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Pacient� Crític� A FMA-UTI é caracterizada por perda da massa muscular, atrofia de fibras musculares de contração rápida (tipo II) e fraqueza muscular extrema dos membros devido à miopatia, neuropatia ou a combinação de ambas, conhecida por neuromiopatia, expõem o organismo do paciente crítico à fadiga e à fraqueza muscular, o que atrasa o processo de desmame ventilatório e a alta da UTI e hospitalar. A função muscular é precocemente danificada durante a internação na UTI. Após sete dias de repouso no leito, a força muscular periférica pode diminuir cerca de 20%, ocasionando perda adicional de mais 20% da força restante a cada semana subsequente. Um período médio de 6,7 dias em VMI foi considerado suficiente para promover perdas na força de preensão palmar em pacientes com falência respiratória . Sete dias em VMI também promovem perdas consideráveis na função neuromuscular respiratória. Em pacientes que sobreviveram à lesão pulmonar aguda (LPA), foi verificado que a força muscular periférica reduziu de 3% a 11% a cada dia adicional de repouso no leito. Duas semanas de imobilidade prolongada no leito mostraram-se suficientes para redução importante da força de contração e da força muscular esquelética global em 30% de pacientes sépticos internados em UTI. Pacientes com insuficiência de múltiplos órgãos perdem, aproximadamente, 15% de massa muscular no final da primeira semana de internação, fato que pode ser justificado pela condição inflamatória que reduz a síntese de proteína muscular e aumenta a sua degradação). A perda de força muscular parece ser maior nesse grupo de pacientes, quando comparado com pacientes que apresentam insuficiência de apenas um órgão. Na FMA-UTI observa-se a perda dos filamentos de miosina, associada ao rompimento dos filamentos de actina. As fibras musculares do tipo II tornam-se mais sensíveis ao processo inflamatório, que ocorre na fase crítica da doença grave, ficando mais susceptíveis à atrofia decorrente do desuso da musculatura, sendo mais evidentes nas fibras do tipo IIa (fibras fásicas), devido à redução nos níveis de transcrição da miosina. Exames de ultrassom realizados em pacientes com sepse e em VMI, há pelo menos cinco dias, mostraram que o músculo quadríceps femoral encontrava-se com maior perda de massa muscular, comparado ao diafragma; esse fato é consequência do importante reservatório proteico presentenesse grupo muscular periférico, que pode sofrer com o aumento da atividade proteolítica e desencadear a atrofia das fibras musculares do tipo II do quadríceps femoral. As neuromiopatias são consideradas respostas às complicações advindas da terapia com corticoides e acometem, aproximadamente, um terço dos pacientes que sobrevivem à síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA). Caracterizadas pela fraqueza muscular bilateral de pernas e braços, as neuromiopatias estão associadas à piora prognóstica desses pacientes, com aumento do tempo em VMI e de internação em UTI. As miopatias do doente crítico são caracterizadas por redução na excitabilidade da membrana muscular e uma perda preferencial de miosina, e estão intimamente envolvidas nas paresias adquiridas na UTI. São consideradas mais frequentes e mais graves comparadas Mª Eduarda Veras às neuropatias isoladas. A força muscular periférica encontra-se significativamente reduzida em membranas musculares não excitáveis. Síndrom� d� Imobilism� Efeitos promovidos pelo exercício - ↑ da mioglobina - ↑ do tamanho do nº de mitocôndrias - Melhora da circulação colateral - Redução das catecolaminas circulantes - Maior liberação dos fatores de relaxamento do endotélio - Melhor retorno venoso - Melhor captação de cálcio a nível ósseo Efeitos sobre os sistemas músculo esquelético - Perda de 10 a 20% do nível inicial de força muscular por semana de imobilização total - Por volta de 4 semanas, 50% da força inicial poderá ser perdida - Músculos anti-gravitacionais (paravertebrais, eretores da coluna, quadríceps, gastrocnêmio, tríceps…) perda rápida dessa musculatura. - Diminuição no nível de glicogênio e ATP - ↓ da irrigação sanguínea - ↓ tolerância ao ácido láctico e débito de O2 - ↓ da capacidade oxidativa - ↓ da síntese protéica (observada na sexta hora) - Hipotrofia - musculares tipo I e tipo II - ↓ do número de sarcômeros e torque - Incoordenação - Indução de processo inflamatório, liberação de pain-factores (agentes inflamatórios se concentram nas articulações) - Contraturas: Articular (artrogênica), muscular (miogênica), contraturas do tecido conectivo ● Tecido Articular: - Alterações do líquido sinovial - Atrofia da cartilagem - Proliferação de tecido fibrogorduroso, espessamento de sinóvia e fibrose capsular ● Tecido Ósseo: - Aumento da atividade osteoclástica - Diminuição da atividade osteoblástica - Aumento da excreção de cálcio (máxima atividade osteoclástica em torno de 16 semanas) ● Sistema Tegumentar: Mª Eduarda Veras - Úlceras de decúbito PE>Pcapilar (32mmHg) - Em pacientes deitados à pressão sobre o sacro e o trocânter chegam até 100 a 150mmHg - Pressão, idade, umidade, estado nutricional, edema, condições metabólicas, alterações sensitivas, distúrbios neurológicos, colchão inadequado, higiene corporal inadequada. ● Alteração Cardiovascular: - Débito cardíaco reduz, porque tem menor força de contração aumentando a FC. - ↑ FC repouso o pulso aumenta um bpm a cada 2 dias; - ↑ PAS pelo ↑ da RVP - ↓ volume sistólico - Hipotensão postural (ao sentar) - TVP - TRÍADE DE VIRCHOW: estase venosa, hipercoagulabilidade, lesão endotelial). ● Sistemas Metabólicos e Endócrinos: - Aumento do PTH sérico (paratormônio) - A retirada de cálcio dos ossos é estimulada pelo PTH - Diminuição androgênica durante a espermatogênese - Diminuição dos níveis de GH (cerca de 70% é secretado durante o sono) - ↓ ACTH ( adrenocorticotrófico) e produção de catecolaminas ● Sistema Genitourinário: * O esvaziamento da bexiga é comprometido devido: - Decúbito dorsal - Enfraquecimento dos músculos abdominais - Relaxamento incompleto do assoalho pélvico - Infecções ● Sistema Respiratório: - Redução do VC, VE, CPT, VR e VRE. Em torno de 25 a 50%. - Perda de força muscular - Aumento relativo de dióxido de carbono nos alvéolos - Redução do clearance mucociliar - A tosse é menos efetiva - Alterações na V/Q - Redução na drenagem linfática pulmonar ● Tratamento Fisioterapêutico: - Estimular a movimentação no leito e a independência nas atividades. - Estimular a deambulação (caminhadas) - Prevenir complicações pulmonares - Auxiliar na resolução de patologias pulmonares já instaladas - Promover um padrão respiratório mais eficaz - Evitar complicações circulatórias - Reduzir a dor Mª Eduarda Veras - Manter a força muscular e ADM - Evitar encurtamentos musculares, atrofias e contraturas Causas de imobilidade Consequências da Imobilidade Os critérios para o diagnóstico da síndrome da imobilidade dividem-se em maiores e menores. Entre os critérios maiores, incluem-se déficit cognitivo e Mª Eduarda Veras contraturas múltiplas. Em relação aos critérios menores, são encontradas: úlcera de pressão, disfagia, dupla incontinência e afasia. Mª Eduarda Veras
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