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Antifúngicos: mecanismos de ação Drogas antifúngicas: - medicamentos com diversas ações frente aos fungos - micoses superficiais e cutâneas, micoses subcutâneas e sistêmicas - podem ser divididos de acordo com diferentes características: - mecanismo de ação, composição química, espectro de ação, tipos de micoses em que atuam Alvos para a quimioterapia antifúngica: - candinas: inibição da síntese da parede celular - polienicos: atuam diretamente na membrana celular do fungo - polienicos, morfolinas e alilaninas: síntese de ergosterol - análogos de pirimidinas: atuam no núcleo ou inibindo o fuso mitótico Mecanismos de ação: antifúngicos que agem na membrana celular: - poliênicos, azólicos, azilamina, benzilamina e morfolina - atuam diretamente ou inibindo algum composto importante para a membrana - fungistáticos – inibem o crescimento do microrganismo - fungicidas: mata o microrganismo Desestabilizadores da membrana: - poliênicos - mãos de 50 poliênicos naturais: nistatina, anfotericina B - poliênico formado por um anel de 26-38C - se liga ao ergosterol da membrana atuando no microrganismo - liga-se ao ergosterol, cria poros (canais iônicos) desencadeando alterações na permeabilidade celular, perda de constituintes intracelulares e morte celular - geração de uma cascata de reações oxidativas desencadeada pela oxidação da própria droga Poliêncicos: nistatina: - 1º poliênico - isolado de Streptomyces noursei e em ocasiões por S. albulus - uso tópico e oral - indicações: tratamento de dermatófitos e infecções mucocutâneas por Candida - altamente tóxico - não se absorve por via gástrica Poliênicos: anfotericina B desoxicolato: - isolado de Streptomyces nodosus - pouco solúvel em água - espectro de ação: Candida spp (exceto C. lusitaniae), Cryptococcus neoformans, Rhodotorula spp, Fungos dimórifocs, Marina Reuter Pierote compleco Sporothrix shcenckii, Mucorales e Aspergillus spp - não tem escpetro: Fusarium spp., A. terrus, certos fungos demáceos e Thrichosporon sp.p. - contraindicação: insuficiência renal e hepática ou com hipersensibilidade - resistência (quantidade menor de ergosterol): C. carrioni e F. pedrosoi - degrada na presença de luz - efeitos adversos: agudos – febre, calafrio, vomito, náusea e cefaleia - nefrotoxicidade, hepatotoxicidade, cardiotoxicidade e anemia - anfotericina B se liga ao ergosterol da célula fúngica e acaba se ligando também ao colesterol da célula humana -> toxicidade Anfotericina B: - novas formulações: - criadas novas formulações de anfotericina B (lipídicas) -> menor toxicidade, eficácia semelhante, uso de doses maiores, mais caros (doentes que não respondem a anfotericina B convencional ou que é preciso aumentar a dose) - maior afinidade pela célula fúngica - menor toxicidade, por impedir liberação nas celulas do hospedeiro - permite maiores dosagens - custo muito elevado Inibidores da síntese de ergosterol: - antifúngicos que interrompem produção de ergosterol – membrana fúngica enfraquecida – microrganismo interrompe seu crescimento Alilaminas: - terbinafrina e butenafina: - antimicoticos sintéticos, fungicida e fungistático - intervém no início da síntese de esterol - geram membranas defeituosas, perdendo estrutura e funcionalidade - acumulo de esqualeno (tóxico) e falta de ergosterol - espectro de ação: dermatófitos - tinha de cabeça, pés, corpo, onicomicose (dermatofítica) - micoses subcutâneas: esporotricose e cromobalstomicose - efetivo em 90% dos casos - reações adversas: diarreia, náuseas, erupções cutâneas, urticaria e fotossensibilidade Azólicos: - antifúngicos sintéticos caracterizados por apresentarem largo espectro de ação, boa disponibilidade oral e baixa toxicidade - semelhanças – imidazólicos e triazólicos: possuem na sua estrutura um azel azólico de 5 átomos unidos a outros anéis Marina Reuter Pierote aromáticos; mesmo espectro e mesmo mecanismo de ação - diferenças: nº de átomos de azoto no anel azólico, triazólicos apresentam maior absorção; triazólicos tem menos efeito na síntese de esterol humano Mecanismo de ação dos azólicos: - entra dentro da célula fúngica e se liga a enzima 14 alfa