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4 - Embargos de Declaração

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4 - Embargos de Declaração 1
🌞
4 - Embargos de Declaração
Os Embargos de Declaração são uma modalidade de recurso prevista no art. 1.022 do 
CPC/15.
Quando cabe os Embargos de Declaração?
Contra decisões judiciais em que estejam presentes:
Omissão (falta de manifestação);
Contradição (quando há uma conclusão ilógica da decisão em relação aos seus 
fundamentos);
Obscuridade (falta de clareza na decisão);
Erro material capaz de tornar seu conteúdo obsoleto (erros de cálculo, de 
gramática, de ortografia ou sintaxe).
Qual o principal objetivo?
4 - Embargos de Declaração 2
Os E.D. têm como intuito esclarecer e corrigir os itens mencionados no tópico 
anterior. 🌞
Esse recurso não tem a função de viabilizar a revisão ou a 
anulação das decisões judiciais, como acontece com os demais 
recursos. Sua finalidade é corrigir defeitos – omissão, 
contradição, obscuridade e erros materiais – do ato judicial, os 
quais podem 
comprometer sua utilidade (art. 1.022). (MARINONI, 2020)
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer 
decisão judicial para:
I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se 
pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
III - corrigir erro material.
Vejamos o exemplo: determinado juiz está responsável por uma causa, e existe um 
entendimento firmado em julgamento de recursos repetitivos e ele não aplicou esse 
entendimento ao caso, isso é uma omissão. 
Então, você tem direito entrar com um embargo de declaração.
Além disso, a lei ainda traz o conceito do que seria decisão 
omissa:
4 - Embargos de Declaração 3
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de 
casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência 
aplicável ao caso sob julgamento;
II - incorra em qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º .
💡 O art. 489, §1º trata da FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO DE UMA DECISÃO: 
1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela 
interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato 
normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão 
decidida;
II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o 
motivo concreto de sua incidência no caso;
III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra 
decisão Famoso "copiar e colar" de outra decisão.
IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo 
capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador; O 
juiz é obrigado a enfrentar acerca de todos os argumentos 
produzidos no processo.
V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem 
identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o 
caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos; Semelhante 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm#art489%C2%A71
4 - Embargos de Declaração 4
ao inciso que trata da replicação/paráfrase do ato normativo. 
Famoso "copiar e colar".
VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou 
precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de 
distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento. 
É diferente do inciso anterior. Neste caso, o juiz vai contra 
Súmula.
Qual o prazo para opor um E.D.?
5 DIAS ÚTEIS (Art. 1.023, CPC) > indicando o erro e NÃO SE SUJEITANDO A 
PREPARO. $$$
Porém, no caso de litisconsórcio com procuradores diferentes, o prazo será em 
DOBRO (art. 229, CPC).
Quais são os efeitos do E.D.?
Os E.D. possuem um efeito devolutivo específico, o
EFEITO DEVOLUTIVO SUI GENERIS
Isto é, ele devolve a matéria para o próprio órgão prolator da decisão.
4 - Embargos de Declaração 5
Dessa forma, 
Se for o embargo de declaração de uma sentença > quem vai julgar será o próprio 
juiz.
Se for o embargo de declaração de um acórdão > quem vai julgar será o órgão 
colegiado, a câmera cível, os três desembargadores.
Se for um embargo de declaração de uma decisão monocrática de um relator > 
quem vai julgar é o próprio relator.
NÃO POSSUI EFEITO SUSPENSIVO DA DECISÃO
Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito 
suspensivo e interrompem o prazo para a interposição de recurso.
Porém, pode ser solicitado nas hipóteses do §1º:
§1º A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser 
suspensa pelo respectivo juiz ou relator se demonstrada a 
probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a 
fundamentação, se houver risco de dano grave ou de difícil 
reparação.
POSSUI O EFEITO INTERRUPITIVO DE PRAZOS
Uma vez opostos os E.D., ficam suspensos os prazos para interposição dos demais 
recursos até que a peça seja solucionada. (O prazo para o julgamento dos embargos 
também é de 5 dias - art. 1.024).
Em virtude disso, há advogados que utilizam dos Embargos de Declaração com fins 
protelatório, isto é, para "ganhar tempo". 
4 - Embargos de Declaração 6
💀 TODAVIA, o CPC prevê uma PUNIÇÃO para isso (§§ 2º, 3º e 4º do art. 
1.026, CPC):
1. § 2º Quando manifestamente protelatórios os embargos de declaração, o juiz ou o 
tribunal, em decisão fundamentada, condenará o embargante a pagar ao 
embargado multa não excedente a dois por cento sobre o valor atualizado da 
causa.
2. § 3º Na reiteração de embargos de declaração manifestamente protelatórios, a 
multa será elevada a até dez por cento sobre o valor atualizado da causa, e a 
interposição de qualquer recurso ficará condicionada ao depósito prévio do valor da 
multa, à exceção da Fazenda Pública e do beneficiário de gratuidade da justiça, 
que a recolherão ao final.
3. § 4º Não serão admitidos novos embargos de declaração se os 2 (dois) anteriores 
houverem sido considerados protelatórios.

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