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Uso irracional de medicamentos 2021

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Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
21660 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.3, p. 21660-21676 mar 2021 
 
Uso irracional de medicamentos: uma perspectiva cultural 
 
Irrational use of medicines: a cultural perspective 
 
DOI:10.34117/bjdv7n3-060 
 
Recebimento dos originais: 08/02/2021 
Aceitação para publicação: 04/03/2021 
 
Claudia Costa da Silva Paula 
Mestranda em Gestão integrada do Território (GIT) 
 Universidade Vale do Rio Doce – UNIVALE 
 Avenida Prefeito Joel Heringer Nº 960 - Itabirinha - MG 
E-mail: claudiapaula863@gmail.com 
 
Renata Bernardes Faria Campos 
Doutora/ PhD em Entomologia 
Universidade Vale do Rio Doce- UNIVALE 
E-mail: rbfcampos@gmail.com 
 
Maria Celeste Reis Fernandes de Souza 
Doutora/PhD 
Universidade Vale do Rio Doce– UNIVALE 
E-mail: celeste.br@gmail.com 
 
RESUMO 
O uso irracional de medicamentos representa uma preocupação, visto que vem 
aumentando no Brasil e no mundo. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 
a maior parte dos medicamentos são prescritos, dispensados ou vendidos de forma 
inadequada, e a maioria dos pacientes fazem uso do mesmo de forma incorreta. Como 
objetivo deseja-se analisar produções acadêmicas dos últimos 10 anos, que tratam do uso 
irracional de medicamentos, problemáticas e consequências associadas a essa prática. Os 
artigos selecionados demostram que diversas são as problemáticas relacionados ao uso 
irracional de medicamentos, que pode ser influenciada por uma cultura 
medicamentalizante, indústrias farmacêuticas, prescrições inadequadas, orientação 
ineficiente. 
 
Palavra-chave: Uso irracional, Medicamentos, Saúde. 
 
ABSTRACT 
The irrational use of medicines is a concern, since it is increasing in Brazil and worldwide. 
The WHO (World Health Organization) estimates that most drugs are prescribed, 
dispensed or sold inappropriately, and most patients use it incorrectly. The objective is to 
analyze academic productions from the last 10 years, which deal with the irrational use 
of medicines, problems and consequences associated with this practice. The selected 
articles show that there are several problems related to the irrational use of medicines, 
which can be influenced by a medication culture, pharmaceutical industries, inadequate 
prescriptions, inefficient guidance. 
Keywords: Irrational use, Medicines, Cheers. 
mailto:claudiapaula863@gmail.com
mailto:rbfcampos@gmail.com
mailto:rbfcampos@gmail.com
mailto:celeste.br@gmail.com
mailto:celeste.br@gmail.com
Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
21661 
 
 
Brazilian Journal of Development, Curitiba, v.7, n.3, p. 21660-21676 mar 2021 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
Os medicamentos são parte integrante da prestação de cuidados de saúde. No 
entanto, são caros e representam uma proporção significativa dos gastos em saúde na 
maioria dos países. O uso irracional de medicamentos é um grande desafio enfrentado 
pelos sistemas de saúde em todo o mundo, além de ser um grave problema de saúde 
pública, prevalente em todo o mundo, podendo causar sérios danos à saúde da população 
(MELO; PAUFERRO, 2020). Tais práticas provavelmente podem acarretar problemas de 
saúde, além de colocar os pacientes em risco, resultam no desperdício de recursos que 
poderiam ter sido utilizados para alcançar outras necessidades pertinentes de saúde 
(OFORI-ASENSO; MAREE, 2016; FERREIRA, et al.,2018). 
O uso irracional de medicamentos representa uma preocupação, visto que vem 
aumentando no Brasil e no mundo. A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 
a maior parte dos medicamentos são prescritos, dispensados ou vendidos de forma 
inadequada, e a maioria dos pacientes não fazem uso do mesmo de forma correta (OMS, 
2010). 
Vários fatores contribuem para isso: Os prescritores podem obter informações 
sobre tratamentos a partir das companhias farmacêuticas ou através da mídia, que são 
fontes mais fáceis ou que trazem certos benefícios, em vez de reportarem-se a fontes 
baseadas em evidências; diagnósticos incompletos das doenças podem resultar em 
inadequada escolha dos tratamentos; pacientes buscam na internet medicamentos caros 
com preços mais acessíveis, mas de qualidade não assegurada (MINISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2012; PORTELA, et al., 2010). 
No Brasil, um fator determinante para o uso irracional de medicamentos pode 
estar relacionado ao baixo nível de organização de assistência médica o que pode acarretar 
a: polifarmácia, uso indiscriminado de antibióticos, prescrição não orientada por 
diretrizes, automedicação inapropriada e desmedido “armamentário” terapêutico 
disponibilizado comercialmente. O que pode proporcionar o uso abusivo, insuficiente ou 
inadequado de medicamentos, que traz prejuízos pois lesa a população, além de 
desperdiçar os recursos públicos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2012; LIMA, et al., 2018). 
 O cenário apresentado, instiga ao aprofundamento de estudos relacionados a essa 
prática, visto que é um problema que pode acarretar inúmeros transtornos para a 
população em geral, como também para o sistema de saúde. Portanto, o presente estudo 
trata-se de uma revisão sistemática de literatura sobre o uso irracional de medicamentos, 
Brazilian Journal of Development 
ISSN: 2525-8761 
21662 
 
