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SELEÇÃO DE DENTES ARTIFICIAIS Essa seleção envolve diversos fatores, dentre eles o material do dente artificial, cor, formato e tamanho. Esses serão agora abordados. MATERIAL DOS DENTES ARTIFICIAIS (TELLES et al., 2003) Os dentes artificiais normalmente utilizados são os confeccionados em resina acrílica, porém também pode-se solicitar dentes cerâmicos para a montagem das próteses. Esses possuem ótimo polimento e estabilidade de cor, bem como resistência ao desgaste, alta dureza e resistência mecânica. Mas são significativamente mais caros, mais pesados (desvantagem para PT superior), apresentam desgaste dificultado para ajustes oclusais, realizam um barulho característico durante a oclusão, além de não possuírem união química ao acrílico da base da prótese, fatores que muitas vezes os contraindica. Já os dentes em resina acrílica são amplamente utilizados e possuem como principal vantagem a união química com a base da prótese, além de possuírem facilidades de desgaste para os ajustes oclusais, permitem acréscimo e repolimento. Eles estão disponíveis por diversos fabricantes e com diversos padrões de qualidade, tendo indústrias que produzem dentes acrílicos com alta resistência e excelentes propriedades ópticas (ex: Trilux e Magister), outros com resistência e cores/translucidez inferiores (ex: Biotone), mas também adequados para utilização em PT. Sendo a escolha sobre o tipo de dente, uma que deve ser realizada conjuntamente com o paciente. COR (TELLES et al., 2003; TURANO e TURANO, 2010) A escolha da cor dos dentes deve respeitar o tipo de material escolhido para montagem dos dentes artificiais, ou seja, acrílico ou cerâmica, baseando-se na escala correspondente. Quando ainda existe antagonista, essa escolha deve ser realizada pela comparação com esses elementos, mas não é incomum ter que realizar essa escolha em pacientes edêntulos totais, baseando-se, então, no tom de pele. Dessa maneira, indivíduos de raça branca podem possuir dentes mais claros ou escuros, dependendo do tom de pele. Já os da raça negra tendem a possuir dentes mais claros. TAMANHO (CUNHA e MARCHINI, 2014; TELLES et al., 2003; TURANO e TURANO, 2010) O tamanho dos dentes a serem utilizados para montagem convencionalmente é escolhido pela técnica da dinâmica labial, a qual se baseia na medida com uma régua flexivel entre as linhas dos caninos, determinando a largura dos seis dentes anteriores, e na altura da linha alta do sorriso, correspondente a altura do incisivo central superior. FORMATO (TELLES et al., 2003; TURANO e TURANO, 2010) Foi observado por Williams em 1914 que, com exceções de alguns casos, os contornos faciais (quadrados, retangulares, triangulares e ovoides) correspondem ao contorno do incisivo, critério usado por muitos fabricantes de dentes artificiais, reproduzindo resultados clínicos aceitáveis. Os dentes do tipo quadrado apresentam-se com faces proximais paralelas, os triangulares com as faces laterais um pouco convergentes e os ovoides com as duas faces arredondadas, especialmente na distal. A personalidade do paciente também influencia nessa escolha. Normalmente homens possuem um perfil mais vigoroso e reto, já mulheres mais suaves e arredondados. Mas a observação de fotografias antigas do paciente é bastante útil para determinar a forma dos dentes artificiais e deve ser realizada sempre que possível. Com o modelo dos dentes anteriores superiores escolhidos, os inferiores e posteriores são selecionados baseados nas tabelas de articulação constantes nas cartas molde dos fabricantes (TELLES et al., 2003; TURANO e TURANO, 2010). MONTAGEM DE DENTES Com posse dos dentes escolhidos, inicia-se o posicionamento desses respeitando os contornos do plano de orientação, garantindo a sustentação tecidual, além da altura e inclinação estética e funcionalmente adequadas dos dentes artificiais (TELLES et al., 2003). Nesse momento, deve-se respeitar as angulações dentárias para garantir o correto arranjo estético dentário. Os incisivos centrais superiores são montados com as mesiais paralelas a linha média e a incisal tocando o plano de orientação inferior. O lateral pode ficar posicionado com a incisal ligeiramente acima a do central. A partir do canino inicia-se a inclinação do corredor bucal, posicionando-se sua distal inclinada para posterior e apresentando uma inclinação do longo eixo para distal. Depois da montagem dessa bateria anterior pode ser realizada uma prova estética para análise dessa do tamanho, formato, cor, forma da arcada, altura do plano incisal e localização anteroposterior da arcada. Estando o posicionamento considerado adequado pelo profissional e pelo paciente, prossegue-se a montagem dos posteriores (TELLES et al., 2003). A montagem dos posteriores continua respeitando o plano de orientação e deve- se atentar as situações que não há espaço suficiente para montagem dos dentes, sendo necessário desgastes para que não resulte em contornos e preenchimentos inadequados ou até mesmo curvas de sorriso invertidas. Partindo, então, para montagem dos inferiores (TELLES et al., 2003). Por fim, uma ceroplastia deve ser bem executada, buscando obter ainda em cera um aspecto gengival mais natural, simulando a inserção das raízes dentárias e mimetizando características gengivais (TURANO e TURANO, 2010). PROVA ESTÉTICO-FUNCIONAL DOS DENTES (TELLES et al., 2003) Terminada a montagem de dentes, a prova final deve ser realizada para verificar as relações oclusais (oclusão bilateral balanceada), bem como a naturalidade proporcionada pela montagem de dentes, verificando a linha média, inclinações dentárias; corredor bucal e curvas de compensação. Durante essa prova deve ser escolhida a cor da gengiva, convencionalmente realizada com a escala de cor utilizada na técnica de Tomaz Gomes.
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