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Interrelação Periodontia-Oclusão

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INTERELAÇÃO PERIODONTIA-OCLUSÃO
REVISÃO
· Fibras do ligamento periodontal: estão no periodonto de inserção (fibras principais do ligamento periodontal: são aquelas que apresentam uma orientação definida, como nas crista alveolar, que tem uma direção obliqua em direção a crista óssea. A inserção no cemento é mais alta do que no osso (crista). Elas têm uma função de evitar com que o dente saia do alvéolo, segurando o dente no sentido apico-oclusal
· Fibras horizontais: dispostas de forma horizontal. A inserção no lado do cemento e do osso estão na mesma altura (ou seja, estão de forma perpendicular a superfície óssea e radicular do dente
· Fibras obliquas: dispostas de forma inclinada em direção oposta à da crista alveolar (de forma inclinada em direção a superfície do dente, significando que a inserção da fibra ano osso alveolar é mais alta do que no cemento, que está mais baixa). São as fibras de maior quantidade dentro do ligamento periodontal, pois o dente sofre maior força no sentido axial (ao longo do eixo do dente), fazendo que quando mastigamos, o dente seja jogado para dentro do alvéolo. Suportam de forma fisiológica as forças oclusais
· Fibras apicais: estão no ápice do dente.
· Fibras interradiculares: dentes com duas ou três raízes
· Mobilidade: 0,2mm no sentido axial e lateralmente
· As fibras colágenas não são elásticas, mas elas têm formato sanfonado. Também dão mobilidade e tem efeito amortecedor. 
· Fibras de sharpey: parte das fibras colágenas no ligamento periodontal que estão no osso e no cemento radicular
TRAUMA DE OCLUSÃO / FORÇAS EXCESSIVAS
· Trauma de oclusão: O trauma se refere a lesão no tecido. São as forças excessivas (é a oclusão traumática) sobre o dente, produzem alterações no periodonto de inserção para acomodar esses estímulos exagerados. 
· Essas alterações no periodonto de inserção dependem da magnitude (ampliação do espaço do ligamento periodontal); rompimento de fibras; aumento da largura das fibras do ligamento periodontal. 
· Essas alterações no periodonto de inserção dependem:
· Magnitude da força oclusal: Provoca resposta de ampliação do espaço do ligamento periodontal, aumento no número e largura das fibras colágenas do ligamento periodontal e aumento da densidade óssea. Tem que ser uma força mais constante, não rápida. Se for constante de baixa intensidade, ultrapassa pouco o limiar, estimulando a deposição de cálcio e fósforo. Se for mais, provoca uma reabsorção do ligamento, o qual chamamos de espessamento)
· Direção da força oclusal: O periodonto de inserção sofre reorientação das pressões e tensões, suporta melhor as forças no longo eixo do dente e suportam menos as forças laterais (horizontais) ou de torque (rotacionais), logo, estão mais susceptíveis a ter lesão. As forças de torção e laterais estão em menor número no ligamento, fazendo com que elas sejam mais lesivas. Sobre o ponto de vista de resistência dos pilares, devemos sempre optar pela ponte fixa, pois ela vai jogar o dente ao longo eixo do dente, onde o ligamento foi feito para suportar essas forças. Ponte móvel sempre gera forças horizontais e de giroversão. As forças de balanceio jogam uma força de lateralidade, fazendo com que o dente sofra trauma
· Duração da força oclusal: quanto mais duradoura for a duração da força excessiva sobre o periodonto de inserção, pior será a sua resposta. A pressão constante sobre o tecido ósseo é mais prejudicial do que a pressão intermitente. 
· Frequência da força oclusal: A ampliação da frequência da pressão intermitente torna-se mais prejudicial ao periodonto de inserção
CONCEITOS
· Trauma de oclusão: são alterações histológicas das estruturas periodontais na área do ligamento periodontal que se manifestam clinicamente com o aumento da mobilidade dental (desconfiar de trauma oclusal ou foco infeccioso - abcesso). Trauma de oclusão refere-se a lesão tecidual e oclusão traumática refere-se a força que produz lesão
· Classificação: pode ser classificado em duas formas: modo de início da força oclusal prejudicial (trauma agudo ou crônico) e capacidade do periodonto resistir as forças oclusais (trauma primário e secundário)
· Trauma agudo: refere-se a alterações periodontias associadas a forças repentinas. Condições clínicas presentes: dor de dente; sensibilidade à percussão (pericementite) e aumento da mobilidade. A dor do dente é como se fosse uma sensibilidade dentinária. Essas forças repentinas se forem removidas, a lesão é reparada e os sintomas diminuem. Elas podem ser removidas através da mudança na posição do dente e do ajuste oclusal (dente ou restauração)
· Trauma crônico: refere-se às alterações periodontais associadas às mudanças graduais na oclusão produzidas pelo desgaste do dente, movimento de deslocamento dental em combinação com hábitos parafuncionais e não a uma sequela do trauma periodontal agudo. São mais comuns do que o trauma agudo. Um aumento da força de oclusão não é traumático se o periodonto de sustentação puder acomodá-la.
· Trauma primário: é resultante de forças oclusais excessivas (oclusão traumática) sobre um periodonto intacto (sem perda de inserção). Seus fatores etiológicos são restaurações altas, próteses que geram forças excessivas sobre os pilares ou sobre dentes antagonistas e forças ortodônticas. Suas alterações clínicas são dor (pericementite), aumento da mobilidade dental e ausência de dor com espaçamento do ligamento periodontal (todas essas situações ocorrem sobre um periodonto intacto). A ausência de perda de inserção como consequência desse trauma deve-se ao fato de as fibras gengivais supracristais não serem afetadas por ela, assim não ocorre a migração do epitélio juncional para apical. 
· Trauma secundário: é resultante da incapacidade dos tecidos periodontais de inserção de resistir e se adaptar às forças oclusais quando na presença de um periodonto reduzido, com ou sem bolsa periodontal. Pode ser uma força fisiológica normal ou uma força excessiva. O fato do periodonto estar reduzido não aguenta a força fisiológica, pois para ele passa a ser excessivo, podendo ter pericementite ou espaçamento (não é comum sentir dor) e ao fazer o teste de percussão, dá positivo. A bolsa não determina o trauma secundário, mas sim o periodonto reduzido
· Não foi estabelecidos efeitos das forças oclusais excessivas sobre a polpa dentária
· Relação entre as doenças periodontais induzidas por placa bacteriana e o trauma de oclusão: trauma de oclusão não gera inflamação gengival (gengivite induzida por placa nem formação de bolsa periodontal sobre um periodonto saudável); o trauma de oclusão não produz agravamento da gengivite induzida por placa previamente estabelecida; o trauma de oclusão não gera aumento do fluido gengival; o trauma de oclusão não tem influência sobre o repovoamento de bolsa periodontal após raspagem e alisamento radicular; na presença de inflamação gengival e na presença de placa o trauma de oclusão pode constituir como um fator de risco adicional para a progressão da periodontite estabelecida e seu agravamento. 
· Sinais clínicos e radiográficos do trauma de oclusão isolado: mais comum é a mobilidade dental aumentada e a pericementite. É importante ressaltar que no estágio em que há alargamento do ligamento periodontal e mobilidade dental aumentada sem dor, essa mobilidade não pode ser considerada patológica, porque é uma adaptação do periodonto de sustentação e não um processo de doença. Os sinais radiográficos são espessamento do ligamento periodontal, podendo haver espessamento na lâmina dura na região lateral da raiz e em áreas de bifurcação; destruição do septo interdental vertical em vez de horizontal; reabsorção radicular.

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