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SELEÇÃO DOS DENTES ARTIFICIAIS PARA PRÓTESE TOTAL


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SELEÇÃO E MONTAGEM DOS DENTES ARTIFICIAIS PARA PRÓTESE TOTAL
Generalidades
· Abordadas separadamente por razões didáticas, seleção e montagem dos dentes artificiais deveriam ser enfocadas em conjunto devido aos aspectos mecânico, estético e psicológico do paciente
· A prótese total deve expressar a beleza dento-facial dinâmica, harmonizando funções e naturalidade dos movimentos dos lábios e músculos faciais, correta coordenação dos movimentos mandibulares e perfeita articulação dos sons, mantendo a estética ao rir, falar e na manifestação emocional
· Deve-se tentar ao máximo chegar em um resultado que seja bastante próximo dos dentes naturais
Seleção dos Dentes
· Baseia-se na harmonia entre os determinantes biotipológicos da estética do paciente e os critérios que norteiam a seleção dos dentes:
· Tamanho
· Forma
· Cor
· A seleção criteriosa dos dentes artificiais mostra ao paciente que a escolha não visa somente o sucesso mecânico (sua função) pretendido pela prótese, mas também envolve a estética, que deve ser agradável ao rosto e ao gosto do paciente
Dentes de Porcelana
Composição: Cerâmica (feldspato de sódio e potássio)
Vantagens
· Estabilidade de cor
· Resistência à abrasão
· Eficiência mastigatória
Desvantagens
· Dificuldade no ajuste oclusal
· Ruídos em contato oclusal na mastigação e/ou na fala (devido a maior dureza do material)
· Friável (trincas ou fraturas são mais fáceis de ocorrer)
· Difícil montagem em espaço maxilo-mandibular insuficiente (por conta da dificuldade no desgaste dental)
Dentes de Resina Acrílica
Composição: Metacrilato de metila
Vantagens
· Fácil fixação na base (por conta desta ser de resina acrílica)
· Facilidade de montagem em espaço maxilo-mandibular pequeno (desgaste oclusal é mais fácil)
· Não produz ruídos em contato oclusal na mastigação e/ou fala (menor dureza do material)
· Possibilidade de caracterização (desgaste, pigmentação)
· Facilidade de ajustes oclusais
· Não promove desgaste nos dentes antagonistas
Desvantagens
· Instabilidade de forma
· Instabilidade de cor
· Diminuição da DV por abrasão funcional dos dentes
A Seleção dos Dentes então se dá a partir de alguns critérios:
· Forma
· Tamanho
· Cor
FORMA
· Temperamento: Confeccionados de acordo com os comportamentos linfático, sanguíneo, bilioso e nervoso
· Proporção Biométrica: Existência de analogia e proporção definida entre a forma da face e dos incisivos centrais:
· Largura: 1/16 da distância bizigomática ou 1/20 da largura do rosto
*Considerar também o biotipo corporal do paciente:
· Lepossômico (Biotipo Longilíneo): Arcada dentária trapezoidal
· Atlético (Biotipo Intermediário): Arcada dentária quadrada
· Pícnico (Biotipo Arredondado): Arcada dentária ovalada
· Largura da boca: Seleção dos dentes é baseada na linha mediana, comissura labial e linhas alta (linha do “sorriso forçado”) e baixa do sorriso, que auxiliarão na montagem dos dentes artificiais
· Harmonia entre as formas dos dentes e contorno do rosto: Incisivo central segue o formato do rosto do paciente:
· Rosto quadrado, IC quadrado
· Rosto triangular, IC triangular
· Rosto ovoide, IC ovoide/arredondado
· Formas mistas: Os dentes naturais possuem características dos vários tipos geométricos puros ao mesmo tempo
TAMANHO
O tamanho dos dentes deve ser escolhido de acordo com a sua altura e largura, auxiliado pelas linhas que foram obtidas nas medições em cera (linha média, linha do canino etc)
Altura (decisões de diferentes autores)
· ICS = 1/16 da altura da face
· ICS = 1/20 da altura da face
· Posição do lábio superior com sorriso forçado (método utilizado na FOP)
Largura
· ICS = 1/18 da distância bizogomática
· Dentes superiores anteriores = Largura da boca
· Linhas referenciais alta, média e dos caninos (método utilizado na FOP)
*Deve-se medir a largura dos 6 dentes anteriores superiores em curva, utilizando uma régua que possa ser curvada (ou então coloca-se um fio dental sobre a cera que foi riscada com as medidas e depois o fio pode ser medido em uma régua comum)*
· Depois, deve-se obter a medida da altura dos incisivos centrais superiores
· A terceira medida da carta molde (largura do ICS) não é tão importante nesse momento
COR
A cor de um objeto é dada pela propriedade que ele tem para absorver os raios que formam a luz branca. A cor branca é formada quando todos os raios são refletidos e o objeto não absorve nenhum desses raios. Já a cor preta é formada quando o objeto absorve todos os raios e não reflete nenhum. A cor refletida do raio é a cor do objeto.