 
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com a utilização de publicações acadêmicas que apresentassem uma análise sobre a 
temática escolhida, preferindo-se as que demonstrassem maior relevância de acordo com 
o tema buscado, que é o uso irracional de medicamentos. 
Na estratégia de busca utilizou-se a base de dados portal de periódicos CAPES, 
utilizando busca assunto, introduzindo palavras chaves que foi o uso irracional de 
medicamentos; como booleanos utilizou a inserção de parênteses. Desse modo retornados 
215 artigos, no entanto aplicou-se filtros, periódicos revisados por pares, selecionando 
175 artigos, dos mesmos foi aplicado um recorte temporal, onde restaram 121 artigos, 
que teriam cujos títulos e resumos analisados O que acarretou um impacto significativo 
para redução no número de artigos encontrados, depois dessa leitura selecionou-se os que 
tratavam do uso de irracional de medicamentos, selecionados 29 artigos, nos quais 02 
estavam repetidos, restando 27 artigos que continham a abordagem de interesse, que seria 
o uso irracional de medicamentos, causas e impacto perante a população e sistema de 
saúde, descartando-se então 94 artigos a qual não abordavam essas questões. 
Como critérios de inclusão, portanto, selecionou-se artigos revisados por pares, 
todos os idiomas, que apresentassem os seguintes temas, uso de medicamentos, uso 
irracional de medicamentos, automedicação, no período de publicação compreendido 
entre os anos 2010 a 2020. 
Nos critérios de exclusão, descartou-se artigos repetidos, sendo mantida apenas a 
primeira versão identificada, bem como aqueles que não possuíssem relação direta com 
o tema, como os que tratavam de jurisprudência, demanda judiciais de medicamentos, 
propostas de funcionamento de comitês farmacológicos em unidades básicas de saúde, 
etc. 
No total, foram utilizados 27 artigos revisados por pares, como critério de análise 
utilizou-se os que apresentavam como abordagem, perfil de usuário, fatores implicados a 
automedicação, sintomatologias comuns de automedicação e uso irracional de 
medicamentos e as consequências relacionadas a essa prática. 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
Será abordado na revisão aspectos relacionados ao consumo de medicamentos, 
automedicação, uso irracional, uso de antimicrobianos e resistência bacteriana, fatores e 
consequências associados as presentes práticas, visto que são assuntos relevantes e 
acarreta inúmeros malefícios aos que aderem essas práticas. 
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ISSN: 2525-8761 
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O medicamento tornou-se um símbolo e ocupam seu lugar de destaque, como uma 
mercadoria que tem o poder de mudar a direção do processo saúde-doença, e para um 
maior entendimento sobre a problemática do uso irracional de medicamentos, é 
importante e necessário entender as relações de consumo da sociedade e sua interação 
com o medicamento (ROCHA, 2014). 
A utilização de medicamentos sem prescrição médica é chamada de 
automedicação (DOMINGUES, et al., 2017), enquanto o uso irracional se dá quando há 
a automedicação sem prescrição e sem acompanhamento do farmacêutico (ROCHA, 
2014). 
A automedicação traz a facilidade de oportunizar um meio mais rápido para a 
solução dos sintomas corriqueiros e que não geram a ideia da necessidade de buscar um 
serviço médico. A dificuldade de acesso à saúde pública e uma cultura muito antiga de 
utilização de medicamentos sem a devida prescrição ou orientação de um profissional, 
pode ocasionar mais problemas a quem busca a automedicação (SILVA, et al., 2011). 
Arrais, et al., (2016), lista diversos fatores que contribuem para o aumento do 
consumo de medicamentos pela população tais como: 
 
