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A queda do Homem, o Pecado e o Castigo Desse. Um comentário do Capítulo VI da Confissão de Fé Batista de 1689 - Gary Marble


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UM COMENTÁRIO DA CONFISSÃO DE FÉ 
BATISTA DE 1689, POR GARY MARBLE 
 
 
 
CAPÍTULO 6, 
SOBRE A QUEDA DO HOMEM, 
O PECADO E O CASTIGO DESSE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Issuu.com/oEstandarteDeCristo 
 
 
Traduzido do original em Inglês 
A Layman’s Commentary of the 1689/1677 Second London Baptist Confession of Faith 
By Gary Marble 
 
 
Este volume é composto do Capítulo 6, 
Sobre a Queda do Homem, o Pecado e o Castigo Desse, da obra supracitada 
 
 
 
Tradução e Capa por William Teixeira 
Revisão por Camila Almeida 
 
 
 
 
1ª Edição: Dezembro de 2015 
 
 
 
Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida 
Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil. 
 
 
Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a graciosa 
permissão do autor, Gary Marble (1689Commentary.org), sob a licença Creative Commons 
Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License. 
 
Você está autorizado e incentivado a reproduzir e/ou distribuir este material em qualquer formato, 
desde que informe o autor, as fontes originais e o tradutor, e que também não altere o seu conteúdo 
nem o utilize para quaisquer fins comerciais. 
 
 
 
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Um Comentário Da Confissão De Fé Batista De 1689 
Por Gary Marble 
 
 
Capítulo 6*, Sobre a Queda do Homem, o Pecado e o Castigo Desse 
 
 
Este Capítulo tratará da desobediência de Adão e Eva, e a drástica mudança que esta trou-
xe a eles e à sua posteridade. O parágrafo começa analisando o estado da humanidade 
antes da Queda, como indicado no capítulo 4, Sobre a Criação. Deus criou o homem justo 
e perfeito, e lhe deu uma lei justa (ou seja, a lei moral) escrita em seu coração e uma lei 
particular para não comer do fruto proibido, que seria para a vida se ele a tivesse 
guardado ou para morte, se a desobedecesse. Este é o contexto em que ocorreu a Que-
da. Apesar de aparentemente se encontrarem na melhor das circunstâncias, e de recebe-
rem a mais clara instrução, Adão não manteve por muito tempo a sua honra. Não sabe-
mos quanto tempo Adão e Eva permaneceram obedientes, mas o sentido da narrativa do 
Gênesis é que isto não foi aconteceu por muito tempo. 
 
O que precipitou esta Queda? Satanás valeu-se da astúcia da serpente para seduzir 
Eva; em seguida, esta seduziu a Adão. Observe as conexões: Satanás enganou Eva, 
então, Eva seduziu a Adão. Nós sabemos a partir de Gênesis 3:1-6 que Satanás usou, nas 
palavras da Confissão, de astúcia para seduzir a Eva. Astúcia significa ser astuto usando 
argumentos sutis1. Paulo se referiu a essas astutas ciladas de Satanás para com Eva 
quando ele disse aos Coríntios: “que não sejamos vencidos por Satanás; porque não 
ignoramos os seus ardís” (2 Coríntios 2:10-11). Paulo novamente refere-se à astúcia de 
Satanás em relação a Eva: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a 
 
__________ 
* Para ler o Primeiro Capitulo e a Introdução deste Comentário acesse oEstandarteDeCristo.com. 
[1] The Compact Edition of the Oxford English Dictionary [Edição Compacta do Dicionário de Inglês de Oxford], 
2 vols. (New York: Oxford University Press, 1971). 
 
1. Deus criou o homem justo e perfeito, e lhe deu uma lei justa, que seria para a vida se 
ele a tivesse guardado, ou para morte, se a desobedecesse1. Porém o homem não 
manteve por muito tempo a sua honra. Satanás valeu-se da astúcia da serpente para 
seduzir Eva, em seguida, esta seduziu a Adão, que, sem qualquer compulsão, delibera-
damente transgrediram a lei de sua criação, e a ordem dada a eles, de não comer o fruto 
proibido2, do que Deus foi servido permitir este pecado deles, de acordo com Seu conse-
lho sábio e santo, havendo determinado ordená-lo para a Sua própria glória (1 Gênesis 
2:16-17 • 2 Gênesis 3:12-13; 2 Coríntios 11:3). 
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sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se 
apartem da simplicidade que há em Cristo” (2 Coríntios 11:3). Satanás, por meio de seu 
uso astuto de argumentação sutil, seduziu a Eva. Ela foi enganada por estes argumentos 
astutos, submetendo-se a eles, o que ocasionou sua desobediência. Eva, então, seduziu 
Adão. Como ela fez isso? Vamos olhar para a narrativa: “E viu a mulher que aquela árvore 
era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; 
tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela” (Gênesis 
3: 6). A narrativa não especifica as ações de Eva ou o que ela falou a Adão. Ela diz que 
Eva deu o fruto a seu marido, que estava com ela2. Será que o texto bíblico que dizer que 
Adão estava presente quando Satanás estava enganando a Eva? Calvino argumenta que 
isto não é provável, já que Paulo diz que “E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo 
enganada, caiu em transgressão” (1 Timóteo 2:14)3. É mais provável que Adão estivesse 
por perto, e Eva transmitiu-lhe a conversa que teve com a serpente — comunicando-lhe 
seu pondo de vista enganado e distorcido. 
 