Cor dos Dentes Naturais
· Incisal: Acinzentada
· Gengival: Amarelada
· Claridade: IC > C > PM > M
· Escuridade:
· Distal > Mesial
· Inferior > Superior
· Homem > Mulher
· Negro > Branco
· Velho > Jovem
Fatores para Seleção
· Matiz: É a própria cor do dente
· Saturação: É a quantidade da cor por unidade de área
· Brilho: É a luminosidade ou obscuridade
· Translucidez: Permite passar a luz através do mesmo
Determinação das Cores dos Dentes Artificiais
Se dá como uma mistura das cores primárias vermelho, azul e amarelo, que darão cores secundárias e, posteriormente, as cores terciárias.
Idosos
Apresentam dentes mais escuros, manchados, com menor translucidez e maior desgaste na borda incisal, canino menos proeminente. Enceramento até expor o colo dos dentes (para simular uma retração gengival) – mas não é obrigatório, linha do sorriso mais plana.
Jovens
Dentes mais claros, com maior translucidez e menor desgaste nas bordas incisais, canino mais proeminente e linha do sorriso na altura do colo dental.
Sexo
Masculino: Maior tamanho, modelo quadrado, forma do arco quadrado, bordas e ângulos incisais quadrados, cor mais escura, linha do sorriso plana.
Feminino: Menor tamanho, modelo oval, bordas e ângulos incisais arredondados, cor mais clara, linha do sorriso curva.
Cor da Pele
Indivíduos de pele escura apresentam dentes amarelados ou marrons. Já indivíduos de pele clara apresentam dentes acinzentados ou claros.
De Acordo com a Escala de cada Fabricante
· Número menor: Dente mais claro
· Número maior: Dente mais escuro
*Então, para fazer a escolha do dente de acordo com a cor da pele, o profissional pega a escala de cores, escolhe umas 3 cores e os leva até a pele do paciente, para determinar qual combina mais com o tom da pele (lembrando que o paciente também pode opinar, mas não olhando diretamente para a escala, já que a maioria têm tendência a escolher dentes sempre mais claros)*
*Por conta da escolha dos dentes artificiais ser uma etapa bastante criteriosa e muito importante durante a confecção da prótese, é importante que o paciente traga acompanhantes na consulta, para que essas pessoas possam opinar sobre a cor e formato também, para que não haja riscos do paciente não gostar do resultado quando a prótese chegar pronta, pois não será mais possível modificar os dentes depois que tudo já estiver polimerizado*
· Por isso é ideal que o profissional faça anotações na ficha dos dados coletados, para a requisição dos dentes artificiais, para que tudo fique bastante organizado
· E é importante que o paciente assine essas anotações, caso a prótese seja perdida, quebrada etc, e seja necessário refazer a prótese
Carcaterização da Prótese
Com Base na Escala de Cores
Existe uma escala de cores de gengiva que será confeccionada na prótese, sendo desde uma gengiva mais translúcida até uma cor rosada mais escurecida.
A cor escolhida irá caracterizar a resina acrílica da prótese total, para que a “gengiva” não fique apenas com um tom de rosa que não é natural. Assim, o palato e a região mais próxima do fundo de sulco podem ser mais translúcidas e a região próxima aos dentes pode ter uma cor mais natural.
Montagem dos Dentes
Essa montagem estabelece o alinhamento dos dentes no plano de orientação de cera, com base nos registros da relação maxilo-mandibular, visando o estabelecimneto de condições de articulação e oclusão de acordo com os movimentos mandibulares.
Condições para a Montagem dos Dentes
· Modelos montados no articulador
· Relação maxilo-mandibular correta
· Dentes artificiaisselecionados
De acordo com o relacionamento intermaxilar, os dentes anteriores podem ser montados em:
· Classe I: Ortognata com perfil reto
· Classe II: Retrognata com perfil convexo
· Classe III: Prognata com perfil côncavo
Classe I
Dentes posicionados próximos entre si, com trespasses vertical e horizontal pequenos.
Classe II
Dentes posicionados mais afastados entre si, com um maior trespasse vertical.
Classe III
Dentes posicionados topo a topo (se o paciente for um Classe III esquelético; se esse for o diagnóstico apenas porque o paciente não faz uso da prótese – e acabou modificando o seu perfil, a instalação da PT modificará a classe).