O aumento da expectativa de vida populacional e seu reflexo em forma de 
aumento no número de doenças crônicas, bem como o surgimento de novas 
doenças sejam elas transmissíveis, transtornos psiquiátricos e todas as doenças 
que surgem a partir da degradação do meio ambiente, poluição ambiental, 
mudanças climáticas, e até mesmo o aumento nos investimentos com o 
objetivo de garantir o acesso à saúde. E mesmo com todo o avanço na área 
médica, a dificuldade de acesso aos serviços de saúde ainda é grande, fator que 
aliado às propagandas de medicamentos isentos de prescrição e à cultura da 
farmácia caseira constituem fatores para a prática da automedicação. 
(ARRAIS, et al., 2016. p.2) 
 
O uso irracional de medicamentos é configurado quando o paciente se automedica 
de acordo com indicação de pessoas não capacitadas, ou somente confiando em si mesmo 
em busca de aliviar seus sintomas, sem a orientação do farmacêutico, correndo o risco de 
sofrer reações adversas e interações medicamentosas, intoxicações e agravamento do 
quadro clínico (FERNANDES, et al., 2015). 
Diversos são os fatores negativos relacionados a essa irracionalidade, que dentre 
eles pode ser citado o uso indiscriminado de antimicrobianos, que pode ser adquirido sem 
prescrição, ou mesmo prescrito de maneira incorreta e com orientação ineficiente. De 
acordo com Del Fiol, et al., (2010): 
 
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O grande responsável pela disseminação dos genes de resistência e, por 
conseguinte de microrganismos resistentes, é sem dúvida o próprio homem. 
Afirma ainda que seja pela atitude inconsequente ou pela falta de informação, 
o uso irracional de antimicrobianos tem aumentado, a despeito de todas as 
publicações, campanhas e informações acerca do fato. (DEL FIOL, et al., 2010. 
p.68) 
 
