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TUBERCULOSE AVIÁRIA Doença crônica de aves em crescimento e adultas (mais de um ano), com formação de granulomas em vísceras, perda de peso progressiva, caquexia e morte. Tem ocorrência mundial, afeta aves domésticas e silvestres e é comum em aves de cativeiro e fundo de quintal. Perus são mais resistentes. Etiologia Causada pelo Mycobacterium avium, sendo os sorovares 1, 2 e 3 as mais patogênicas para aves. É uma bactéria álcool-ácido resistente, sendo resistente a calor, baixa umidade, baixo pH e a maioria dos desinfetantes (exceto soda cáustica e cresóis). Período de incubação: longo, durando de semanas a meses. Tipos: micobacterioses tuberculosas (bovis e tuberculosis) e não tuberculosas (avium, intracellulare, fortuitum, scrofulaceum, silvaticum). Cadeia de Transmissão Contato com fezes de animais contaminados e da cama do aviário composta por maravalha contaminada. Não há transmissão vertical. Patogênese Ingestão/contato com a bactéria → colonização de órgãos internos (fígado, baço, intestino, mesentério, medula e ocasionalmente o pulmão). Macrófagos fagocitam os bacilos nos linfonodos → macrófagos produzem granulomas → presença de células his ocitárias, líquido e necrose caseosa → posterior mineralização com a cronicidade. Sinais clínicos Perda de peso progressiva, emaciação da carcaça, caquexia, atrofia de músculos peitorais, dificuldade de locomoção, anemia de face e barbela, diarreia, morte súbita devido a ruptura de fígado, alta morbidade e mortalidade. Lesões macroscópicas Múltiplos granulomas cinza-branco-amareladas em fígado, baço, mesentério, rins e intestinos. Lesões microscópicas Presença de bacilos em impressões de granulomas, em histologia: granuloma (macrófagos, linfócitos, necrose, céls gigantes multinucleadas, bacilos no centro). Diagnóstico Presuntivo: histórico do lote, sinais clínicos e lesões. Definitivo: isolamento e identificação do microrganismo, teste de tuberculina (em barbelas, leitura em 48h), ELISA. Diferencial: Marek e doenças neoplásicas (lesões tumorais), granuloma intestinal por E. coli e salmonela. Tratamento Pouco efetivo. Aves tratadas podem ainda eliminar bacilos e contaminar o homem. Devem se adotar medidas de erradicação. Prevenção e controle Compra de animais livres, utilização de biosseguridade e manejo, eliminação de aves positivas, certificação da origem das aves, incinerar aves infectadas, fazer controle de roedores e demais animais.
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