Em relação a Adão e Eva, a Confissão indica que, sem qualquer compulsão, deliberada-
mente transgrediram a lei de sua criação, e a ordem dada a eles, de não comer o fruto 
proibido. Adão não estava sob qualquer compulsão ou poder que o movesse ao pecado. 
Em outras palavras, Adão ainda tinha a capacidade de obedecer perfeitamente à lei de 
Deus; ele tinha o “poder para cumpri-la” (veja CFB 4:2). Mas, apesar deste “poder para 
cumprir” o mandamento de Deus, Adão voluntariamente transgrediu a lei de sua criação. 
Transgredir significa agir positivamente contra algo proibido por lei. Adão voluntariamente 
transgrediu a lei de sua criação4. Transgredir significa agir positivamente fazendo algo que 
seja contra a “lei” de Deus escrita no coração do nosso primeiro pai em sua criação. Assim, 
ao comer o fruto proibido, Adão e Eva também violaram a lei escrita em seu coração em 
 
__________ 
[2] Calvino afirma: “Outros se referem a partícula (immah), ‘com ela’ ao vínculo conjugal, que pode ser 
recebida”. João Calvino, Commentaries on The First Book of Moses called Genesis [Comentários Sobre o 
Primeiro Livro de Moisés Chamado Gênesis]. Traduzido do original em latim, e comparação com a edição 
francesa, pelo Rev. John King, MA, vol. 1 (Grand Rapids: Baker Books, 2009), pg. 152. 
Não estou convencido que a Confissão quis inferir que Eva seduziu Adão pelo “vínculo conjugal”, no entanto, 
está é uma possível interpretação do texto bíblico. Embora, este seja um possível significado do texto bíblico 
não significa que este é o significado. Eu vejo que a Confissão aqui diz que Eva persuadiu Adão por uma 
argumentação sedutora — provavelmente os mesmos argumentos usados Satanás para enganá-la. Adão 
não foi, no entanto, enganado como Eva, e como tal a sua desobediência era mais condenável do que a de 
Eva. 
[3] João Calvino, Comentários Sobre o Primeiro Livro de Moisés Chamado Gênesis. Traduzido do original em 
latim, e comparação com a edição francesa, pelo Rev. John King, MA, vol. 1 (Grand Rapids: Baker Books, 
2009), pg. 152. 
[4] A “lei de sua criação”, esta frase não está presente na Confissão de Westminster. Ela está presente na 
Declaração de Savoy, e, portanto, os autores da Confissão Batista parecem ter adotado a partir daí; mas eles 
também adicionada à “lei da criação” a frase: “e a ordem dada a eles”. 
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sua criação. Calvino declara que com base na “repreensão que logo depois se segue, ‘Eis 
que Adão é como um de nós’, mostra claramente que [Adão] também tolamente cobiçou 
mais do que aquilo que era lícito, e deu mais crédito às lisonjas do Diabo do que à Sagrada 
Palavra de Deus”5. Thomas Vincent declarou: “Este pecado de comer o fruto proibido era 
um pecado tal que incluía muitos outros pecados, como foi circunstanciado”6. Watson 
escreveu: “Um pecado pode ter muitos pecados em si mesmo. Estamos aptos a ter peque-
nos pensamentos a respeito do pecado, e dizer que ele é algo pequeno. Quão grandes 
foram os pecados de Adão! Oh, tome cuidado com qualquer pecado! Assim como em um 
volume pode haver muitas obras reunidas, assim também podem haver muitos pecados em 
um só pecado”7. Adão voluntariamente transgrediu a “lei de sua criação”, e a ordem dada 
a eles. Adão foi expressamente proibido de comer o fruto proibido. Mas a ordem de não 
comer do fruto proibido foi exatamente aquilo que Adão transgrediu, e não havia dúvida 
quanto à culpa de Adão a este respeito. 
 
Chegamos a uma dificuldade real aqui, pois a humanidade foi feita justa e santa, e ainda 
assim eles agora pecaram. O que aconteceu dentro de nossos primeiros pais? R. C. Sproul 
afirma: “Se Adão e Eva escolheram de acordo com os seus desejos, e se eles escolheram 
uma ação má, então eles devem ter tido um desejo mal. De onde ele veio? Eles nasceram 
com maus desejos? Deus fê-los com maus desejos? Se assim for, então Deus é o autor do 
mal. Se um desejo mal nasce espontaneamente dentro da alma de uma criatura justa, te-
mos um salto quântico inexplicável, o que Karl Barth chama de: die unmogliche Moglichkeit, 
‘a possibilidade impossível’. É por isso que eu lavo minhas mãos. Eu não tenho ideia do 
que motivou Adão e Eva. De alguma forma a boa vontade foi confundida e produziu um 
resultado ruim”8. Devemos notar este salto quântico, mesmo se não o pudermos explicar 
totalmente, pois é uma importante reviravolta dos acontecimentos. 
 
Dado o devastador julgamento de Deus sobre Adão e Eva e toda a sua posteridade, é im-
portante para nós olharmos para a preponderância de provas contra Adão. Moisés apre-
senta as evidências em Gênesis, de tal forma que não há dúvida de que Adão foi totalmente 
 
__________ 
[5] João Calvino, Comentários Sobre o Primeiro Livro de Moisés Chamado Gênesis. Traduzido do original em 
latim, e comparação com a edição francesa, pelo Rev. John King, MA, vol. 1 (Grand Rapids: Baker Books, 
2009), pg. 152. 
[6] Thomas Vincent, The Shorter Catechism of the Westminster Assembly Explained from Scripture [O Breve 
Catecismo da Assembléia de Westminster Explicado a Partir da Escritura] (1674; reimpresso, Edimburgo, The 
Banner of Truth Trust, 2004), 58. 
[7] Thomas Watson, A Body of Divinity [Um Corpo de Teologia] (1692, reimpresso, Edimburgo, The Banner of 
Truth Trust, 1997), 142. 
[8] R. C. Sproul, Truths We Confess: A Layman’s Guide to the Westminster Confession of Faith [Verdades 
Que Nós Confessamos: Um Guia Para Leigos Para a Confissão de Fé de Westminster, vol. I, The Triune God 
[O Deus Triuno] (Phillipsburg, Nj.: P&R Publishing, 2006), 182. 
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culpado por sua desobediência. O Novo Testamento confirma a obstinada transgressão de 
Adão. O peso de evidência contra Adão apenas torna insensata a sua tentativa para remo-
ver a falha. Primeiro, ele tentou culpar Eva (i.e., “ela me deu da árvore, e comi”), e em se-
gundo lugar, culpar a Deus (i.e., “A mulher que me” [Gênesis 3:12]). Deus deu uma ordem 
clara que foi totalmente compreendida. A desobediência de Adão não foi uma mera questão 
do engano de Satanás. Foi uma transgressão voluntária, e, como tal Deus, que é justo em 
todos os Seus juízos (Apocalipse 19:2), enviou o Seu juízo sobre os nossos primeiros pais, 
e neles, sobre toda a sua posteridade. 
 