Trevisol, et al., (2010), relata que o ato de prescrever medicamentos faz parte de 
nossa cultura. Esse problema no Brasil é tão frequente que os próprios profissionais da 
área aceitam esta prática, e muitas vezes são indicados medicamentos sem que se conheça 
a real condição clínica do paciente ou os efeitos que o medicamento poderá causar em 
seu organismo (TREVISOL, et al., 2010. p.3488). 
A quantidade exagerada de medicamentos disponíveis, e as propagandas que 
disseminam informações sobre os mesmos, aumenta as dúvidas e tende a dificultar o 
conhecimento de tudo que está no mercado por parte dos profissionais de saúde e pela 
própria população, o que contribui para a prática do uso irracional de medicamentos 
(TREVISOL, et al., 2010; DANDOLINI, et al., 2012). 
Dentre os fenômenos que estão definitivamente vinculados à emergência de 
resistência está o uso abusivo, indiscriminado e/ou inadequado de drogas 
antimicrobianas. Sendo que essa classe está entre as mais prescritas, segundo Braoios, et 
al., (2013). 
A resistência de bactérias aos antibióticos disponíveis clinicamente tornou-se um 
problema de saúde pública em todo mundo, drogas utilizadas em tratamentos de 
determinado quadro clínico, já não são eficientes para eliminar os microrganismos, o que 
pode por agravar o quadro do paciente, levando os profissionais buscarem drogas cada 
vez mais forte, selecionando ainda mais esses microrganismos, tornando-os resistentes a 
diversas classes de antimicrobianos, sendo mais difícil tratar determinadas infecções. 
Além disso, o custo financeiro de uma terapia fracassada por conta desses 
microrganismos é muito grande, onerando ainda mais os sistemas públicos de saúde (DEL 
FIOL, et al., 2010; RODRÍGUEZ, et al., 2012). 
Sabe-se que a falta de adesão às medidas de precaução pode acarretar como 
consequência o aumento do índice de transmissão de microrganismos resistentes e o 
aumento dos custos com os antimicrobianos. Assim, como afirma Viterbo, et al. (2016), 
considerando o princípio da não maleficência, ressalta-se a importância da 
conscientização profissional na adoção destas medidas, visando com isto, à redução dos 
riscos e danos e a disseminação de microrganismos resistentes. 
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O medicamento é utilizado por conta própria ou por indicação leiga, para tratar 
determinado problema de saúde, a população deseja alcançar o bem estar físico livre de 
dores e incômodos, através desses medicamentos, o que pode culminar em um excessivo 
consumo dos mesmos. Assim como destaca Delfino, (2012) “O tema tem sido tratado 
como um problema de saúde pública, pois o Brasil está entre os maiores consumidores 
de medicamentos do mundo, segundo a OMS” (DELFINO, 2012). 
Os crescentes efeitos adversos, intoxicações, complicações de saúde que surgem 
pelo consumo inadequado de medicamentos, são de grandes preocupações. “Os efeitos 
podem ser a curto, médio ou longo prazo. O uso irracional de uma medicação pode causar 
desde a ineficácia desta até a promoção de alergias, problemas gástricos, intoxicações e 
outros inúmeros efeitos adversos”, assim como afirma Monteiro, (2012. p.6). 
Então pode-se considerar que o uso irracional de medicamentos envolvem 
diversos fatores, que vai desde ordem cultural, social e governamental, pois é necessário 
implantação de medidas que visem a conscientização da população quanto aos malefícios 
proporcionados por essa prática. O uso inadequado de medicamento traz consequências 
das mais variadas ordens, quer seja ao usuário diretamente ou ao orçamento dos serviços 
públicos de saúde (MONTEIRO, 2012; ROCHA, 2014). 
Segundo Naves et al., (2010), em lugares onde o sistema de saúde é insatisfatório 
e os aspectos contextuais das enfermidades passam despercebidos, o medicamento 
assume um papel central e começa a ser visto como resolução do problema. 
O uso irracional de medicamentos é um assunto complexo e necessita ser 
estudado, partindo da perspectiva, do envolvimento de diversos contextos, que vai desde 
a prescrição, dispensação e o uso propriamente dito. Dessa forma entende-se que é um 
vasto campo a ser explorado, visto que essa realidade está presente em muitos países. Vê-
se ainda que as precárias condições de acesso ao sistema de saúde pode ser um fator 
determinante para essa irracionalidade quanto ao uso de medicamentos, além das muitas 
consequências associadas a mesma. 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÕES ALCANÇADOS 
Dos textos lidos e analisados, observa-se que vários autores abordam esse tema, 
cujos podem citar-se, Del Fiol, et al., (2010), que busca relacionar a não utilização de 
protocolos terapêuticos pelos profissionais médicos e os erros de prescrições 
medicamentosas, que pode levarao insucesso do tratamento, ocasionar e contribuir para 
resistência bacteriana, automedicação e consequentemente uso irracional de 
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medicamentos. Trevisol, et al., (2010), que trata das propagandas de medicamentos e suas 
influencias quanto ao uso irracional de medicamentos; Mota, et al., (2012), que aborda o 
uso abusivo do medicamento e como vem crescendo cada vez mais, aborda ainda os 
fatores associados a esse processo, etc. 
O uso irracional de medicamentos tem sido uma questão bastante discutida, visto 
que é um problema que traz grande preocupação em todo mundo. É uma prática 
amplamente evidenciada, que requer intervenção políticas, em forma de promover o uso 
racional destes medicamentos. 
Essa prática está consideravelmente disseminada em meio a sociedade, assim 
considera que o assunto relacionado ao uso irracional de medicamentos é bastante amplo 
e segundo os artigos analisados essa prática abrange diversas classes sociais, todos os 
níveis de escolaridade e todos os sexos. 
Com base nas análises feitas é notório o perfil de usuários que aderem essa prática. 
Como perfil é considerado a classe social, o sexo, a idade e a escolaridade. 
Pode-se observar também que vários fatores podem estar relacionados e 
correlacionados a essa questão, que vai desde a facilidade de acesso aos medicamentos 
em farmácias, difícil acesso a assistência médica, prescrições inadequadas, fatores 
econômicos e questões relacionadas a falta de tempo, considerando que vive-se em uma 
sociedade imediatista e acelerada dotada de valores e crenças, buscando na 
automedicação uma maneira de ganhar tempo, sem precisar gastar horas em uma consulta 
médica. Além de fatores relacionados a prática do uso irracional de medicamentos, vê-se 
necessário apontar, que nos artigos analisados, achados relacionados as classes de 
medicamentos mais utilizados e as sintomatologias mais comuns em que são praticados 
a automedicação e o uso irracional de medicamentos, que estão entre as classes dos 
AINES (anti-inflamatórios não esteroidais), anti-histamínicos, analgésicos e antibióticos. 
Respectivamente dores, sintomas de gripe, alergias, problemas gastrointestinais e febre. 
Para melhor visualização foi elaborada uma tabela, a qual contém as abordagens 
dos artigos diante da prática do uso irracional de medicamentos, e nela é apontado o perfil 
de usuário, que mais aderem a prática da automedicação e consequentemente o uso 
irracional de medicamentos, aponta ainda fatores implicados a automedicação, as 
principais classes de medicamentos que são utilizadas e em quais sintomatologias essa 
prática são mais evidentes. 
 
