Pedagogia Social Comunidade E Formação De Educadores: Na Busca Do Saber Sócio- Educativo

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FICHAMENTO 
MORAES, Cândida Andrade. Pedagogia Social Comunidade E Formação De 
Educadores: Na Busca Do Saber Sócio- Educativo. 
No texto, a autora fala sobre a pedagogia social, na qual está dividido em quatro par-
tes, enfatizando, a qualificação profissional na formação docente, o surgimento des-
sa concepção no Brasil, a pedagogia e movimento social, e os tipos de comunidade. 
A pedagogia social surgiu na Alemanha e mais tarde, se expandiu para outros paí-
ses até chegar ao Brasil, com o objetivo de intervir nas necessidades e inserir o indi-
víduo na sociedade. Desde então, as discussões e estudos sobre a prática pedagó-
gica em ambientes não formais, cresceram consideravelmente, o que resultou na 
publicação do livro intitulado Pedagogia Social. Sintetiza também, a importância do 
empenho, por parte do educando, no processo de aprendizagem, pois é preciso 
apropriar- se devidamente dos conhecimentos para garantir uma formação qualifica-
da. 
Em 1840, surgiu o Movimento Social que explicava o comportamento coletivo com 
base nas ações individuais, por exemplo, o movimento operário, que foi visto como 
distúrbio popular. 
A autora também traz uma citação de Bauman, que conceitua a palavra comunida-
de, relacionando- a em duas partes distintas, a estética e a ética, que em outras pa-
lavras, podem ser vistas como o individualismo e o companheirismo. 
CITAÇÕES 
“Todas estas esferas da Pedagogia Social trabalham no propósito de desenvolver 
um bem estar social e superação de condições de sofrimento e marginalidade, reali-
zando o exercício da cidadania e de promoção social.” (CÂNDIDA, p.3) 
Nas palavras de Cândida (p. 6) 
Crescem as discussões sobre a ação do Pedagogo fora dos espaços esco-
lares, inclusive pelo fato das demandas educativas estarem fortalecendo a 
educação em diferentes espaços para além da escola como único lugar de 
construção de saberes. 
 
Nas palavras de Garcia (1999) 
É o indivíduo, a pessoa, o responsável último pela ativação e desenvolvi-
mento dos processos formativos, o que não significa dizer que ela seja au-
tônoma, mas, acredita-se que depende fundamentalmente do querer ser e 
estar no espaço de formação e atuação como docente para que a práxis se-
ja significativa. 
Nas palavras de Cândida (p.12) 
 
Refletir a educação significa trançar as problematizações do social com as 
possibilidades da ação educativa. Estas atuações articuladas com estudos 
coerentes das realidades sociais auxiliam na oportuna formação de educa-
dores que sentem, agem e pensam suas práticas para além do exercício da 
profissão. Este novo trançado da educação sugerido no texto pauta-se do 
mesmo modo na pedagogia como caminho de emancipação humana. 
COMENTÁRIO 
Quando ouvimos/falamos a palavra “professor” logo relacionamos a um sujeito entre 
quatro paredes, com livro, quadro, giz e um grupo de alunos. Mas de acordo com as 
discussões em sala e o presente texto, podemos enxergar outro lado da docência, 
que é o de atuar em espaços não formais de ensino, em ambientes mais complexos, 
onde o educador deve estar apto tanto academicamente quanto psicologicamente, 
por que vai se deparar com situações que não encontraria em sala de aula, pois se-
gundo Cândida a pedagogia social é “[...] respostas as exigências da educação de 
crianças e jovens, mas também de adultos, que vivem em condições de marginali-
zação da sociedade.” De acordo com essa concepção, podemos relacionar com o 
filme “Além da Sala de Aula”, onde relata a história de uma pedagoga recém forma-
da e vai atuar em uma comunidade marginalizada, e mesmo com todas as dificulda-
des, com apoio da família, conseguem mudar a realidade social em que vivem os 
pais e as crianças. Uma das grandes mudanças foi transformar uma comunidade 
estética em ética, trabalhando em conjunto para benefício do grupo. 
Trazendo para o cenário brasileiro, com base nos dados de evasão escolar, o Brasil 
precisa urgentemente de mais agentes de mudança para intervir nos problemas so-
ciais, resultantes da ausência de atenção governamental com as crianças e jovens 
que abandonam a escola por motivos de preconceitos que sofrem nas instituições 
de ensino ou por necessidade financeira, onde são obrigados a trabalhar para ajudar 
na renda familiar, e entre outros fatores que influenciam o crescimento nos dados de 
evasão e consequentemente da marginalidade. 
O texto oportunizou o olhar para outros caminhos da profissão docente, que permite 
trabalhar não só com um grupo de pessoas, mas com uma comunidade inteira, atra-
vés de projetos para intervir nos problemas sociais. Também possibilitou a melhor 
compreensão sobre a disciplina, que até então, eu não tinha identificado, com clare-
za, o objetivo da mesma.