No meio do drama, somos propensos a pensar que tudo se deu por causa da Queda. Esta 
é, de fato, uma situação devastadora; no entanto, a Confissão nos lembra que, mesmo na 
Queda: Deus foi servido permitir este pecado deles, de acordo com Seu conselho 
sábio e santo, havendo determinado ordená-lo para a Sua própria glória. A História 
épica de Deus tem propósito; Deus tem um plano nesta tragédia — um que envolve um 
bem maior. Deus manifestará a Sua gloriosa justiça e misericórdia, trazendo glória à 
Santíssima Trindade por redimir os eleitos de Deus em meio a essa devastação para o 
louvor da glória de Sua graça. 
 
 
Nossos primeiros pais, por este pecado, decaíram. Eles estavam em uma elevada 
posição de perfeição, sendo santos, justos, com conhecimento e comunhão com Deus. A 
perda de tudo isso somente reforça a tragédia da Queda. Dificilmente podemos superesti-
mar a perda que adveio como resultado de seu pecado. A extensão dessa perda é o tema 
do restante deste Capítulo, e à medida que prosseguirmos, vamos aprender que o seu esta-
do caído foi imputado e transmitido à toda a sua posteridade. Como resultado disto, temos 
um grande interesse em compreender a Queda e suas consequências, não apenas como 
um fato histórico sobre Adão e Eva, mas como uma realidade presente para toda a huma-
nidade. Se entendermos o grau em que a raça de Adão caiu, então vamos entender a 
necessidade radical da redenção. Muitos Cristãos hoje não compreendem a magnitude da 
corrupção da humanidade — tratando-a como se fosse uma mera ferida superficial. E 
embora todos os verdadeiros Cristãos venham a entender que o pecado é o problema, 
muitos não compreendem a extensão e a profundidade do mesmo. Entretanto, por não 
compreenderem o alcance da Queda, involuntariamente são levados a discorrer sobre a 
2. Nossos primeiros pais, por este pecado, decaíram de sua retidão original e da comu-
nhão com Deus, e nós neles, e por isso a morte veio sobre todos3: todos nos tornamos 
mortos em pecado4 e totalmente corrompidos em todas as faculdades e partes da alma 
e do corpo5 (3 Romanos 3:23 • 4 Romanos 5:12, etc. • 5 Tito 1:15; Gênesis 6:5; Jeremias 
17:9; Romanos 3:10-19). 
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profundidade e a amplitude do Evangelho, como se ele fosse apenas a porta de entra-
da para o Cristianismo, em vez da substância deste. 
 
A Confissão declara que nossos primeiros pais decaíram de sua retidão original. Sabe-
mos a partir do Capítulo 4 que nossos primeiros pais foram criados em retidão. Sua justiça 
era inerente; esta não consistia somente em serem considerados justos por Deus, mas que 
eles eram total e realmente retos em palavra, pensamento e ação. Esse tipo de justiça é 
tão estranho para nós que mal podemos compreendê-lo. Mas nossos primeiros pais a 
possuíam, e descair dela significou que eles deixaram de possuir aquela retidão original. 
Co-mo resultado disto, nossos primeiros pais decaíram... de sua... comunhão com Deus. 
Esta é certamente a perda mais devastadora de todas. Esta perda é observada na narrativa 
de Gênesis: “E ouviram a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; 
e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do Senhor Deus” (Gênesis 3:8). A 
comunhão havia sido quebrada, e eles estavam agora afastados de Deus. 
 
A Confissão de 1689 agora mostra que a ameaça de morte não era uma ameaça vazia; ele 
de fato os alcançou, mas não apenas a Adão e Eva: e nós neles, e por isso a morte veio 
sobre todos. Deus havia ameaçado com a morte em caso de desobediência, mas Satanás 
mentiu para Eva, dizendo: “Certamentenão morrereis” [Gênesis 3:4]. Eva deveria ter reco-
nhecido essa contradição direta. E agora a realização das palavras de Deus foi confirmada: 
a morte realmente veio. Será que esta morte se aplica apenas a Adão e Eva? Não, ela veio 
sobre toda a sua posteridade também. A Escritura declara: “Portanto, como por um homem 
entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos 
os homens por isso que todos pecaram” (Romanos 5:12). Nossa Queda neles (ou seja, nós 
neles), significa que a morte veio sobre todos: todos nos tornamos mortos em pecado. 
O Parágrafo 3 discutirá a imputação do pecado à posteridade de nosso primeiro pai, e por 
isso vamos discutir esse tópico importante mais especificamente em seguida. A morte foi 
uma ameaçada por Deus se referia especificamente à dissolução da alma em relação ao 
corpo. Esta dissolução (i.e., separação) da alma e do corpo não era o estado que Deus 
intentou para a humanidade. Por causa do pecado, por ocasião da morte de uma pessoa a 
alma e o corpo serão apartados, mas esta dissolução será apenas temporária, pois a Escri-
tura nos diz que haverá uma ressurreição final para todos: “há de haver ressurreição de 
mortos, assim dos justos como dos injustos” (Atos 24:15b, veja também João 5:28-29). Esta 
ressurreição vai reunir a alma e o corpo no momento da morte; o justo será ressurreto em 
honra (Filipenses 3:21; 1 Coríntios 15:43), e os ímpios para a condenação (João 5:28-29). 
Se você estiver interessado em olhar para o futuro, o Capítulo 31 trata da Ressurreição dos 
Mortos, mas por agora eu simplesmente quero salientar que a dissolução do corpo e da 
alma nunca teria surgido, senão pelo pecado, e até mesmo pelo fato de Deus permitir a 
Queda, e, posteriormente, a morte, Ele, contudo, resolverá esse estado não-natural de dis-
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solução. Pois o justo será glorificado, mas os ímpios serão por fim julgados e condenados, 
tanto o corpo como a alma serão lançados no inferno (Lucas 12:5). Pelo termo na Confis-
são: todos nos tornamos mortos em pecado, também entendemos que todos morreram 
espiritualmente — mesmo antes da morte física. 
 
