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AUTOAGRESSÃOAUTOAGRESSÃO E SUICÍDIOE SUICÍDIO Discente: Luísa Bombassaro 2021 Autoagressão Automutilação É o impulso (ou a compulsão) seguido de comportamento de autolesão voluntária. Os pacientes produzem escoriações na pele e nas mucosas. Ato de ferir a si mesmo deliberadamente, resultando em dano imediato a uma parte do corpo, sem intenção suicida, e não aprovado socialmente dentro da própria cultura, nem mesmo para exibição. Facas, estiletes, pregos e pedaços de vidro, arrancam os cabelos (tricotilomania), queimam a pele com cigarros, etc. Adolescentes. Cigarro Corte Skin picking Tricotilomania Pacientes psicóticos, geralmente com esquizofrenia em estado alucinatório- delirante, e indivíduos com psicoses tóxicas, produzidas por alucinógenos. Transtorno da personalidade borderline, transtorno obsessivo- compulsivo (TOC) e em algumas pessoas com deficiência intelectual. Leves e moderadas: Graves Autoenucleação (extração do próprio olho) Autoamputação do pênis ou de uma mão 1º livro: 1938 HistóriaHistória 1º artigo: 1846 Senhora maníaco-depressiva de 48 anos. "Man Against Himself" escrito por Menninger Sd. do cortador de punho: anos 60 Cortes - 94,7% Queimaduras - 78,9% Autogolpes - 73,7% Coçar até ferir - 58,9% Mordidas - 50,5% Interferência na ferida (arrancar a casca) - 48,4% Bater a cabeça - 46,3% Métodos mais frequentes:Métodos mais frequentes: Razoes maisRazoes mais comuns:comuns: aliviar sensação de “tensão interna”; ~ aliviar sensações ruins, como raiva de si mesmo, ansiedade, depressão, disforia e sensação de perda do controle; sentir alguma coisa, mesmo que seja dor”, diante de uma “sensação de vazio”; autopunição. Fatores de risco: Maus-tratos na infância e adolescência (abuso sexual, emocional e/ou físico, negligência). Bullying e cyberbullying. Crise de orientação sexual. Abuso de álcool e drogas. Uso excessivo e indevido da tecnologia. Isolamento social. Transtornos alimentares, de humor, de personalidade e transtornos de ansiedade. Transtorno de estresse pós- traumático (TEPT) - 40% C om or b id a d es Transtorno depressivo - 92,5% Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) - 57,5% Transtorno de ansiedade generalizada (TAG) - 37,5% Bulimia - 25% Outros transtornos do controle do impulso (TCI) - 62,5% Transtorno explosivo intermitente - 30%; Oniomania (compulsão por compras) - 30%; Dependência de internet - 15%. Impulsividade Aumento de dopamina BaseBase neurobiológicaneurobiológica córtex pré -frontal, hipotálamo, tálamo, amígdala e gânglios da base. Neurotransmissão por 5-HT reduzida. Eixo hipotálamo-pituitária- adrenal hiporresponsivo = secreção de cortisol reduzida C L A S S IF IC A Ç Ã O DSM - V Automutilação como sintoma decorrente de alguns transtornos como: Transtornos do Neurodesenvolvimento, Transtornos Dissociativos de Identidade e Transtorno de Personalidade Borderline. CID - 10 Enquadra em determinadas classificações, como no transtorno de personalidade com instabilidade emocional, subdividido em transtorno da personalidade agressiva, borderline e explosiva. Critérios Diagnósticos DSM-5 Seção III, nas Condições para Estudos Posteriores, como non-suicidal self-injury e traduzida para o português como autolesão não suicida. Como identificar o comportamento autolesivo? Atentar-se a: Vestimentas; Atividade física; Isolamento social; Bullying; Família. Questionar: Abordagem: Histórico e evolução do comportamento; Motivação e função; Frequência Método; Rituais; Severidade das feridas; Risco de suicídio; Uso de internet; Prevenção: Ambiente escolar Campanhas Grupos deapoio Tratamento medicamentoso: Principal objetivo: tratamento das comorbidades. Cloridrato de sertralina - 200mg/dia por 12 semanas; Venlafaxina - 315mg/dia; Naltrexona - 50mg/dia; Olanzapina, aripiprazol, buprenorfina, oxcarbamazepina, EVITAR: tricíclicos, bupropiona, benzodiazepínicos. Psicoterapia: TCC: Desenvolver ou reforçar a orientação positiva para o problema, diminuindo uma orientação negativa. Treinar a obtenção de solução racional de um problema (ou seja, definir e formular o problema, gerar soluções alternativas, tomar uma decisão e verificar a essa solução). Reduzir a evitação de resolução de problemas, bem como tomada de decisão impulsiva e descuidada Psicoterapia: TCC: Terapia dialética comportamental (TDC): combina treino de habilidades, exposição e prevenção de resposta, treino de resolução de problemas e modificação cognitiva de estratégias de conscientização, estabelecimento e práticas de aceitação Principal tipo de TCC: Terapia em grupo: Desenvolver estratégias para regulação das emoções; Desenvolver habilidades para tolerar situações de estresse; Desenvolver habilidades para comunicar-se e procurar ajuda; Treinar a resolução de problemas. Principais objetivos: Terapia em grupo: Terapia familiar: Suicídio Ato fatal que representa o desejo da pessoa de morrer. Morte autoinfligida com