 
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Tabela: Abordagem dos artigos analisados segunda a prática do uso irracional de medicamentos: 
Perfil dos usuários Fatores implicados na 
automedicação 
Principais classes de 
medicamentos 
utilizados 
Sintomatologia 
Mulheres Facilidade de acesso 
aos medicamentos 
Anti-
inflamatórios(AINES) 
Dor 
20-49 anos Dificuldade de 
atendimento médico 
Analgésicos Sintomas de gripe 
Ensino médio Falta de tempo Anti-histamínicos Alergias, problemas 
gastrointestinais 
Um salário mínimo Economia Antibióticos Febre 
FONTE: Paula, 2020. 
 
Por sua vez a tabela demonstra as principais informações extraídas dos artigos 
analisados. 
Outros achados importantes estão relacionados a influência da indústria 
farmacêutica e da mídia nas prescrições médicas, através de amostra de medicamentos, 
recebidos e entre outros artifícios utilizados por esses, que fazem com que o profissional 
prescreva medicamentos que beneficiem tal meio, sem se reportar para fontes confiáveis 
e os medicamentos que realmente é necessário àquele sujeito. Também reportam-se para 
a influência que tais meios tem sobre a população, demostrando somente benefícios que 
o medicamento pode trazer, e não demonstrando o quão prejudicial pode ser, se não 
utilizado de forma correta. Além de estudos que demonstrem as informações fornecidas 
aos pacientes acerca dos medicamentos. 
 Ainda observa-se a prática irracional em relação aos antimicrobianos e 
consequências trazidas, que seria a resistência bacteriana, a seleção e disseminação dos 
microrganismos resistentes, fazendo com que utilize-se drogas cada vez mais fortes para 
tratamentos, e aumento do custo da terapia e assim o sistema de saúde fica cada vez mais 
sobrecarregado e gastando mais recursos que poderiam ser destinados a outros problemas 
pertinentes à saúde. 
A estratégia de busca adotada permitiu identificar e analisar diversos estudos que 
tinham como objetivo a investigação da automedicação, uso irracional de medicamentos, 
fatores associados, consequências proporcionadas por esta prática, podendo variar quanto 
à faixa etária da população estudada, problema de saúde ou amostra da população (como 
o caso de estudantes e profissionais da saúde). 
O conceito de automedicação apresentado por parte dos autores, é que essa prática 
se constitui pela utilização de medicamentos sem prescrição médica (AQUINO, et al., 
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2010; NAVES, et al., 2010). Quanto ao uso irracional, é o uso sem prescrição e sem 
orientação, e ainda salientam que esse uso irracional alimenta desperdício de recursos 
(OLIVEIRA, et al., 2013). Um dos sentidos para que os medicamentos sejam tão 
difundidos socialmente a ponto do consumo se tornar irracional está relacionado ao 
medicamento ser considerado como um símbolo de saúde, ou seja, ao tomar os 
medicamentos os mesmos proporcionam a cura. Os medicamentos têm-se convertido em 
elementos de primeira ordem, que constituem em ferramentas poderosas para minimizar 
o sofrimento humano (MELO; OLIVEIRA, 2011; AQUINO, et al., 2010; SILVA, et al., 
2011) 
O uso irracional de medicamentos representa um desafio global relacionado a 
saúde, com implicações significativas tanto para o sujeito, sistema de saúde e sociedade 
como um todo. Considerando que vários fatores podem promovê-lo, em diferentes 
estágios e ciclos de uso. A compreensão desses fatores são fundamentais para mudar o 
comportamento da população e promover o uso racional de medicamentos (OFORI-
ASENSO; MAREE, 2016; LIMA, et al., 2018; CORRÊIA, et al., 2012). 
Alguns dos autores ainda tratam do uso irracional de medicamentos e como essa 
prática pode trazer consequências para o sistema de saúde, proporcionando muitos gastos 
e lesando a população. O que o torna um problema de grande relevância clínica, visto que 
acarreta danos à saúde do paciente, desde reações adversas, dificuldade no diagnóstico 
clínicos, devido ao mascaramento de sintomas, até a resistência bacteriana, dificultando 
cada vez mais o entendimento do processo saúde doença de determinados grupos (DEL 
FIOL, et al., 2010; VIRTEBO, et al., 2016; ARAÚJO, et al., 2015). 
Oenning, et al., (2011), discorrem acerca das informações fornecidas aos 
pacientes em relação ao medicamento, quais reações o mesmo pode causar se não usado 
de forma correta, quais as interações, posologias, etc. Sendo que os mesmos observam 
que as informações fornecidas ao paciente são confusas e inadequadas, ou muitas vezes 
nem são feitas, deixando o paciente sem as devidas informações para uso do 