Além tanto da morte física quanto da eventual morte espiritual, todos estão totalmente cor-
rompidos em todas as faculdades e partes da alma e do corpo. Com a perda da retidão 
original, todas as faculdades e partes da alma e do corpo ficaram totalmente corrompidas. 
As faculdades e partes referem-se aos vários aspectos do corpo e da alma: mente, emo-
ções, vontade, e assim por diante. Não há nenhuma parte do homem, e nenhuma facul-
dade, não afetada pela Queda. Esta é a Doutrina da Depravação Total. A Escritura diz de 
todos aqueles agora convertidos: “estando vós mortos em ofensas e pecados” (Efésios 2:1). 
Até nos convertermos, estamos mortos em nossos pecados. Semelhantemente em Tito 
está escrito: “Todas as coisas são puras para os puros, mas nada é puro para os contamina-
dos e infiéis; antes o seu entendimento e consciência estão contaminados. Confessam que 
conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e 
reprovados para toda a boa obra” (Tito 1:15-16). A Escritura aponta que não há nenhuma 
exceção — todos são totalmente depravados: “Como está escrito: Não há um justo, nem 
um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se 
extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só” 
(Romanos 3:10-12). Mais será dito sobre as ramificações da morte em pecado e da 
depravação total nos Parágrafos 3, 4 e 5 por isso vamos expandir ainda mais estes temas 
à medida que prosseguirmos. 
 
 
O Parágrafo indicou que por nossos primeiros pais haverem pecado toda a humanidade 
pecou, mas não explicou por que isto aconteceu assim. Este Parágrafo explica o porquê, e 
nos dá mais detalhes sobre o impacto deste pecado sobre sua posteridade. A Confissão 
indica: Sendo eles os ancestrais [do Inglês root: raiz] e, pelo desígnio de Deus, os re-
presentantes de toda humanidade. O “eles”, é claro, refere-se aos nossos primeiros pais. 
Não significa apenas que Adão e Eva foram os pais, mas que eles foram os primeiros pais, 
3. Sendo eles os ancestrais e, pelo desígnio de Deus, os representantes de toda humani-
dade, a culpa do pecado foi imputada à toda a sua posteridade, e a corrupção natural 
passou a todos os seus descendentes que deles procedem por geração ordinária6. 
Sendo estes agora concebidos em pecado7, e por natureza filhos da ira8, escravos do 
pecado, sujeitos à morte9 e a todas as outras misérias espirituais, temporais e eternas, 
a menos que o Senhor Jesus os liberte10 (6 Romanos 5:12-19; 1 Coríntios 15:21, 22, 45, 
49 • 7 Salmos 51:5; Jó 14:4 • 8 Efésios 2:3 • 9 Romanos 6:20, 5:12 • 10 Hebreus 2:14-
15; 1 Tessalonicenses 1:10). 
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e como tal, eles são literalmente os pais de toda a humanidade, os ancestrais de toda a 
humanidade. Nenhuns outros pais podem ser nossos representantes. O fato de que eles 
foram os primeiros pais os colocou em uma posição única, uma posição que era especi-
ficamente pelo desígnio de Deus. A relação destes primeiros pais com a sua posteridade 
não era meramente natural, mas era também legal. Foi legal porque Deus designou nossos 
primeiros pais para representar toda a humanidade por meio de um pacto — um acordo 
legal. Formalmente, esta representação de toda a humanidade é chamada de uma relação 
de cabeça federal. O Dicionário de Teologia de Baker [Baker’s Dictionary of Theology] afir-
ma: “Assim como a cabeça natural, ele [Adão] estava em uma relação federal (do Latim, 
foedus: “aliança”) com toda a sua posteridade. Sua obediência, se tivesse sido mantida, 
teria transmitido bem-aventurança para eles; sua desobediência os envolveu em com ele 
na maldição que Deus pronunciou sobre os transgressores da sua lei”9. A. W. Pink disse 
muito bem: “Adão não agiu simplesmente como uma pessoa particular, os resultados de 
sua conduta afetaram não somente a si mesmo, mas ele estava na posição como uma 
pessoa pública, de modo que o que ele fez envolveu diretamente judicialmente a outros. 
Adão era muito mais do que o pai da raça humana: ele também era seu agente legal, seu 
representante. Seus descendentes não estavam nele apenas seminalmente como seu 
cabeça natural, mas estavam nele também moral e legalmente como sua cabeça moral e 
forense. Em outras palavras, por constituição e arranjo pactual Divino, Adão atuou como 
representante federal de todos os seus filhos. Por um ato de sua vontade soberana, 
aprouve a Deus ordenar que a relação de Adão com a sua posteridade natural fosse 
semelhante à que Cristo mantinha com a Sua descendência espiritual — aquele agindo em 
nome de muitos”.10 
 
Porque os nossos primeiros pais são a cabeça federal de toda a humanidade, a culpa do 
pecado foi imputada à toda a sua posteridade, e a corrupção natural passou a todos 
os seus descendentes que deles procedem por geração ordinária. A culpa do pecado 
refere-se à declaração legal de que Adão havia transgredido por comer o fruto proibido. A. 
A. Hodge afirma: “Pela palavra ‘culpa’ significa, não a disposição pessoal que levou ao ato, 
nem a contaminação moral pessoal que resultou dele, mas simplesmente a suscetibilidade 
para a punição que merecia aquele pecado”11. Imputação significa ter algo judicialmente 
declarado e contabilizado a alguém. Tal pronunciamento judicial pode não ter nada a ver 
com as ações reais da pessoa assim declarada culpada. A posteridade de Adão não chegou 
 
__________ 
[9] Baker’sDictionary of Theology [Dicionário de Baker de Teologia] (Grand Rapids: Baker Book House, 1983), 
217-18. 
[10] A. W. Pink, Doctrine of Human Depravity [A Doutrina da Depravação Humana] (Pensacola, Fl.: Capela 
Library), 15. 
[11] A. A. Hodge, The Westminster Confession: A Commentary [A Confissão de Westminster: Um Comentário] 
(1869; reimpresso, Carlisle, Pa.: Banner of Truth Trust, 2002), 112. 
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a pecar como ele fez, mas mesmo assim a culpa de Adão foi imputada a eles como se eles 
tivessem pecado. Assim, no momento do nascimento, ou, mais precisamente no momento 
da concepção, cada um que faz parte da posteridade de Adão é considerado culpado do 
primeiro pecado de Adão.12 
 