evidências explícitas ou implícitas de que a pessoa pretendia morrer.Latim: "autoassassínio" Ato deliberado, iniciado e concluído por uma pessoa com pleno conhecimento ou expectativa de sua morte. EMERGÊNCIA PRIMÁRIA C on ce it os C on ce it os EPIDEMIOLOGIA Entre 2010 e 2019: 112.230 mortes por suicídio, com um aumento de 43% no número anual de mortes. Regiões Sul e Centro-Oeste, com as maiores taxas de suicídio. Homens apresentaram um risco 3,8 vezes maior de morte por suicídio que mulheres. Taxa de 6,4 suicídios para cada 100 mil adolescentes. EPIDEMIOLOGIA EPIDEMIOLOGIA FATORES DE RISCO: FATORES DE PROTEÇÃO: ETIOLOGIAS Suicídio Teoria de Durkheim: Categorias: egoísta, altruísta e anômica. Teoria de Freud: Agressividade voltada para dentro, contra um objeto de amor introjetado e catexizado de forma ambivalente. Freud duvidava que pudesse haver suicídio sem um desejo anterior reprimido de matar outra pessoa. Teoria de Freud: Agressividade voltada para dentro, contra um objeto de amor introjetado e catexizado de forma ambivalente. Freud duvidava que pudesse haver suicídio sem um desejo anterior reprimido de matar outra pessoa. Teoria de Menninger: Homicídio invertido devido à raiva do paciente contra outra pessoa. 3 componentes de hostilidade no suicídio: o desejo de matar, o desejo de ser morto e o desejo de morrer. Teorias recentes: Psicodinâmica de pacientes suicidas a partir de suas fantasias sobre o que aconteceria e quais seriam as consequências se cometessem suicídio. Serotonina reduzida; Fator biológico: Fator genético: Gêmeos; Adoção; Alterações em genes que controlam a síntese e o metabolismo da serotonina. AB OR DA G EM T R A T A M E N T O (P re ve nç ão ) Potencial suicida; Internação: Ausência de um sistema de suporte social eficaz; História de comportamento impulsivo; Plano de ação suicida. Acompanhamento ambulatorial: Possibilidade de firmar compromisso; Disponibilidade do médico 24 hrs; Tratamento medicamentoso: tratar comorbidade associada. Não usar benzodiazepínico. Quetamina Psicoterapia; ECT. CUIDADO! Depressão suicida Recuperação Energia Plano suicida em ação CUIDADO! Depressão suicida Recuperação Energia Plano suicida em ação SUICÍDIO PARADOXAL "Sobreviventes" = grupo de risco E quem fica? Luto + sentimentos que abarcam culpa, raiva, abandono e julgamento. Acompanhamento de perto para evitar efeito contágio. GRUPOS ESPECÍFICOS Adolescentes Idosos Grupo populacional de maior índice de suicídio no Brasil. LGBTQIA+ Suicídio é a 2ª maior causa de mortes. País que mais assassina LGBT+ = intesno sofrimento psíquico. Negros 2012 a 2016 a taxa de suicídio entre negros foi maior do que populações com outras cores de pele. GRUPOS ESPECÍFICOS Indígenas Baixaescolaridade Quanto maior a escolaridade, menor a ocorrência de transtornos mentais, inclusive o suicídio. Profissionais da segurança A taxa de mortalidade por suicídio entrepovos indígenas no Brasil foi três vezes maior que a população em geral. Acesso a armas de fogo, altos níveis de estresse laboral e uma cultura organizacional que desencoraja a falar abertamente sobre seus problemas, dificultando a busca por apoio psicológico Desempregados O risco de suicídio aumentou em 20- 30% quando associado ao desemprego entre 2000 e 2011 COVID-19 A pandemia dificultou processos coletivos de ritualização e elaboração do luto. Estabelecimento de processos depressivos e o aumento do risco de comportamento suicida. Profissionais da saúde MITOS E VERDADES www.cvv.org.br CEPRAPSI - UFR ceprapsi.ufmt@gmail.com (66) 3410-4089 http://www.cvv.org.br/ mailto:ceprapsi.ufmt@gmail.com REFERÊNCIAS: Bases biológicas dos transtornos psiquiátricos [recurso eletrônico] : uma abordagem translacional / Flávio Kapczinski ... [et al.]. – 3. ed. rev. e atual. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Artmed, 2011. Quesada, Andrea Amaro Noções gerais sobre a automutilação / Andrea Amaro Quesada, Carlos Henrique de Aragão Neto, Josianne Martins de Oliveira e Marina Saraiva Garcia. – Fortaleza: Fundação Demócrito Rocha, 2020. 15 p. : il. color. (Curso Prevenção da Automutilação; fascículo 1). MINISTÉRIO DA SAÚDE. Mortalidade por suicídio e notificações de lesões autoprovocadas no Brasil. Boletim Epidemiológico, Brasília, 52, 33, set. 2021. Disponível em: https://www.gov.br/saude/ptbr/media/pdf/2021/setembro/20/boletim_epidemiologico_svs_33 _final.pdf Acesso em: 04/11/2021 Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais [recurso eletrônico] / Paulo Dalgalarrondo. – 3. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2019. Compêndio de psiquiatria : ciência do comportamento e psiquiatria clínica [recurso eletrônico] / Benjamin J. Sadock, Virginia A. Sadock, Pedro Ruiz ; tradução: Marcelo de Abreu Almeida ... [et al.] ; revisão técnica: Gustavo Schestatsky... [et al.] – 11. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2017. 1. 2. 3. 4. 5.
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