DM – perde sua função – não forma ergosterol (ioanosterol não forma ergosterol) - bloqueio da demetilacao da 14 alfa ianosterol, bloqueando a síntese do ergosterol, componente essencial da membrana do fungo -> célula fúngica enfraquecida Imidazólicos: - bifonazol, clotrimazol e miconazol -> tópico, dermatite de contato, fungistaticos - > candidíase vaginal - cetoconazol -> tópico e sistêmico -> dermatofitose, dermatite seborreica – são fungistatico e fungicidade, amplo espectro - dermatotofitose, candidíase cutânea/ mucocutanea e Malassezia spp - contraincidado: hepatite aguda ou crônica, disfunção renal - são hepatotóxico, altera níveis de testosterol e cortisol Triazólicos: - uso sistêmico - exceção: terconazol Efeitos da toxididade de triazolicos: - hepatotoxicidade, pancreatite, dor nos ossos, congestão Antifúngicos que agem na síntese da parede celular: - equinocandinas: peptídeos cíclicos - equinocandinas (anidulafungina e micafungina) - pneumocandinas (caspofungina) - aculeacinas - esporofunginas - mulundocandinas - voltado p/ atuação na parede celular – menos toxicidade p/ célula do hospedeiro Mecanismo de ação das equinocandinas: - perda da integridade da parede celular - atuam em uma enzima da membrana celular que forma a parede celular (inibe formação de glucana da parede celular) - fragilidade osmótica - efeito fungicida - divisão e crescimento celular - lipopeptídios - fungistatico (C. parapsiolosis e C. guillermondii) - anidufungina e caspofungina – tratamento de candidíase esofágica e candidemia Marina Reuter Pierote - micafungina – tratamento da candidíase esofágica, candidemia e prevenção da candidíase invasiva Equinocandinas: - baixa toxicidade - espectro de ação: CI, pneumocistose e aspergilose - fungos demáceos e dimórficos - pouca interação com outras drogas, via de administração intra venosa Pneumocandinas: - lipopeptideos semissinteticos – fungicida e fungistático - tratamento de candidíase invasiva e asperilose invasiva refrataria Antifúngicos que inibem a síntese de ácido nucleico: - atuam na síntese de DNA/RNA - análogos de pirimidina Mecanismo de ação da flucitosina: - entra na célula fúngica – se transforma em 5 fluoracil e outros compostos até chegar na 5 fluouridina (similar a uracila) – se liga ao RNA e inibe sua síntese - também inibe síntese de DNA – molécula fúngica pare de se desenvolver - nunca administrada em monoterapia - espectro de ação restrito - exclusão da relação de medicamentos essenciais do ministério da saúde Antifúngicos que atuam na mitose fúngica: - 1º antifúngico descoberto - recomendação: tratamento das dermatofitoses - inibe função microtubular (interfere na polimerização da tubulina) - inibe divisão celular - inibe o crescimento *quanto mais recente a droga, mais cara Agentes antifúngicos em avaliação: - albaconazol e ravuconazol (triazolicos) - aminocandina (equinocandina) - nicomicina Z (nibidor de síntese de quitina) - derivados da sordarina e azasordarina (inibidor do fator de alongamento – inibe síntese proteica) Resistencia e sensibilidade aos antifúngicos: - resistência: capacidade do microrganismo em crescer em concentrações plasmáticas da droga - sensibilidade: quando não crescem nessas concentrações - sensibilidade: quando não crescem nessas concentrações Resistencia aos antifúngicos: Fatores do hospedeiro: - estado imunológico - dispositivos médicos implantados Marina ReuterPierote - sitio de infecção - enfermidade de base Propriedades do fungo: - resistência microbiológica - espécie de fungo - formação de biofilme - tamanho da população fúngica Propriedades da droga antifúngica: - dose inapropriada - natureza fungistática da droga - má asborcao, distribuição ou metabolização - interações com outras drogas O antifúngico ideal: - toxicidade seletiva baixa – menos efeitos colaterais - amplo espectro de ação e eficácia clinica - não permita a seleção de amostras resistentes - solúvel em água - boa estabilidade - boa farmacocinética (absorção, distribuição, metabolismo e excreção) - baixo custo - disponibilidade no mercado - menos interações medicamentosas Marina Reuter Pierote
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