Enquanto a culpa do nosso primeiro pai foi imputada a toda a sua posteridade, a natureza 
corrupta do nosso primeiro pai não foi imputada, pois a imputação não muda a disposição 
de alguém. Antes, aquela natureza corrupta foi passada (i.e. transmitida) para sua poste-
ridade. Esta transmissão de uma natureza corrupta é baseada na posição dos nossos 
primeiros pais como nossos representantes. Assim, todo o seu ser sendo contaminado, é 
transmitido ou passado para a sua posteridade. Isso é transmitido por geração ordinária, 
em outras palavras, na concepção, ou como é mais vulgarmente referido, no momento do 
nascimento. As implicações desta corrupção transmitida a todos da posteridade de Adão e 
de Eva dificilmente podem ser superestimadas. Tudo que temos a fazer é olhar para o Livro 
de Gênesis; uma vez que a posteridade do nosso primeiro pai veio à existência imediata-
mente o pecado se fez presente: Caim matou Abel, civilizações corruptas inteiras foram 
desenvolvidas, e no capítulo 6, Deus viu que a maldade do homem se multiplicara na terra 
— toda a intenção do pensamento, do coração era só má continuamente (Gênesis 6:5). 
Não há nenhuma exceção implícita nas palavras: deles procedem por geração ordinária. 
A todos da posteridade de Adão naturalmente gerados (ou seja, produzidos naturalmente) 
é imputada a culpa e recebem esta natureza corrupta. Mas, o Senhor Jesus Cristo não 
descende de Adão e Eva por geração ordinária. Jesus é a verdadeira Semente da mulher, 
mas Ele não é da semente do homem. Uma vez que Jesus nasceu de uma virgem, Ele não 
era de Adão, e não caiu sob sua representação federal; como tal, Jesus não herdou a culpa 
de Adão nem recebeu sua natureza pecaminosa. Falaremos mais sobre isto quando che-
garmos ao Capítulo 8, Sobre Cristo, o Mediador. 
 
O resultado da imputação da culpa e da transmissão da corrupção para todos da posteri-
dade de nossos primeiros pais implica que os que fazem parte daquela posteridade são 
agora concebidos em pecado, e por natureza filhos da ira, escravos do pecado, 
sujeitos à morte e a todas as outras misérias espirituais, temporais e eternas, a me-
nos que o Senhor Jesus os liberte. As consequências, então, para a raça de Adão são 
bastante extensas. Vamos falar brevemente sobre cada uma delas. A posteridade de Adão 
agora é concebida em pecado. Davi disse: “Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado 
me concebeu minha mãe” (Salmos 51:5). Cada pessoa depois de Adão e Eva, exceto 
 
__________ 
[12] Catecismo Batista, Resposta 21 afirma: “A pecaminosidade do estado em que o homem caiu consiste na 
culpa do primeiro pecado de Adão, na falta de retidão original e na corrupção de toda a sua natureza, que é 
comumente chamado de pecado original, juntamente com todas as transgressões atuais que procedem dele”. 
Veja O Catecismo Batista, como Publicado pela Associação Charleston, em 1813]. 
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Cristo, é nascido no pecado original de Adão. Como resultado disto, eles são por natureza 
filhos da ira. Isso não significa que eles são, por natureza filhos irados, obviamente. Isso 
significa que sua própria natureza está em inimizade para com Deus e, como tal, a ira de 
Deus permanece sobre eles. A Escritura afirma: “Entre os quais todos nós também antes 
andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; 
e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também” (Efésios 2:3). A corrupção 
transmitida para a posteridade de nossos primeiros pais no momento do nascimento, 
significa que eles são escravos do pecado. Desde que estes efeitos da corrupção afetam 
todas as faculdades e partes, estas não podem libertar-se da escravidão do pecado e, 
portanto, eles são escravos do pecado, Jesus disse: “Em verdade, em verdade vos digo 
que todo aquele que comete pecado é servo do pecado” (João 8:34). Como escravos do 
pecado, eles são sujeitos à morte. Em outras palavras, cada um deles receberá a morte. 
Presumivelmente, a Confissão está especificamente falando da dissolução do corpo e da 
alma pela morte do corpo. Eles também estão sujeitos a todas as outras misérias. Estas 
misérias são colocadas em três categorias: espirituais, temporais e eternas. Espirituais, 
refere-se às misérias infligidas à alma, e até mesmo às misérias do corpo que resultam de 
questões espirituais. Misérias temporais são aquelas que nos acometem nesta vida tem-
poral. De todas estas as maiores são as misérias eternas, porque nunca terminam e serão 
experimentadas nas chamas eternas do Inferno. Graças a Deus pelo seu dom inefável, 
porque todas essas misérias seriam maldições inescapáveis para todos da posteridade de 
Adão, a menos que o Senhor Jesus os liberte. A soma de todas essas coisas nos lem-
bram que a esperança do Evangelho é de fato uma boa notícia. Nós estamos olhando para 
a má notícia do pecado neste Capítulo, mas até o final deste, vamos, pela graça de Deus, 
estar prontos para voarmos novamente para a esperança do Evangelho livremente 
oferecido. 
 
 
Vamos, agora, nos concentrar na causa do pecado atual (ou seja, ações pecaminosas) na 
humanidade. O significado central deste Parágrafo é melhor visto por olhar para a primeira 
e a última frase: “Desta corrupção original... é que procedem todas as transgressões 
atuais”. A cláusula entre estas frases explica as características da corrupção original, e 
pelo uso do pronome plural oculto “nós”, explica que a corrupção está em toda a posteridade 
de Adão e Eva. Em outras palavras, o “ficamos” está se referindo a nós. O termo “corrup-
ção original” refere-se à corrupção que veio a Adão e Eva quando eles pecaram. Vamos 
lembrar, a partir do Parágrafo 2, que pelo fato de nossos primeiros pais haverem pecado, 
4. Desta corrupção original pela qual ficamos totalmente indispostos, incapacitados e 
adversos a todo o bem, e inteiramente inclinados a todo o mal11, é que procedem todas 
as transgressões atuais12 (11 Romanos 8:7; Colossenses 1:21 • 12 Tiago 1:14-15; 
Mateus 15:19). 
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eles decaíram de sua justiça original, e nós, neles, todos nos tornamos mortos em pecado 
e totalmente corrompidos em todas as faculdades e partes da alma e do corpo. Assim, este 
Parágrafo explica a total corrupção que é vista na posteridade de Adão; e particularmente, 
mostra que essa corrupção leva a todo o pecado atual. 
 