medicamento, levando-os a utilizá-los de forma errada, provocando danos à saúde dos 
mesmos. 
Analisando os artigos, ainda percebeu-se grande heterogeneidade nas populações 
que aderem à prática aqui abordada. As populações de estudo variaram de pessoas idosas, 
adultos, adolescentes, crianças, universitários, moradoreslocais, profissionais da saúde, 
entre outros. De modo que, esta diversidade mostra a abrangência dos estudos realizados 
e ao mesmo tempo confirma que a prática da automedicação e o uso irracional de 
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medicamentos está presente em todos os âmbitos da população (ROCHA, et al., 2013; 
OLIVEIRA, et al., 2013; CORREIA, et al., 2019; MARLIT, et al., 2017; SCHMID, et 
al., 2010; LIMA, et al., 2018; ARRABAL, J., et al., 2018; BRUM et al., 2011; FIRMINO, 
et al., 2012; OLIVEIRA; SANTOS, 2016). 
Levando em consideração os fatores associados e relacionados à automedicação e 
o uso irracional, destaca-se a idade, o sexo, a escolaridade, a falta de acesso aos serviços 
de saúde e o acesso facilitado aos medicamentos. Em relação à idade observou-se maior 
frequência de automedicação em pessoas com idade mais avançada (OLIVEIRA, et al., 
2018; CORREIA, et al., 2019; SILVA, 2017), isso pode estar relacionado ao fato dessa 
faixa etária estarem mais predispostos aos problemas de saúde que motivam a realização 
da automedicação, própria ou por indicação leiga. Quanto ao gênero, relata-se que esta 
prática é geralmente mais comum nas mulheres em função do maior cuidado à saúde e 
também maior frequência de sintomas corriqueiros relacionados a hormônios 
(BERTOLDI, et al., 2014; OLIVEIRA, et al., 2013; ROCHA, et al., 2013; MARLIT, et 
al., 2017). Entretanto, no estudo com adultos de baixa renda em São Paulo, Schmid, et 
al., (2010) observou que não houve diferença significativa entre os sexos. Já Arrabal 
Júnior, et al., (2018) em seus estudos, identificou uma maior prevalência de 
automedicação no sexo masculino. 
Quanto aos fatores implicados a automedicação Oliveira, et al., (2013); Canindé, 
et al., (2012); Mota, et al., (2012), encontraram resultados semelhantes em seus estudos, 
demostrando que os fatores econômicos, políticos e culturais tem contribuído para difusão 
dessa prática, destacando ainda que a facilidade de acesso aos medicamentos, dificuldade 
de atendimento médico, falta de tempo e economia estão diretamente relacionados a essa 
prática (MOTA, et al., 2012). 
Picon, et al., (2014), relata que indivíduos com nível superior tendem a utilizar 
menos medicamentos, pois possuem maior acesso ao sistema de saúde privado e 
consequentemente maior acesso ao médico, o que acaba por reduzir a incidência da 
automedicação. Assim segundo Picon, et al., (2014), os indivíduos que possuem apenas 
nível médio, se automedicam com maior frequência, tanto pela falta de acesso ao sistema 
de saúde e/ou dificuldade de atendimento médico, tornando a automedicação uma 
alternativa viável para o indivíduo. 
Em relação aos problemas motivadores, foi observada maior prevalência de 
automedicação mediante sintomas de dor. Isto ocorre por este sintoma ser comum a 
muitos problemas de saúde (CORREIA, et al., 2019) e o acesso aos medicamentos para 
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o tratamento deste sintoma, que são os analgésicos e anti-inflamatórios, ser facilitado. 
Esta facilidade se deve ao fato dos analgésicos serem, na sua maioria, isentos de 
prescrição médica (BECKHAUSER, et al., 2012). Sendo assim, esta é a classe de 
medicamentos mais utilizada na automedicação, como observado no estudos feitos por 
Correia, et al., (2019) e Beckhauser, et al., (2012). Foram identificados também 
sintomatologias associados aos sintomas de gripe, alergias, sintomas gastrointestinais e 
febre (CORREIA, et al., 2019). 
Destaca-se também os achados de Martinez, et al., (2014) que aborda as principais 
classes terapêuticas utilizadas na automedicação, para amenizar os sintomas 
apresentados, que são os AINES (anti-inflamatórios não asteroidais), analgésicos, anti-
histamínicos, antibióticos. 
Nessa perspectiva, frente a todos os artigos analisados, o uso irracional de 
medicamentos é uma prática muito presente na sociedade e pode causar problemas de 
saúde e gastos para o sistema de saúde. Está amplamente difundida no dia a dia das 
pessoas, o que faz necessário a implantação de medidas para promover educação em 
saúde que visem o uso racional dos medicamentos, visto que já fala-se bastante sobre essa 
promoção, porém não se observa o alcance em meio a sociedade e nem redução da prática 
aqui aborda. 
 
