequência, a empresa que contará com profissionais mais qualificados, engajados, ativos e responsáveis, pode se tornar ainda mais competitiva no mercado, já que fará entregas diferenciadas aos seus clientes. Qual o papel do RH em um plano de treinamento e desenvolvimento? Em todo processo de treinamento e desenvolvimento, os profissionais de Recursos Humanos são peças-chave. Normalmente, a cultura de treinar e desenvolver profissionais emerge dos setores de RHs das corporações, já que são os responsáveis pela contratação de novos talentos e formação das equipes. Nesta perspectiva, percebemos o quão estratégico o setor de RH deve ser para a organização. E, para que faça um bom trabalho, precisam estar sempre de olho nas novas tendências do mercado, em ferramentas que auxiliem no planejamento, na execução e na avaliação dos resultados. Para isso, além de contar com um sistema que gerencie esse treinamento e desenvolvimento... o RH pode investir em um plano de carreira e de cargos e salários; pode incentivar a educação por meio de cursos específicos para cada área; deve manter a sintonia com os gestores da empresa; entender as competências organizacionais e dar feedbacks constantes. Referências Bibliográficas: Silva. Da Andréia e Perini. Morgana Disponível em: Treinamento: o que é, como fazer, quais as etapas e diferenças (metadados.com.br) https://www.metadados.com.br/blog/treinamento-e-desenvolvimento/ https://www.metadados.com.br/blog/treinamento-e-desenvolvimento/ Donald Kirkpatrick Avaliação de Reação Avaliação de Aprendizagem Avaliação de Comportamento Avaliação de Resultados A importância de ter treinamento e desenvolvimento (T&D) na empresa Benefícios do Treinamento e Desenvolvimento (T&D): Qual o papel do RH em um plano de treinamento e desenvolvimento?
Compartilhar