Ficamos totalmente indispostos... a todo o bem. O que indisposto significa? Significa 
estar “pouco disposto, inclinado, ou adverso a fazer alguma coisa”13. Nós não estamos 
inclinados para o bem, ou para colocar isto de forma positiva: somos adversos a fazer o 
bem. Não estamosapenas indispostos, mas totalmente indispostos. Isto significa que 
estamos completamente, plenamente e totalmente inclinados a não fazer qualquer bem. 
Mas isso levanta a questão: se a humanidade está indisposta a fazer o bem, porque é que 
vemos as pessoas fazendo o “bem” neste mundo? Precisamos definir o que se entende por 
“bem”, a fim de responder a essa pergunta. A Confissão define aqui o tipo de “bem” que 
atinge o padrão de um Deus santo — o qual inclui a motivação. Este “bem” não é definido 
pelos padrões humanos. Antes da Queda, Adão e Eva foram capazes de cumprir esse 
padrão de um Deus santo, mas depois da Queda, a corrupção original tornou este padrão 
impossível de ser alcançado. A Escritura deixa claro: “Não há um justo, nem um sequer. 
Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, 
e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só” (Romanos 
3:10-12). Ser indisposto é não “procurar o bem” e “desviar-se” dele. 
 
Não é apenas que somos contrários ao bem, mas nós somos pessoas incapacitadas... a 
todo o bem. Somos completa e totalmente incapazes de fazer o bem. Paulo em Romanos 
declara: “Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei 
de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que estão na carne não podem agradar 
a Deus” (Romanos 8:7-8). Não apenas que a carne (ou seja, a natureza pecaminosa) não 
está interessado em submeter-se à lei de Deus, é que literalmente ela não pode. Não é 
somente que a raça corrupta de Adão é formada por pessoas totalmente indispostas, e 
incapazes de fazer o bem, mas pior, eles são totalmente adversos a fazer o bem. A 
Confissão acrescenta a isso — como que no mesmo fôlego — que somos inteiramente 
inclinados a todo o mal. O que significa ser inclinado? Para que algo seja inclinado, deve 
ser inclinado em direção a algo. Poderíamos pensar em um plano inclinado — um objeto 
plano, muitas vezes usado como uma rampa (um simples mecanismo). Se tivéssemos que 
colocar uma esfera de mármore em um plano inclinado, para que direção você acha que 
ela vai rolar? Irá, naturalmente, rolar para a parte inferior do plano inclinado. Da mesma 
maneira, nós somos inclinados na direção do mal. Ser inclinado tem a ver com o desejo. A 
 
__________ 
[13] Edição Compacta do Dicionário de Inglês de Oxford, 2 vols. (New York: Oxford University Press, 1971). 
Veja sentido 5. 
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natureza humana é tal que nós fazemos escolhas com base no que nós desejamos. Se 
refletirmos sobre a razão por que escolhemos uma coisa em detrimento de outra, devemos 
concluir que isso foi baseado no desejo. Talvez, algumas pessoas possam objetar a essa 
nossa conclusão indicando que várias vezes nesta semana se levantaram cedo para ir 
trabalhar e, “Certamente”, dizem, “isso era contrário ao nosso desejo”. Não, porque mesmo 
quando nós escolhemos algo contrário ao que desejamos, ainda assim a razão para isso 
era que nós desejávamos um salário mais do que continuar a dormir. Não há como escapar 
da conexão desejo-escolha. Nossa natureza é pecaminosa, é uma fábrica de desejo 
pecaminoso, e é aberta 24 horas, 7 dias por semana, e durante todo o ano. 
 
Por que após a conversão, nós já não éramos totalmente desejos pelo pecado, mas co-
meçamos a experimentar um novo desejo de fazer a vontade de Deus? É porque Deus 
mudou nossa natureza: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas 
velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5:17). Como resultado disto, 
nossas inclinações (ou seja, os nossos desejos) mudam o que nos leva a escolher a 
obediência. Esta é uma obra unicamente do Espírito sobre a natureza de uma pessoa; a 
regeneração muda nossa disposição e nossa inclinação. Quando as pessoas não-
regeneradas fazem o “bem” elas não fazem o que é realmente bem. Se um descrente sacia 
a fome de alguém, ele faz o bem, e não há nenhuma razão racional para negar que essa é 
uma coisa boa. Mas seu desejo de agir de uma boa maneira, no entanto, vem de uma 
natureza pecaminosa não-regenerada; uma natureza inteiramente inclinada a todo o mal, 
e como tal, o que lhe motivou a esta boa ação é, em última análise, algo mau. Admitamos, 
é ofensivo dizer a uma pessoa não-convertida que a sua boa ação é, em última análise, 
pecaminosa, mas se eles considerassem a sua “boa ação” à luz de um Deus santo contra 
o Qual eles estão em rebelião, eles poderiam veriam ver as coisas de modo diferente. Isaías 
64:6a declara: “Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como 
trapo da imundícia”. Os injustos não podem produzir justiça, mais do que uma árvore ruim 
pode produzir bons frutos. Como veremos no próximo Parágrafo, até mesmo o regenerado 
tem em si uma corrupção remanescente, e, por causa disto, suas boas obras também são 
misturadas e contaminadas com desejos pecaminosos, mas em Cristo e por Cristo, Deus 
aceita nossas boas obras. 
 
A Confissão conclui que a partir da corrupção original é que procedem todas as trans-
gressões atuais. O pecado atual é a ação individual, voluntária e pessoal de violar a lei de 
Deus. Há uma diferença entre culpa imputada e pecado atual. A culpa imputada não estri-
tamente resulta em pecado atual; no entanto, a corrupção transmitida sempre resulta em 
pecado atual. A corrupção original penetrou de tal modo em cada aspecto da natureza 
humana, produzindo maus desejos, e maus desejos levam a escolhas voluntárias do mal. 
A vontade do homem está tão conectada com estes desejos pecaminosos a ponto de estar 
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cativeiro. A vontade do homem não pode escolher livremente contra a sua natureza; não 
tem interesse, habilidade ou concepção de fazê-lo. É esta escravidão da vontade aos dese-
jos da natureza pecaminosa que está no centro da controvérsia Arminiana. A alegação 
Reformada é de que a Escritura mostra que a vontade do homem está em tal escravidão à 
sua natureza pecaminosa que não pode escolher livremente fazer o bem, a menos que 
Deus intervenha sobrenaturalmente. O Arminiano afirma que a vontade não é tão severa-
mente escravizada aos desejos pecaminosos da natureza, e que ela pode escolher livre-
mente fazer o bem e abraçar a Cristo sem a intervenção da regeneração14. Vamos deixar 
este assunto para uma discussão mais aprofundada no capítulo 9, Sobre o Livre-Arbítrio, e 
no Capítulo 10, Sobre o Chamado Eficaz. 
 