4 CONCLUSÕES 
O objetivo do artigo foi analisar produções acadêmicas dos últimos 10 anos, que 
tratam do uso irracional de medicamentos, problemáticas e consequências associadas ao 
mesmo, e para tal foi realizada uma busca sistemática de artigos, cujo tema principal foi 
o uso irracional de medicamentos. Com base nos artigos analisados pode-se destacar que 
os medicamentos, em meio uma sociedade altamente globalizada pode ser considerado 
uma mercadoria simbólica, cheio de signos e significados, que desempenha papel 
fundamental para tratamento de diversos problemas de saúde. Porém cabe salientar que 
como abordado, os medicamentos tornaram-se alvos de grande consumo, que o mesmo 
passou a ser considerado um problema de saúde, visto que o consumo irracional 
proporciona riscos à saúde, pois acarreta reações adversas, intoxicação graves, 
agravamento do quadro clínico e pode levar à morte, se não utilizado em doses e 
posologias adequadas. 
A automedicação e o uso irracional de medicamentos está presente em todos os 
âmbitos da sociedade e amplamente difundida nela, visando a melhora de sintomas 
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apresentados no dia a dia, sem buscar informações seguras da consequências 
proporcionadas por essa, prática se realizada sem o devido conhecimento e orientação. 
Portanto conclui-se que a análise dos artigos permitiu melhor entendimento sobre 
o uso irracional de medicamentos e as diversas problemáticas relacionadas ao mesmo, 
como os diversos determinantes para que tal aconteça. Diante desses fatos, é 
imprescindível que haja uma atenção voltada para essas questões, visto que tais 
abordagens, demonstram impacto relevante na sociedade e também nos recursos 
destinados a saúde. Então observa-se a necessidade de novos estudos que demostrem 
todas as consequências dessa prática na saúde, visando sempre a promoção de educação 
em saúde frente ao uso irracional dos medicamentos, que possa promover a racionalidade 
quanto ao uso desses, e assim contribuir para um melhor acesso ao sistema de saúde. 
 
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