Considerações Gerais da Montagem dos Dentes
· Existem diversas técnicas para montagem dos dentes artificiais
· Cada protético ou protesista utiliza a técnica que melhor se adapta ou então realiza modificações próprias
· A técnica de montagem dos dentes preconizada pela Área da Prótese Total na FOP – Unicamp é a chave de molar: Classe I de Angle
1ª Fase
· Montagem do Incisivo Central Superior direito ou esquerdo
· Montagem do Incisivo Lateral Superior direito ou esquerdo
· Montagem do Canino Superior direito ou esquerdo
*Posicionar a incisal do ICS na linha média e dar uma inclinada de aproximadamente 7 graus, para que o dente fique levemente inclinado para distal; a sua incisal deve tocar no plano de orientação de cera inferior*
*Assim como na montagem do ICS, o ILS também ficará levemente inclinado, porém com uma angulação maior, de aproximadamente 12 a 15 graus; a incisal não tocará no plano de cera inferior, ela ficará um pouco acima, sem tocar, com uma pequena inclinação para distal*
*O canino também ficará inclinado de 12 a 15 graus, e apenas a ponta da cúspide tocará o plano de cera inferior*
*Lembrar de sempre articular o pino do articulador quando instalar um dente no plano de cera. O pino deve estar sempre em zero, para que não haja riscos da mordida ficar incorreta*
*Para fazer a fixação do dente na cera, o profissional esquenta uma espátula e a utiliza para dar um contorno de cera ao redor da cervical do dente*
2ª Fase
· Montagem do Incisivo Central Inferior direito ou esquerdo
· Montagem do Incisivo Lateral Inferior direito ou esquerdo
· Montagem do Canino Inferior direito ou esquerdo
3ª Fase
· Montagem do primeiro Pré-Molar Inferior direito ou esquerdo
· Montagem do segundo Pré-Molar Inferior direito ou esquerdo
*Para auxiliar na montagem dos dentes posteriores, é indicado fazer uma linha de orientação na cera, para ajudar no posicionamento dos dentes artificiais – essa linha deve estar passando por cima da crista do rebordo, passando bem no meio dos molares (no sulco central)*
*Sempre checar se o dente insatalado está tocando o plano de orientação superior*
4ª Fase
· Montagem dos primeiros e segundos Molares Inferiores direito ou esquerdo
*Sempre checar se o molar instalado está tocando o plano de orientação de cera superior*
*Também é possível montar os dentes superiores primeiro, ao invés dos inferiores*
5ª Fase
· Montar em Chave de Molar, Classe I de Angle
· Cúspide mesio-vestibular do 1º molar superior deve ocluir no sulco vestibular do 1º molar inferior
· Montagem dos primeiros e segundos Pré-Molares Superiores direito ou esquerdo (montagem do 1º molar superior antes mesmo dos pré-molares, para poder ter certeza de que a chave de molar estará correta)
6ª Fase
· Montagem do segundo Molar Superior direito ou esquerdo
7ª Fase
· Repetição de todos os passos anteriores para o hemi-arco oposto
Prova dos Dentes
As provas funcional e estética da montagem dos dentes em cera são as últimas verificações feitas pelo profissional junto ao paciente, antes da polimerização da prótese, já que depois da fase da polimerização, é impossível fazer modificações na PT. É nesse momento também que o paciente deve opinar de forma honesta sobre a prótese e aprová-la.
Nessa Prova dos Dentes, deve-se identificar e corrigir os defeitos de função e estética que possam ter ocorrido nas etapas anteriores:
· Antevisão do resultado do tratamento antes da polimerização da prótese
Procedimentos Funcionais
· Colocar as próteses na boca
· Solicitar ao paciente que oclua na posição de MIH, para verificar o padrão oclusal e a DVO
· Verificar as condições fonéticas, observando o comportamento das próteses durante a fala
· Verificar o entrechoque dos dentes, emissão dos sons e qualidade da pronúncia
· Observar o comportamento das próteses durante a fala (sons sibilantes)
· Verificar a estabilidade da prótese durante a ação muscular
· Verificar o corredor bucal (se estiver muito aberto, o paciente pode morder a bochecha quando for ocluir; e se estiver muito fechado, o risco é de morder a língua)
Procedimentos Estéticos
· Solicitar ao paciente a produção de sorrisos de diversas amplitudes
· Verificar a exposição dos dentes superiores e inferiores em função da amplitude dos sorrisos
· Verificar a harmonia:
· Facial
· Do suporte muscular labial
· Do corredor bucal
· A largura do incisivo lateral e a face mesial vestibular do canino devem ser proporcionais ao incisivo superior, proporcionando a curvatura estética e harmônica do contorno facial (proporção áurea dos dentes anteriores)