 
A corrupção da natureza — como foi apropriadamente abordada no Parágrafo 4: total-
mente indispostos, incapacitados e adversos a todo o bem, e inteiramente inclinados a todo 
o mal — persiste durante esta vida naqueles que são regenerados. Será que esta cor-
rupção continua a ser exatamente a mesma que era antes da regeneração, ou é apenas 
algo dela que permanece? À luz dos Capítulo 9 e 10 por vir, nós sabemos que a Confissão 
não ensina que a corrupção não é alterada pela regeneração, por isso, então nós entende-
mos que apenas algo da corrupção continua após a regeneração. A questão, então, é: 
“quanto desta corrupção ainda resta?”. Esta é uma questão extremamente importante para 
respondermos por ela se relaciona com áreas muito críticas da nossa vida, tais como: con-
versão, arrependimento, santificação e segurança. Talvez possamos ter uma melhor com-
preensão quanto à continuação da corrupção lendo as próprias palavras do Apóstolo Paulo, 
que descrevem sua luta contra a corrupção remanescente: “Acho então esta lei em mim, 
que, quando quero fazer o bem, o mal está comigo. Porque, segundo o homem interior, 
 
__________[14] Para ser justo, o Arminiano não nega que a vontade torna-se escrava depois da Queda; em vez disso, 
ele afirma que Deus dá igualmente a toda a humanidade a graça preveniente que, então, liberta a vontade 
para que a ela possa, em seguida, abraçar livremente Cristo no Evangelho. Passagens como João 1:9; 6:8; 
12:32 e até 6:44 são erroneamente interpretadas para apoiar este ponto de vista. Essa graça preveniente 
ainda não explica por que algumas pessoas vêm a Cristo e algumas não, apesar de cada um receber esta 
graça de forma igual. Só posso concluir que, finalmente, aqueles que vêm a Cristo devem ter algo de bom em 
si mesmos que é melhor do que aqueles que não veem. A graça preveniente, então, é uma cooperação entre 
Deus e o homem na salvação (i.e. sinergismo). Em última análise, então, essa visão da salvação é centrada 
no homem, pois a salvação não é dada como resultado do decreto da eleição, e chamado eficaz como 
consequência do decreto, mas como consequência da livre escolha da vontade de salvação pelo homem. 
5. A corrupção da natureza persiste durante esta vida naqueles que são regenerados13; 
e, embora ela seja perdoada e mortificada através de Cristo, todavia tanto ela mesma 
como seus primeiros impulsos são verdadeira e propriamente pecado14 (13 Romanos 
7:18, 23; Eclesiastes 7:20; 1 João 1:8 • 14 Romanos 7:23-25; Gálatas 5:17). 
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tenho prazer na lei de Deus; mas vejo nos meus membros outra lei, que batalha contra a 
lei do meu entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus mem-
bros. Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? Dou graças a 
Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei 
de Deus, mas com a carne à lei do pecado” (Romanos 7:21-25)15. Penso que podemos 
concluir, baseados na experiência de Paulo, que o grau de corrupção remanescente é 
significativo. Paulo não está usando uma hipérbole; pelo contrário, ele está sendo sincero 
e expressando honestamente a real e grande luta que ele, e todos os regenerados, tem 
contra a corrupção remanescente. 
 
Vemos outras passagens nas Escrituras que confirmam a existência desta corrupção 
remanescente: “Na verdade que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca 
peque” (Eclesiastes 7:20). “Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós 
mesmos, e não há verdade em nós” (1 João 1:8). “Porque a carne cobiça contra o Espírito, 
e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que que-
reis” (Gálatas 5:17). Nós não podemos determinar a percentagem matemática de corrupção 
remanescente, mas podemos ver que ele afeta a nossa capacidade e consistência de obe-
decer plenamente à lei de Deus. Este conhecimento não nos dá uma desculpa para desobe-
decermos a Deus (1 João 2:1a), mas é a razão pela qual muitas vezes não conseguimos, 
e é fundamental que entendamos isso. Isso deve nos trazer conforto em nossa luta contra 
o pecado, sabendo que nós não precisamos questionar a nossa conversão cada vez que 
pecamos16. Paulo conclui após Romanos 7: “Portanto, agora nenhuma condenação há para 
os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8:1). É a esperança de Cristo no Evangelho que 
nos salva do desespero à medida que lembramos que: “se alguém pecar, temos um 
Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo” (1 João 2:1b). 
 
Pode ser útil olhamos brevemente para o Capítulo 9, parágrafo 4, para que nós não subesti-
memos a mudança operada pela regeneração: “Quando Deus converte um pecador e o 
transporta para o estado de graça, Ele o liberta de sua natural escravidão ao pecado e, por 
Sua graça, o habilita a livremente querer e fazer aquilo que é espiritualmente bom; ainda 
 
__________ 
[15] Paulo está falando de sua própria experiência como uma pessoa regenerada, pois como poderia Paulo 
em seu estado de não-regenerado reivindicar que “segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus?”. 
Eu achei o Comentário de John Murray especialmente útil sobre esta passagem. John Murray, New 
International Commentary on the New Testament: Romans [Novo Comentário Internacional Sobre o Novo 
Testamento: Romanos], edição de um volume (Grand Rapids, 1968), 239-273. 
[16] Isto não exclui o conselho inspirado do apóstolo para que os crentes examinem a si mesmos (2 Coríntios 
13:5; 2 Pedro 1:10-11, etc.). Sobre os temas de mortificação e corrupção remanescente, eu recomendo a 
leitura de J. C. Ryle. Holiness [Santidade], e John Owen, Mortification of sin [Mortificação do Pecado]. [Estas 
duas grandes obras foram publicadas em Português respectivamente pelas Editoras Fiel e PES — N. do T.]. 
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assim, em razão de sua corrupção remanescente, ele não o faz perfeitamente, nem apenas 
deseja o que é bom, mas também o que é mau”. A regeneração de fato, muda-nos! Não 
quero esquecer isso, mas voltemos ao nosso presente parágrafo 5, o ponto é que, não 
obstante haja tanto transformação como regeneração, isso não elimina a corrupção original 
inteiramente. Se nós temos esperança de que a nossa luta contra o pecado terminará nesta 
vida, ficaremos muito desapontados. É melhor encarar o fato de que a corrupção original 
persiste durante esta vida. Isto significa que até morrermos, ou o Senhor vir, essa corrup-
ção permanecerá em nós. Mais tarde, veremos que mesmo na obra da santificação, que 
faz com que vivamos mais e mais em justiça, esta corrupção não é inteiramente removida 
(veja CFB 13:1). O fato desta corrupção permanecer durante toda esta vida pode parecer 
óbvio, mas alguns vêm de igrejas onde a doutrina da plena santificação (perfeccionismo) 
nesta vida é ensinada. Hoje, as igrejas associadas ao movimento de santidade tendem a 
abraçar ou ter simpatia, em diferentes graus, a este ensinamento antibíblico. A Confissão 
nos guarda contra este ponto de vista em seu próprio tempo, pois algum ponto de vista 
sobre o perfeccionismo sempre existiu de uma forma ou de outra ao longo da História da 
Igreja.17 
 
A Confissão declara que esta natureza corrupta é perdoada e mortificada através de 
Cristo. Em Cristo, essa corrupção remanescente é perdoada. Cristo morreu por todos os 
pecados dos eleitos; portanto, a corrupção ainda remanescente é perdoada pela Sua obra 
perfeita. Através da morte e ressurreição de Cristo (e nossa união com Ele nestas) nós 
somos habilitados a mortificar a corrupção remanescente (veja Romanos 6). Mas em rela-
ção à esta corrupção remanescente, embora seja perdoada e mortificada em Cristo, tanto 
ela mesma como seus primeiros impulsos são verdadeira e propriamente pecado. 
Isto significa que o restante da corrupção em si é verdadeira e propriamente pecado. Como 
assim, os primeiros impulsos são verdadeira e propriamente pecado, o que se entende por 
“primeiros impulsos”? Uma vez que a corrupção original é a causa do pecado atual, a 
Confissão chama esta causa primária o primeiro impulso [ou movimento] do pecado. Então 
não é só a pecaminosidade do pecado atual, mas a corrupção que conduz a este também 
é pecaminosa. Uma versão moderna da Confissão 1689, A Faith to Confess [Uma Fé Para 
Confessar], afirma: “a corrupção em si e todos os seus aspectos são verdadeira e pro-
priamente pecado”. Este é um esclarecimento atualizado útil. É verdadeiramente pecami-
noso, não apenas teoricamente pecaminoso. E é apropriadamente chamado de pecado, 
pois verdadeiramente é pecado. Samuel Waldron afirma: “O ponto específico do parágrafo 
é... que as corrupções dos crentes são pecado. Isso provavelmente é afirmado como em 
oposição àquelesque no tempo dos Puritanos eram muitas vezes conhecidos como ‘antino- 
 
__________ 
[17] Veja Gregg R. Allison, Historical Theology: An Introduction to Christian Doctrine [Teologia Histórica: Uma 
Introdução à Doutrina Cristã] (Grand Rapids: Zondervan, 2011), 520-41. 
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mianos’. Uma das suas características era, então, enfatizar a graça e, assim, interpretar a 
doutrina da justificação de modo a negar que os Cristãos pecavam ou possuíam alguma 
natureza pecaminosa”.18 
 
À medida que chegamos ao final deste Capítulo, devemos agora compreender mais plena-
mente a magnitude da Queda. Podemos ver que a Queda deixou o homem culpado diante 
de Deus e totalmente corrupto. A nossa natureza corrupta é a causa de nós pecarmos, e 
até mesmo o regenerado mantém um grau de corrupção que nunca será totalmente erra-
dicada até a sua morte ou à volta do Senhor. Compreender o grau de depravação ao qual 
a Queda nos trouxe é que nos leva a dizer com os discípulos: “Quem poderá pois salvar-
se? E Jesus, olhando para eles, disse-lhes: Aos homens é isso impossível, mas a Deus tu-
do é possível” (Mateus 19:25-26). As verdades neste Capítulo fornecem uma base funda-
mental para os próximos Capítulos. Tal como acontece com cada Capítulo, é necessário 
que nós tomemos tudo o que aprendemos, e o tragamos conosco para os próximos 
Capítulos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sola Scriptura! 
Sola Gratia! 
Sola Fide! 
Solus Christus! 
Soli Deo Gloria! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
__________ 
[18] Samuel Waldron, 1689 Baptist Confession of Faith: A Modern Exposition [A Confissão de Fé Batista de 
1689: Uma Exposição Moderna], 3ª ed. (Webster, Ny.: Evangelical Press, 1999), 103. 
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2 Coríntios 4 
 
1
 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos; 
2
 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem 
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem, 
na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 
3
 Mas, se ainda o nosso evangelho está 
encoberto, para os que se perdem está encoberto. 
4
 Nos quais o deus deste século cegou os 
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória 
de Cristo, que é a imagem de Deus. 
5
 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo 
Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 
6
 Porque Deus, 
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, 
para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 
7
 Temos, porém, 
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 
8
 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados. 
9
 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; 
10
 Trazendo sempre 
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus 
se manifeste também nos nossos corpos; 
11
 E assim nós, que vivemos, estamos sempre 
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na 
nossa carne mortal. 
12
 De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 
13
 E temos 
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também, 
por isso também falamos. 
14
 Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitarátambém por Jesus, e nos apresentará convosco. 
15
 Porque tudo isto é por amor de vós, para 
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de 
Deus. 
16
 Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o 
interior, contudo, se renova de dia em dia. 
17
 Porque a nossa leve e momentânea tribulação 
produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 
18
 Não atentando nós nas coisas 
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se 
não veem são eternas. 
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